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As revistas enquanto produtos da nova mídia

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CAPÍTULO II – CONTEXTOS MIDIÁTICOS

3. As revistas enquanto produtos da nova mídia

As revistas são exemplos de meios de comunicação que vêm se adaptando às novidades tecnológicas da sociedade em rede que configuraram esse novo ecossistema de mídia. Antes disso, porém, elas já haviam sofrido uma readaptação. Segmentadas por natureza (SCALZO, 2003), mas elevadas ao “posto” de produtos de comunicação de massa por conta da exaltada cultura de massa do início do século XX, a partir da década de 1950, nos Estados Unidos, as chamadas revistas de massa começavam, pouco a pouco, a diminuir sua circulação – algumas delas, inclusive, deixaram de ser publicadas (TOFFLER, 2010).

Na década 1970, no entanto, os norte-americanos passaram a ver uma explosão de minirrevistas com temas segmentados, visando a mercados pequenos de interesses específicos, por vezes regionais ou locais. Toffler (2010, p. 166) chamou essas publicações de revistas desmassificadas, principalmente pelo fato de, naquele momento, pequenos grupos também poderem começar a produzir suas próprias publicações, com a facilidade das gráficas baratas e rápidas.

Buitoni (2013), ao discorrer sobre a atual segmentação das revistas, esclarece que os meios de comunicação de massa que, antes, buscavam igualar pensamentos e desejos, se voltam agora para particularidades:

No passado, os produtos da cultura de massa tendiam a homogeneizar os grandes públicos; hoje, a diversidade cultural encontra espaços na mídia impressa e nos formatos jornalísticos na internet. As diferenças têm muitas possibilidades de manifestação, mesmo com a tendência de absorção pela indústria da mídia. A segmentação implica uma diferenciação, que, ao mesmo tempo, precisa de consonâncias grupais. Busca-se um equilíbrio entre diferenças e semelhanças. Segmentar é separar para melhor

compartilhar. Separar também é focar: uma aliança do racional com o desejo (2013, p. 118).

Com o passar dos anos, a segmentação se tornou – e segue sendo uma tendência forte (DIZARD Jr., 2000) – característica latente das revistas (SCALZO, 2003; VILAS BOAS, 1996), o que não impediu que publicações de abrangência nacional ou internacional, de grandes tiragens, continuassem existindo. No Brasil de hoje, por exemplo, há revistas de grande circulação nacional que abordam assuntos gerais, tais como Veja, da Editora Abril, Época, da Editora Globo, Carta Capital, da Editora Confiança, e Istoé, da Editora Três.

Entretanto, dentro do cenário na nova mídia, na década de 1990, surgiram em todo o mundo inúmeras publicações cada vez mais especializadas, como, por exemplo, a norte-americana Wired, que tinha o objetivo de ser uma espécie de guia mensal para usuários de computador que buscavam entender as novidades tecnológicas.

Essa segmentação, de acordo com Buitoni (2013), tem relação com o jornalismo especializado e com a lógica de mercado. Tendo uma relação muito forte com o contemporâneo e o crescimento das cidades ao longo das décadas do século XX, as revistas carregam consigo a ideia de interpretar variados setores, refletindo sobre assuntos e desejos – o que caracteriza, em parte, sua especialização. Ao mesmo tempo, a segmentação sempre esteve ligada a um conceito de mercado, definindo grupos de leitores a partir de pesquisas de marketing. Buitoni (2013) descreve o transcurso que leva ao processo de especialização/ segmentação:

Revistas foram se formando paralelamente aos jornais diários. Com periodicidade semanal, quinzenal ou mensal, tinham mais possibilidade de aprofundar os temas, utilizar imagens, e não tinham vocação noticiosa. Elas rapidamente adotaram a fotografia e ampliaram suas formas de expressão: a relação com o visível tornou-se parte da natureza da revista. Muitas publicações começaram com intuitos educativos, e, mais tarde, incorporou- se também o entretenimento. O vínculo com a educação em sentido mais genérico é uma das razões que ajudarão a desencadear o processo de especialização e, posteriormente, a segmentação. O desenvolvimento da revista, portanto, ajuda a entender o processo de divisões por assuntos e públicos. As revistas teriam uma tendência “natural” de se encaminhar para a especialização (2013, p. 111).

