d)
—
estabeleceros alicercespara fortalecimen-to duradouro detôda a economia indus-trial do Brasil.Consoanteseverifica, láestavamos transportesa cons-tituírem elemento básico para investigação e estudos cujos resultadosforam os mais promissores, pois além de consti-tuírem a caracterização do estado geral de nossos meios decomunicações e utilizaçãodos transportes,
em
tal opor-tunidade histórica, refletiam e orientavam através de pro-jetos propostos para o desenvolvimento de novas formas detransporte.Vale aqui transcrever o sumário da. monografia de Alex A. Tennant, especialista
em
transportes, membro com-ponente da Missão Cook, cuja síntese, referente aos trans-portes no Brasil, se tornoua característicamais precisa,em
seus têrmos, da realidade brasileira
em
relação a tão im-portante fatorda economia.Eis 'oteor dosumário da monografia constante do Re-latório da Missão Cook:
—
"As instalações e meios de transportesdo Brasil abrangem relativamente pouco do que existe de melhor e muito do que há de pior.A
eventual utilizaçãodo transporteaéreo, aoqual o país tão bemse adapta,tenderá-a colocar o Brasil,no quetange aostrans-portes,
em
situaçãode algummodo
comparável àdeoutros países.Algumas de suas ferroviassão eficientemente operadas e conservadas,mas o maiornúmero clama desesperadamen-te por melhorias no leito, equipamento, oficinas, e instru-mental de oficinas,
bem
como na administração.Em
sua maior parte, as ferrovias brasileirassão de 1metro de bitola. As restantes milhas abrangem quatro bi-tolasadicionais. Taisvariações eliminam a possibilidade de
uma
coordenação completa. Somente 448 milhas de fer-rovias foram eletrificadas.Deveria adotar-se
uma
bitola padrão para asvias fér-reas afim deservir à industrialização do país pela interco-nexão deferroviascapazes de permutaro livreintercâmbio de eqiapamento.A
atitudedo povo edogovêrno,de certomodo
com-parável à situação nos Estados Unidos há alguns mêses atrás,também
ocasiona dificuldades ao transporte no Bra-sil.Não
se tem atendido suficientemente à possibilidade de eliminar serviços que se afirmam cada vez menos es-senciais.Nem
se adotaram medidas completas para con-servar equipamentoe energia medianteaumento de carre-gamentos médios. Embarcadores e emprêsas de transpor-tes fracassam nocarregamento e descarregamento de car-roscom rapidez.Duasferroviasno Brasilsão
100%
essenciaisaos trans-portes de materiais estratégicos vitais exigidos pelos Esta-dos Unidos.A
importância das outras se‘coloca abaixo, 100—
com pouco mais de
30%
e algumas nãosãoessenciais. Há linhas férreas que não são essenciais à própria economia do Brasil. Contudo, aos Estados Unidos se tem solicitado o fornecimento de novas locomotivas, material rodante, tri-lhos eum
volume de materiais de conservação mais pró-ximos às necessidades normais do que as exigências deum
mínimoessencial.Ora, somenteasnecessidadesessenciais deveriamseratendidas.Já se deram passos vantajosos no sentido de evitar a manufatura desnecessária de artigos de metal nos Es-tados Unidos eseu transportepara o Brasil. Muitos artigos, volumosos ou pequenos, agora estão sendo produzidos ou melhorados no Brasil, utilizando-se sucata. Trilhos de aço das locomotivas e rodasdecarrosestãosendo recondiciona-dos para milhas adicionais de serviço; aqueles cujo uso vai além dos limites de segurança estão-sendo retirados, improvisados como postes ou servindo a outros misteres.
Improvisam-se mancais e parafusos com eixos condenados e materiais rodantes similares. Os trilhos de aço conde-nados e outros tipos desucata sãoconvertidos
em
instru-mentos manuais agrícolas, deprimeira classe,em
qualida-dee acabamento. Algumas ferrovias já instalaramum
de-partamento independente para recebimento e classificação detôda a sucata quedeveserexaminada parautilizaçãço antes de produzido novo material.Háabundância de sucata de metalnd Brasil. Moirões utilizados paracercar asmargens de milharesde milhasde ferrovias são de ferro ou aço de boa qualidade e muitos
—
101milharesde trilhosde aço condenados sãoutilizados como postes telegráficos,suportesou rebordosde meiofio.
