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PAÍSES Superfície Total

No documento j (páginas 157-163)

*)Fontes

Anuário Estatístico do Brasil

1954, Statistica!

Yearbook UnitedNations1954,Moody's1954, Statesman's Year-book

-1954,AnuárioEstatísticodaEspanha. 1954. (1) Inclui aEscócia,a Inglaterra,o PaísdeGaleseaIrlanda do Norte.

(2)Osdadosse referemàfrotamercanteem 30 dejunho. A tonelagembruta é expressaemtoneladasde arqueação(2830m3 ou 100 pés cúbicos ingleses) e abrange o total dos espaços destinados ao serviço da guarnição, máquinas, paióis de car-vão,etc.

(3) Incluindo Trieste. (4)

(*)Dadossujeitosa retificação.

(5) Exclusivaa Irlandado Nor-te.

(6) Dados de1950.

Dados de 1949

(8) Dados de 1951.

(9) Dados de 1952.

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ferroviário brasileiro padecia do desgaste do material rodante eda

conservaçãodaviapermanente, sobretudo pelo

mau

tratamento notocanteà sua manutenção.

Evidentemente, o conflito mundial determinou o blo-queio, por assim dizer, de nosso país

em

relação a to-dos os derpais países produtores de materiaisferroviários.

As dificuldades,ou antes,a impossibilidadeda execuçãodo comércio de cabotagem, as restrições quase que absolutas de importação detodoo material indispensável aosistema ferroviário, exigiram extraordinários esforços dos responsá-veis pelas ferrovias nacionais, afim de manter o serviço dentro das reais possibilidades.

Assim, no quedizrespeito àtração,estabelece Glycon de Paiva

um

quadro sôbre o estado das 3.671 locomoti-vas existentes no país:

IDADE

DAS

LO-

NOMERO

COMOTIVAS

(anos)

De mais de 60 497

50 a 60 326

40 a50 1.076

30 a 40 574

20 a 30 522

10 a 20 256

Menos de 1

0

81

Não

apurada 289

Total 3.671

154

Ainda a respeitodas idadesdas locomotivas, recorde-mos o discurso do ex-Deputado Federal, Agostinho

Mon-teiro, na Assembléia Constituinte, que focaliza a situação deverdadeira angústia dostransportesno país. Eisum tre-cho expressivo: "Ainda na semana passada, o Sr. Minis-tro da Viação, inspecionando a Estrada de Ferro de Bra-gança, noPará, assim seexpressou: "Estalocomotiva é mais velha do que eu".

A

máquina era, reálmente cinqüente-nária, como tôdas as demaisque servem na única Estrada de Ferro da minhaterra".

À

Comissão Mista Brasil-Estados Unidos para o De-senvolvimento Econômico, recentemente, não passou desper-cebida a situação desesperadora, angustiosa,do serviçode tração de nossas estradas, quandoescreveu.- "As locomoti-vas a vaporqueimam carvão mineral, nacional ou estran-geiro, lenha,além deoutros combustíveis.

Essas máquinas,

em

sua maior parte, são obsoletas.

Cercade duasmil têm maisde 30anos de idade. Destas, 350 são dè bitola de 1,60. Cêrca de 700 têm 20 e 30 anos, sendo 179 de bitola larga. Embora as unidades ob-soletasestejam espalhadas por tôda a rêde férrea do país, a maior percentagem se encontra nas estradas do Nor-deste e Norte, onde mais de

70%

das locomotivas a va-por ultrapassam mais de 30 anos de idade".

Por outro lado, cumpre registrar a situação vexatória para osistema ferroviário brasileiro,com aadoçãode uma variedade de tipos e de diferentes procedências, de loco-motivas, quer de tração a vapor quer de traçção Diesel,

155

quer de traçãoelétrica, que importa

em

sérios embaraços para a manutenção de estoques, de peças e sobressalen-tes, cuja falta tanto dificulta os trabalhos de reparação, tipos de locomotivas a vapor que, segundo dados existen-tes e a classificação de Whyte, atingem a 38 tipos di-versos.

