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CÂMARA DE FERMENTAÇÃO

No documento Livro Branco da Panificação.pdf (páginas 85-88)

Descrição do equipamento:

Compõe-se de paredes/teto que dificulta a transferência de calor, um sistema de aquecimento com resistores elétricos controlados por um termostato, que mantém a temperatura constante: um sistema de umidificação, que mantém a umidade estável(isto é, possível graças ao umidostato, que controla a umidade do ambiente). Pode Ter uma única porta ou duas, neste caso, permitem um fluxo de entrada e saída por lados diferentes.

Função:

Alojar os pães durante a fermentação final, oferecendo condições, que levem em conta, ao mesmo tempo, as características físicas da massa e as exigências da fermentação, ou seja,: as massas devem estar ao abrigo de correntes de ar ou de um ambiente muito seco, pois tanto um quanto o outro provocam uma dessecação na periferia do pão modelado e o encascamento de sua parede externa. Isso cria uma espécie de cinta em torno da massa, retarda seu crescimento, torna difícil o corte da pestana da massa, freia o seu desenvolvimento no interior do forno, produz pães de crosta pálida e com pestana irregular. Este equipamento preserva também os pães do excesso de umidade, que prejudica a firmeza da massa (que tende, então a crescer achatada), privilegia igualmente sua porosidade, acelera a atividade fermentativa, diminui riscos de aderência de pães modelados à toalha do tabuleiro, de corar excessivamente no forno e de apresentar pestanas planas e rasgadas. Tanto em um caso como no outro, os resultados são apenas passáveis ou medíocres, mesmo com uma massa que era promissora.

Operação:

Introduz-se os carrinhos dentro da câmara, que já deverá estar com a temperatura ajustada (30 a 32 ºC ) e a umidade na faixa de 80 a 85 %. Findo o crescimento, os carrinhos são retirados, permanecendo normalmente um pouco de tempo fora para enxugar a massa, como dizem os padeiros. Depois, as peças crescidas vão para o forno.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA: Regulagem:

De posse de um termômetro, deve-se fazer a aferição das condições do termostato (aparelho responsável pelo disparo, ligando e desligando o aquecimento para manter a temperatura constante).

Ao notar desregulagens no sistema de umidificação, entrar em contato imediatamente com a assistência técnica do fabricante. Deve-se evitar qualquer tipo de arranjo, pois em sua maioria não corrigem os problemas.

Cuidados:

Todas as áreas que isolam as perdas de temperatura devem ser mantidas perfeitas, sem buracos. As vedações precisam estar sempre em boas condições.

FORNOS

Os fornos podem ser elétricos, a gás, lenha ou diesel, conforme o combustível que utiliza na geração de calorias.

Os fornos são definidos dentro de sua categoria pelo número de câmaras e pelo posicionamento destas – simples, sobrepostas ou paralela.

Forno elétrico: funciona por meio de chaves – uma ou duas – que, ao serem acionadas, permitem o aquecimento por resistências. Nos casos de duplas chaves (lastro/teto) é possível aquecer o lastro e o teto individualmente.

Há também fornos giratórios com circulação de ar aquecido. Neste tipo de forno, introduz- se o carrinho com as assadeiras diretamente no forno.

Forno a diesel: funciona por meio de uma chave elétrica que aciona o maçarico, responsável pela queima do óleo. O calor é distribuído em todo o forno através de uma tubulação tipo serpentina.

Forno a lenha: funciona por meio da queima na fornalha, que aquece um sistema de transmissão de calor. Este por sua vez, distribui as calorias no interior da câmara do forno.

Função:

Fornecer as calorias necessárias para propiciar a perfeita cocção das peças fermentadas, ou seja, condições ideais de coagulação das proteínas, gelatilização do amido, e das transformações sofridas pelos açúcares, além da inativação das enzimas, fermento, etc.

Operação:

O forneiro liga com antecedência o forno para quando a massa aprontar já poder ser forneada.

Pelo painel é feita a graduação de temperatura, conforme se deseja, colocando-se a chave na posição adequada para o tipo de produto que vai ser forneado.

O forneiro de posse do varredor, faz a limpeza dos resíduos existentes no lastro do forno, principalmente quando se vai fornear no lastro.

Quando da introdução da primeira massa, vaporiza-se durante ½ a 1 minuto, antes de iniciar o enforneamento, abrindo-se o registro do vapor. Depois de introduzidas as peças, realiza-se nova vaporização, com as massas seguintes, se seqüenciais, não é necessária a vaporização com a câmara vazia.

Os carrinhos são posicionados próximos ao forno para facilitar a retirada das assadeiras. Alguns tipos e modelos de pães recebem cortes, em alguns casos, para dar uma aparência diferenciada, ou para permitir o surgimento da pestana, como no pão francês. Para tanto, faz-se uso de um estilete apropriado, tendo cuidado para não matar os pães.

Efetuando o vira, os pães que foram modelados primeiro, serão também os primeiros a serem introduzidos no forno. A retirada do forno segue o mesmo esquema, ou seja, começa pelos que entraram primeiro. Dessa forma, mantem-se um tempo relativamente igual para todos os pães dentro do forno.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA Diariamente:

1. Limpeza no interior da câmara com o varredor, retirando, todos os resíduos de massa existentes.

2. Observar se o aquecimento está se processando igualmente em toda a extensão da câmara nos fornos elétricos. Com esta simples vistoria é possível detectar a queima de resistências. Toda manutenção neste tipo de forno deve ser feita por pessoa

Semanalmente:

Nos fornos a lenha, a fornalha e o cinzeiro devem ser limpos, para facilitar a ação do sistema de aquecimento.

Nos fornos a óleo e a gás, os queimadores também devem ser limpos semanalmente.

Mensalmente:

Em todos os tipos de forno, deve-se efetuar uma manutenção permanente do vaporizador, para que mantenha um nível adequado de vapor de água dentro da câmara do forno.

Nos fornos a lenha, a chaminé deve ser supervisionada mensalmente e limpa e pintada semestralmente.

No documento Livro Branco da Panificação.pdf (páginas 85-88)