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i= 100 X P (11). C

Sendo que, na equação 11 o i refere-se a índice, percentual; o P significa o número de pessoas que não sabem ler e escrever e o C expressa o total de trabalhadores no agro.

A função relação desse indicador é negativa (–): quanto maior o percentual de pessoas que não sabem ler e escrever, menor será a perspectiva de “interação entre os sistemas socioculturais e os ambientais” nos agros (SEPÚLVEDA, 2008, p.7).

Justificativa – O índice de escolaridade tem tido vez nos debates sobre o crescimento econômico sustentável e nas diferentes políticas públicas e privadas, o que o coloca de grande valor para a avaliação da sustentabilidade local, visto que a escolaridade e capacitação do responsável pelo agro é um indicador de suma importância, na medida em que o desenvolvimento tecnológico vem se expandindo, configurando-se como base para a implantação de sistemas agrícolas que sejam sustentáveis.

Faz-se, assim, necessário mensurar os índices de alfabetização, já que a escolaridade dos profissionais é indispensável para que a mão de obra da fruticultura, tanto na produção como na área administrativa, visando-se uma gestão ambiental, econômica, social e político-

institucional, dinamizadora de sustentabilidades nos agros. Uma vez que uma das dificuldades na sustentação dos agros, numa maneira geral, decorre principalmente da habilidade, da experiência e do nível educacional do produtor (ALFARO; MARIN, 1991).

Sob essa lógica, acrescenta-se que, para desenvolver programas desejáveis e responsáveis sobre o uso seguro dos agrotóxicos, devem-se incluir programas de alfabetização e capacitação dos trabalhadores quanto ao manuseio de agroquímicos, à assistência técnica, ao uso de “equipamentos de proteção, à estrutura necessária para o monitoramento, à vigilância e assistência pelos órgãos públicos, às formas de participação dos atores sociais no processo de tomada de decisões”. Essa formação escolar sistêmica se estenderia à capacidade de autonomia dos agros (LONDRES, 2011, P.50).

Comentário – O percentual de baixa escolaridade – não sabe ler e escrever – dos trabalhadores dos agros não significa parcos conhecimentos, uma vez que há uma riqueza imensurável do saber popular e tradicional entre os diferentes grupos de trabalhadores rurais, no entanto, no tocante ao uso de tecnologias e manejo de insumos, como agrotóxicos, existem defasagens na qualificação da grande maioria dos trabalhadores das UAs.

Com a dinâmica das tecnologias no mundo contemporâneo, o conhecimento passa a ser a principal estratégia em termos de geração de emprego, renda e segurança do trabalho, produção e produtividade e da gestão adequada do uso dos recursos naturais. Os índices da formação educacional devem refletir as condições de se sustentar mediante as novas tecnologias agrícolas.

Nesse sentido, a capacidade de produção dos agros de T e de M consiste no estoque de conhecimento popular que vem sendo passado por meio das gerações e pelo conhecimento tecnológico abrangendo equipamentos e habilidades e segurança no manuseio e operacionalização. Sabe-se que, na maioria dos agros, no que diz respeito ao uso da tecnologia, as melhores práticas de irrigação são aquelas que dimensionam o uso eficiente da água, de acordo com a cultivar, evitando a salinização e a erosão do solo, o desperdício de energia e possibilitando, com base na escolaridade e na capacitação dos trabalhadores, a redução do número de acidente de trabalho.

Resultado – Na Tabela 20, o indicador S5 calculou o estado crítico, índice de 0,38, de sustentabilidade. Esse resultado do índice de escolaridade dos agros de T tem repercutido no baixo empoderamento dos trabalhadores sobre os direitos dos trabalhadores, compreensão da necessidade da segurança do trabalho, do que no manejo do solo e da cultivar.

Enquanto que a Tabela 21, no indicador S5, calculou-se o estado estável, índice 0,68. Esse índice demonstra que o índice de escolaridade dos trabalhadores, agro M, possuindo maior escolaridade, em relação a subsistema anterior, os quais se inserem na realização de atividades utilizando tecnologia de ponta de fruticultura irrigada. Além disso, anualmente ou quando o trabalhador é iniciante, são capacitados e recebem treinamentos de manejo da cultivar, de operacionalização de maquinários de irrigação, de manuseio com agroquímicos, de segurança do trabalho e de beneficiamento da banana.

As Tabelas 20 e 21 revelam por meio dos indicadores S5 que os agros M possuem diferença superior de estado de sustentabilidade, índice 0,30, em comparação aos agros T por possuírem menor percentual de trabalhadores que não sabem ler e escrever.

4.5.6 Parâmetro de fator acidentário de prevenção – S6

Estima o índice de frequência das ocorrências de sinistro, acidente de trabalho local. Descrição e forma de tratamento – O fator acidentário de prevenção (FAP) está relacionado à ocorrência de acidente no ambiente do trabalho ou no percurso para este. Podem ser considerados os índices de frequência, gravidade e custo (MPS, 2010; 2012). Neste estudo, foi considerado o parâmetro do índice de frequência (IF) de acidentário, sinistro.

Para definir-se esse índice, são computadas as ocorrências acidentárias registradas por meio de relatos ou de comunicação de acidentes de trabalho (CAT) e os benefícios das espécies B91 (auxílio-doença por acidente de trabalho), B93 (pensão por morte de acidente), bem como aquelas sem registro de CAT, ou seja, aquelas que foram estabelecidas por nexo técnico epidemiológico previdenciário (NTEP). Nesta pesquisa, foram contabilizados como registros de acidentes ou doenças do trabalho acidentes de moto, de carro, de bicicleta e doméstico (MPS, 2010; 2012).

A frequência é o índice baseado no número de registros, diretos e indiretos, de acidentes e doenças do trabalho em determinado tempo – ano de 2011. O cálculo do índice de frequência foi adaptado aos agros de forma de produção tradicional e moderno (Equação 12). O índice de frequência foi calculado da seguinte forma, de acordo com Dias, Nascimento e Melo (2011) e Ministério da Previdência Social (MPS 2010; 2012).