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5.2. RESULTADOS QUALITATIVOS DOS QUESTIONÁRIOS E DAS

5.2.3. CATEGORIA 3: A BNCC E SUAS IMPLICAÇÕES NOS SABERES

A terceira categoria enumerada foi a que tratou especialmente da relação da BNCC com a progressão dos saberes docentes, sua influência e relação com a ampliação ou articulação com os saberes desenvolvidos até então.

Discorrer sobre saberes docentes é tratar de uma multiplicidade de saberes e saber fazer.

Tardif e Raymond (2000, p.212) apresentam de forma objetiva essa multiplicidade quando tratam a noção de saber em “sentido amplo, englobando os conhecimentos, as competências, as habilidades, podendo ser chamada então de saberes, saber-fazer ou saber ser”.

Nessa categoria, foi elencado e enumerado quatro âmbitos de implicações da BNCC com a composição dos saberes docentes: O reconhecimento da ampliação ou da necessidades de ampliação de saberes; O resgate dos saberes da experiência; A imposição de reflexão sobre a educação infantil e suas dimensões, ainda que essa reflexão não seja opcional, ela foi provocada pelo momento vivido e; A base de sustentação para assimilar e entender a BNCC apresentando os desejos e necessidades dos professores para melhor compreender e aproveitar os pressupostos da BNCC em suas concepções sobre a ação educativa na educação infantil.

O primeiro aspecto relacionado a essa categoria que está relacionado aos saberes docentes foi não só o reconhecimento da necessidade de ampliação de saberes provocado pelo documento que apresenta BNCC como ainda a ampliação de saberes que a mudança provocou.

Esse reconhecimento englobou a complexidade do momento, pois tratar de saberes docentes não é algo simples, como já apresentado por Borges e Tardif (2001), principalmente pela variedade de sua análise e formas de definição, ainda destacando que o próprio conceito de saberes docentes possui diferenças e que o mesmo é tratado com diferentes concepções, inclusive dentro do campo da pesquisa.

Porque agora cê vai tendo que buscar de outra forma, então eu acho que você vai tendo, eu tô tendo que conhecer uma outra forma, né? Uma outra maneira de ensinar a criança. Porque na verdade eu ensinava de alguma forma ela aprendia ali, mas eu acho que não exatamente como ... como tá sendo agora, né? Da forma como tá sendo agora. (JULIA SE)

A pressa… eu tinha muita pressa…aí você vê que não é preciso essa pressa.

Que é um processo, que às vezes para a criança chegar naquele objetivo que você quer, que você quer atingir, ela … às vezes você precisa de duas, três semanas ou meses, né… E eu já achava que se eu desse uma atividade em folha eu já iria efetivar meu… meu trabalho ali, que ela já iria aprender … não, né. Hoje eu vejo que não, hoje eu tenho mais calma, ... eu vou vendo que através das experiências que eu trago para elas, através de uma conversa, através de uma coisa que não precisa ser tão sofisticada eu vou chegar naquele objetivo que eu quero… (MI PE)

Depois eu acho que ela ainda vai trazer mais mudança, já que deu aquela sacudida e isso fez também com que procurássemos mais para amadurecer no trabalho para buscar mais informações. (LUMA PE)

Eu acho que a mudança, por mais que seja difícil, ela é sempre boa (LAURA PE)

Então precisa de um diálogo muito bom com as professoras, para entender que de fato não é assim só encaixar algumas ideias, é uma nova maneira de planejar, uma nova maneira de pensar para... Para a gente tentar melhorar de fato a educação ali. Para mostrar que a BNCC veio para melhorar. (LIAN PE)

O trecho acima demonstra o que já foi abordado sobre os saberes dos docentes estarem em momento de modificação estrutural e dos professores articularem essa modificação na produção de saberes docentes. Alguns autores trazem referência a essa mobilização de saberes, como Freire (1996), Tardif (2014), Tardif e Raymond (2000), Borges (2003, 2004).

Outro aspecto desse reconhecimento de ampliação dos saberes docentes se deu pelos professores entenderem a necessidade de alterar algumas formas de atuação. Não por uma questão de concepção pessoal, mas para atender a forma que a BNCC impõe em seu texto, ou até pela constatação de que a profissão docente exige constante busca de conhecimento, mas um reconhecimento feito pelo próprio professor e não imposto a ele, como uma necessidade indispensável.

