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No documento O Temor Do Senhor - John Bevere (páginas 33-43)

Porque Deus que disse: Das trevas resplandecerá luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo (2 Co 4:6).

Nos próximos capítulos, nós vamos estabelecer um importante padrão que se encontra em toda a Bíblia. Ele vai se tornar uma estrutura histórica que apóia as questões pertinentes aos dias de hoje.

O PADRÃO DE DEUS

Era a primeira noite de quatro reuniões marcadas em Saskatchewan, Canadá. O pastor estava me apresentando e eu iria assumir a plataforma dentro de três minutos.

De repente, o Espírito de Deus começou a me conduzir rapi- damente através da Bíblia, revelando um padrão que se encontra ao longo de todo o Antigo e Novo Testamentos. O padrão é este:

1. Ordem divina 2. Glória de Deus 3. Julgamento

Antes de Deus manifestar a sua glória, deve haver ordem divina. Uma vez que a sua glória é revelada, há uma grande bênção. Mas, por outro lado, uma vez que a sua glória é revelada, qualquer irreverência, desordem ou desobediência é recebida com julgamento imediato.

Deus abriu os meus olhos para este padrão em menos de dois minutos e me fez saber que eu deveria pregar isso para a congregação de canadenses, sequiosa diante de mim. Naquela noite, houve um dos cultos mais poderosos de que eu já havia participado, e eu quero compartilhar esta verdade com você.

DESDE O PRINCÍPIO

Para estabelecer uma base, vamos para o princípio de tudo, quando Deus criou os céus e a Terra:

A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas (Gn 1:2).

As palavras "sem forma" são uma combinação das duas palavras hebraicas, hayah e tohuw. Juntas, estas duas palavras apresentam um relato mais descritivo: "A terra se tornou sem forma e caótica". Não havia ordem, mas desordem.

Embora o Espírito de Deus pairasse ou chocasse sobre esse caos, Ele não se moveu até que a Palavra de Deus foi liberada. Através das palavras faladas de Deus, a ordem divina foi colocada

em operação neste planeta. Deus preparou a Terra durante seis dias antes de liberar a sua glória sobre ela. Ele tomou um cuidado especial com o jardim que tinha plantado para si mesmo. Aí, então, Deus criou o homem para si - o centro da criação.

Uma vez que o jardim estava preparado, Deus formou o homem do pó da terra (Gn 2:7). A ciência tem encontrado muitos elementos químicos do corpo humano que existem na crosta terrestre. Deus projetou ambos com técnica e maravilha científica.

A ORDEM DIVINA TRAZ A GLÓRIA DE DEUS

Deus passou seis dias trazendo ordem divina à Terra, e só então introduziu ordem ao corpo do homem. Uma vez que a ordem divina foi alcançada, Deus lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente (Gn 2:7). Deus literalmente soprou o seu Espírito no corpo humano.

O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, e depois a mulher foi tirada da costela do homem. Nenhum dos dois estavam vestidos nem cobertos. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam (Gn 2:25). Todas as outras criaturas receberam algo com que se cobrir. Os animais têm pelo, os pássaros têm penas e os peixes têm escamas ou conchas. Mas o homem não precisava de uma cobertura externa, pois o salmista nos diz que Deus o coroou com glória e honra (SI 8:5). A palavra hebraica para "coroou" é atar. Ela significa "fazer um círculo ao redor ou cercar". Em essência, o homem e a mulher foram vestidos com a glória do Senhor e não precisaram de roupa artificial.

As bênçãos que esse primeiro casal experimentou são indescritíveis. O jardim produzia sua força sem ter de ser cultivado. Os animais estavam em harmonia com o homem. Não havia nenhuma enfermidade, doenças ou pobreza. Mas, o melhor de tudo é que esse casal teve o privilégio de andar com Deus em sua glória!

JULGAMENTO

Primeiro Deus trouxe a ordem divina por meio da sua Palavra e do seu Espírito e Sua glória foi revelada. Houve bênçãos abundantes, mas aí veio a queda. O Senhor Deus ordenou ao homem que não comesse do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois a desobediência resultaria em morte espiritual imediata.

Zombando do Criador, Satanás desafiou a Palavra de Deus com palavras distorcidas: Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores

do bem e do mal (Gn 3:4-5). Então Adão, em pleno conhecimento das suas ações, escolheu desobedecer a Deus. Sua irreverência nada mais era do que uma alta traição. Quando isso aconteceu, seguiu-se o julgamento.