A digitalização dos departamentos de marketing também “facilitou a produção de edições segmentadas, com listas de assinantes classificadas por nível de renda, localização geográfica ou outras divisões especializadas características” (DIZARD Jr.,

2000, p. 243). Cria-se, dessa maneira, uma relação intrínseca entre as lógicas do mercado e o conteúdo das revistas, com os objetivos de atender às demandas mercadológicas advindas dos anunciantes e, também, atrair leitores ávidos por informações especializadas – e com potencial poder de consumo.

Também começaram a surgir iniciativas que agregavam novas tecnologias às revistas. Ainda na década de 1980, as editoras começaram a investir nelas. Apareceram inovações digitais para composições tipográficas e manipulação de imagens e passou-se a utilizar computadores em redes e mensagens eletrônicas nas redações. Os primeiros boletins on-line surgiram, com acesso mediante assinatura (QUINN, 2008, on-line).

Nos anos 1990, a Forbes enviou para seus 700 mil assinantes um disquete com anúncios interativos. A Newsweek, por sua vez, foi uma das primeiras revistas a oferecer material editorial em CD-ROM. Eles eram vendidos por assinatura quatro vezes por ano e traziam uma reportagem em profundidade de um tema específico. “O projeto não foi um sucesso. A Newsweek então se voltou para outra estratégia já adotada pela Time, sua maior competidora: colocar seu conteúdo on-line” (DIZARD Jr., 2000, p. 243). Assim, aos poucos, a internet foi se tornando uma ferramenta útil para as revistas mostrarem seus conteúdos e garantirem assinantes, como explica Dizard Jr.:

A indústria de revistas está se adaptando ao novo mundo da informação multimídia e do entretenimento eletrônico, com formatos que serão muito diferentes dos tradicionais. A publicação gerada por computador se tornou a norma nas revistas de negócios, expandindo-se para além de seus usos mais comuns na produção de jornais orientados e outras publicações especializadas (2000, p. 244).

Com o tempo, Fortune, Forbes, People e Business Week passaram a oferecer suas edições na internet (ALCÂNTARA, apud VILAS BOAS, 1996, p.125). Dentre as revistas brasileiras, Manchete, em 1995, e Istoé e Veja, em 1996, (CUNHA, 2011), foram as primeiras a marcar território no ciberespaço – antes delas os jornais diários

Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Zero Hora e Gazeta Mercantil criaram suas

páginas na internet. No entanto, inicialmente, o conteúdo era simplesmente transposto para a versão digital (FERRARI, 2003, p. 23).

Com a consolidação da internet no campo da comunicação, os veículos foram se adaptando às condições deste novo meio, tanto para não perder uma fatia do público que estava migrando para o computador, quanto para correr atrás de mais receitas

publicitárias e assinantes advindos da rede. Aos poucos, começaram a surgir nos Estados Unidos redações para a produção específica de conteúdo jornalístico on-line. No Brasil, em 1998, Época On-line (www.revistaepoca.globo.com) foi a primeira revista semanal a colocar uma página na rede com noticiário diário e a publicação de cerca de 20 a 30 reportagens por dia (idem). Veja, em 2000, mudou o layout de seu site (www.veja.abril.com.br) e montou uma equipe própria para a versão digital.

Neste cenário, “as revistas se reconfiguram tanto na produção, na distribuição quanto no consumo” (NATANSOHN; SILVA; BARROS, 2009, p. 1), tendo em vista o fato de que absorvem formas e características do webjornalismo, assim como se utilizam de tecnologias para levar seus atributos à web.