Ah, eu imagino que sim. É igual, até mesmo pra criticar, para falar que ela não dá certo e tudo mais, a pessoa vai ter que tentar né? Falar que não dá sem... sem pelo menos ter tentado, ser sem ter lido, sem ter estudado...não vai dar. E a pessoa que não aceita mesmo eu acho que... que vai ver que teve mudança, vai ter que mudar o jeito de pensar. (MI SE)

Por um lado, é bom porque a gente vai ter sempre que ir pensando, refletindo, aprendendo.... No começo é difícil, porque a gente tem que sair da zona de conforto, mas no final das contas não é ruim a gente não fica parada né?

(BRUN PE)

Ser professor é trabalhar numa área que a gente tem que aprender todos os dias não tem como... (AC PE)

Nessa categoria, ficou evidenciado pelas narrativas dos professores que o saber construído pela experiência foi uma constante com a alegação de retomar as atividades anteriores, aos conhecimentos já estabelecido pela própria experiência, para servir de base de sustentação para as necessidades da nova proposta. Com isso, favorecendo a percepção dos saberes adquiridos pelo resgate das experiências vividas e adquiridas no percurso profissional como sustentação para as novas recomendações feitas pela BNCC.

Evidenciando que “os professores produzem um saber em sua prática e a respeito dela”

(BORGES, 2004, p.58) e que, em determinados momentos, precisam ser sensibilizados a isso para utilizarem essa experiência como mobilizadora de saberes e reflexões.

A coordenadora na época, ela vinha trazendo algumas coisas, alguns textos, conversando um pouco mais desses campos de experiências, usando nossa própria prática para que nós enxergássemos a BNCC na nossa prática, nos nossos conteúdos, né. (TINHA PE)

Aí eu procuro mesmo em materiais meus, materiais anteriores, dos que eu dei... atividades ..., mas o objetivo foi esse...O que eu queria atingir?... Eu sei que agora é diferente. Mas, eu retomei vários acervos meus, para estar conseguindo entrar e dar conta da melhor maneira possível de tá fazendo essa reflexão, olhando esse material, novo com o que eu tinha... A forma que eu pensava, diante de um objetivo...e.…, eu acho que antes eu simplificava mais, os objetivos. Então, tem conteúdos, tem atividades que eu vejo que é mais amplo do que eu restringia na minha prática anterior, agora eu vejo que um objetivo eu posso atingir mais coisas na mesma atividade direcionando…

(ANDREIA PE)

Então, a gente era acostumada a trabalhar dum jeito, então no começo foi difícil sim, se eu falar que não foi é mentira, foi difícil, foi angustiante, mas eu tentei, o que me ajudou foi minha experiência da minha prática

(GIRASSOL SE)

Valorizar a experiência significa, sobretudo, aprender a aprender com a experiência; o que frequentemente só é possível a partir da crítica e da ruptura com essa experiência.

“Aprender com a experiência não pode, então, ser sinônimo de imitação, mas sim de uma ação em que o prático se torna um investigador no contexto da prática”. Canário (2002, p. 160)

Esses saberes construídos na prática educativa, os saberes experienciais são categorizados por Tardif (2014, p. 109-111) como saberes da experiência em transformação: “o saber experiencial se transforma num saber funcional, prático, interativo, sincrético e plural, heterogêneo, não-analítico, aberto, personalizado, existencial, pouco formalizado, temporal e social”. Os saberes experienciais são os que surgem da própria ação educativa dos professores, eles são formados por meio de situações do cotidiano relacionadas à ação escolar e educativa e compartilhadas com colegas de profissão e alunos: “esses saberes brotam da experiência e são por ela validados” (TARDIF, 2014, p. 39).

Importante destacar que os saberes experienciais dos professores tiveram uma alta frequência na análise das narrativas dos professores. Porém cabe salientar que os saberes da formação profissional também foram evidenciados e resgatados pela professora Alicia.

