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atitude de desrespeito.

No documento O Temor Do Senhor - John Bevere (páginas 43-50)

De maneira que os sacerdotes não podiam estar ali para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a Casa de Deus (2Cr 5:14).

Uma vez que o tabernáculo foi levantado, a ordem divina foi alcançada, assim que tudo estava no lugar.

Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo (Êx 40:34,35).

Depois da nossa discussão sobre a glória do Senhor, podemos compreender porque mesmo o amigo de Deus, Moisés, não pôde entrar na tenda da congregação. O tabernáculo estava repleto da glória do Senhor!

A glória de Deus se manifestando e permanecendo sobre Israel trouxe uma tremenda bênção. Na sua presença gloriosa havia provisão, direção, cura e proteção. Nenhum inimigo podia se levantar diante de Israel. A revelação da Palavra de Deus era abundante. Também havia o benefício de se ter a nuvem da sua glória para proteger os filhos de Israel durante o dia, do calor do deserto, como também prover calor e iluminá-los à noite. Não havia falta de nada de que eles pudessem precisar.

Deus havia instruído Moisés previamente: Faze também vir para junto de ti Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para me oficiarem como sacerdotes, a saber, Arão, e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 28:1).

Esses homens foram separados e treinados para ministrar ao Senhor e se colocarem na brecha pelo povo. Os deveres e parâmetros para a adoração foram esboçados por meio de instruções bem específicas, transmitidas de Deus para Moisés. O treinamento desses homens fazia parte da ordem divina. Após essas instruções e treinamento, houve a consagração desses homens. Com tudo no seu devido lugar, o ministério deles começou.

Leia cuidadosamente o que dois daqueles sacerdotes fizeram depois que a glória do Senhor foi revelada no tabernáculo:

Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara (Lv 10:1).

Observe que Nadabe e Abiú ofereceram fogo profano diante da presença do Senhor. Uma definição de "profano" no dicionário

Webster é "demonstrar desrespeito ou desdém pelas coisas sagradas; irreverência".

Isto significa tratar aquilo que Deus chama santo ou sagrado como se fosse comum. Esses dois homens tomaram os incensários que haviam sido separados para a adoração ao Senhor e os encheram com fogo e incenso da sua escolha, não a oferta prescrita por Deus. Eles foram descuidados com o que Deus tinha chamado santo e demonstraram falta de reverência. Eles entraram com irreverência na presença do Senhor e trouxeram uma oferta inaceitável. Eles trataram o que era santo como se fosse comum. Veja o que aconteceu como resultado:

Então, saiu fogo de diante do Senhor, e os consumiu; e morreram perante o Senhor (Lv 10:2).

Esses dois homens foram julgados imediatamente pela sua irreverência. Foram acometidos com morte imediata. A irreverência deles ocorreu depois da revelação da glória de Deus. Embora fossem os sacerdotes, não estavam isentos de render honra a Deus. Pecaram ao se aproximarem de um Deus santo como se Ele fosse comum! Tinham ficado muito familiarizados com a presença dele! Agora, ouça as palavras imediatas de Moisés, após esse julgamento de morte:

E falou Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor disse: Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim, e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão se calou (Lv 10:3).

Deus já havia deixado claro que a irreverência não poderia permanecer na presença de um Deus santo. De Deus não se zomba. Hoje não é diferente; Ele é o mesmo Deus santo. Nós não podemos esperar que seremos recebidos na sua presença com uma atitude de desrespeito.

Nadabe e Abiú eram sobrinhos de Moisés. Mas Moisés sabia que era melhor não questionar o julgamento de Deus, porque sabia que Ele era justo. De fato, Moisés advertiu Arão e seus dois filhos sobreviventes a não lamentarem para que também não morressem. Isso foi ainda mais desonra ao Senhor e, assim, os corpos de Nadabe e Abiú foram levados para fora do acampamento e enterrados.

Mais uma vez, nós vemos o padrão - a ordem divina, a glória revelada de Deus - e então, o julgamento pela irreverência.

UM NOVO SANTUÁRIO

Salomão, deu início à construção de um templo para a presença do Senhor. Esse era um grande empreendimento. O estoque de materiais, a maior parte do qual havia sido reunida sob o reinado de Davi, era enorme. Antes da sua morte, Davi deu instruções a Salomão:

Eis que, com penoso trabalho, preparei para a casa do Senhor cem mil talentos de ouro e um milhão de talentos de prata, e bronze e ferro em tal abundância que nem foram pesados; também madeira e pedras preparei, cuja quantidade podes aumentar. Além disso, tens contigo trabalhadores em grande número, e canteiros, e pedreiros, e carpinteiros, e peritos em toda sorte de obra de ouro, e de prata, e também de bronze, e de ferro que se não pode contar. Dispõe-te, pois, e faze a obra, e o Senhor seja contigo! (l Cr 22:14- 16)

Salomão acrescentou aos materiais já providos e começou a construir o templo no quarto ano do seu reinado. A planta do templo era magnífica e sua ornamentação e seus detalhes eram extraordinários. Mesmo com uma força-tarefa de dez mil homens, o ajuntamento de materiais e a construção ainda levaram sete anos completos. Nós lemos então:

Assim se acabou toda a obra que fez o rei Salomão para a casa do Senhor (2Cr 5:1).