Imediatamente Adão e Eva descobriram que estavam nus. Sem a glória de Deus, estavam descobertos e separados dele, num estado de morte espiritual. Numa tentativa vã de cobrirem sua nudez, eles prepararam apressadamente algumas folhas e cintas e se vestiram com o que suas próprias mãos fizeram. Deus viu o que eles tinham feito, pronunciou o julgamento sobre eles e os vestiu com túnicas de peles, provavelmente de um cordeiro, prefigurando o Cordeiro de Deus que viria e restauraria o relacionamento do homem com Deus. Então, o casal caído foi expulso do jardim, onde havia vida eterna. O julgamento foi severo - resultado da desobediência irreverente de Adão na presença da glória de Deus.

O TABERNÁCULO DA SUA GLÓRIA

Vários anos se passaram e Deus finalmente encontra um amigo em Abrão. Deus faz uma aliança de promessa com Abrão e muda seu nome para Abraão. Por meio da obediência desse homem, as promessas de Deus são asseguradas novamente às gerações futuras. Os descendentes de Abraão foram parar no Egito, como escravos, por mais de quatrocentos anos. Em seu sofrimento, Deus levanta um profeta e libertador, chamado Moisés.

Uma vez que os descendentes de Abraão foram libertos da escravidão, Deus os leva para o deserto. É no deserto do Monte Sinai que Deus apresenta seu plano de habitar com o seu povo. Deus diz para Moisés: ...Eu sou o Senhor, seu Deus, que os tirou da terra do Egito, para habitar no meio deles... (Êx 29:46)

Mais uma vez Deus deseja caminhar com o homem, pois esse sempre foi o seu desejo. Contudo, por causa do estado caído do homem, Deus não pôde habitar nele. Assim, ele instrui Moisés: E me farão um santuário para que eu possa habitar no meio deles (Êxodo 25:8). Esse santuário foi chamado de tabernáculo.

Antes que venha a glória de Deus, primeiro deve haver a or- dem divina. Assim, Deus instruiu Moisés cuidadosamente acerca de como construir o tabernáculo. Ele é muito específico em todos os pontos relativos a quem deve construir e quem deve servir no tabernáculo. Essas instruções são detalhadas no que se refere aos materiais, medidas, mobílias e ofertas. De fato, as instruções específicas tomam muitos capítulos do livro de Êxodo.

Esse santuário feito pelo homem refletia o celestial (Hebreus 9:23, 24). Deus advertiu Moisés: Vê que faças todas as cousas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte (Hb 8:5 e Êx

25:40). Era de extrema importância que tudo fosse feito exatamente como mostrado. Isso proveria a ordem divina necessária, antes da glória do Rei ser manifesta na presença deles. Foi recebida uma oferta da congregação que supriu todos os materiais de que eles precisavam: ouro, prata, bronze, linhas azuis, purpúreas e escarlates, linho fino, peles, pelicas, madeira de acácia, óleos, especiarias e pedras preciosas.

O Senhor havia dito a Moisés:

Eis que chamei pelo nome a Bezalel [...], da tribo de Judá. E o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência, e de conhecimento, em todo o artifício [...] Eis que lhe dei por companheiro a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; e dei habilidade a todos os homens hábeis, para que me façam tudo o que tenho ordenado (Éx 3:2, 3, 6).

O Espírito de Deus estava sobre aqueles homens para trazer a ordem divina. O Espírito de Deus, trabalhando por intermédio daqueles homens, unidos e em harmonia com a Palavra de Deus, traria a ordem divina mais uma vez.

Então, todos aqueles homens qualificados começaram a trabalhar no tabernáculo. Eles fizeram as cortinas, o véu e as colunas. Depois, construíram a arca do testemunho, o propiciatório, o candelabro de ouro, o altar do incenso, o altar do holocausto e a bacia de bronze, as vestes sacerdotais e o óleo da unção.

Tudo segundo o Senhor ordenara a Moisés, as sim fizeram os filhos de Israel toda a obra. Viu, pois, Moisés toda a obra, e eis que a tinham feito, segundo o Senhor havia ordenado; assim afizeram e Moisés os abençoou. Depois disse o Senhor a Moisés: No primeiro dia do primeiro mês, levantarás o tabernáculo da tenda da congregação (Êx 39:42,43; 40:1,2).

As instruções de Deus eram tão específicas que o tabernáculo teve de ser erigido naquele dia exato.

O primeiro dia do primeiro mês chegou, e Moisés e os artesãos qualificados levantaram o tabernáculo. Então nós lemos:

...Assim Moisés acabou a obra (Êx 40:33).

Agora, tudo estava pronto. A ordem divina estava estabelecida pela Palavra de Deus e as pessoas estavam submissas à liderança do Espírito Santo. Note o que aconteceu:

Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo. Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do

Senhor enchia o tabernáculo (Êx 40:34-35).