Já se concluiram projetos para construção de carros-tanques de madeira, destinados ao transporte eficiente de líquidos ede recipientesdemadeira,ao invésdeaço, para 0 carregamentode minériose outros produtos.
O
volumedos tanques e recipientespermitirá sua uti-lização sôbre vagões abertos,operados tanto na bitola de1 metro como nasde 1,6, proporcionando, assim, emprego para este tipode equipamento ferroviário.
A
escassez de chapas deaço necessáriasà construção de navios éum
sério problema que sòmente pode ser re-solvido pelo equipamento das atuais fábricas existentes no Brasilpom
maquinária nova ou usada dos Estados Unidos,como
foi recomendado alhures, neste Relatório.Para que se desenvolvesse a utilização comercial dos seus rios,o Brasil deveria solicitar,imediatamente, aos Esta-dos Unidos, assistência na execução de pesquisas hidro-gráficas suplementares, nos diversosrios onde são necessá-rias. Recomendamos
também
a construção local dos tipos indicadosde embarcações fluviais. Quase tôdaa maquiná-riae outras partesde metalpodem
ser produzidas no Bra-sil Central edistribuídaspara serem instaladasnaqueles lu-garespróximos aos rios, onde oscascos possam ser pré-fa-bricados de madeiras passíveis de obtenção ao longo do respectivo curso.O
Brasilnão mantém informações contínuas exatascom relação às suas estradas de rodagem. Já se calculouem
102—
129.057 milhas ocomprimentototal das estradas de roda-gem, das quais 112.400sãoapenascarroçáveis.
Uma
par-te relativamentepequena dasrestantes 16.657milhas apre-senta seções pavimentadas a concreto ou asfalto. Há di-versos projetos paraaamplaconstrução deestradasde
ro-dagem, os quais, com
uma
única exceção, não têm ido muitoalém da respectivaplanta.A
rodovia São Paulo-San-tos, sôbre a qual algum trabalho aconcreto já foi efetua-do, não está aindaem
condiçõesde ser concluída, por al-guns anos.Um
problema bastante sério parao Brasil, nesta épo-ca, éoda insuficiência decombustível para energia exigi-do pelassuas indústriase meiosdetransportes.Osestoquesdeóleodiesel, gasolina eóleos lubrifican-tes estão exgotados.
As estradasde ferrodedicam maisda metadede sua capacidade detransporteà obtenção edistribuição de ma-deira, sucedâneo muito pobre, até mesmo para o carvão nacional, de baixo rendimento térmicoe elevado teor
em
cinzase enxofre.Têmsido feitos esforços para impressionaro povoe o govêrno dq Brasil acêrca da necessidade de aumentar a produção etransporte litorâneo de carvão dos Estadosdo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para dis-tribuição e consumo, principalmente nos Estados
industrial-mente importantes de São Paulo, Rio de Janeiro eMinas Gerais. E possível que se verifique a paralização parcial
—
103de indústrias etransportes, antes que se dê ao assunto a atençãoquemerece.
Seriade
bom
alvitre nomear,com certa brevidade,um
sub-coordenador para todos ostransporteseinstalações por-tuárias, coma missãodeefetuar a necessária regulamenta-çãodosmesmos".Eis o sumário da monografia apresentada por Alex Tennant aquitranscritocomo
uma
excelente contribuição pa-ra a fixação das premissas às desejadas conclusões relati-vas auma
definição de política dostransportes no Brasil.À
outraorientaçãonãonosconduzemas conclusõesda missão Abbinlc, através do Relatório apresentado a 7 de Fevereirode 1949, ao então Sr. Ministro da Fazenda, re-lativamente aostransportes, a que cabeuma
real parcela, pelasuadeficiência,"noagravamentoda inflação,comoum
dosfatores importantesno aumento de preços".Pelo Relatório da Missão Abbink foi reconhecida que, na sua oportunidade, apresenta-se a vida econômica do
Brasil "emfasedetransição de
uma
excessivadependência da produçãoecomércio agrícola paraum
estado de maior diversificação das atividades produtivas através da industri-alização".Foi ainda reconhecido, como,
em
verdade, salta ao:olhos de todos nós,que o nosso país cobre
um
vasto ter-ritório,o quetantocontribuiparauma
ausênciade integra-ção de sua economia. Apurou-se que, de investigaçãoem
investigação, de observação
ém
observação, "os problemas econômicos variam de região aregião; os do interior pau-104—
lista diferem dos dosEstados, ao norte do Rio deJaneiro;
osdos Estadossulistas,comáreas recentemente colonizadas, diferenciam-se dosdo Nordeste, de colonização secular;os da região menos povoada, embora
em
desenvolvimento,do planalto centro-ocidental de Goiás, diversificam-se dos da bacia Amazônica no norte equatorial, de população ainda mais escassa. As cidades do Rio de Janeiro e São Paulo contém cêrcade doismilhõesde habitantescada uma, per-fazendo conjuntamente1/12 dapopulaçãototal.Uma
apre-ciável percentagem da população mesmo nas áreas menos esparsamente habitadas,viveem
grandepartefora da eco-nomia monetária”.