Nos últimos tempos, vem-se registrando

uma

preferên-cia para as locomotivas de tração Diesel. Segundo obser-vações econclusões, elasoferecem muitas vantagens,tais

co-mo

granderaiodeação,maior potência sôbrelinhapouco ro-busta, serviço cômodoe econômico,utilização maisintensiva;

vantagens que,decertomodo, superamos seus inconvenien-tes apontados pelos que se

opõem

à adoção da tração Diesel, como sejam:

dispêndio de divisas, com a impor-tação de óleo; paralisação das máquinas, na falta de su-primento do óleo; a ausência, no país, de oficinas de re-paraçõese pessoal habilitado.

Quanto à tração elétrica, vem obtendo novas con-quistas, considerando o aumento de instalações elétricas, decorrente de maior distribuição de rêde elétrica, como recentemente,vem de seoperar nos Estados de Minas

Ge-rais, Bahia, Pernambuco, sob a ação benéfica da insta-lação degrandes usinas,como

em

Minas e a inauguração das Usinasde Cotegipe, sob a ação dogás deAratu, na Bahia, da qual é privilegiada a V.F.F. Leste Brasileiro,-e para cuja construção concorreram o idealismo eo dina-mismo de seu inesquecível Diretor, Engenheiro Lauro Fa-rani Pedreira de Freitas, o fundador dessa esplêndida Usi-156

na e da Usina de Paulo Afonso, obra marcante para o progresso do Nordeste brasileiro.

Além do aspecto angustioso, no relativo âtração, en-contram-se.também as estradasde ferro do paíssob pro-fundas dificuldades quanto ao material de transportes,

co-mo

sejamcarrose vagões; isso levou oMinistroda Viação,

em

1946, General João de Mendonça Lima,a proferir na Comissão de Investigação Econômica e Social, aquela cé-lebre advertência: "Necessitamos de locomotivas, materiais detôda a ordem, e nunca menos de50 mil vagões".

É tal o estado do equipamento ferroviário, no país, que se poderá responsabilizá-lo como o determinante das máscondições dos serviçosdetransportes,

em

geral.

A

va-riedade com quese apresenta,

em

suascaracterísticas, ten-do

em

vista a categoria decada veículo, aalta

percenta-gem

de material obsoleto e

em

mau es'tado, a deficiência desuacapacidadedesproporcional às necessidadesdopaís, tudo isto vem Influir para que o sistema dos transportes ferroviários no país mereça o juizo que dêle fezAlex Ten-nant achando que os nossos transportes têm "um pouco domelhor e muitodopior".

Constitui princípioqueaeficiência dasestradas decor-re,

em

grande parte,do altorendimento e da conservação fácil doseuequipamento. Entre nós,infelizmente, não ocor-resemelhanteorientação,tendo

em

vistaa

qualidadedo material,sôbre seremobsoletos, setornam inadequadospelas suasestruturas,por sua qualidade, peloseu sistemade

cons-—

157

truções,comopeçasdeaço,fundido,truquesdebarra,peças aparafusadas, minúciasdasportas, etc.

Pelos quadros abaixotranscritos, datados de 31-XI 1-51,

observamos a desproporçãoentrea quilometragem de nos-sas estradas deferroe asdistânciasdenossopaís,com as necessidades marcantes do setor detransportes,enfim,com aatual realidadeda expansão da economiabrasileira,que,

em

semelhante sistema de transportes, encontra embaraços dealtoporte.

CARROS TOTAL

Administração 298

Restaurante 216

Dormitórios 277

Especiais 561

1.a

Classe 1.483

2.° Classe 1.433

Mistos 296

Correio 77

Bagagem

715

Bagagem

e Animais 165

Diversos 1.414

6.935

158

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