Os saberes profissionais são aqueles obtidos na formação inicial dos professores, saberes que são próprios da profissão e transmitidos a eles durante sua formação. Os saberes pedagógicos e os saberes didáticos, relacionados às técnicas e métodos, também fazem parte dos saberes profissionais articulando a teoria e a prática. Conforme as autoras “saberes pedagógicos, literalmente, aqueles responsáveis pela reflexão do ensino como prática educativa e saberes didáticos, os relacionados com a articulação teórico-prática”. (PIMENTA;

ANASTASIOU, 2002, p.71).

Destaca-se a relevância dos conhecimentos da formação inicial para a elaboração de saberes didático-pedagógicos. Portanto, não há produção do saber fazer sem a mobilização de saberes aprendidos no contexto acadêmico e articulação com a experiência da prática cotidiana.

Gauthier et al. (2006) constatam que para ensinar não basta só o saber da experiência, nem só o conhecimento do conteúdo, mas saber combiná-los numa base de conhecimentos.

E como a professora em questão destaca, é importante o retorno a alguns fundamentos que são provocados pelas normatizações da BNCC

Eu sempre tenho que, dar aquela olhada e voltar, porque assim não pode deixar de ...né de pesquisar, de olhar, de ler, porque tudo que a gente vai deixando a gente vai esquecendo. Ah! Eu acho que a base ela resgata tudo aquilo que a gente estudou né? Porque ela coloca a teoria junto a prática né?

Eh eu acho que é o intuito dela. Então não tem como a gente sempre não...

lembrar... eu..., eu sempre me lembro dos professores da faculdade. A minha professora RRRR falando..., falando. (ALICIA SE)

Esse relato evidencia as diferentes fontes de saberes dos professores. Os saberes profissionais provêm, segundo Tardif (2014), de diversas fontes: história de vida; cultura escolar enquanto alunos; conhecimentos disciplinares, didáticos e pedagógicos adquiridos na formação inicial; conhecimentos curriculares proporcionados pela análise de programas;

saberes ligados à sua experiência e na experiência com os pares e em tradições particulares da profissão de professor. “A relação dos professores com os saberes não é de busca de coerência, mas de uma utilização integrada no trabalho, em função de vários objetivos que procuram atingir simultaneamente”. (TARDIF, 2000, p.14)

Outro fator que chama a atenção nesta categoria é a fala de alguns professores de como a reflexão causada pela BNCC é uma reflexão forçosa, não apenas por se tratar de uma condição profissional e de decisão pessoal, mas como uma necessidade imposta pelos outros. É uma

obrigação, utilizando expressões como: “tem né”, “você tem...”, “a gente sempre aprende...”.

Sem ainda ser incorporada como uma concepção pessoal. Este fato foi justificado pelas sucessivas reformas que transformam os currículos escolares e que exigem conhecimentos e modificações constantes dos docentes e dos planos de ensino das instituições. Essas alterações impostas, embora algumas necessárias, nem sempre acontecem de acordo com o proposto e a necessidade, o que acaba criando um distanciamento e dificultando os professores na gestão de sua própria profissão e a necessária conscientização das ações, conhecimentos e habilidades que sustentam uma profissão baseada em interações e significados (TARDIF, 2014).

Eu estou lá há 30 anos na prefeitura... e mudanças... a gente acaba se acostumando com as mudanças, isso não me apavora. Porque o que você tem que fazer você..., você tem que fazer! A gente sempre aprende. (ISADORA PE)

É... É... Assim. O que eu vejo é que preciso ainda de estudo, eu preciso estudar a BNCC, eu preciso entender ainda alguns pontos da BNCC. E como fazer?