I
Eisporque é tão evidente encontrarem-se "todos os se-tores da economia brasileira dependentes, vitalmente, do desenvolvimento do sistema nacional de transportes. Esse sistema já era insuficiente, mesmo antes de 1929, pois, a maioria dos meios de transportes haviam sido original-mente construídos com ofim desatisfazerem às exigências dosmercados estrangeiros, paraos produtosbrasileiros,
em
vez deprocurarem atender às necessidades internasda eco-nomia brasileira.Desde 1930,entretanto, osmeiosdetransportes
—
espe-cialmenteos das estradas deferro—
têm sofrido um des-gaste considerável, primeiro devido às dificuldades finan-ceiras, duranteo período da depressão, e, maistarde, de-vido às dificuldadesem
obter equipamento no estrangeiro durante a guerra.—
105Tem-severificado, noentanto,
uma
considerável expan-são. Conquanto já se tenha efetuado o reequipamento de algumas das estradasdeferro,depoisdotérminodaúltima conflagração, ainda há muito que fazer.A
sobrecarga crescente do material, cada vez maisantiquado, juntamen-te com a localização e o alinhamento pouco satisfatório dos leitos ferroviários, afalta depadronização das bitolas, as falhas na administração e na direção, têm dado causa à lentidão dos transportes de carga e passageiros às fre-quentesinterrupçõesdotráfego, perdas e avarias das mer-cadoriasem
trânsito ou à espera detransportes, aos altos custos dêstese às operaçõessem lucros.Tôdasasferrovias brasileiras setêm vistoa braçascom problemasdedespesasdesaláriosecustodos combustíveise outras matériasprimas, causados nãosó pela referida con-flagração,como
também
pelarápidaaltadepreços verifica-danosúltimosdezanos.A
maioria delasnãopôderealizarum
ajustamento de tarifas, rápido e suficiente, de maneira apoderaumentarasrendasnaproporção das despesas cres-centesde operação.O
custo deequipamento, além disso, tantonoBrasil,como noestrangeiro,aumentou demodo
con-siderável,sem queasferrovias,paralelamente, se encontras-semem
condiçõesde acumular reservas,em
valor suficien-tepara compensar ovulto da depreciação e do envelheci-mento domaterial.Por isso, a situaçãofinanceira das estradasde ferroé séria.
Em
1944, tôdas,em
conjunto, tiveramuma
receitalí-quida de 308milhões de cruzeiros.
Em
1945,essa receita 106—
havia caído para 107 milhões. Em 1946 sofreram
um
dé-ficit líquido,
em
conjunto, de 147 milhõesde cruzeiros,- e,embora as estatísticascomparativas para 1947 e 1948, não
‘sejam ainda exatamente conhecidas,crê:se, noentanto,que as condiçõesfinanceiras do sistemaferroviário brasileirose tenham tornado ainda mais precárias, nesse período. Em 1946, somente 14 das49 ferroviasacusaram algum lucro.
Das restantes, 35 viasférreas, 31 acusaram déficits, sendo que4nãoforneceram relatórioerriseparado.
* Asdeficiênciasdostransportestêm retardado o desen-volvimento econômico do Brasil, por vários modos. Limita-ram o mercado de produtos industriais e fizeram com que a aquisição de matérias primas, para a indústria nacional, se tornasse excessivamente custosa.