Uma vez que a ordem divina foi estabelecida, Deus revelou a sua glória. A maioria de nós, na igreja, não tem uma compreensão da glória do Senhor. Eu tenho assistido a muitas reuniões em que os ministros declaram, ou por ignorância ou por exagero: "A glória do Senhor está aqui". Antes de continuarmos, vamos discutir o que é a glória do Senhor.

A GLÓRIA DO SENHOR

Em primeiro lugar, a glória do Senhor não é uma nuvem. Alguns podem perguntar: "Então, por que uma nuvem é mencionada quase toda vez que a glória de Deus se manifesta nas Escrituras?" A razão: Deus se oculta na nuvem. Ele é muito magnificente para ser contemplado pelo ser humano. Se a nuvem não encobrir seu semblante, todos ao redor dele são consumidos e imediatamente mortos.

Então ele (Moisés) disse: rogo-te que me mostres a tua glória. Respondeu-lhe (Deus): Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá (Êx 33:18,20). (Parênteses acrescido pelo autor).

A carne mortal não pode estar na presença do Santo Senhor em sua glória. Paulo diz:

A qual, em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem ê capaz de ver. A ele honra e poder eternamente. Amém (l Tm 6:15,16).

Hebreus 12:29 nos diz que Deus é um fogo consumidor. Agora, quando você pensar nisto, não pense numa fogueira. Um fogo consumidor não pode ser contido no interior da sua lareira. Deus é luz e não há nele treva nenhuma (1 Jo 1:5). O tipo de fogo que queima na sua lareira não produz luz perfeita. Ele contém escuridão. É acessível e você pode olhar para ele.

Então, passemos para uma luz mais intensa. Vamos considerar o raio laser. É uma luz muito concentrada e intensa, mas ainda não é uma luz perfeita. Embora seja uma luz muito brilhante e forte, ainda há escuridão no raio laser.

Vamos considerar o Sol. O Sol é enorme e inacessível, luminoso e poderoso, mas ainda contém escuridão nos raios da sua luz.

Paulo diz em Timóteo que a glória de Deus é "luz inacessível, a qual nenhum homem já viu ou pode ver".

Paulo podia muito facilmente escrever isso, porque ele experimentou uma dimensão dessa luz na estrada para Damasco. Ele relatou esse acontecimento desta maneira ao Rei Agripa:

Ao meio-dia, ó rei, indo eu caminho fora, vi uma luz no céu, mais resplandecente que o sol, que brilhou ao redor de mim e dos que iam comigo (At 26:13).

Paulo disse que essa luz era mais brilhante do que o Sol do meio-dia! Pare por um momento e tente olhar diretamente ao meio-dia. É difícil olhar, a menos que ele esteja encoberto por uma nuvem. Deus, em sua glória, excede este brilho muitas vezes mais. Paulo não viu a face do Senhor; só viu a luz que emanava dele, e teve de perguntar: Quem és tu, Senhor? Ele não pôde ver a forma dele ou as características da sua face e ficou completamente cego pela luz que emanava da sua glória, que era mais forte do que o brilho do Sol do Oriente Médio!

Talvez isso explique porque os profetas Joel e Isaías, declararam que nos últimos dias, quando a glória do Senhor for revelada, o Sol será transformado em trevas. Eis que vem o Dia do Senhor [...] porque as estrelas e constelação do céu não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz (Is 13:9-10).

A glória de Deus supera qualquer outra luz. Ele é a luz perfeita e a única luz que consome. Então os homens se meterão nas cavernas das rochas e nos buracos da terra, ante o terror do Senhor e a glória da sua majestade, quando Ele se levantar para espantar a terra (Is 2:19).

A glória de Deus é tão esmagadora, que quando Ele se colocou diante dos filhos de Israel, no meio da nuvem escura no Sinai, o povo clamou de terror e se afastou. Moisés descreve isto:

Estas palavras falou o Senhor a toda a vossa congregação no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridade, com grande voz [...] Sucedeu que, ouvindo a voz do meio das trevas, enquanto ardia o monte em fogo, vos achegastes a mim, todos os cabeças das vossas tribos, e vossos anciãos e dissestes: Eis aqui o Senhor, nosso Deus, nos fez ver a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo; hoje, vimos que Deus fala com o homem, e este permanece vivo. Agora, pois, por que morreríamos? Pois este grande fogo nos consumiria; se ainda mais ouvíssemos a voz do Senhor nosso Deus, morreríamos (Dt 5:22-25).

Embora eles o vissem oculto pela escuridão espessa de uma nuvem, ela não pôde esconder o brilho da sua glória.

TUDO QUE FAZ DEUS SER DEUS

Em resposta, vamos voltar ao pedido de Moisés no monte de Deus. Moisés pediu:

Rogo-te que me mostres a tua glória (Ex 33:18).