Salomão, então, reuniu Israel em Jerusalém, onde o templo havia sido construído. Puseram os sacerdotes a arca da aliança do Senhor no seu lugar (2Cr 5:7). Todos os sacerdotes se santificaram. Não haveria nenhuma irreverência na presença de Deus. Eles se lembraram do destino dos seus parentes distantes, Nadabe e Abiú.

Então, os levitas, que eram os cantores e músicos, estavam em pé, voltados para o oriente do altar, vestidos de linho branco, e com eles estavam cento e vinte sacerdotes que tocavam trombetas. Mais uma vez, um grande cuidado, tempo, uma quantia enorme de trabalho e preparação trouxeram a ordem divina. E o que veio após a ordem divina? Leiamos:

E quando em uníssono, a um tempo, tocaram as trombetas e cantaram para se fazerem ouvir, para louvar ao Senhor e render-lhe graças; e quando levantaram eles a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos músicos para louvar ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre, então sucedeu que a casa, a saber, a casa do Senhor, se encheu de uma nuvem;

de maneira que os sacerdotes não podiam estar ali para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus (2Cr 5:13, 14).

Quando a ordem divina foi alcançada, a glória do Senhor se revelou. Novamente, ela foi tão tremenda que os sacerdotes não podiam ministrar, pois a glória do Senhor encheu o templo.

JULGAMENTO

Seguindo a revelação da glória de Deus, nós vemos novamente a irreverência para com a sua presença e a sua Palavra. Embora os israelitas conhecessem a sua vontade, seus corações se tornaram descuidados em relação àquilo que Deus chama sagrado e santo.

Também todos os chefes dos sacerdotes e o povo aumentavam mais e mais as transgressões, seguindo todas as abominações dos gentios; e contaminaram a casa que o Senhor tinha santificado em Jerusalém. O Senhor, Deus de seus pais, começando de madrugada, falou-lhes por intermédio dos seus mensageiros, porque se compadecera do seu povo e da sua própria Morada. Eles, porém, zombavam dos mensageiros, desprezavam as palavras de Deus e mofavam dos seus profetas, até que subiu a ira do Senhor contra o seu povo, e não houve remédio algum (2Cr 36:14-16).

Eles ridicularizaram seus mensageiros e desconsideraram suas palavras de advertência. As pessoas escarneciam dos profetas de Deus. Eu tenho visto a mesma evidência de uma grande falta de temor hoje.

Recentemente, ministrei em uma grande igreja pregando uma forte mensagem sobre a obediência e o senhorio de Jesus. A esposa de um dos membros da nossa equipe havia deixado o culto com seu bebê e ido para o salão de entrada, onde o culto estava sendo transmitido por um circuito fechado de televisão. Ela escutou duas mulheres da igreja que discutiam o sermão: "Quem ele pensa que é? Vamos mandá-lo embora!", elas ridicularizaram. "Onde está o temor do Senhor?"

Israel e Judá sofreram repetido julgamento devido à sua falta de temor e respeito para com a presença sagrada de Deus e a sua Palavra. Seu julgamento alcançou o auge quando os descendentes de Abraão foram levados para o cativeiro babilônico. Leia este relato:

palavras de Deus e mofavam dos seus profetas, até que subiu a ira do Senhor contra o seu povo, e não houve remédio algum. Por isso, o Senhor fez subir contra eles o rei dos caldeus, o qual matou os seus jovens à espada, na casa do seu santuário, e não teve piedade nem dos jovens nem das donzelas, nem dos velhos nem dos mais avançados em idade; a todos os deu nas suas mãos. Todos os utensílios da casa de Deus, grandes e pequenos, os tesouros da casa do Senhor, e os tesouros do rei e dos seus príncipes, tudo levou ele para a Babilônia. Queimaram a casa de Deus e derrubaram os muros de Jerusalém; todos os seus palácios queimaram afogo, destruindo também todos os seus objetos preciosos (2Cr 36:16-19).

Eu quero que você pense cuidadosamente no que vou lhe dizer. Nós relemos três relatos do jardim, do tabernáculo e do templo. Em todos os casos o julgamento foi severo. Cada um resultou em morte e destruição.

O que é mais sério é o fato de que não estamos falando sobre pessoas que nunca tinham experimentado a glória de Deus ou a presença dele. Esses julgamentos foram contra aqueles que não só tinham ouvido a Palavra, como também haviam andado na Sua presença e experimentado a sua glória!

Agora que nós lançamos um fundamento do Velho Testamento, vamos prosseguir para os dias do Novo Testamento. Nós vamos descobrir mais algumas verdades muito sérias e algumas revelações emocionantes!

Jesus deixa claro que nós devemos

No documento O Temor Do Senhor - John Bevere (páginas 43-50)