O PROBLEMA DOS TRANSPORTES
ESUA REPERCUSSÃO NA
VIDANACIONAL - CONGRESSOS
ECONFERÊNCIAS
A
matéria relativa ao problema dos transportese sua repercussão na vida nacional encerraem
si dois aspectos:um, a maneira por que vem sendo apreciada, através de estudos, congressos e conferências, matéria deste capítulo,-outro,oestudo geraldos diferentesplanes jáapresentados até hoje,paraencaminhamento dasoluçãodo grandee gra-ve problemadostransportes no Brasil, aspectodenosso es-tudo queconstituirá ocapítuloimediato.
É incontestequeo grande problema das comunicações seresumena utilizaçãodaslinhas naturaisdecirculação pe-loemprêgo demeiosdetransporteadequados.
Já observamos, através do estudo da evolução dos transportes no Brasil que,
em
primeira linha, usado, comofoi, inicialmente, o transporte marítimo, nunca teria sido tãofácil a soluçãodesemelhante problema, que, por assim dizer,se circunscrevia ao regime dostransportes unilaterais.
—
79-Adstritas as comunicações, de princípio, entre os diferentes portosda longacosta oceânica,o problemaseresumia,
em
síntese, na eficiência e qualidade dos meios empregados para a realização de tais transportes unilaterais.
Com
a evolução, entretanto, da técnica, desta nova fôrçaque imprimiu aomundo uma
propulsãode atividades, com o aparecimento do motor de explosão, manifestaram-se os transportes mistos. Vieram êstes provocar, na com-plexidade de sua expansão, sérios problemas de comuni-cações, tendoem
vista a variedadede soluçõesque pode-rãoser admitidas.f
No
Brasil, da etapa dos transportesunilaterais passa-mos para ostransportes mistos, a queassim impuseram a evolução de nossa economia, as condições morfológicas de nossoterritório,a ausência desistema coordenado de trans-portes, a própria evolução da técnica dos meios de trans-porte, enfim,uma
multiplicidadedefatores;issodeterminou, entretanto, osentrechoquesda competição quese apresen-tam a cada passo e queestãoa reclamaruma
orientaçãoem
definitivonosentidodeuma
necessáriaerealcooperação.Como
seentendem os transportesmistos? Quais as ra-zões que os justificam? Quais as modalidades de sua exe-cução? Quais osseus efeitos? Sãoquestões que na atuali-dade, surgem a cada passo, na apreciação dos meios de transportes utilizados pela hodierna civilização.O
emprêgo generalisado dos transportes mistos de-verá ser entendido como o fato de dispôr ohomem
demúltiplosmeios detransporte,para a necessáriasolução dos problemas decomunicações.
As razões que justificam o emprêgo do sistema dos transportesmistos variam de acôrdo com as mais diversas circunstâncias com que se apresenta cada país no resolver osseus probelmasdecomunicações.
Situandoas diversasmodalidades pára a execução dos transportes mistos teremos que considerar a imediata apli-cação dos veículos
em
função doespaçoem
que se movi-mentam,seem
água, seporterra,senoar.A
êsse respei-to, atécnica apresentadiferentes püdrões,sempre com ten-dência;deaperfeiçoamento.Ao
investigarem-se os efeitosdecorrentes da pluralida-dedostransportes,comostransportes mistos,condições múl-tiplasdeverãoser observadas quantoà excelência dos tra-çados, à qualidade do material empregado, ao equilíbrio dossistemas utilizadosestabelecidosnacoordenaçãoentresi.Entre nós, no Brasil, ao sairmos dos transportes unila-terais,procuraramosnossos antepassados estabeleceros pri-meirospassosparaa pluralidade dostransportes,coma ado-ção dos transportes mistos, através dos sistemas marítimos, fluvial edas estradas deferro.
Entretanto, no apreciarmos a implantação do regime da viaçãoférrea entrenós,acreditamos, com profundo pe-zar, quea série de dificuldades encontradas, no curso de sua expansão, determinou que, ainda hoje, apresente o nosso país tãobaixa quilometragem.
Não
atingiu a maturi-dade circulatóriatão desejada, tendoem
Vistaavastaex-—
8ftensão territorial e o crescimentodo comércio,da indústria eda produçãoagrícola.
