CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Os principais fatores que contribuíram motivando na realização deste trabalho foram a sistemática do processo metodológico de construção e validação de instrumento utilizado, e o interesse dos árbitros pelos fatores que envolvem as capacidades psicológicas, em especial o estresse, buscando a melhoria do seu rendimento.
Os objetivos desta pesquisa foram alcançados tendo o instrumento TEPA – Teste de Estresse Para Árbitros destinado a medir o nível da percepção subjetiva ao estresse dos árbitros dos Jogos Esportivos Coletivos. O instrumento unidimensional define o construto estresse com um único fator, “estresse situacional”. Para descrever este fator, 69 itens apresentam boa correlação entre o fator com a correlação geral itens fator maior que 0,50.
Os itens mais estressantes para os árbitros caracterizam-se em situações de erros durante as partidas, situações relativas a sua segurança e a organização da competição, e situações que envolvem cumprimento de sua tarefa no horário e com tranqüilidade, podendo assim contribuir para o bom andamento do jogo.
O nível de confiabilidade do instrumento foi indicado através do resultado estatístico do Alfa de Cronbach α = 0,9628, acima de 0,70, na análise dos resultados do estudo piloto com 69 itens, sendo, portanto, o Teste de Estresse Para Árbitros - TEPA, fidedigno, confiável ao que se propõe medir, o estresse dos árbitros (APENDICE J).
O TEPA apresenta parâmetros confiáveis à mensuração do estresse dos árbitros dos JEC podendo ser considerado um instrumento que se constituiu no seu processo de construção por situações/itens que indicam sua validade.
Classificar o estresse dos árbitros está ligado à validar escala do instrumento, pois a mesma é fator de influência na consistência interna do teste. Através da escala de Likert
utilizada (5 pontos, 0 a 4) poder-se-á analisar o quanto o árbitro percebe o estresse em cada item/ situação. Mas, existe necessidade de continuidade do processo de validação em estudos sobre a precisão da escala que ainda devem ser realizados para aprimorar este instrumento dando-lhe o valor de um instrumento psicométrico.
O teste TEPA indicando validação carece ainda outros estudo para determinar sua normalização. Isto oportuniza a validação da tabela de referência do valor extraído da escala pode ser considerado nos pólos muito estresse ou pouco estresse. Desta forma, poder-se-a com confiabilidade, analisar o estresse dos árbitros dos Jogos Esportivos Coletivos com Contato bem como a diferença da percepção ao estresse dos árbitros das diferentes modalidades, nas diferentes categorias, entre o tempo de experiência e, até mesmo saber se existem diferenças na percepção do estresse dos árbitros em diferentes culturas.
Contudo, muitos estudos sobre os fenômenos psíquicos importantes para os árbitros ainda devem serem propostos. No processo de validação novos procedimentos devem ser feitos com árbitros das modalidades de futsal, handebol e basquetebol para os quais também o instrumento foi construído, com base em suas declarações na fase de elaboração teórica.
Enfim, para os esportistas designados ao gerenciamento dos JEC, os árbitros, tanto quanto para seus coordenadores, administradores dos JEC, necessitam-se desenvolver estudos que identifiquem os parâmetros subjetivos da análise de um bom árbitro tornando-os objetivo e fidedignos, para serem correlacionados entre si. Então podendo determinar padrões quantificados para análise de um bom árbitro que poderá contribuir para o espetáculo do esporte.
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APÊNDICE A - Identificação da amostra 02 -juízes
ANÁLISE DOS JUÍZES
AMOSTRA: Peritos nas áreas da Psicologia do Esporte, do Estresse e da Arbitragem.
Titulação/ Representação Área de Especialidade e atuação Nome Professor Doutor, pesquisador Educação Física, Psicologia do esporte
Dante de Rose Júnior
Professor Mestre, pesquisador Educação Física, Psicologia do esporte Franco Noce Professor Doutor, pesquisador Educação Física, Psicologia do esporte
Pablo Juan Greco
Professor e International Handball Federation
Educação Física, Árbitro internacional Ramon Gallego Professor Doutor, pesquisador Educação Física, Psicologia do esporte Dietmar M. Samulski
Professora Educação Física e árbitro Patrícia Campos Professor e International
Handball Federation
Educação Física, Árbitro internacional
Sálvio Sedrez
Professora e psicóloga Psicologia Liliane Peixoto Pesquisadores professores, e
psicólogos, e acadêmicos de Educação Física e Psicologia.
Psicologia do esporte, Educação Física, arbitragem Grupo de Estudo da Psicologia do Árbitro – GEPA Pesquisadores professores, e acadêmicos de Educação Física. Psicologia do esporte, Educação Física Grupo de Estudo da Psicologia do Esporte
APÊNDICE B - Estrutura da entrevista com os árbitros
1. ANTES DO JOGO 1.1 – No seu dia a dia.
O que leva você ao estresse? Obs:
1.2 – Do recebimento da escala até o dia do jogo.