A
exploração das mi-nastemsidoretardada, devido àineficiênciados meiospara transportaro minério eosprodutosdesuatransformaçãoaté ao consumidor, tanto do Brasil como do estrangeiro.Um
transporte moroso einadequado temsido responsável,além disso, porconsideráveisperdas eprejuízosdeprodutos agrí-colas e pecuários,
em
detrimento tanto do produtor como do consumidor.A
construção de armazénsfrigoríficos, pró-ximos doscentrosdeprodução,temsidogeralmente anti-eco-nômica,devido à falta detransporte frigorífico para levar oprodutodesses armazénsaos centrosconsumidores.A
comissãonãoprocurouinteirar-sedo método dos pro-jetosdetransportes, individualmenteconsiderados.Nem
pro-curou, tampouco, conhecerem
detalhes, as expressões to-tais, portanto, reais, dos recursos financeirosque deveriam—
107ser empregados para fazer face às justas necessidadesdo transporteno Brasil.
No
entanto,é evidenteque o desenvol-vimento econômico do país requerum
aumento de certo vulto, nos investimentos para a melhoria ou desenvolvimen-to do seu precáriosistema detransporte.— Um
esfôrçofoi feito para estudar essas necessidadese formular sugestões, com referência tanto à aplicação de novos investimentos quanto às reformas na direção e administração dêssesistema.Éesencial queas necessidadesdostransportes brasilei-ros
—
estradas de ferro, estradas de rodagem, aerovias, rios, portos, navegação costeira—
sejam consideradas no seutodo, invésdeoserem separadamente.Há uma
clara interdependência entre os diversostipos de transportes. Assim, o valoreconômico deuma
determi-nada ferrovia pode depender da construção de estradas locais, adequadaspara serví-la. Poroutro lado, a constru-ção de determinadas estradas de rodagem econômica-mente estaria plenamente justificada, de acôrdo com pla-no de cooperação entre o sistema de estradas coletoras locaise as rodovias principais, não se afastando, também, no estudo desses planos, das suas relações com o trans-porte ferroviário e outros".Em seguida, o Relatório apreciando cada
um
dos sis-temas adequados aos meios de transportes focaliza, atra-vés de sugestões e recomendações, as medidas atinentes àuma
solução desejada para os transportes no território brasileiro.Quem
se detivernuma
leitura cuidadosa do Relatório,apresentado pela Missão Abbink, há de concordar das mi-núcias de observações, da eficiência de apreciações, da realidade exposta,noquediz respeitoaostransportes, quan-to à situação do país; aquela Comissão se manifestava
"pela adoção de
um
programa de despesas governamentais cuidadosamente estudado".
Entrementes, surgiu no País com a Lei n.° 1.102 de 18 de Maio de 1950, o Plano Salte, que teremos ocasião de apreciar
em
outro capítulo, mas nesta oportunidade se faz focalizado,afim deacentuarmos que os resultados dos Congressos,das Conferências, das Missões, nãosetornaram indiferentes ao Govêrno Federal. Tanto é que, pela Men-sagem n.° 196, de 10 de Maio de 1948, fazia o então Presidente da República, General Eurico Gaspar Dutra, en-caminhar ao Congresso Nacional o estudo geral do pla-nejamento, que visava a saúde, a alimentação, os trans-portese aeducação,em
benefíciodo povobrasileiroe pela prosperidade econômicadoterritório.Já, por último,surgiu a Comissão Mista Brasil
—
Esta-dos Unidos para Desenvolvimento Econômico, cujo Relatório Geral e anexos vêm de ser publicados no ano próximo passado, dando conhecimento da realidade brasileira,em
setores básicos, nq estudo de todos os fatores que tanto concorrem para o desenvolvimento econômico do território.
Eisporque a parterelativa a Transportesconstituiu ma-téria dealta indagação e deobservações.
Assim, dentre as muitaspremissas,extraímos alguns
as-—
109pectos focalizados no Relatório daquela Comissão Mista, através de cuja leitura
bem
depreendemos das profundas investigações edo alto valor de suas conclusões."Devido à concentração das populações, diz o Relató-rio, ao longo da faixa litorânea,vem o Brasil, há séculos, dependendo exclusivamente da navegação costeira e das ferrovias, para resolver os seus problemas de transportes.
