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Capítulo I Contextualização da Prática Supervisionada

1. Enquadramento Físico e Social dos Locais de Aplicação

1.1. Caracterização do Meio Envolvente às Instituições

1.2.1. Caracterização do Jardim de Infância

A Creche e o Jardim de Infância (figura 1) encontram-se situados na Rua Conselheiro Albuquerque, em Castelo Branco. Esta é uma zona central da cidade. Em redor do jardim de infância encontram-se moradias com alguns anos de existência, uma instituição de ensino privado, a Escola Superior de Educação de Castelo Branco e algumas zonas comerciais.

Trata-se de uma instituição de natureza associativa, privilegiando fins sociais e humanos, ou seja, tem: como: principal: preocupação: “o: atendimento: à: primeira: infância: cooperando: com: a: família: na: missão: educativa”: (Regulamento: Interno: da: Resposta Social da Instituição, p2): Assim: “define-se como um serviço à Sociedade e à Família, uma escola aberta a todos os níveis sociais, um espaço educativo onde se procura a participação de todos: direção, pais, educadores, pessoal não docente e crianças:cada:um:a:seu:nível:e:a:seu:modo:na:vida:da:Instituição”:(Regulamento Interno da Resposta Social da Instituição, p.2). Atualmente trata-se de uma IPSS -Instituição Particular de Solidariedade Social.

Julgamos ser importante referir que estamos perante uma instituição de caráter religioso. Este princípio religioso e os valores a ele subjacentes nunca foram esquecidos nem descurados, mesmo com o passar de todos estes anos de existência do jardim de infância. Assim, são dados a conhecer a toda a comunidade escolar os valores que são transmitidos, no que diz respeito ao campo da doutrina religiosa. Desta forma, todos os dias se mantêm as mesmas rotinas de ida à capela, o lema da instituição e a promoção e respeito por valores sociais e religiosos.

No que concerne à estrutura física, o jardim de infância ocupa esta moradia desde 1970. Dado que não foi uma estrutura construída de raíz para o fim educativo, em 1993, foi remodelada e alargada a fim de dar resposta aos serviços prestados. Contudo, desde esta data, tem sido adequada para garantir maior conforto e segurança da comunidade envolvida. Nos últimos anos, o edifício de quatro pisos da instituição tem sofrido algumas obras de adaptação para responder a todas as necessidades das

construção definitiva, adaptadas a esta resposta social, e reunindo, para o efeito, as condições de higiene:salubridade:e:dimensões:exigidas”

Este espaço encontra-se dividido da seguinte forma: na cave localizam-se cinco salas de atividades, refeitório, três casas de banho infantis, sala de acolhimento, sala multifunções, casa de banho dos adultos, sala dos educadores, vestiário, biblioteca, parque exterior e casa de banho infantil exterior. Julgamos ser importante referir que este é o piso mais frequentado pelas crianças da sala onde decorre a nossa Prática Supervisionada. Segundo o Despacho Conjunto nº268/97 de 25 de Agosto, este espaço pode ser frequentado:por:crianças:“():se:mais:de:metade:do:seu:perímetro:não:esteja:enterrado()” (leia-se no ponto 9, alínea b). Ora, com isto podemos afirmar que está dentro da legalidade, dado que esta cave tem toda a sua superfície em piso térreo, bastante iluminação natural e um ar saudável para se permanecer.

No rés-do-chão encontramos o berçário, duas salas de atividades destinadas à creche, um fraldário, uma copa, a cozinha, o dormitório, uma casa de banho para adultos, a capela, sala de visitas, a secretaria e o gabinete da direção.

O primeiro piso está consignado ao Centro de Acolhimento Temporário e tem, portanto, todas as infraestruturas necessárias para excelentes cuidados com estas crianças. Situa-se neste piso uma sala de lazer, casas de banho, quartos, lavandaria e um terraço. O último piso da instituição é de cariz privado e é ocupado pelas colaboradoras internas da instituição.