O que leva você ao estresse? Obs:
1.3 – No dia do Jogo. Até a chegada no local do jogo.
O que leva você ao estresse? Obs:
3. DURANTE O JOGO
2.1- Da chegada no Ginásio até a entrada na quadra.
O que leva você ao estresse? Obs:
2.2 – Da entrada na quadra até o final do 1º período.
O que leva você ao estresse? Obs:
2.3 – Durante o intervalo.
O que leva você ao estresse? Obs:
2.4 – Do retorno do intervalo até o final do 2º período.
O que leva você ao estresse? Obs:
4. APÓS O JOGO
3.1 – Do final do 2º período até o término das suas obrigações com relação a este jogo.
O que leva você ao estresse? Obs:
3. 2 – Da saída do Ginásio até o retorno das atividades corriqueiras.
O que leva você ao estresse? Obs:
5. ENTRE JOGOS
4.1 – Do Final de um jogo até o momento de conhecimento da próxima escala ou até o momento de se preparar para o início do próximo jogo.
O que leva você ao estresse? Obs:
APÊNDICE C - Instrumento piloto
Universidade Federal de Minas Gerais
Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional Laboratório de Psicologia do Esporte
Grupo de Estudo da Psicologia do Árbitro
TEPA
TESTE DE ESTRESSE PSÍQUICO DOS ÁRBITROS DOS JOGOS ESPORTIVOS COLETIVOS COM CONTATO
Nome (opcional) - ________________________________ Modalidade - _____________________ Idade - __________ Profissão - ______________________ Gênero - □ Masculino □Feminino Escolaridade - □ Ensino Fundamental - 1°grau
□ Ensino Médio - 2° grau □ Ensino Superior Incompleto □ Ensino Superior Completo Experiência - Atuação - □ Local – Grande BH
□ Regional - Minas Gerais □ Nacional - Internacional Tempo de arbitragem - ___________
Quanto os seguintes itens/ situações abaixo provocam estresse em você. Marque com o X a coluna que mais representa o quanto de estresse você percebe em cada uma dos itens/ situações. 0 – Nada – 0% 1 – Pouquíssimo - 25% 2 – Pouco – 50% 3 – Muito – 75% 4 – Demais – 100% Itens/ Situações 0 1 2 3 4 01- locais com falta de segurança
02- quadras/ Campos com condições inadequadas
03- falta de vestiário
04- locais de difícil acesso
05- falta de segurança para chegar e principalmente voltar para casa
06- competição desorganizada
07- locais desconhecidos
08- não se encontrar preparado fisicamente para o jogo 09- não ter alimentado adequadamente
10- estar cansado
11-não ter dormido bem na noite antes do jogo
12- problemas familiares
13- problemas financeiros
14- expectativa da próxima escala 15- expectativa se vai ter escala
16- expectativa/ ansiedade para chegar o jogo
17- expectativa/ ansiedade para saber sobre o jogo (importância, nível, tabela, quais equipes).
18- não saber com quem vai apitar
19- saber que vai apitar com um colega de categoria mais alta (muita experiência) ou mais baixa (menos experiência)
20- alteração de algo já combinado, marcado. 21- ter consciência após o jogo do erro que cometeu
22- não encontrar respaldo, justificativa para um lance apitado
23- transito/ engarrafamento
24- escalas de ultima hora
25- erro do colega de arbitragem (dupla, assistente ou árbitro central). 26- delegado que não cumpri suas tarefas
Itens/ Situações 0 1 2 3 4 28- aplicar a mais alta punição direta
29- errar na progressão da escala de punição
30- exigências profissionais
31- errar no início da partida
32- errar nos últimos minutos decisivos 33- errar em situações claras
34- situações de atitudes antidesportivas graves ou violentas de atletas no jogo
35- errar seguidamente
36- fazer relatório
37- falta de respeito às regras sociais
38- atraso do transporte da organização 39- não receber o pagamento pelo jogo
40- organizar-se com trabalho para cumprir escalas de viagens de vários dias e ou distantes
41- não ter o material e uniforme organizado 42- estar mal fisicamente
43- atraso do colega de arbitragem
44- atraso das equipes para iniciar da partida 45- o delegado despreparado ou novato 46- chegar tarde ou atrasado no local do jogo
47- falta de responsabilidade do colega e outras pessoas
48- não ter reconhecimento e/ ou valorização
49- ter que viajar
50- não cumprimento do regulamento/ regras/ normas por outras pessoas 51- ter que esperar por alguém
52- não poder cumprir uma escala
53- instruções ou comentários de colegas de arbitragem durante o intervalo/ jogo
54- ter contato com integrantes das equipes entre um jogo e outro, ou, antes do