APRESENTAÇÃO DE DADOS DA PESQUISA
3. Descrição de dados e análise dos resultados do questionário
3.2 Concordância dos professores sobre o estilo de liderança na escola
A Tabela III.10, a seguir, mostra o grau de concordância dos professores em relação ao estilo de liderança que é implementado na Escola Secundária de Laulane, segundo a percepção dos nossos inquiridos.
Tabela III.10: Opinião dos professores em relação ao estilo de liderança da directora
N/O Afirmações/ Alternativas
Discordo
Totalmente 1 Discordo 2 Concordo 3
Concordo Totalmente 4
Freq Percent Freq Percent Freq Percent Freq Percent
1
A directora da escola faz participar todos os actores escolares no processo de liderança participativa.
4 8.5 24 51.1 19 40.4 0 0.0
2
A directora motiva os colaboradores na realização de práticas educativas, influentes na vida académica dos alunos.
4 8.5 20 42.6 23 48.9 0 0.0
3
A directora toma decisões que espelham a expectativa de liderança partilhada pela classe docente.
17 36.2 11 23.4 18 38.3 1 2.1
4
O carácter ausente da directora leva a que os professores tomem iniciativas de implementação de acções educativas sem o seu conhecimento.
1 2.1 21 44.7 16 34.0 9 19.1
5
A directora decide sobre as estratégias de acção educativa e comunica aos professores e a comunidade escolar, cabendo a estes a tarefa da sua execução.
1 2.1 24 51.1 21 44.7 1 2.1
6
Os professores debatem estratégias pedagógicas e comunicam à directora para que decida sobre a pertinência das mesmas.
4 8.5 26 55.3 16 34.0 1 2.1
7
A directora é indiferente na tomada de decisão sobre o processo de ensino- aprendizagem.
5 10.6 21 44.7 11 23.4 10 21.3
8
Os professores sentem-se satisfeitos por poderem ter o domínio do percurso escolar de que fazem parte integrante.
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Dezanove dos inquiridos, ou seja, 40.4%, concordam que a directora da escola envolve todos os actores escolares no processo de liderança participativa, contra 24 professores (51.1%) que discordam da abertura da professora à participação dos professores na liderança da escola. Quatro (8.5%) professores discordam totalmente da abertura da directora.
Quando questionados se a directora motiva os colaboradores na realização de práticas educativas, influentes na vida académica dos alunos, 23 professores (48.9%) responderam concordar com esta opinião. Entretanto, 20 professores (42.6%) e outros quatro (8.5%), respectivamente, responderam que discordam e discordam totalmente que a directora mobiliza os alunos para uma acção de práticas educativas.
Dos 47 respondentes, 11 (23.4%) e 17 (36.2%), professores, respectivamente, discordam e discordam totalmente que a directora toma decisões que espelham a expectativa de liderança partilhada pela classe docente. Opinião contrária a esta proposição é defendida por 18 (38.3%) e um (2.1%) dos professores que responderam a este questionário e que mostram a sua concordância ou concordância total, respectivamente, de que as decisões da directora espelham a expectativa da liderança partilhada na escola.
Apreciação das respostas dos professores que responderam ao inquérito denota que 21 professores, correspondentes a 44.7%, consideram que a ausência da directora não leva a que os professores tomem iniciativas de implementação de acções educativas sem o seu conhecimento. Outros informantes (16), o mesmo que (34.4%), consideram que o carácter ausente da directora leva a que os professores tomem iniciativas de implementação de acções educativas sem o seu conhecimento. Apurámos ainda que nove (19.1%) e um (2.1%) dos professores, respectivamente, concordam e discordam totalmente da premissa em apreço.
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Segundo os dados na Tabela III.10, um professor (2.1%) e outros 24 (51.1%) professores que responderam à questão, respectivamente, discorda totalmente e discordam que a directora decide sobre as estratégias de acção educativa e comunica aos professores e a comunidade, cabendo a estes a tarefa da sua execução. Sobre a mesma questão, 21 professores (44.7%) concordam e um (2.1%) concorda totalmente que a directora toma decisões estratégicas da acção educativa e comunica os outros actores para a sua execução.
De acordo com as respostas dadas, mais do que a metade dos professores (26), o mesmo que 55.3%, discorda que os professores debatem estratégias pedagógicas e comunicam à directora para que ela decida sobre a pertinência das mesmas. Outros quatro (8.5%) discordam totalmente. Enquanto isso, 16 docentes (34.0%) e um (2.1%), respectivamente, concordam e concordam totalmente que os professores debatem estratégias pedagógicas e remetem-nas à decisão da directora.
Foi apurado do quadro de respostas que a directora é indiferente na tomada de decisão sobre o processo de ensino-aprendizagem, conforme afirmaram 21 professores (44.7%), mostrando a sua discordância, e cinco (10.6%) deles que estão totalmente discordantes. Em oposição a esta indicação, encontram-se 11 (23.4%) e dez (21.3%) professores inquiridos que, respectivamente, concordam e concordam totalmente que há indiferença da directora na tomada de decisão sobre o processo de ensino.
Do total de 46 inquiridos, 20 (42.6%) discordam que os professores se sentem satisfeitos por poderem ter o domínio do percurso escolar de que fazem parte integrante. Outros 16 respondentes (34.0%) discordam totalmente. Enquanto isso, oito professores (17.0%) e outros três (6.4%) concordam ou concordam totalmente, respectivamente, com a satisfação dos professores pelo domínio do percurso escolar de que fazem parte integrante.
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Síntese dos resultados
A Tabela III.10 mostra que, embora 24 professores (51.1%) discordem da abertura da professora à participação dos professores na liderança da escola, não deixa de ser digna de registo a opinião de 19 docentes, ou seja, (40.4%), que reconhecem e concordam que a directora da escola faz participar todos os actores escolares num processo de liderança participativa. Aliás, 23 (48.9%) dos professores inquiridos responderam concordar que a directora motiva os colaboradores na realização de práticas educativas, que influenciam na vida académica dos alunos, não obstante 20 professores (42.6%) discordarem desta premissa.
Parte significativa dos professores discorda ou discorda totalmente que a directora toma decisões que espelham a expectativa de liderança partilhada pela classe docente, conforme ilustram as respostas de 11 (23.4%) e 17 (36.2%) dos professores inquiridos. Contudo, 18 (38.3%) professores têm opinião contrária, pois concordância ou concordância totalmente que as decisões da directora espelham a expectativa da liderança partilhada na escola. Noutra dimensão, 16 informantes, o mesmo que (34.4%), consideram que o carácter ausente da directora leva a que os professores tomem iniciativas de implementação de acções educativas sem o seu conhecimento.
Vinte e quatro professores (51.1%) discordam que a directora decide sobre as estratégias de acção educativa e comunica aos professores e a comunidade, cabendo a estes apenas a tarefa da sua execução. Outrossim, 21 (44.7%) professores concordam totalmente que a directora toma decisões estratégicas da acção educativa e comunica os outros actores para a sua execução. Mais do que a metade dos professores, 26 (55.3%), têm opinião contrária ao assumirem que os professores é que debatem estratégias pedagógicas e comunicam à directora para que decida sobre a pertinência das mesmas.
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Ainda no âmbito das respostas dos professores e constantes da Tabela III.10, verifica-se que, do total de 47 inquiridos, 42.6% dos professores não se sentem satisfeitos por não poderem ter o domínio do percurso escolar de que fazem parte integrante.