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3. Dimensão técnica da DTVi

3.3 Canal de retorno interativo

Segundo ALMEIDA, 2004, a percepção da qualidade de conteúdo e a diversi- ficação da programação televisiva são influenciadas diretamente pelo capital cultural de cada telespectador. O contexto cultural no qual a pessoa está imersa influencia o consumo de conteúdo veiculado, motivando a mudança de canais em determinados horários, sem, contudo, alterar o alto interesse da população em relação à televisão. Televisão tem sua estrutura e sua formação consolidadas em um mercado de mas- sa, que busca homogeneizar a programação em todo o país. A recepção da progra- mação televisiva tem sentidos diversos para públicos distintos, seja em termos de classes econômicas, gênero, região ou idade. Dessa forma, a mesma programação pode ter um impacto, e consequentemente uma valorização diferenciada, de acordo com os contextos socioculturais. O entretenimento representado pelas novelas, por exemplo, é muitas vezes percebido pela população como fonte de informação e é notoriamente considerado grande influenciador comportamental, haja vista o preço avultado das inserções de anúncios e do merchandising em seu conteúdo Mas sua principal conclusão é que a interatividade contrapõe a lógica desse modelo. A DTVi deveria trazer consigo a possibilidade de acesso a redes de informação, bibliotecas de conteúdo audiovisual, e prover recursos para a comunicação entre indivíduos,

como “T-mail” e “videofone”, ferramentas cujos os efeitos de uso e tem importância central em um maior impacto sócio-técnico na adoção em sua adoção no Brasil.

O estudo do CPqD (2004) revela que os participantes dos grupos focais reali- zaram críticas ao atual conteúdo da televisão. Adolescentes, criticam a rotina da programação e se interessam pela idéia da DTVi. Porém, revelam também sua pre- ocupação de que o advento da DTVi pouco pode alterar esse quadro se a progra- mação e seu conteúdo padrão não se modificarem também. Há uma visível preocu- pação dos entrevistados no provimento de acesso aos que não o possuem, como meio de suprir a demanda por inclusão digital e a novos serviços públicos interativos. Entre as expectativas levantadas em todos os grupos em relação à DTVi, destaca-se a possibilidade de se libertar da grade de programação, adequando a programação aos seus horários e ritmos cotidianos. A idéia de juntar formatos distintos em uma possível convergência é muito bem aceita. Mas as opiniões divergem quanto ao uso da TV. Para os adultos, os serviços públicos voltados à educação e à saúde têm mais valor; para os adolescentes, o entretenimento, em especial os jogos. Além des- ses fatores, diversos serviços são mencionados: (i) serviços ligados à saúde, como o agendamento de consultas e informações, particularmente de primeiros socorros, (ii) serviços ligados ao transporte, como informações sobre os horários dos ônibus ur- banos, condições do tráfego nas vias públicas, (iii) possibilidade de enviar e receber e-mails, (iv) serviços relacionados à educação, tanto no contato com as escolas, ma- trículas, informações sobre a rede pública e cadastro escolar, como programas edu- cativos e interativos, com espaço para perguntas e respostas, (v) serviços e informa- ções sobre segurança pública e sobre o judiciário, (vi) serviços de defesa do consu- midor e orientação civil, (vii) contato e informação com os governos, nas esferas le- gislativas e executivas, incluindo o orçamento participativo, bem como comunicados á população, (viii) serviços interativos de compras, supermercados, comércio em geral, (ix) serviços bancários, (x) informações locais como consulta a lista telefônica, previsão do tempo, agendas culturais e de lazer, etc.

Atributos como qualidade e diversidade de canais são os mais facilmente per- cebidos pela população como de utilidade, uma vez que atualmente são oferecidos pelas operadoras de TV por assinatura e são rotineiramente explicitados à popula- ção por meio do esforço de propaganda. Esses atributos também fazem parte do imaginário sobre a evolução da TV tradicional e têm sido reforçados pelas experiên-

