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Capítulo I Contextualização da Prática Supervisionada

1. Enquadramento Físico e Social dos Locais de Aplicação

1.3. Caracterização das Salas

1.3.1. Caracterização da Sala de Atividades

A sala (figura 3) é utilizada por um grupo de dezoito crianças. Permite o contacto visual com o exterior através das portas e das janelas o que proporciona uma luminosidade natural, encontrando-se equipada com persianas, por forma a permitir a proteção solar e o obscurecimento parcial ou total da sala. Relativamente às paredes estas são laváveis e de cor creme. O teto é de cor clara, permitindo uma boa reflexão de luz através das lâmpadas fluorescente. O pavimento da sala é resistente, lavável e antiderrapante. O facto de existir no seu interior um aparelho de ar condicionado permite um maior controlo da humidade e da temperatura. Referimos que este equipamento apenas se encontra ligado quando as crianças não estão presentes na sala. Deste modo, este espaço educativo permite a fixação de parâmetros verticais de expositores e quadros, estando assim de acordo com estipulado no despacho conjunto n.º 268/97 de 25 de Agosto de 1997.

respondendo aos interesses e necessidades educativas do grupo, criando situações de socialização e proporcionando oportunidades de escolha, de liderança e de expressão individual.

As crianças precisam de espaços organizados e equipados com materiais que promovam a aprendizagem. Assim, a sala está apetrechada com equipamento adequado. Ao nível do mobiliário, a sala tem três mesas com tampo lavável, vinte cadeiras, um armário da educadora, três estantes, expositores, recipiente do lixo e o quadro de ardósia. Possui também materiais necessários à execução de tarefas que lhes sejam propostas às crianças (lápis de cor, canetas de feltro, tesouras, réguas, colas, afias, tintas, pincéis, vários tipos de papéis, tecidos, entre muitos outros). Ao dispor das crianças existem ainda: jogos variados de mesa (puzzles, lotos, blocos lógicos, legos), jogos de chão (cestos com jogos de construção), animais, plasticinas, materiais que integram a casinha das bonecas, livros com várias temáticas, cd´s temáticos, rádio, materiais adequados a atividades motoras: bolas, tapetes, cordas, colchões, degraus, túneis, arcos, entre outros. Todos estes materiais favorecem a fantasia e o jogo simbólico, a criatividade, o desenvolvimento cognitivo e estimulam o exercício físico. A seleção dos materiais e as suas características estão de acordo com o que está assinalado no Despacho Conjunto n.º 258/97, de 21 de Agosto, visto que o material é variado, polivalente, resistente, estimulante e agradável ao tato. O material está acessível, tanto pela forma como se arruma como pela forma como pode ser utilizado. Segundo Piaget (1979, p.35) “o:conhecimento:não:emerge dos objetos ou: da: criança: mas: sim: das:interações: que: se: estabelecem: entre: a: criança: e: esses: objetos”. Estamos plenamente de acordo com esta afirmação. Pode haver inúmeros materiais, no entanto não servirão de nada se não houver a manipulação e a exploração correta dos mesmos.

Outro aspeto importante para a estruturação de uma sala de atividades do pré-escolar diz respeito à organização do espaço. O processo de aprendizagem implica também que as crianças compreendam como está organizado o espaço e como este pode ser utilizado. As crianças sentem-se motivadas e integradas se ao chegarem à sala encontrarem os móveis, os materiais, e os cantinhos arrumados, organizados e convidativos. Além disso, ao verem o espaço organizado sentem também vontade de colaborar na organização geral do espaço onde estão diariamente.

Para que a diversificação de atividades aconteça num ambiente harmonioso e de forma organizada é desejável que a sala se encontre preparada de acordo com as necessidades do grupo que nela se encontra. Apesar de ser uma sala pequena, a sala das abelhinhas encontra-se organizada. As crianças conseguem deslocar-se livremente neste espaço. Quando há uma atividade que exija mais área é necessário mover o mobiliário (mesas e cadeiras). Como refere o despacho conjunto n.º 258/97, de 21 de Agosto, o mobiliário é uma componente integrante do estabelecimento, constituindo um dos meios que serve à realização de atividades pedagógicas. As suas caraterísticas fundamentais deverão ser a mobilidade e a polivalência, de forma a permitir a diversificação de ambientes em que se desenvolvem as diferentes atividades.

A sala está organizada por áreas: área da mantinha – neste espaço as crianças escutam o que a educadora tem para lhes dizer (novidades, histórias), conversam, realizam tarefas que lhes são propostas e completam a tabela de presenças; área da casinha das bonecas – esta área situa-se num espaço:exterior:à:sala:de:atividades:Aqui:as:crianças:podem:brincar:no:quarto:(cama:cómoda):na: cozinha (talheres, pratos, chávenas: alimentos: variados: tachos: fogão): podem: ainda: brincar: com: bonecas ou com alguns acessórios de caraterização (lenços: aventais: sapatos): : área dos jogos de mesa - existem vários tipos de jogos: jogos de encaixe, jogos de associação, jogos para trabalharem a matemática, a leitura e a escrita, plasticina, entre outros; área dos jogos do chão – neste espaço as crianças podem brincar com os animais (caixa com variadíssimos animais em plástico, bem como um estábulo em plástico); na garagem (onde as crianças brincam com os diferentes carros); área da leitura - nesta área existem diferentes tipos de livros à disponibilidade das crianças para uma exploração livre. Para além do ambiente físico interior (sala), também o exterior funciona como espaço educativo não só pelas potencialidades como também pelas oportunidades educativas que oferece.