No
estudo e nas observações do problema circulatório deum
determinado país,cumpreexaminar as condições pe-las quais devem seradotados os transportesmistos.Entre nós, no Brasil,esses aspectossão, acada passo, observados pelosestudiososno quesereferem às condições topológicas do nossoterritório; haja vista a navegação do São Francisco, articulando norte-sul, Madeira-Mamoré, pre-enchendo
uma
lacuna fluvial, etc. E outros aspectos que tanto atenderiam ao sonho do Engenheiro Bicalho, no seu projeto de transportes, fundamentado precisamente nosis-tema da cooperaçãodostransportes,determinando,
em
con-sequência,a continuidade das comunicações.No
capítulo imediato, a respeito dos diferentessiste-mas detransportes surgidos, atéestadata, no Brasil, pode-remos fixara sériede percalços quetanto influem para a morosa implantaçãode
um
determinadosistema satisfatório.Etaisaspectossão constantemente expostos,veiculados
em
tôdas asoportunidadesem
queestudamos as nossas con-diçõeseconômicas e são aífixadasconclusões, dirigidasao Govêrno da República, comoadvertência contra a omissão, a indiferença,a descrença, a inérciaeoimpatriotismo.
Quem
acompanhou evem observando asériede con-ferências econômicas e as conclusões dos relatórios apre-sentados pelas diversas Missões que têm visitado o nosso país, nestes dez últimos anos, observará, certamente,o es-82—
fôrço das nossas classes produtoras e do próprio Govêrno Federal para fixarnormas deconduta
em
proldum
maior desenvolvimento econômico do país.AsconclusõesdaConferência dasClassesProdutorasdo
Brasil, consubstanciados na Carta EconômicadeTeresopolis, deMaio de 1945, outrosentidonãoespecificam. Era
reali-zada aquela Conferência precisamente numa oportunidade como a do após-guerra, "no momento
em
que, num clima deprofundas transformações mundiaisde ordemeconômica, social e política, o Brasil seprepara para reestruturar suas instituições degovêrno", entendiam a Agricultura, a Indús-tria e1o Comércio nacionais, representados por entidades máximas, de "seu devertrazer a contribuição de sua ex-periência e do seu patriotismo, para que, nos rumos a se-remtraçados a vidadopaís,nossetoresdesuasatividades, sejam adotadas soluções que atendam aos justos anseiose interêssesdacoletividade,daqualsão parteintegrante".
Na
consideraçãodos problemasquetantoafetam a or-ganizaçãodopaís, valedestacar, pornecessário,deacorda com a diretriz do nosso trabalho, o referente aos "trans-portes", que não deixoude ser devidamente encarado na-quele Congresso, com as características peculiares, "o pro-pósito*de fazer convergiros esforçosdetodos. Povo e Go-vêrno,paraquesejaalcançada sua realização,no mais cur-to prazo,em bem
da segurança, do progresso eda feli-cidade nacional".Assim é que, no Título III, da energia, combustíveis e transportes, firmou aquela Conferência os seguintes
princí-—
83pios.-
—
"Sendo a falta detransportes,em
gerai,um
dos problemascruciaisdonossopaís,pensamdevemser êles es-timuladosdetodos osmodose,bem
assim,promovidaa uni-formização das condições técnicas e do material rodante das ferrovias. Havendo no Brasil carência decombustíveis, e prestanda-se admiràvelmente a energiahidro-elétricaà tra-çãoferroviária,julgamda maior conveniência que,ondefôr possível obter-seeletricidade abaixocusto eonde as con diçõesdetráfegoo justifiquem,seja promovidafacilidadee auxiliada a eletrificaçãodasviasférreas. Para alcançarem oobjetivoprimordial dacirculaçãoda riqueza,emprêsasde transporte de propriedade dos Poderes Públicos devemfi-xar astarifas de
modo
queseusrendimentos correspondam aos gastos de manutenção, melhoramento, renovação e ex-ploração, nãovisando, portanto,lucros comerciais,e sendo-lhes dada autonomia administrativa"."Julgam que os prolongamentos, desmembramentos e anexações devem ser feitos com exclusão do conceito de geografiapolíticaregional eobedeçam tãosòmente às con-veniências geográficas, físicase econômicas do país. Bem assim não seja permitida a retirada de trechos de estra-das
em
tráfegosemconsulta prévia às zonas afetadas, para que sejam atendidosseus interesseseconômicos"."O
impôsto único cobrado sôbre combustíveise lubri-ficantesdeve ser totalmentedestinado à construção e con-servaçãode rodovias,em
mcfior proporção para os Estados e Municípios, do que para a União. Quaisquer taxas de 84—
serviçosdetransporte rodoviáriodevem serdomesmo
modo
aplicadas exclusivamente naquele objetivo". ."Sendo incontestávela necessidade de
uma
perfeita co-ordenaçãodostransportes,atravésdosdiversos sistemas,jul-gam
aconselhável o melhor entendimentoentreos autais de-partamentos oficiaisparaa organização,deum
plano geral,em
bases racionais e econômicas. Dentro desse plano de-verão serfeitos o desenvolvimento e o reaparelhamentode todos os transportes coletivos civis, sejam públicos ou pri-vados"."Sendo o transporte fluvial reconhecidamente de bai-xocusto, impõe-sepromover aintensificaçãodotráfegodos rios navegáveis.