cias providas pelo CD e pelo DVD, ao passo que a interatividade representa, para muitos usuários, uma novidade difícil de avaliar claramente. A pesquisa do CPqD (2004) revela que a possibilidade de se acessar a Internet pela televisão apresentou um percentual superior de preferência da expectativa dos habitantes dos domicílios da classe “A” em comparação com os da classe “E” (70,7% e 39,4%, respectivamen- te). Como a classe “E” quase não possui acesso a esse serviço, seu conhecimento sobre suas possibilidades e importância é limitado. No entanto, esse interesse mani- festa-se de outras formas: pela procura por telecentros e pela alta taxa de cresci- mento do acesso a Internet nas residências com renda disponível. O atributo "ter um canal com mais informações ao cidadão" apresenta uma situação inversa, ou seja, os domicílios de menor renda dão maior importância e têm maior interesse pelas informações de serviços públicos. Essa manifestação origina-se de um anseio da população em receber mais informações e poder usufruir dos serviços públicos, não necessariamente de abrangência nacional, mas essencialmente mais próximas à sua realidade. Estes devem ser serviços essenciais na garantia da cidadania e que contribuam para a inclusão social dos menos favorecidos. Constatou-se ainda, no imaginário do brasileiro, uma forte dissociação entre a TV e as redes de dados (In- ternet). A TV está fortemente associada ao entretenimento, ao passo que o compu- tador não. Na maioria das vezes, ele é associado a estudo e trabalho.

Os atributos relativos a um maior acesso a informações apoiadas na progra- mação, como a possibilidade de escolher o final de um programa, votar em progra- mas a serem exibidos, ter mais informações sobre o programa e poder escolher dife- rentes ângulos de câmeras, não obtiveram uma alta classificação na pesquisa. To- davia, a possibilidade de serviços paralelos à programação, como acesso às redes de informação e aos serviços de comunicação com o governo e de informações ao cidadão, apresentou uma aceitação relativamente alta. Na abordagem qualitativa, a constatação que a interatividade é melhor avaliada quando associada a algum servi- ço de utilidade pública é melhor revelada, seja na crítica à programação e conteúdos atuais, seja na expectativa de uma televisão diferenciada, com uma programação ajustável ao interesse do telespectador. A boa avaliação da interatividade está con- dicionada à novidade e à diversidade da programação, de forma que uma interativi- dade local não possui o mesmo impacto que uma interatividade plena. Há de se res- saltar que todos esses novos serviços possíveis estarão condicionados à curva de

sensibilidade de preço, principalmente no Brasil, onde não existe histórico de paga- mento relacionado a serviços de TV aberta, barreira encontrada inclusive para a pe- netração da TV por assinatura (CPqD, 2004).

Já houve várias tentativas de se prover interatividade satisfatória no meio te- levisivo. No entanto, só recentemente elas vêm obtendo relativo sucesso, muito de- vido a práticas plenamente interativas usadas em outros meios. O caminho da Inte- ratividade foi um processo de muitos fracassos, mas, por outro lado, isso fez com que se acumulassem muitas experiências para sua inserção mais propícia a assimi- lação de seu uso na atual configuração social. A seguir, algumas dessas experiên- cias:

 O QUBE, nos anos 70, foi o sistema de TV a cabo usado nos EUA para prover serviços interativos com o objetivo de envolver o público nos programas, mas o retorno financeiro não compensou o investimento. (CAREY, 1996)

 Nos anos 80, surgiu o Videotexto, um sucesso internacional que somente en- trou em decadência depois da popularização da Internet e das mensagens em telefonia celular, devido as suas possibilidades mais restritas.

 Nos anos 90, surgiram projetos de DTVi, em sua maioria direcionados aos as- sinantes de TV. No entanto, o público prioritário não comprou a idéia de adqui- rir outro equipamento para ter interatividade e, além disso, cobrando-se à parte taxas por esse serviços.

 Também no final do último século, valendo-se da oferta de equipamentos e no- vos conteúdos a baixo custo, várias empresas tentaram colocar interatividade na TV por meio de PCs de baixo processamento, que utilizavam o aparelho de TV como monitor, um teclado com infravermelho, certos aplicativos e modem de acesso a Internet por telefonia. Essa iniciativa não logrou sucesso, determi- nando um marco para a distinção entre o ato de assistir TV e o ato de “surfar” na Internet por computador.