A gente sempre vai aprendendo. Né? (JULIA PE)

Eu acho que esse exercício de pensar, de repensar o que eu faço. Repensar os meus objetivos, repensar a maneira com que reorganizei aquela atividade, é sempre importante né. Porque às vezes, ainda que a minha conclusão não seja igual à da BNCC, mas eu repensar minha atividade e ainda eu vejo possibilidade de melhorar o que eu estava fazendo (LAURA PE)

A secretaria também conseguiu que houvesse o entendimento de que é obrigatório (a BNCC). Você tem que se adaptar e você tem que mudar. Então você tem que trabalhar dessa nova maneira então e..., ela provoca. Mas entra naquilo que eu falei, provoca no sentido de ser obrigatório "tem que fazer"

não no sentido de acreditar de verdade que deve mudar, de... de que acredita nisso que vai haver mudança positiva entendeu? Então provoca pela obrigatoriedade, mas ainda não é uma concepção, é isso mesmo eu vejo que para boa parte dos professores, não é uma concepção. (LIAN SE)

Ainda foi possível constatar um certo conformismo com a proposta, uma aparente aceitação passiva. Essa aceitação passiva se assemelha a um processo de alienação. Para Duarte (2013) existe alienação quando percebemos um abismo entre as máximas possibilidades de desenvolvimento e produção do ser humano e a participação consciente do indivíduo nessa produção, ou seja, a alienação ocorre quando os indivíduos são impedidos de se apropriarem das objetivações que possibilitam o desenvolvimento de sua atividade consciente.

Porque foi uma e mudança, para mim a BNCC foi uma grande mudança e a BNCC já assustou né, assim com ela está, de repente se ela fosse maior, se ela fosse maior assim no início, a gente não… não dava para ter tudo…. E aí eu pensei: já foi uma mudança imensa, se ela fosse mais extensa eu acredito que seria mais difícil de estarmos conseguindo e aceitando. (ANDREIA PE) Então ela, a BNCC é o nosso Norte, então a gente vai ter que seguir aquilo e pronto. (ALICIA PE)

Concluindo essa categoria e ainda fortalecendo a perspectiva da importância da BNCC no impacto causado aos saberes docentes, tem-se a expectativa e o relato dos professores direcionados ao desejo e necessidade de ações que ampliem a reflexão e, que pudessem proporcionar expansão de significações e troca de experiências. Destacando a visão dos professores de que formações e discussões coletivas ampliam os saberes docentes.

É indispensável pensar que o docente em sua prática de formação seja um aprendiz pensante, pois Freire (1996) diz que o pensar certo é algo necessário aos educadores. O professor é aquele que não fica esperando um guia para atuar, e sim aquele que entende que o pensar certo tem que ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com objeto de conhecimento e o outro.

Da mesma forma que a educação é permanente e importante para todos, também o é para o professor. Freire (1996) condiciona a melhoria da qualidade da educação à formação permanente dos professores e essa formação se justifica na prática de analisar a prática de ensino. “Por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje, ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. (FREIRE, 1996, p. 43-44).

Essa perspectiva foi denominada base de sustentação para assimilar e entender a BNCC.

Nesse sentido, destacamos algumas narrativas dentre várias. Pois, consideramos que formações e discussões coletivas oferecem uma base para sustentar as reflexões dos professores sobre a mudança.

O que faltou da BNCC foi a formação dos Professores. . Porque formação pratica sobre a BNCC a gente não teve, a gente não tem. (LUCIA PE)

Eu acho que talvez mais formações sabe, cursos que dê, assim, mais suporte para nós. Não é só jogar um texto e.… é assim; tem que ter informação de como você fazer. (LUMA PE)

Ah eu acho que a forma mais interessante de discutir sobre a BNCC seria através de cursos. Mesmo que seja curso online. Porque só ler a gente pode ficar confuso com alguns conceitos, essa troca eu acho muito importante.

(BRUN PE)

Por isso que eu acho que essas trocas de experiências talvez é o momento do professor parar e ter… começar a ter ideias novas. Essa troca de experiências eu acho interessante, eu acho que falta um pouco isso a prática agora. (ISADORA PE)

Trocando ideia mesmo, no coletivo, entre as professoras. Sozinha é difícil.

Eu preciso dessa troca. Pra fazer essa compreensão né? Pro cérebro acompanhar o raciocínio. E gosto também de ver através do olhar do outro. (BRUN SE)

Na sequência, é interessante notar que ao mesmo tempo que se propõe uma Base Nacional Comum Curricular de forma normativa seria necessário uma política formativa para os professores ou uma “política formativamente indutora’, como diz Fochi (2019). Uma vez que a instituição de uma política educacional atrela forçosamente a necessidade de formação dos professores e todos os outros profissionais envolvidos na educação de crianças pequenas.