No que diz respeito à organização da sequência diária das atividades, esta cinge-se aos horários de funcionamento da instituição. São utilizadas estratégias no que respeita à familiarização das crianças com as rotinas, através de diálogos, de canções e da ida à capela.

As referências temporais estabelecidas pela rotina transmitem segurança à criança e servem de fundamento para a compreensão do tempo, estimulando, simultaneamente, a sua autonomia e iniciativa. Como afirmam Hohman e Weikart (2007, p.224), “são:como:pegadas:num:caminho:uma:vez: que oferecem às crianças uma sequência de acontecimentos que elas podem seguir e compreender e, aos adultos, a organização do seu tempo com as crianças, de modo a oferecer-lhes experiências de aprendizagem activa e motivadora. Além disso, quando a rotina é consistente, permite à criança aceder a tempo suficiente para perseguir os seus interesses, fazer escolhas e tomar decisões, e resolver problemas:à:dimensão:da:criança:no:contexto:dos:acontecimentos:que:vão:surgindo”:

1.3.2. Caracterização da Sala de Aula

A sala de aula (consultar figura 4) é, por princípio, o espaço onde os vinte alunos da turma do 2º ano passam mais tempo. É um espaço bastante amplo e luminoso, dispondo de luz natural. Contudo, dado que as duas grandes janelas principais estão na parede oposta à do quadro de ardósia, a luz natural provoca reflexos dificultando a visão e por isso é frequentemente utilizada a luz elétrica (três grande candeeiros com luz fluorescente).

A sala está equipada com aquecimento central, mas não dispõe de ar condicionado, não permitindo o arrefecimento em dias mais quentes. O chão desta sala e da escola em geral é antiderrapante.

É uma sala bastante ampla com zonas de arrumação bem definidas (zona de cabides, móvel/lavatório, armários).

O facto de ter uma área considerável permite que as mesas dos alunos estejam espaçadas, facilitando a deslocação pela sala, possibilitando a exploração de diversas formas, como a realização de trabalhos em grupo, realização de jogos de chão e utilização do computador através do projetor. Os placares de corticite presentes nas diversas paredes permitem a exposição dos materiais elaborados pelos alunos.

A disposição das mesas de trabalho dos alunos fica a cargo da professora titular de turma. Consoante as características de cada criança e do grupo, a professora opta por organizar a sala da forma mais conveniente à promoção de um bom ambiente de trabalho. Assim, esta sala está disposta de forma convencional (as mesas estão colocadas em filas ou em pares, umas atrás das outras). Esta forma possibilita que todos os alunos estejam direcionados para o quadro de ardósia. Sempre que necessário, os lugares dos alunos são alterados.

Como sabemos, os recursos educativos e organizacionais têm um contributo benéfico para os alunos, quer a nível do processo de ensino-aprendizagem quer a nível da criação de hábitos promotores de boas condutas. Assim:

- Espaços de arrumação:

O facto de cada aluno ter um cabide, devidamente identificado, permite que todos os objetos que podem distraí-los fiquem ali pendurados. Todo o material, como caixas de arrumação ou dossiês se guardam num dos armários ao fundo da sala; o outro é exclusivo da professora da sala. Também o armário debaixo do lavatório possui diversos materiais e quando as crianças precisam pedem à professora e esta retira o que é necessário. Este facto permite controlar a quantidade de materiais da escola que estão disponíveis para aquela turma (ex. cartolinas, folhas de impressora, etc.).

- Espaços construídos pelos alunos:

Os placares de corticite permitem a exposição de todos os materiais que vão sendo elaborados com/pelos alunos. Tratam-se de «molduras» da sala que se podem personalizar consoante o tema de trabalho, o gosto da turma e a vontade de todos. É, portanto, um dos espaços mais importantes de uma sala de aula, visto que, é nele que se encontra a essência da turma.

- Espaço da informática:

Sempre que é necessário pesquisar alguma informação rápida ou ligar um projetor, sem ser necessário ir à sala de informática, é aqui que se procede. A sala dispõe de um computador com acesso à internet e com colunas. Nesta mesa encontra-se:também:um:rádio:que:permite:ler:cd’s

- Outros recursos materiais:

Ábaco, caixas de arrumação individuais, arquivador de folhas, cartaz com abecedário, numeração até à dezena, relógio analógico, sólidos geométricos, calendário, etc.

Figura 4 - Planta da Sala onde decorreu a Prática Supervisionada em 1º Ciclo do Ensino Básico.