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Os processos históricos de formação das instituições modernas no Brasil – como a república e a democracia – são identificados mediante uma ambiguidade entre,a sua carga simbólica emancipatória e o seu caráter de colonialidade, sobretudo a adaptação, na medida do possível, por parte das elites políticas e econômicas, de instituições com roupagem liberal a uma sociedade de costumes escravocratas.

A consolidação da democracia, sem dúvida nenhuma, é um passo que se dá no campo da eliminação da discriminação, porque todos passam a ser iguais no plano da participação política. Mas, há o reverso da medalha, que nem sempre é considerado. As sociedades divididas em castas, em grupos, em que há discriminação, são menos inclinadas a aceitar soluções democráticas e tendem a seguir caminhos autoritários. Daí porque, se a democracia contribui para uma maior igualdade, a maior igualdade também fortalece enormemente a democracia. Como lembra Carmen Lúcia Antunes Rocha, “democracia não combina com discriminação”. Por isso, no fundo, o combate à discriminação não é uma questão limitada. É questão muito mais ampla, que permite recuperar e atualizar os ideais que, no já distante ano de 1789, levaram à Revolução Francesa.

Mais de um século após a abolição da escravatura, a existência de situações de escravidão no Brasil surpreende e preocupa. Em pleno século XXI, o trabalho escravo causa profunda indignação na sociedade brasileira. Cabe ao Estado adotar os meios para combater, eficazmente, senão erradicar, toda forma de atentado à liberdade de trabalho.

Nesses termos, pode-se concluir que há no Brasil a presença do trabalho escravo contemporâneo, que é caracterizado pelo cerceamento da liberdade do trabalhador por seu empregador e por condições degradantes de trabalho.

Tendo em vista a prática reiterada da conduta pelos empregadores de diversos setores de produção, a Organização Internacional do Trabalho vedou, expressamente, esse tipo de conduta do empregador, conforme as Convenções 29 e 105. O Brasil ratificou ambas as convenções, reconhecendo, em 2003, a existência, em seu território, de trabalhadores submetidos à condição análoga à de escravo. Dessa forma, o Governo brasileiro firmou compromisso de tornar eficaz tal norma internacional,

adequando-a as normas internas, ou seja, impondo a vedação do trabalho escravo em seu território. Umas das formas encontradas pelo Estado brasileiro de combater o trabalho escravo tem sido a promoção de políticas públicas que objetivam atingir todos os atores envolvidos nessa relação.

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu Título I – Dos princípios fundamentais –, garante a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Dessa forma, encontramos na Carta Magna da nação os princípios elementares que proíbem as formas degradantes e desumanas de trabalho, que atentem contra a dignidade da pessoa humana. O trabalho análogo ao de escravo é considerado um crime pelo Estado brasileiro, encontrando-se qualificado no artigo 149 do Código Penal (CP) brasileiro, artigo reformulado pela Lei n.º 10.803, de 11 de dezembro de 2003.

A maior parte dos empregadores reclama que a legislação brasileira é muito protecionista ao trabalhador e estabelece muitos encargos que inibem o crescimento econômico do país. De outro lado, a realidade mostra que os empregados estão cada vez mais vulneráveis, sujeitando-se a condições degradantes de trabalho em troca da sobrevivência pessoal e de seus familiares, dispondo de seus direitos fundamentais básicos, como os direitos trabalhistas e individuais, entre eles o salário, a liberdade, a dignidade.

Quando se fala em flexibilização das leis trabalhistas, muitos pretendem a desregulamentação da relação de emprego. Entretanto, é inconcebível que se permita uma flexibilização sendo que ainda hoje, na esteira das leis trabalhistas, esses direitos estão sendo desrespeitados. Se mesmo quando a lei determina a aplicação da lei, sob pena de sanção, há quem a desrespeite, tanto mais será se não houver lei.

Infelizmente, o poder coercitivo das legislações trabalhistas e penais, nacionais e internacionais, da atuação do Ministério Público do Trabalho e da vontade da sociedade em solidificar os direitos fundamentais individuais ou sociais não têm sido suficientes para reverter essa situação de privação de direitos a que estão submetidos, ainda hoje, muitos trabalhadores. Mesmo porque, em algumas regiões do Brasil, a legislação não tem aplicabilidade - vale a lei do mais forte.

A necessidade de articular diferentes atores sociais decorre do combate ao trabalho escravo envolver aspectos sociais, econômicos, políticos, criminais e ambientais, simultaneamente. Desse modo, a articulação entre diferentes atores tem pautado as ações desenvolvidas no âmbito nacional, desde as primeiras tentativas de enfrentamento da questão.

O Brasil assumiu papel de destaque na luta pela erradicação das formas contemporâneas de escravidão, ganhando até mesmo o reconhecimento da OIT. É importante considerar, por outro lado, que os mecanismos judiciais, extrajudiciais e administrativos apesar de sua relevância não são suficientes para erradicar o problema, que não é responsabilidade apenas do âmbito jurídico, mas de outros atores e setores como o da saúde.

O trabalho escravo contemporâneo acarreta grave violação aos direitos fundamentais, aos direitos trabalhistas, as normas de segurança e a saúde no trabalho, ao princípio da dignidade da pessoa humana e a função social da terra e da empresa.

Essa pesquisa pretendeu evidenciar todo o conjunto de ações e práticas correntes entre Estado e sociedade civil para erradicar o trabalho escravo no Brasil. A identificação das práticas escravistas e o modo de aliciamento pode contribuir para a formulação de novas estratégias de articulação e ação conjunta do Estado e dos outros atores sociais na busca por melhorias nas condições de trabalho.

A contínua necessidade da articulação empresarial em torno do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo é igualmente ressaltada. O objetivo é fortalecer as ações que visam comprometer os signatários a não adquirir produtos cuja produção incorpore o trabalho escravo em sua cadeia produtiva. Outro importante aspecto enfatizado refere-se ao fortalecimento do Pacto Federativo, em que os diferentes entes da federação (estados, municípios e o Distrito Federal) podem ampliar a eficácia do Plano Nacional ao elaborar um plano estadual e até mesmo leis estaduais para combater o trabalho escravo, somando esforços ao enfrentamento articulado no âmbito federal.

Importante, também, objetivar novas condições de inclusão da massa de trabalhadores (as) no mercado de trabalho, na perspectiva de resgatar direitos perdidos e fortalecer novos contratos sociais que desmobilizem a lógica da exploração da força de

trabalho em todas as suas expressões, buscando-se reverter a trajetória da maioria desses trabalhadores, que, até hoje se constitui em experiências reincidentes de precarização da força de trabalho, seja no mercado formal ou informal ou no mercado do crime organizado. Sob condição de exploração e alienação, essas pessoas tornam-se presas fáceis para as diversas redes de tráfico e exploração de sua força de trabalho.

Por fim, é importante destacar que, para erradicar o trabalho escravo contemporâneo no Brasil, o governo deverá criar políticas de enfrentamento mais eficazes a esse crime e realizar projetos de prevenção nas cidades com elevados índices de aliciamento de trabalhadores. A Justiça brasileira também deverá apresentar um papel mais ativo no combate à escravidão contemporânea, visto que a impunidade dos infratores é um dos principais motores para a continuidade do trabalho escravo no século XXI. Além disso, a conscientização do mercado consumidor de produtos industrializados, dos mais diversos, sobre a existência de trabalhadores escravos na cadeia produtiva dos mesmos.

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