Concorda-se com Nóvoa (1995) ao dizer que:

Não há ensino de qualidade, nem reforma educativa, nem inovação tecnológica, sem uma adequada formação de professores. Essa afirmação é de uma banalidade a toda prova. E, no entanto, vale a pena recordá-la num momento que o ensino e os professores se encontram sob fogo cruzado das mais diversas críticas e acusações (p. 9).

Cabe dizer que o processo educativo é múltiplo e dinâmico. Freire (1996, p. 145) assinala que esse processo é um fenômeno complexo e heterogêneo reconhecendo que os saberes nele envolvidos também são formados por vários elementos e aspectos.

É possível identificar também que os saberes docentes profissionais são plurais e temporais destacando que o “saber dos professores não provém de uma fonte única, mas de várias fontes e de diferentes momentos da história de vida e da carreira profissional” (TARDIF, 2014, p. 21). Destaca-se o diálogo estabelecido com os diferentes saberes proporcionados pela BNCC, como os articulados pelas novas competências gerais articuladas pela BNCC. E principalmente no caso da educação infantil, as mudanças conceituais principalmente aquelas relacionadas com os campos de experiências.

Ainda se evidencia a retomada de proposições da DCNEI, integrando essa construção de saberes. Algumas das orientações curriculares deste documento, quando revisitadas integram a reconstrução desses saberes trazendo um discernimento maior para questões já discutidas e uma reflexão que remete ao já conhecido e relacionado ao fazer docente.

Reconstrução necessária e que precisa de boas e significativas ações formativas, atentas às propostas atuais e às necessidades das crianças, segundo Ferreira (2015)

Esse movimento de repensar o fazer docente na Educação Infantil e, portanto, os saberes necessários a esse fazer, enfatizam a necessidade de um profissional como aquele que intervém intencionalmente e conscientemente como promotor do crescimento dos sujeitos e que possa agir de forma reflexiva e crítica num trabalho com as crianças e não para as crianças. (p. 47)

Saviani (1996, 2016) assevera acerca dos saberes que todos professores deveriam dominar, reiterando a importância desses saberes serem construídos constantemente na prática docente, através de sua relação íntima com o objeto de conhecimento e com currículo relevante.

Afirmando que “quem pretende ser educador precisa aprender, ou seja precisa ser formado,

precisa ser educado para ser educador. Em outros termos precisa dominar os saberes implicados na ação de educar. ” (SAVIANI, 1996, p. 145). Consequentemente, estar aprendendo sempre, pois, a sociedade, as pessoas e a educação estão em constantes transformações.

O professor desenvolve sua profissionalidade com sua história de vida e isso envolve emoções e afetividades, já que ele é um sujeito dialógico, real e presente que ao realizar o seu trabalho, (re)constrói a si mesmo e a sua própria identidade (TARDIF; RAYMOND, 2000;

FREIRE, 1996).

Findada essa categoria é apresentado um quadro de resumo preliminar das indicações que levaram a identificação dos diferentes âmbitos da mesma.

Em seguida destaca-se a quarta e última categoria com os resultados, trazendo a BNCC e suas implicações na prática desenvolvida e relacionando a BNCC a prática educativa.

QUADRO 11: CATEGORIA 3: BNCC E SUA IMPLICAÇÃO NOS SABERES DOCENTES.

CATEGORIA UNIDADES DE

REGISTRO RESULTADOS PRELIMINARES

3) BNCC: IMPLICAÇÃO NOS SABERES DOCENTES

3.1) Reconhecimento da ampliação ou necessidade de ampliação

- Identificação clara da ampliação de conhecimentos;

- Identificação por necessidade ou por constatação.

3.2) Resgate dos saberes da experiência

- Atividades anteriores;

- Resgate de experiências;

- Retomada da própria experiência.

3.3) Reflexão imposta

- Necessidade da ação reflexiva por obrigação (“A gente tem”, “A gente sempre...”);

- Conformismo.

3.4) Base de sustentação para assimilar e entender a BNCC

- Formação/ cursos;

- Formação mais prática;

- Discussão conjunta.

Fonte: Elaborado pelo próprio autor, 2022.