Sendo assim, estabelecem-se diferentes formas de revistas no meio digital. Marcelo Freire (2013) recorre aos autores Ulrich Kaiser e Hans Christian Kongsted (2005, p. 2), que diferenciam os termos site agregado (“sites que têm grande parte de seu conteúdo sobreposto com a versão impressa”) e site destino (apresentam uma “experiência completa e convincente, com aplicativos e conteúdos únicos”), para demonstrar como algumas revistas se organizam na internet. De acordo com o pesquisador, no entanto, a maioria das revistas comporta-se de acordo com a “metáfora do impresso” (FREIRE apud MIELNICZUK, 2003) – na qual um veículo on-line faz uso de algumas potencialidades do meio digital, mas ainda mantém a mídia tradicional como referência principal.

Freire cita como exemplo o site da revista Rolling Stone Brasil que, apesar de ter seções próprias, possui seu conteúdo vinculado à edição física do mês, “funcionando como uma complementação do impresso. Ou seja, emprestando algumas características do webjornalismo a um conteúdo de uma mídia tradicional” (2013, p. 50).

O autor ainda descreve outros dois formatos de revistas na web: o arquivo impresso em arquivo digital e a revista digital propriamente dita. No primeiro caso, ocorre a distribuição do texto em formato eletrônico com uma versão idêntica à

impressa ou, ainda, a distribuição eletrônica de uma publicação que tenha valor agregado da versão em papel. Para tal, utiliza-se de arquivos em formato PDF43:

A grande vantagem destes formatos é que, em muitos casos, eles não demandam o acesso à internet para a sua fruição. Sua distribuição pode ser feita usando a lógica do broadcatching, típica dos podcasts44, que prevê acesso à internet para o acesso ao arquivo, mas não necessariamente para seu o consumo. Essa característica reforça no meio digital o caráter móvel e colecionável próprio das revistas tradicionais. Essas características são próprias da materialidade do produto impresso e podem ser aplicadas à lógica do arquivo digital, principalmente com o consumo em dispositivos móveis. Entretanto, isso não se aplica a produção em si, que se mantém com sua versão em papel (FREIRE, 2013, p. 51).

Além disso, o próprio site da revista, em formato HTML ou softwares em flash45 podem recriar as revistas impressas na internet. O sistema Flip Page, por exemplo, não funciona off-line, mas permite que o leitor “folheie” a versão on-line da publicação com um clique no mouse, simulando a leitura no papel. Essa mesma lógica também é utilizada em dispositivos móveis com telas sensíveis ao toque.

Já as revistas digitais propriamente ditas são caracterizadas, na visão de Freire (2013), como produtos autossustentáveis no aspecto editorial, que não precisam necessariamente da presença do impresso (ou da revista em arquivo digital), apesar de carregarem os atributos essenciais do jornalismo de revista, e que se utilizam das potencialidades do webjornalismo, ainda que não reúnam todas as suas características. Para o pesquisador, a revista digital pode ter aspecto de site, pode ser um híbrido (utilizando o formato flip, mas sem organização por edição) e pode ser consumida em formato de aplicativo para tablet ou smartphone – nesses casos, a revista costuma oferecer recursos multimídia e interface diferenciada.

43 Portable Document Format (na sigla em inglês). É um formato de arquivo usado para representar

documentos de maneira independente do aplicativo, do hardware e do sistema operacional usados para criá-los.

44 “O termo podcast nasceu em 2004 da união das palavras iPod e broadcast e está relacionado a

produção/ circulação de arquivos de áudio para consumo, prioritariamente, em dispositivos móveis” (FREIRE, 2013, p. 52).

