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Equação 13 – Crédito rural

4.6.7 Logística: transporte, armazenagem, segurança alimentar e nutricional – P

Mensurando práticas de transporte, armazenagem, segurança alimentar e nutricional. Fonte: A Autora (2012)

Descrição e forma de tratamento – As variáveis para definição desse indicador, P7, foram transporte, armazenagem e segurança alimentar nutricional. Foram atribuídos valores à variável transporte terrestre, observando-se técnicas de colheita e traslado interno da banana para armazenagem, normas da produção integrada, utilizando-se carrocerias sem resíduos de produtos químicos ou orgânicos, limpas e higienizadas e a armazenagem pós-colheita; segurança alimentar observando-se manejo e identificação de certificado de origem (CFO), identificação de selo nos frutos; e a segurança nutricional observando-se higiene pessoal e do ambiente, práticas de profilaxia e controle de doenças (PORTOCARRERO, 2005).

Foram atribuídos valores às variáveis do seguinte modo (Tabela 32):

 Transporte: 1 representa estado ótimo; 0,5 significa estado bom e 0 demonstra estado ruim.  Armazenagem: 1 significa estado ótimo; 0,5 apresenta estado bom e 0 indica estado ruim;  Segurança alimentar nutricional: 1 indica estado ótimo; 0,5 define estado bom e 0

representa estado ruim. Os dados foram ponderados e tratados por meio do somatório e, depois, calculada a média, resultando no índice.

Tabela 32 – Ponderação logística transporte e armazenagem

Variável Estado Valor

Transporte Ótimo 1 Bom 0,5 Ruim 0 média Armazenagem ótimo 1 Bom 0,5 Ruim 0 média

Segurança alimentar nutricional Ótimo 1

Bom 0,5

Ruim 0

média MÉDIA GERAL

Fonte: A Autora (2012)

A função relação desse indicador é positiva (+), pois, se aumentar o valor do índice da logística – transporte, armazenagem e segurança alimentar nutricional –, aumentará a possibilidade de o agro sustentar-se.

Justificativa – A elevação da conectividade comercial passa a ser um elemento chave, e a logística um conceito que expressa a conectividade e seu papel para a aceleração das transformações do sistema agrícola local (BECKER, 2010). Nesse sentido, a logística é um sistema de eixo de produção, transporte e processamento que garante a dinâmica produtiva, a competitividade e a sustentabilidade dos agros de bananeira. A cada um desses eixos correspondem múltiplas redes – produção, transporte, armazenagem, segurança

alimentar e nutricional –, as quais, avaliadas, geram um índice representativo de sustentabilidade pontual.

Os problemas relacionados à infraestrutura de transporte podem afetar, significativamente, a oferta de frutas, tanto em relação à distribuição no mercado interno como ao escoamento para portos e aeroportos regionais (BUAINAIN; BATALHA, 2007).

O indicador transporte reflete diretamente a segurança alimentar, que busca estimar os efeitos da atividade para garantia do acesso à alimentação de qualidade, seja para aqueles envolvidos no processo produtivo, seja para a população em geral, representada pelos consumidores. Os componentes desse indicador envolvem a garantia da produção e a quantidade de alimento, que representam a segurança de acesso diário (regularidade da oferta) ao alimento em quantidade adequada (suficiência da oferta), além da qualidade nutricional do alimento (saudável).

Os novos padrões do comércio internacional e as mudanças nos hábitos alimentares de consumidores nacionais e internacionais tornaram a comercialização e a exportação da banana importante alternativa econômica para os agros deste estudo. Dessa maneira, a logística se expressa com o elo entre as diversas etapas de cultivo e a distribuição da banana.

Devido à perecibilidade, a banana necessita que a colheita e o transporte sejam realizados com técnicas apropriadas, no momento certo, com rapidez, para evitar a perda de qualidade, garantindo-se a segurança alimentar e nutricional (BORGES et al. 2006). Desse modo, a logística do transporte e armazenagem da banana justifica a necessidade de manter a qualidade desse produto desde a porteira dos agros até a chegada ao consumidor, constituindo-se em importante etapa do sistema produtivo, sob a ótica sustentável.

Comentário – O cultivo e o consumo transitam por meio de sistemas logísticos. A logística é a espinha dorsal do sistema em suas duas facetas: infraestrutura e serviços envolvidos. O comércio local ou global e os investimentos regionais ou no mercado internacional desenham a dinâmica de expansão da comercialização e distribuição da banana, mediante a disponibilidade dos sistemas de transporte e armazenagem, servindo de base para a determinação de custos razoáveis e atualizados.

Por fim, as inovações tecnológicas no campo logístico, transporte, armazenagem e distribuição estão interligadas a tecnologias de informação, as quais não representam apenas um facilitador das formas tradicionais de expansão da economia, mas uma das condições impulsionadoras da relação homem-natureza, nos agros de bananeira, do oeste do município de Ipanguaçu–RN.

Resultado – Na Tabela 26, o indicador P7 definiu o estado instável, nível de 0,48, de sustentabilidade dos agros T. Esses índices foram quantificados por meio de três variáveis: transporte, armazenagem e segurança alimentar.

No transporte, o que mais comprometeu foram as inconformidades dos veículos, transportando os frutos ao relento sem, no mínimo, lonas de cobertura como proteção.

Na armazenagem, as condições indesejáveis no quesito disposição do fruto pós- colheita. Recomenda-se, quando não se dispõem de galpão apropriado para beneficiamento da fruta, que se devem tomar os devidos cuidados durante a acomodação dos cachos, de modo que os mesmos não sejam danificados, comprometendo a qualidade e higienização. E, nesse caso, na maioria das vezes os cachos ficam sobrepostos ao solo, à espera do atravessador.

E segurança alimentar nutricional mediante a disposição dos frutos sobre o solo, muitas das vezes não protegidos, de no mínimo fazendo uso de folhas da bananeira, e não recebendo a higienização recomendada, lavagem para retirar a seiva. Considera-se que nos locais onde se dispõe de tanques de lavagem os cachos podem ser parcialmente mergulhados e despencados no tanque, porém, na ausência de tanque, pode-se pendurar ou apoiar os cachos numa base almofadada e despencar (BORGES, et al., 2006; PORTOCARRERO, 2005).

Já os agros M, visualizados na Tabela 27, o indicador P7 definiu estado estável, 0,75, de sustentabilidade na medida em que os índices foram quantificados em conformidades com o processo de produção integrada PIF (PORTOCARRERO, 2005). De tal forma, comparando a diferença entre os índices de forma de produção de bananeira irrigada, moderna versus tradicional – 0,27 –, concluem-se que neste indicador os agros M são mais favoráveis à situação de sustentabilidade, desejáveis em relação aos agros T por demonstrarem maior organização no tocante a logística de: transporte, armazenagem, segurança alimentar e nutricional (Gráfico 24).

Gráfico 24 – Biograma, índice sintético S³ de sustentabilidade da dimensão político- institucional 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 Atividade intrageracional P1 Participação instituições organizacionais P2

Acesso à justiça trabalhista P3 Programa Nacional de Crédito Fundiário P4 Acesso a assistência técnica P5 Transferências de tecnologia P6 Logística: transporte, armazenagem, segurança alimentar e nutricional P7 IDS S³

agro M = ínidce de sustentabilidade estável, 0,71 agro T = índice de sustentabilidade crítico, 0,27

Elaboração: A Autora (2013)