A
navegação nos riosdaAmazônia e nos demais riosdo paísexigeum
regulamentoespecial ajustado àscondiçõespeculiaresdecada um.A
navegaçãode cabo-tagem é indispensável à ligação das regiões ao longo da costae deveserdesenvolvida. Desdequeas condições eco-nômicas o justifiquem e as geográficas o permitam, deve ser promovida com o auxílio do Govêrno Federal, a cons-truçãoou o reequipamento dos portos marítimosexistentes, condicionada à mais absoluta necessidadedequehoje, pe-lo menos,um
pôrto aparelhadoem
cadaEstado litorâneo.Recomendam a criação, nos grandes portos, de Bolsas de Fretes, porser
uma
das condiçõesdobarateamento dos fre-tes marítimos internacionais"."Sendo parao Brasil,
em
vista desua vasta extensão territoriale condiçõesorográficas, deincontestável interêsse, desenvolver otransporteaéreo,e,em
virtudedos progressos—
85da aviação,
—
apoiam o prosseguimento do programa de construção de novos aeroportos, disseminadosem
todas as regiõesdo país eque sejafacilitada e auxiliada a intensi-ficação dotráfego aereo, tanto das empresas nacionaisco-mo
dasestrangeiras".
Como
se vê,tais recomendações nãosó analisam,em
síntese,as condições que, na época, apresentavam os trans-portes no nosso país, decujo quadro, hoje, não nos acha-mosdistanciados; indicam
também
osmeios seguros e ade-quados,à expansão econômica denosso país.Destaquemosainda dentre asRecomendações, a relativa ao estímuloao planejamento,istoé, "á organização de
um
plano geral,em
bases racionais e econômicas", mas que possa atenderauma
desejadapolíticade "perfeita coorde-naçãodostransportes".
Como
se vê, o problemadostransportes,na realidade brasileira, tão sensível à economia nacional, vem preocu-pando homens deresponsabilidades,representativasdas clas-sesprodutorasem
geral, no país.Um
filósofoespanhol, depoisde dizer que cada gera-ção reflete a pulsação histórica deseu país, diz que "as gerações,comoos indivíduos, faltam,àsvêzes,à sua voca-ção e deixam de cumprir sua missão. Há, comefeito, ge-rações infiéisasimesmas, quetráem a confiança nelasde positada".