45

HTML (abreviação para a expressão inglesa HyperText Markup Language, que significa Linguagem de Marcação de Hipertexto) é uma linguagem de marcação utilizada para produzir páginas na web. Flash é um software de gráfico vetorial utilizado geralmente para a criação de animações interativas que funcionam embutidas num navegador web e também por meio de desktops, celulares, smartphones,

Mesmo assim, conforme explica Scolari (2013), a interface da revista digital (que ele chama de eMagazine) é uma combinação de interfaces já conhecidas pelos usuários, tendo em vista que se utiliza de características comuns às revistas impressas e

on-line, bem como dos dispositivos móveis, da web e dos antigos CD-ROMs, conforme

o seguinte gráfico (gráfico 1):

Fonte: SCOLARI, 2013, p. 203 (tradução nossa). Em cinza, as características ausentes na interface das

eMagazines (nota do autor).

Natansohn e Rodrigo do Espírito Santo da Cunha (2013, p. 146) ainda enumeram três formas de disponibilização de conteúdo das revistas em plataformas móveis: SMS (assinatura de serviço de envio de mensagens tarifadas pelo celular);

mobile sites (sites adaptados para a tela menor dos dispositivos móveis); e aplicativos

(softwares instalados no aparelho para acesso a conteúdo on-line ou off-line).

Todas essas possibilidades acabaram por trazer, em certo momento, um receio das casas editoriais com relação ao futuro das revistas impressas. Segundo Ali (2009, p.

22), “no ano 2000, previram que a internet acabaria com as revistas”. Até o momento, entretanto, ela apresentou oportunidades e, de acordo com a autora:

Permitiu um contato direto e imediato com o leitor como nunca foi possível antes e tornou-se um meio para a venda de assinaturas; ajudou a enriquecer o conteúdo editorial com a colaboração instantânea de profissionais em qualquer parte do mundo; com a interatividade com os leitores, pesquisa de informações, compra de fotos, clip-arts e fontes tipográficas. Mais: tornou possível a revista virtual (2009, p. 22).

Conforme exposto, as revistas “lutam para se adaptar às novas mídias” (GIRON, 2011, p. 33) e o segredo de tal ajuste pode estar no modo de se manejar essas possibilidades ofertadas pelas tecnologias. De acordo com Giron, a revista:

Precisa se reinventar para a internet e para o mundo atual. Mundo em que os leitores podem ter aumentado em quantidade, mas têm a capacidade de atenção diminuída em virtude do assédio de inúmeros meios de comunicação que atuam simultaneamente; da fragmentação dos interesses; e da própria forma de obter informação e conhecimento. São tantas as fontes que as revistas são estimuladas, também elas, a surpreender (2011, p. 33).

Sendo assim, tais mudanças advindas das novas tecnologias acabam por alterar, também, os modelos de negócios e as práticas de produção jornalística – já que a frequência informativa diária transforma-se em um fluxo contínuo de notícias – conforme esclarece Scolari:

Outras transformações traumáticas que viveu o mundo da informação em sua passagem do papel para a tela incluem os processos de produção […] e de distribuição/ consumo, onde o salto de maior destaque foi da banca para a tela do computador ou para o dispositivo móvel. Finalmente, também os modelos de negócios se veem afetados pela crescente exigência de conteúdos gratuitos por parte dos leitores e o avanço muito lento da publicidade on-line (2013, p. 195-196, tradução nossa46).

No que diz respeito às práticas jornalísticas, além da união de atributos de variados modelos de produção, há de se considerar a existência de múltiplas redações referentes a um mesmo produto, afinal, costuma-se encontrar duas equipes diferenciadas de jornalistas, sendo que uma delas produz conteúdo para a versão impressa (baseada em conceitos do jornalismo de revista) e, a outra, para o site (baseada na junção dos

46

“Otras transformaciones traumáticas que vivió el mundo de la información en su pasaje del papel a la pantalla incluyen a los procesos de producción […] y de distribución/consumo, donde el salto más destacado ha sido del kiosco a la pantalla de la computadora o al dispositivo móvil. Finalmente, también los modelos de negocios se han visto afectados por la creciente exigencia de contenidos gratuitos por parte de los lectores y el avance demasiado lento de la publicidad en línea.”

conceitos anteriormente expostos) e demais plataformas digitais nas quais ela se faz presente, como tablets e smartphones.

