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Equação 5 – Consumo de energia

4.3.4 Parâmetro de fertilidade do solo – A

Dimensionado por meio de parâmetro de fertilidade do solo.

Descrição e forma de tratamento dos dados – O solo fértil é aquele que tem a capacidade de suprir as plantas dos nutrientes essenciais nas quantidades e proporções adequadas para seu desenvolvimento, visando a alta produtividade de frutos. Na medida em que esse desenvolvimento é limitado pelo nutriente, que se encontra no valor mínimo em relação à necessidade da planta, a lei do mínimo de Liebig compromete a fertilidade do solo e, por conseguinte, o cultivo da bananeira irrigada (LEPSCH, 2010; SILVA, 2009).

A coleta das amostras do solo de banana irrigada deu-se conforme instruções técnicas20 do Laboratório de Análises de Solo, Água e Planta, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), órgão responsável pelas análises de fertilidade e granulométrica do solo dos agros deste estudo (RIO GRANDE DO NORTE, 2011). As variáveis utilizadas para esse indicador foram: potencial hidrogeniônico, pH em água (1:25), definido entre 4,5 –7,0; cálcio, Ca (cmolc.dm-3), indicado entre 3,0–4,0; magnésio

Mg (cmolc.dm-3), desejável entre 40–1,0; fósforo P (mg.dm-3), esperado dentre 3,5 – 0,5,

potássio K (mg), indicado entre 300 – 500 e o sódio Na (cmol/kg), definido como menor que 4 (Apêndice B). Os parâmetros foram construídos conforme Silva (2009). O dimensionamento das análises laboratoriais sobre os parâmetros da fertilidade do solo (Apêndice C; D): pH, Ca, Mg, P, K e Na visualizaram as condições de fertilidade, o que possibilitou mensurar por meio da correlação de valores obtidos, confrontando-se com os parâmetros de capacidade agrícola do cultivo de banana, e postados na planilha Excel 2007.

A função relação desse indicador é positiva (+): aumento no valor do indicador resulta em melhora no sistema agrícola, em relação à capacidade de resiliência.

Justificativa – Considerando-se o solo como um sistema aberto, os diferentes usos e práticas de manejos adotados interferem diretamente nos atributos físicos. Além disso, a complexidade dos processos físicos e químicos que ocorrem no solo, muitas vezes, torna

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As instruções são as seguintes: 1) dividir os agros em áreas homogêneas, para coletar as amostras – cada área deverá ser uniforme quanto a cor do solo, topografia, textura e as adubações e calagens que recebeu; 2) percorrer em zigue-zague a área, retirando-se com um trado, terra de 15 a 20 pontos diferentes, e colocar em baldes limpos, e misturar o solo retirado de cada área, retirando uma amostra em torno de 1 Kg/camada de solo, que deverá ser colocada em recipiente livre de quaisquer impurezas que possam contaminá-las, como: sal, adubo, cimento; 3) retirar a camada superficial do solo, em duas profundidades (20-50 cm) para culturas perenes ou frutícolas, antes porém limpando a superfície dos locais escolhidos; 4) retirar amostras de locais distantes de currais, residências, galpões, estradas, formigueiros, depósitos de adubos, etc.; e 5) identificar amostras: propriedade, município e estado, cultura e número da amostra (RIO GRANDE DO NORTE, 2011).

difícil mensurar a fertilidade. O monitoramento da qualidade do solo é fundamental na medida em que possibilita tomada de decisões sobre práticas de manejo a manutenção da fertilidade e na capacidade do solo de manter-se resiliente (LEPSCH, 2010; GUERRA, 2008). Justifica-se, ainda, pelo fato de que mudanças no uso e na cobertura do solo podem torná-los estéreis, comprometendo, dessa forma, o desenvolvimento da agricultura sustentável. Nesse contexto, os parâmetros da fertilidade do solo que auxiliam na avaliação e na conservação dos nutrientes absorvidos e necessário para ao crescimento do cultivo da bananeira são o potencial hidrogeônico (pH), o potássio (K), seguido pelo magnésio (Mg), cálcio (Ca) e, por fim, o fósforo (P) e o sódio (Na). O elemento K é considerado o mais importante para a nutrição da bananeira, na qual está presente em quantidade elevada correspondente, aproximadamente 62% do total de nutrientes da planta. Além disso, mais de 45% do potássio total absorvido são exportados nos frutos (ROSA JÚNIOR et al., 2000).

Nesse sentido, para a realização de processo de recomendação de corretivos e fertilizantes, a análise do solo é indispensável. Entretanto, os representantes dos agros T não realizam análise do solo – a não ser quando haja necessidade para possíveis financiamentos agrícolas – para obter essas informações, subutilizando, muitas vezes, aspectos fundamentais para a tomada de decisão, nos processo de cultivo e produtividade. Em contrapartida, nos agros M, é realizado análise do solo no intervalo de 3 meses.

Comentário – Ao considerar-se o solo como a base de sustentação do sistema agrícola, enfatiza-se a importância de sua preservação para a manutenção da produtividade atual e futura, mantendo, também, a autonomia. Por essa lógica, coletar amostra dos solos é um diferencial tecnológico que pode orientar sobre os tipos de fertilizantes e respectivas quantidades a serem aplicadas para a manutenção da fertilidade.

Devido à grande exigência da bananeira, os baixos teores de nutrientes em alguns solos fazem com que seu cultivo em sistemas irrigados não se sustente, tornando-se necessária elevada aplicação de fertilizantes e água para que haja maior eficiência na absorção dos nutrientes, com a dependência de insumos externos. Considerar esse indicador, expõe a necessidade de se voltar à pratica de gestão no manejo do solo.

Resultado – Na Tabela 7, o indicador A4 dimensionou que os agros T apresentaram estado de sustentabilidade instável, índice de 0,53. Esse índice instável, dos agros T, traz nesse valor numérico o reflexo de práticas inadequadas sobre usos e exploração do solo,

necessitando de manejo que garanta a sustentabilidade e de monitoramento que possa diagnostificar a fertilidade do solo de cultivo, sob a ótica da produtividade desejável.

Nos agros M (Tabela 8), com estado estável, índice de 0,63. Essa diferença dos valores dos índices parecem tão próximos, mas no método IDS S³ significa uma distância a ser considerada devido à alta sensibilidade desse instrumento de avaliação. Esses índices são reflexo da alta exploração do solo pelo cultivo da bananeira irrigada. Porém, as UAs, que utilizam tecnologias das mais recentes, desenvolvem gestão voltada ao monitoramento periódico, como da fertilidade do solo com precisão, o que comunga com melhores índices.

Embora a variável textura do solo seja um importante parâmetro de fertilidade do solo, cultivo da bananeira, haja vista constituir-se num indicador que proporciona a verificação da capacidade de aeração, de retenção de água e de dimensionar capilaridade água/solo, não foi considerada nessa análise devido aos 29 agros apresentarem solo de textura franco arenoso, considerado adequado para o cultivo de bananeira (SILVA, 2009).

Sob uma avaliação comparativa, conclui-se que os agros M obtiveram a diferença superior, índice 0,10, de estado de sustentabilidade, superando os agros T.