Estanorma, detão arraigada,condicionada detal
modo
o planejamento econômico nacional, que a reação imediata auma
crisedetransportes,em
qualquerparte, consiste usu-almenteem
recomendar a construção de novos portos ou mais estradas de ferro, ou a remodelação de instalações existentes. Aspossibilidadesdeoutrasmodalidadesde trans-portes passam completamente despercebidas ou são obsti-nadamente negligênciadas. Conquantoseja evidentemesmo
porum
rápidoexame dos recursosdetransportes existentes no Brasil, que se impõe a melhoria do sistema ferroviário, e, mais precisamente, de todos os sistemas de transporte, evidencia-se, também, que as necessidadesde transporte e o sistemabásico que mais econômicamente poderia desen-volver-se para satisfazer essas necessidades variam muito dé região para região".
A
longa e documentada exposição geral da situação dostransportes no Brasil, espeáficadamente examinadaem
relaçãoa cada qual dossistemas detransportes, pela Co-missão MistaBrasil-EstadosUnidospara Desenvolvimento Eco-nômico,bem
revelaarealsituaçãodedeficiênciados trans-110—
portes no país e os reclamos urgentes e imperiosos para adoção de
uma
reforma e orientaçãoque viessemassegurar a ambicionadaexpansão econômicadoterritórioe do povo brasileiro.Em capítulos posteriores, teremos, ainda, oportunidade detratardo Relatórioda ComissãoMista Brasil-Estados Uni-dospara Desenvolvimento Econômico.
PLANO NACIONAL DOS TRANSPORTES ANTECEDENTES
HISTÓRICOSConstitui, hoje, princípio reconhecido por todos, que o Estado é, a cadapasso, solicitado a praticar atos e adotar medidas necessárias à vida do sistema social. De
modo
quenão há tipode Estado indiferenteà ordem eco-nômica, não há tipode Estado que não seja, aseu modo, intervencionista,que nãopratique atosjulgadospela ordem econômica dominante como necessários à defesa nacional, à preservação dos seus princípios, à estabilidade do seu funcionamento."O
Estadosempreinterveio,na vida econômica—
diz-nos OctaviodeBulhões— em
todos os tempos. Nosdois últimos séculos, antes deAdam
Smith até 1914, interveio no sen-tido de auxiliar a iniciativa privada; após 1914, até nos-.sosdias,a intervençãodo Estadose caracterizou,principal-mente,como reguladoradasrelações dotrabalho".
É
bem
recente, de nossosdias, a açãoestatal através de múltiplasmanifestações.O
Estado,no exercício deuma
de suasaltas finalidades, no próprio senso econômico, zela pela produtividade, e, nesse sentido, devemos reconhecer no plano Marshall o ingente papel que desempenhou na Europa Ocidental, referenteà própriaeconomia dessa par-te do mundo, assegurando atéuma
estabilidade política.No
próprio VelhoMundo,aíestão a Inglaterra, a Ho-landa, com seus planos, visando aumentar a produtivida-de,-aAlemanha,ainda na suaingente luta pela reconstru-ção e recuperação de suas indústrias; os países da Euro-paOriental, sob planejamentototal da economia, nos mol-desda economiadita coletivizada.
Entre nós, no Brasil, já se vem observando
uma
ori-entação nova no sentido de instituiçãode plano nacional, coma fixaçãode programas, para coordenaro desenvolvi-mentoeconômico.E muitofelizfoioConselho Nacional de Economia
ao
precisar que "a organização política brasileira, atendendo a
uma
justa divisão da autoridade administrativae dando ao poder dos Estados e Municípios a independência indis-pensável ao desenvolvimento regional, atribuiuao Govêrno Federal a função precípuade manter oequilíbrioentre es-ses orgãos, e cuidar diretamente dos territórios sub-desen-volvidos. Mas,nãoéapenas coordenandoasfôrçasque im-pulsionam as regiõesqueserá conseguida a harmonia eco-nômica e social.Compete
também
aopodercentralaarticulaçãodos $e-114—
tores produtivosentresie com a
mesma
consumidora. Ten-doem
vista aceleraro desenvolvimento, a função coorde-nadora da União começa com a instituição de diretrizes, que, dentro de certo período, determinarão a convergência dos programas administrativos regionais e lhes darãoum
sentido nacional comum. Bastaria, dizoConselho Nacional de Economia, o imperativo da articulação administrativa, para justificara conveniência de planosdeconjunto".
Considerando o setor transportes, entre nós, no
Considerando o setor transportes, entre nós, no