Em uma análise da convergência de meios em veículos jornalísticos, Virginia Giacosa (2010) aborda a questão da produção jornalística e apresenta algumas das dificuldades e maneiras de lidar com a troca de conteúdos em diferentes plataformas de um mesmo veículo:

A convergência multimídia não deve ser entendida só como uma gestão otimizada dos recursos, mas também como a busca de produtos informativos qualitativamente melhores por meio da cooperação entre os meios. Além do mais, nesse caminho é preciso melhorar os acessos à informação entre os meios e conseguir que a comunicação flua no interior dos mesmos sem obstáculos (portas que permitam o acesso às pastas e arquivos de outros meios para compartilhar e cooperar, sistemas de publicação aberta, sistemas de gestão integrada de conteúdos). Em resumo, são necessárias três condições básicas para tornar possível a convergência: planificação, inovação e formação. A planificação também no escopo editorial, não apenas no administrativo ou gerencial. A inovação, por sua vez, deve apontar os aspectos tecnológicos, e também os comunicacionais. E a formação deve fomentar o uso profissional dos recursos digitais por parte dos jornalistas, que são, sem dúvida, o eixo, desta mudança (GIACOSA, 2010, p. 62, tradução nossa47).

As propostas da autora apontam caminhos para o melhor relacionamento possível entre os profissionais do impresso e do on-line no que diz respeito às trocas de informações e ao planejamento editorial. Da mesma maneira, o jornalista ainda tem de se atentar para outro fator que cerca o novo ecossistema de mídia: a participação do público. As instituições de mídia, por sua vez, precisam se voltar para modelos de negócios que integrem “as inovações tecnológicas, o consumo e a produção dos usuários e o negócio sustentável” (NATANSOHN; CUNHA, 2013, p. 145). Squirra

47

“…la convergencia multimedia no deja de revestir ciertas incógnitas con respecto al futuro de ese entrecruzamiento de medios. Pero como primer paso y con la idea de despejar algunas dudas, se puede pensar en enumerar, al menos, ciertos retos pendientes. Ante todo, la convergencia multimedia no debe ser entendida sólo como una gestión optimizada de los recursos, sino también como la búsqueda de productos informativos cualitativamente mejores a través de la cooperación entre medios. Asimismo, en ese camino hay que tratar de mejorar los accesos a la información entre los medios y conseguir que la comunicación fluya al interior de los mismos sin obstáculos (puertos que permitan el acceso a las carpetas y archivos de otros medios para compartir y cooperar, sistemas de publicación abierta, sistemas de gestión integrada de contenidos). En resumen, se necesita de tres condiciones básicas para hacer posible la convergencia: planificación, innovación y formación. La planificación tanto en el plano editorial y no sólo en el administrativo o gerencial. La innovación debe apuntar a los aspectos tecnológicos, pero también a los comunicativos. Y la formación para fomentar el uso profesional de los recursos digitales por parte de los periodistas, que son sin duda el eje de este cambio.”

demonstra com clareza os aspectos que arquitetam essa nova situação dentro do jornalismo:

Nos últimos tempos, açodado pelas novas tecnologias do mundo digital, o jornalismo (e a própria comunicação como um todo) vive uma inquestionável ‘crise de paradigmas’, pois não só os modelos de atuação comercial e de difusão de informação ‘clássicos’ não atingem mais plenamente seus públicos, como se explicita que os consumidores com poder de compra estão migrando para novas plataformas de acesso à informação (2012, p. 107).

Sendo assim, é preciso buscar caminhos tanto para novas práticas jornalísticas quanto para novos modelos de negócios e este segue sendo o objetivo desta pesquisa. Por enquanto, expusemos um breve panorama de como essa circunstância se apresenta, levantando importantes questões que buscaremos esclarecer de forma mais contundente e detalhada no decorrer dos próximos capítulos deste estudo.

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