 Na virada do milênio, o advento da rede mundial de computadores finalmente trouxe a interatividade para o palco da sociedade. Este meio, interativo por na- tureza, recentemente começa a absorver as propriedades de TV. Melhores tecnologias de compactação de dados, a ampliação de sistemas de banda lar-

ga e o investimento nesse nicho de mercado dão os primeiros passos em dire- ção à inclusão dos programas de TV dentro da Internet, inclusive com projetos pilotos já bem sucedidos. Devido a sua insipiência, porém, poucos são os da- dos para mensurar o impacto deste fenômeno em relação à TV tradicional. No entanto, verifica-se que ainda se trata, em quase sua totalidade, de apenas uma importação de conteúdo para outro suporte. Mesmo assim, serviu como experimento acenando que este suporte de interatividade plena pode ser com- pletamente compatível ao suporte do conteúdo da TV em uma distribuição mais subjetiva, o que prenuncia a inclusão da TV na Internet, e não a inclusão da In- ternet na TV. Assim, a convergência das mídias já é uma realidade.

 Grandes empresas de tecnologia e aparelhos eletrônicos beberam da idéia dos antigos Tele-Textos e dos Guias Eletrônicos de Programas (EPG) para investir na criação da WebTV. A idéia tem por base trazer o benefício semântico da lin- guagem da Web no formato da tela da TV, provendo assim ao serviço de TV convencional de radiodifusão, por meio de outro canal (telefonia, por exemplo), informações complementares ao conteúdo. Embora promissora, essa inovação sofre de assédio por diversos lados. Não somente empresas de tecnologia po- dem construir software de organização de fluxo de vídeos digitais, mas também as operadoras de telefonia e conglomerados de mídia se interessam em ser re- ferência em serviços extensores do ato de ver TV. Embora haja concessão de uso de canais e autorização da exploração de serviços de comunicação, não se pode impedir a profusão de informação de outros meios atrelados à progra- mação de conteúdo de um meio principal.

 Atualmente, o Reino Unido tem DTVi aberta a mais desenvolvida e com maior sucesso, se comparada a sua rival americana. Aproximadamente metade dos espectadores ingleses utiliza um sistema interativo simples. Além do canal de retorno ao programador, este sistema permite que telespectadores postem avi- sos e comuniquem diretamente entre si. Como no meio de TV tradicional, o conteúdo é produzido por emissoras ou produtoras independentes, anunciantes pagam para vincular seus produtos ao seu conteúdo, tendo sua distribuição provido pelo programador. No entanto, esse sistema também possibilita a inte- ração direta do telespectador com o anunciante por meio de links inseridos na programação. Atualmente, essa abordagem vem tendo seu maior desenvolvi-

mento de interação nos jogos de vídeo, sejam para usuários solitários, multi- usuários interativos, ou aqueles de entretenimento em grupo entre os presen- tes. É prática comum, na Europa, a TV aberta ser paga em taxas acessíveis, o que permite a constituição de um fundo que pleiteia iniciativas de pouco inte- resse mercantil, dando recurso a uma maior gama de novos experimentos inte- rativos.

No Brasil, diferentes tecnologias podem ser usadas para o canal de retorno, etc, e mesmo todas elas podem ser utilizadas dentro da melhor especificidade desde se complementem contribuindo para o sucesso de uma cobertura para toda a popu- lação brasileira. O governo brasileiro selecionou algumas tecnologias, com diferen- tes características, elegíveis para uso de um possível canal de retorno na DTVi (CAMPISTA et al., 2007): 3G, WiMAX, PLC, ADSL e Ad hoc.