Pensamos ser importante referir o estado de conservação do edifício. Apesar desta instituição funcionar neste local há 42 anos, a infraestrutura encontra-se em ótimas condições físicas. Não há problemas percetíveis de humidade, degradação, rachadelas ou má conservação do pavimento. Desta feita, temos a incumbência de verificar se a instituição cumpre com o definido nas leis que existem para as infraestruturas que albergam centros educativos desta envergadura. Assim, e conforme diz o Despacho Conjunto nº268/97 de 25 de Agosto no ponto 8, o jardim de infância obedece a este ponto já que está orientado para a direção de maior número de horas de exposição solar (alínea a), não é um local húmido mas é bastante arejado (alínea b) e dispõe dentro do espaço disponível vegetação cuidada e que não traz problemas de saúde às crianças (alínea e).

A instituição dispõe de diversos recursos materiais, sendo de todo o infantário e não de cada sala específica. São materiais atrativos e resistentes para as crianças os poderem manipular livremente, dando assim, auxilio às atividades pedagógicas e didáticas desenvolvidas. Achamos, portanto, que este ponto obedece ao Despacho Conjunto nº258/97, de 21 de Agosto, nomeadamente no que diz respeito ao ponto 1, 2.2, e ao anexo I). O jardim de infância tem ao seu dispor alguns recursos úteis como: fotocopiadora, computadores, mesas e cadeiras de trabalho adequadas para as crianças e para os adultos, ar condicionado, armários (com diversos recursos educativos, didáticos e lúdicos) quadro de ardósia, lavatórios, secretária, material para pintar, desenhar, recortar. O mesmo acontece com o transporte - a carrinha tem as condições de segurança necessárias para transportar as crianças em pequenos trajetos.

Bastante importante é, também, a planificação das atividades letivas para serem desenvolvidas ao longo do ano, ou seja, o Plano Anual de Atividades. No início do ano letivo, as educadoras reúnem-se com a direção e a equipa pedagógica da instituição e, em conjunto, definirem uma calendarização para o presente ano letivo. Através do tema central, são traçadas atividades letivas desde setembro até agosto. A maioria são atividades em grande grupo ou atividades em que participam os pais. Quando as atividades são realizadas por um grupo específico, os restantes também estão presentes. Estas tarefas têm uma grande importância para o desenvolvimento das crianças. Aprendem a trabalhar com diferentes idades, a aceitarem opiniões diferentes, a saberem comportar-se em público, a obedecerem a regras e formas de conduta. O facto de serem atividades realizadas dentro e fora da instituição permite que as crianças tenham contacto com outros meios, outras vivências que no seu meio local não poderiam ter. Pensamos que se trata de um trabalho essencial, por parte do pessoal docente, que deve

ser feito anualmente, modificado ao longo do ano, se tal for necessário e, claro, está adequado a cada grupo.

Por outro lado, o Projeto Curricular de Grupo é elaborado exclusivamente pela educadora responsável pela turma. É um projeto para o ano letivo corrente onde consta, em primeiro lugar, um diagnóstico inicial. Este é, talvez, o ponto mais importante deste projeto. Ao lê-lo ficamos a conhecer e compreender o grupo de crianças. São apresentadas as motivações e interesses de cada um assim como as famílias e as expectativas das mesmas. Seguidamente, é feito um levantamento dos recursos materiais da sala de atividades. Num segundo tópico surge a importância de falar da prevenção de abusos e maus tratos das crianças. Posteriormente refere-se a caracterização global segundo a faixa etária das crianças, os objetivos que se pretender atingir ao longo do ano letivo, a metodologia usada e a avaliação. Trata-se, assim, de um projeto curricular bem conseguido, onde, em paralelo, se analisa o grupo mas evidenciam-se, também, os cuidados e preocupações a ter em alguns casos particulares.