No
casodaConferênciadeTeresópolis,aquelageração que alise apresentou estava a "cumprir a sua missão his-tórica","fiel àsimesma", porque estava fielà sua Pátria.Já a II Conferência Nacional das Classes Produtoras realizada
em
Araxá, de 24a 31 deJulhode 1949, ainda dentro do mesmo programa de movimento de classes pro-dutoras "para o acerto de opiniões e afirmação de prin-cípios convergindo no traçado de rumos e soluções opor-tunas, para os atuais problemas econômicosdo Brasil", foi mais longe quea deTeresópolis, no articularosseus prin-cípiose nofixar as suasrecomendações, relativamenteaos transportes e comunicações.Era, ainda a sensibilidade aguda de mais
uma
ge-ração que, vivendo numa atmosfera de necessidades pre-mentes,"cumpria a sua missão" aoexpôr à População eao Govêrno,medidase recomendações necessáriasà maior ex-pansãoeconômicadopaís.Assim norteou-se a II Conferência Nacional das Clas-ses Produtoras,realizada
em
Araxá:A
II Conferência Nacional dasClasses Produtoras Considerando:a)
—
a enorme importância que, para o desenvolvi-mento de nossomercadointernoe de nossa política de ex-portação, apresenta aexistência deum
sistema eficiente e coordènado dosdiversos tiposdetransporte;b)
—
que, sem embargo dos grandes progressos veri-ficadosem
outros setores, as ferrovias constituem ainda o mais importanteramodostransportes nacionais;c)
—
queas estradasde rodagemtêm,hoje,entre nós, a função pioneira do desenvolvimento de regiõeseconômi-—
87camenteincipientesequeaotráfego rodoviáriojácabe
uma
parteponderável dos nossostransportes;d)
—
quea navegação de cabotagemfluvial elacustre constitui elemento essencial do sistema de transporte brasi-leiro, que igualmente exige o desenvolvimento da aviação comercial;Recomenda:
A —
Políticageral dostransportes.1
—
urgência na aprovação, pelo Congresso Nacional do Plano Geral de Viação Nacional e do Plano Salte na partereferenteà Viação e Transportes equelhessejadada imediataexecução,-2
—
o prosseguimento,semsoluçãodecontinuidade ou reduçãodoritmodetrabalho,doPlano Rodoviário Nacional;3
—
a continuaçãodeum
Conselho Nacional de Via-çãoeTransportes,coma participaçãoderepresentantesdas Classes Produtoras, porelas indicadas,eaaprovação para êsse fim do projetoem
estudo no Congresso Nacional;4
—
que, paraorientaçãodosserviços decadaum
dos sistemas de transportes, sejam organisados departamentos autônomos nacionais,de que participemas Classes Produto-ras,comrepresentantes porelasindicados;5
—
a intensificaçãodosserviçoscoordenadosde trans-portes ferroviários,rodoviários efluviais,unificando-os, quer pelo tráfego mutuo, quer pelaorganizaçãodeemprêsasde transportes mistos.6
—
que, na fixação dosfretes, seja mantida a rela-ção técnica e econômicamente justificável, entre os fretesdas matérias primas e dos produtos industriais,visando obter
um
mínimodefretenaformação docusto dessesprodutose alcançar odesenvolvimento harmônico e racional das .dife-renteszonas industriais do país;7
—
que sefacilitem e intensifiquem as ligações tele-fônicas interestaduais;8
—
quese estabeleçaum
regime de prioridade para otransportede produtosperecíveise deterioráveis,bem co-mo, nas épocas próprias, de forragens concentradas, fa-relos, rações balanceadas e feno e alfafa para a alimen-tação de gado e aves;9
—
que aaçãogovernamentalobjetiveo máximo de-senvolvimento e eficiência de todos os ramos de transpor-tes, deixando aos utilizadores a livreescolha daquele que maisconvier,-10
—
a congregação de um Congresso Nacional de Transportes, com a participação de técnicos e representan-tes dasClasses Produtoras, porelas indicados;11
—
que, visando sua rapidez e segurança, sejam tomadas medidas radicais e urgentes para a remodelação e ampliação dos serviçosde correio, telégrafo e telefone, ou sua instglação nos municípiosque delesnãodisponham,bem
como para o desenvolvimento das radio-comunicações, medidas essas ora possibilitadas pela maior arrecadação atualresultantes do recente aumento detaxas;12
—
encarem os Poderes Públicos a necessidade im-periosa de que vigoreum
único Código de trânsito, paro—
89todoo país e que assim se evite
uma
inadmissível plurali-dade de regras decirculação deveículos;13
—
queserepresentenoCongresso Nacional no sen-tido da alteração do Código Nacional de Transporte, demodo
a permitir que os veículos rurais, camionetes, etc., licenciados com chapa particular, sejam conduzidos pelos seus próprios proprietários ou motoristas amadores;14
—
que, enquantoa iniciativa particularnão o pro-ver, estudem os PrefeitoseCâmarasMunicipaisa manuten-çãopelosMunicípiosdeum