O padrão mundial unificado de transporte dados projetado para terceira gera- ção de redes de celular (3G) é uma evolução tecnológica direcionada para apoiar aplicações de dados, como VoIP, HTTP, e transferências de arquivos digitais entre aparelhos. Sua operação se faz por duas ações, (i) definido com um downlink os dados provenientes da estação de base que dispõe acesso aos terminais e (ii) um uplink na direção inversa advinda do aparelho. Assumindo que é usado em aplica- ções de Internet, a maioria dos fluxos de dados para os usuários, o downlink e a transmissão de uplink têm taxas assimétricas. Aparelhos e pacotes de serviços co- merciais alcançam taxas até 14,4 Mbps em downlink e 384 kbps em uplink. Um dire- cionamento preferencial para seu uso permitirá alcançar taxas próximas a 100 Mbps no downlink e pouco mais de 1/4 disso para Mbps e uplink. Também provê taxa a- daptável que evita congestionamento, e um mecanismo de controle para melhorar eficiência da rede. O uso de 3G como canal retorno da DTVi requer estações prove- doras de conectividade aos usuários. Embora redes de celulares tenham tipicamente gamas mais altas que outras tecnologias de redes LAN sem fios, todas URDs devem ser conectadas diretamente a uma estação básica o que exige uma infra-estrutura cara. Especialmente em enredos urbanos densos, com um número mais alto de es- tações básicas é necessário acrescentar as despesas de estrutura de acesso na operação de DTVi. Além de operar dentro uma faixa autorizada e reservada para companhias de telefonia celulares que pagam o uso do espectro e muito o utilizam no tráfego de ligações normais. Para os espectros de maiores escopos destinados

para a transmissão de dados estão sendo preparados licitação, ampliando a região atendida e a capacidade de transmissão, o que leva o setor a entrar em concorrên- cia direta com as empresas de telefonia fixa no acesso a redes de transmissão de dados, com a vantagem técnica da mobilidade. Consequentemente, o padrão de tecnologia 3G, como canal de retorno requer acordos comerciais entre difusores de rádio e televisão e companhias de telefonia móvel.

O padrão WiMAX (Padrão de inter-operacionabilidade para acesso por micro- ondas), é uma tecnologia sem fios para redes em áreas metropolitanas. O WiMAX foi desenvolvida para resolver o problema de acesso a Internet, oferecendo uma al- ternativa a quem não tem acesso às estruturas de redes de cobre e cabo. O WiMAX é definida em dois sistemas: WirelessMAN que usa faixas autorizadas, e Wireles- sHUMAN que é empregado em faixas de licença-livre. O modo principal de operação é ponto para multiponto, onde uma estação básica provê acesso a vários clientes com até 70 Mbps de taxa de transmissão. O WiMAX sobressai para o suprimento nos usuários dentro de um raio de 10 km. Todo serviço é traçado em uma conexão específica, apoiando assim facilmente níveis diferentes de qualidade de serviço (QoS). WirelessMAN tem quatro camadas distintas. A primeira, WirelessMAN-SC, modulação de portador único de uso e opera em frequências entre 10 e 66 GHz. Tais frequências altas requerem linhas de comunicação de visão, necessitando de torres de WiMAX interconectadas. Os outros três Wireless MAN operam principal- mente em frequências autorizadas de 5-6 GHz. Os canais que operam a frequências abaixo de 11 GHz permitem comunicação sem linha de visão. Wireless HUMAN usa os últimos espaços, mas em freq uências de licença-livre. Nas camadas de Wireless MAN que atuam em Orthogonal frequency-division multiplexing (OFDM), onde múlti- plos sinais são enviados em diferentes freq uências, apóiam uma malha onde cen- tralizam ou distribuem a programação em coordenadas do sistema de transmissões ponto para multiponto. Esse modo centraliza o tráfego na estação básica, enquanto aumenta a infra-estrutura válida do sistema. Empresas de telefonia móvel também pesquisam a utilização da tecnologia WiMAX como suporte de transmissão de alta capacidade para os novos sistemas 3G, embora desenvolveram sistema próprio, seguem a orientação União Internacional de Telecomunicações (UTI) de convergên- cia para o WIMAX como sendo o melhor sistema de transmissão de dados. Um re- vés é o fato da tecnologia de WiMAX em arquitetura de ponto para multiponto, é que

o fato de centralizar a operação de tráfego em estações básicas, aumentando a complexidade e custos de sua infra-estrutura.

