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códigos específicos de comunicação e sinalização, ajudas técnicas e tecnologia assistiva, dentre outros Ao longo de todo processo de

escolarização esse atendimento deve estar articulado com a proposta

pedagógica do ensino comum.

• Plano Nacional de Educação/Congresso Nacional/Brasília/DF (BRA- SIL, 2010) - Preconiza quanto à formação de professores, para atu- arem na educação de alunos da educação especial:

19. Incluir nos currículos de formação de professores, nos níveis médio e superior, conteúdos e disciplinas específicas para a capacitação ao atendimento dos alunos especiais;

20. Incluir ou ampliar, especialmente nas universidades públicas, habilitação específica, em níveis de graduação e pós-graduação, para formar pessoal especializado em educação especial, garantindo, em cinco anos, pelo menos um curso desse tipo em cada unidade da Federação.

• Decreto nº 7.611/Presidência da República

Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especialização/AEE e dá outras providências. Quanto ao AEE, esse Decreto prevê:

Art. 2o A educação especial deve garantir os serviços de apoio

especializado voltado a eliminar as barreiras que possam obs- truir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

§ 2o O atendimento educacional especializado deve integrar a

proposta pedagógica da escola; envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes; atender às necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação especial; e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas.

Art. 3o São objetivos do atendimento educacional especializado:

I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais dos estudantes;

II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular;

III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pe- dagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e

IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino. (BRASIL, 2011)

O referido Decreto considera como atendimento educacional especia- lizado o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular. O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas.

Face à importância das questões analisadas, como também conside- rando que professores e gestores atuantes nos sistemas públicos de ensino no Brasil não tiveram acesso, em sua formação inicial, aos conhecimentos relativos à educação inclusiva, os dispositivos legais acima analisados possibilitam pensar, por intermédio das políticas públicas de educação e formação de professores, viabilizar a organização das escolas públicas na perspectiva inclusiva, considerando também os resultados de estudos sobre essa temática. Porém, é importante destacar que um projeto educacional inclusivo não se realizará com base apenas na aplicação dos dispositivos legais. Mas, como decorrente da implementação das políticas públicas de educação advindas desses, dos movimentos em prol da educação, da escola pública, da conscientização de sua importância por parte dos profissionais da educação, com ênfase nesse momento, nos profissionais da educação, pois no pensar de Crochík (2008, p. 98-99):

[...] a educação não tem tornado o combate à violência um de seus objetivos principais. O desenvolvimento das competências cogni- tivas, lingüísticas e mesmo morais não toca na possibilidade de os indivíduos expressarem e entenderem o seu medo, para que esse não se converta em violência. Claro, a discussão sobre as minorias que se fortaleceu, sobretudo, a partir da década de 1960 também está presente na escola, mas, em geral, como um conteúdo que dispensa reflexões de cunha político e social; o respeito às minorias,

às diferenças, é posto como um devir, como algo externo que, se é importante, talvez não permita a identificação. No mínimo, temos de pensar a contradição entre o ideal de convívio pacífico e as tendências sociais fortalecidas pelo capitalismo que só se interessa pelas minorias se puder obter algum tipo de lucro com isso.

Assim, faz-se necessário um movimento favorável ao combate à violência e ao reconhecimento da humanidade dos considerados pertencentes às mi- norias. Sobretudo, considerando do pensamento de Crochík (2011, p. 30):

Na atual educação formal, é nítido o incentivo para o desenvolvi- mento das competências, das habilidades, do ‘aprender a aprender’ o que é julgado importante. Essa tendência que aparentemente é democrática, por defender alunos autônomos, que possam buscar sozinhos o conhecimento nos diversos recursos existentes, entre eles e na internet, por preparar indivíduos que possam atuar de forma competente em suas vidas profissionais, auxilia na produção de sujeitos sem subjetividade. As competências e as habilidades não são neutras, dependem do que a sociedade necessita e, assim, dever-se-ia pensar a quem beneficiam em seu desenvolvimento. Certamente, como foi dito, são importantes para o indivíduo, mas para sua conformação à vida isenta de vida. A substituição do professor pelas máquinas, pelos métodos, incorre na mesma crítica feita anteriormente ao Positivismo, posto que dirigem os homens à mera adaptação.

Considerando, pois, as possibilidades da educação promover o desen- volvimento dos alunos com deficiência/necessidades educacionais especiais para além das competências e das habilidades, ou seja, para além do “apren- der a aprender” o que é estabelecido a priori para a totalidade dos alunos, recomendamos um Programa de Desenvolvimento da Escola Pública, tendo por meta implementar a educação inclusiva em atendimento às diferenças dos alunos com deficiência/necessidades educacionais especiais, a seguir:

Programa de Desenvolvimento da Escola Pública

Objetivo Geral

• Desenvolver um programa de desenvolvimento da escola pública considerando a formação dos professores, gestores, coordenadores e

demais profissionais com base nos marcos políticos-legais e princípios filosóficos da educação inclusiva.

Objetivos Específicos

• Discutir as possibilidades de organização da escola pública para torná-la inclusiva e apta às experiências educacionais com as dife- renças cognitivas, sensoriais e físicas dos alunos em seu processo de aprendizagem;

• Contribuir na identificação das necessidades de aprendizagem dos alunos com deficiência no cotidiano da escola pública;

• Caracterizar a escola pública como espaço democrático na perspectiva da inclusão, promovendo sua organização para atender às demandas de aprendizagem dos alunos com deficiência;

• Elaborar um programa pedagógico de inclusão com objetivos, con- cepções e princípios políticos, éticos, legais, filosóficos e educacionais para a formação de professores, gestores, coordenadores, supervisores, para a organização político-pedagógica de gestão educacional inclu- siva – Projeto Político Pedagógico na escola pública.

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