A palavra hebraica para glória usada por Moisés naquela situação era "kabowd". Ela é definida pelo Dicionário Bíblico Strong como "o peso de algo, mas apenas figurativamente no bom sentido". A sua definição também fala de explendor, abundância e honra. Moisés estava pedindo: "Mostra-me a ti mesmo em todo o teu esplendor." Veja cuidadosamente a resposta de Deus:

...Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor...(Ex 33:19)

Moisés pediu toda a sua glória, e Deus se referiu a isto como: toda minha bondade... A palavra hebraica para bondade é "tuwb". Ela significa "bom" no sentido mais amplo. Em outras palavras, nada é retido.

Então, Deus diz: Eu te proclamarei o nome do Senhor. Antes de um rei terreno entrar na sala do trono, seu nome é sempre anunciado por proclamação. Então, ele entra com seu esplendor. A grandeza do rei é revelada, e em sua corte não há dúvida sobre quem é o rei. Se esse monarca saísse à rua de uma das cidades do seu país, trajado com roupas comuns, sem nenhum acompanhante, poderia passar por aqueles que estão ao seu redor sem que percebessem sua verdadeira identidade. Assim, isso foi exatamente o que Deus fez com Moisés. Ele está dizendo: "Eu proclamarei meu próprio nome e passarei por você com todo o meu esplendor".

Nós vemos, então, que a glória do Senhor é tudo o que faz Deus ser Deus. Todas as suas características, a autoridade, o poder, a sabedoria - o peso imensurável e a magnitude de Deus - estão contidos na sua glória. Nada está escondido ou retido!

A GLÓRIA DE DEUS É REVELADA EM CRISTO

Está escrito que a glória do Senhor é revelada na face de Jesus Cristo (2Co 4:6). Muitos alegam ter tido uma visão de Jesus e terem visto sua face. Isso é bem possível. Paulo descreveu isto: Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face... (1 Co 13:12). A sua glória é encoberta por um espelho escuro, pois nenhum homem pode ver sua glória completamente revelada e permanecer vivo.

Alguém pode questionar: "Mas os discípulos viram a face de Jesus depois que Ele ressuscitou dos mortos!" O que também está correio. A razão pela qual isso é verdadeiro, é porque Ele não exibiu abertamente a sua glória. Alguns homens viram o Senhor,

mesmo no Velho Testamento, mas Ele não foi revelado na sua glória. O Senhor apareceu a Abraão nos carvalhais de Manre (Gn 18:1,2). Josué viu a face do Senhor antes de invadir Jericó (Js 5:13,14). O Senhor disse a ele: Descalça as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é santo (v. 15).

O mesmo é verdadeiro após a Ressurreição. Os discípulos comeram peixe no café da manhã, com Jesus, no Mar de Tiberíades (Jo 21:9-12). Dois discípulos caminharam com Jesus na estrada para Emaús: Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer (Lc 24:16). Todos eles viram a sua face porque Ele não exibiu a sua glória abertamente.

Em contraste, João, o apóstolo, viu o Senhor em Espírito e teve um encontro totalmente diferente do que no café da manhã com Ele no mar, pois João o viu em sua glória:

Achei-me em Espírito, no Dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim grande voz, como de trombeta[...] Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltando, vi sete candeeiros de ouro, e, no meio dos candeeiros, um semelhante ao filho do homem, com vestes talares, e cingido, à altura do peito com uma cinta de ouro. A sua cabeça e cabelo eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como que de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força. Quando o vi, caía seus pés como morto... (Ap:10; 12-17)

Note que seu semblante era como o sol que brilha em toda a sua força. Como João poderia olhar para Ele, então? A razão: ele estava no Espírito, exatamente como Isaías estava quando viu o trono e o serafim acima do trono, como também aquele que está sentado no trono (Is 6:1 -4). Moisés não podia olhar a face de Deus, pois estava no seu corpo físico natural.

ELE TEM RETIDO SUA GLÓRIA PARA NOS PROVAR

A glória do Senhor é tudo que Ele é como Deus. Isso supera grandemente a nossa capacidade de compreensão e entendimento, pois até mesmo o poderoso serafim continua aclamar: "Santo, santo, santo" em temor e tremendamente maravilhado.

Os quatro seres viventes diante do seu trono, clamam:

...Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir... (Ap 4:8)

Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graça ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos, os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante

daquele que se encontra sentado no trono, adorarão ao que vive pelos séculos dos séculos, e depositarão as suas coroas diante do trono proclamando: Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas (Ap 4:9-11).

Ele merece mais glória do que qualquer ser vivo possa dar a Ele por toda a eternidade!

No documento O Temor Do Senhor - John Bevere (páginas 33-43)