A maioria dos pesquisadores de novas formas de canal de retorno, trabalham no sistema PLC (Comunicações em Linhas Elétricas) concentrados em redes de baixa voltagem. Essa tecnologia residencial está relacionada à transmissão de da- dos usando a instalação elétrica. Atualmente, seu padrão principal é HomePlug AV audiovisual que alcança taxas de dados de até 200 Mbps. Nas casas em uma toma- da com AV se usa uma mistura de Time Division Multiple Access (TDMA) e Carrier Sense Multiple Access with Collision Avoidance (CSMA/CA). A tecnologia TDMA reserva o meio assegurando pouca demora para aplicações interativas e a CS- MA/CA é usada para transferências seguras de arquivo e otimiza o uso da capaci- dade do meio durante os picos grande fluxo de dados. Para lidar com os constran- gimentos do meio, como atenuar a transmissão, barulho, e variações de impedância, o consórcio HomePlug faz uso de avançadas técnicas de controle do processo de transmissão. Não obstante, o meio elétrico ainda apresenta algum obstáculo à co- municação de dados de alta velocidade, já que não foi projetado para levar dados. HomePlug AV pode ser estendido a média voltagem com a ajuda de transformado- res para prover acesso de rede a grandes distâncias. Não obstante, o tamanho da rede depende do número de usuários, da distância das residências, e do tipo de ca- bos no bairro. O PLC usado como canal de retorno obtém a vantagem de dispor de uma infra-estrutura de rede imensa, já disponível. No Brasil, porém, a qualidade de instalações elétricas é extremamente variável. Especialmente em comunidades de baixa renda, a infra-estrutura elétrica é precária e inclui muitas instalações ilegais. Assim, renovar a infra-estrutura ou remodelá-la seria também proibitivo a regiões de baixa renda. Além disso, o uso da infra-estrutura elétrica também obriga a acordos financeiros com companhias elétricas. Uma ligação externa para uma “espinha dor- sal” de dados pode ser provida ao transformador por meio de cabos de fibra ótica, sem fios, ethernet, ou em média-voltagem por fios de alta tensão. Independente da tecnologia é usada na transferência para corrente elétrica, serão necessárias notá- veis despesas para introduzir equipamento de conversão em cada um dos numero- sos transformadores de uma localidade.

Campista et al. (2007) explica que o xDSL (Linha de Sub-inscrição Digital) termo se refere a uma família de tecnologias que usam o antigo serviço de telefonia

em linhas de arame transado de cobre para levar dados. ADSL (DSL Assimétrico) é atualmente a tecnologia de maior uso para acesso ao ponto final de Internet. O ter- mo assimétrico se refere as diferentes capacidades do uplink e downlink. ADSL foi projetada primeiramente para vídeo sob demanda e serviços relacionados onde a quantia de dados transferidos ao usuário normalmente é maior que o tráfego que ele requisita. ADSL usa uma Frequency-Division Multiplexing (FDM) para isolar uplink e o downlink. A idéia básica de ADSL é reservar a faixa de freq uências de 0 a 25 kHz para serviço de telefonia (uplink). Então, dependendo do padrão, as freq uências de 25 kHz para 2.2 são usados MHz para baixar dados (downlink). O fato da faixa de frequência reservada para o downlink ser maior que a reservada para o uplink, otimi- za o uso de banda. ADSL standard usa a faixa de frequência até 1 MHz nos cabos de cobre, com 256 canais de downlink. Teoricamente, cada canal pode levar até 60 kbps, conduzindo assim um downlink máximo de aproximadamente 15 Mbps. Im- plementações típicas de ADSL Standard operam de 1,5 para 9 Mbps, dependendo da qualidade da linha, e da distância ao DSLAM (acesso ao Multiplexador DSL), e- quipamento que tem que ser instalado na central da companhia de telefone. Há de se levar em conta, que sistemas padrões de DSL estão evoluindo, ADSL2+ alcança até 24 Mbps de downlink e 1 Mbps de uplink. A mais recente evolução é chamada VDSL (velocidade Muito alta DSL), no qual usos de 12 MHz se rearranjam e alcan- çam taxas de transmissão de até 55 Mbps. Não obstante o uso de ADSL como um canal de retorno vir se mostrando tecnicamente viável em seu uso nas TVs por assi- natura, existem desvantagens. Requer investimento das companhias de telefone, que não necessariamente precisam ser envolvidos no negócio de DTVi. No Brasil a tecnologia não alcança grande parte da população que tem acesso básico devido a falta de infra-estrutura instalada e o acesso a ADSL ser proporcionado para por pa-