serviçodetransportes,pelo me-nos três vezes por semana, entre a estação ferroviária ou centro de recursosmais próximo e cada núcleo de cem ou mais lavradores.B
—
Transportes ferroviários.1
—
a ampliaçãodosistema ferroviário brasileiro, ten-doem
vista, especialmente, articular,em um
conjunto úni-co, asdiferentes rêdes isoladas atualmente existentes;2
—
a melhoria dos traçados das linhas de maior in-tensidade detráfego,a modernizaçãoea padronizaçãodo material rodante e de tração, a organização de oficinas modernasebem
aparelhadas,medidasessasque devemser executadassemesmorecimentos,tendoem
vista especialmen-teoplanodereequipamentóferroviárioaprovado, pelo de-creto número 8.894 de 24 de Janeiro de 194ó;3
—
o prosseguimento dos trabalhostendentes à uni-ficaçãode bitóla de l,60m, nasgrandes linhas troncos-na-cionais,-4
—
a revisão das disposições legais, referentes às 90—
estradas deferro, no sentidodasupressão deformalidades desnecessárias que não existem
em
outros sistemas, e libe-rando-as de qualquer função fiscalizadora e de arrecada-ção de trjbutos; nêsse sentido é sugerida a eliminação dos"vistos" prévios nos conhecimentos de embarque, que po-derãoservantajosamente substituídos pela remessa de
uma
cópia dos mesmos às repartições fiscalizadoras;5
—
a criação deum
Fundo Ferroviário, nos moldes do Fundo Rodoviário Nacional e sem prejuízo do mesmo que não deverá ser desfalcado de seus atuais recursos provenientes da tributação de lubrificantes e de combustí-veis líquidos importados ou produzidos no país;ó
—
a eletrificaçãodasviasférreasde grandetráfego, com a utilização da energia proveniente, quer de usinas hidroelétricas, quer de usinas térmicas, que usem combus-tível barato;7
—
a maiorautonomia das administraçõesferroviárias, simplificando os regulamentos que as regem e adaptando-os ás necessidades deum
serviço industrial, fundamental-mentediversas das deuma
repartição pública;8
—
providências tendentes á economia de combus-tíveis, quer pela adaptação perfeita da fornalha ao com-bustível,quer pela educação defoguistase maquinistas;9
—
que seja incentivado, por meio de financiamen-tos ou subvenções que se tornarem porventura indispen-sáveis, o estabelecimento deuma
rêde desilosou câmaras•frigoríficas ao longo das vias de comunicações do país, funcionando como reguladores destinados agarantira
pro-—
91dução dedeterminadasregiõescontraadeficiênciade trans-portesnaépoca das safras, eque, para isso, sejam apro-veitados, tanto quanto possível, os atuais armazéns regu-ladoresde café,ou outros adequados aêsse fim;
10
—
que sejam adotadas tarifas preferenciais para os produtos destinados à fertilização do solo, alimentação dos rebanhos e ao combateàs pragas.C —
Transportes rodoviários1
—
elaboração deum
programa de primeira urgên-cia para a pavimentação das nossas principaisrodovias,-2
—
que seja dada preferência aos serviços de con-serva das rodoviassôbre aexecução de novas obras, sem-pre queos recursos disponíveis não permitam atender, con-veniente e simultâneamente, aos dois objetivos;3
—
a organização de planos rodoviários regionais, visando a ligação daszonas produtorascom os centros ur-banos e a coordenação das rodovias com as estradas de ferroe os riosnavegáveis;4
—
a organização deconvênios ou consórcio deMu-nicípios,para a execução,
em
comum, deobras rodoviárias;5
—
a constituição deuma
Comissão Técnica Nacio-nal ede sub-comissões estaduais, com a participação das Classes Produtoras, afim de, atendidas as condições locais, estudar e sugerir aos Poderes Públicos, pelo exame das diversas soluções possíveis, as mais aconselháveisa amplia-ção dos recursos rodoviários, tais comoos provenientesde pedágio ou de contribuiçãode melhorias;6
—
que a cobrança de pedágio, mediante contribui-92—
ção adequada, só seja feita quando forem insuficientes os recursos orçamentários disponíveis para a indenização das despesas de construção, conservação e melhoramentos de rodovias depavimentação superiore obras dearte de vul-to e se as condições peculiares locais hão o desaconse-lharem;
7
—
oestudoda possibilidadedeseroutorgada a par-ticulares a concessão para a execução de obras de arte ou estradas de rodagem, mediante a cobrança de pe-dágio;8
—
medidas prontas que possibilitem o lançamento de empréstimos a longo prazo, tendo por garantia quotas do Fundo Rodoviário Nacional, afim de apressar a execu-ção dosplanos rodoviários existentes;9
—
que sejaapressada a construçãoda rodovia São Paulo-Belo Horizonte, do Plano Rodoviário Nacional.D
—
Transportes marítimos e fluviais1
—
a concentraçãodepoderes,em um
orgão gover-namental único, com jurisdiçãosôbre os problemas de1