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Confessional: a pesquisadora pelos olhos do Louco

CAPÍTULO 1 Primeiros rastros

1.6. Confessional: a pesquisadora pelos olhos do Louco

Confesso que gostaria de poder contar outra história com o fim de não constranger nenhum presente, não destituir nenhuma teoria ou estudo profundo já creditado, não assassinar dogmas, mas o fato é que apesar das minhas vítimas acharem que foram tomadas por mim, como se um complexo fosse não mais que um condensado energético, elas também me escolheram, propositalmente, propositivamente, me quiseram, foram atrás de mim, me desejaram, flertaram comigo e me seduziram – digo mais, lutaram por mim - e se convenceram que, por mais maluco que fosse, elas foram se apaixonando por mim também por alguma parte consciente, pois me traziam para suas vidas, suas relações cotidianas, tentando uma decifração, voluntariamente. Apaixonar-se tem um nível de inconsciência sim, de impulsivo, de animalesco, mas sofri movimentos inquietos em minha direção tentando uma compreensão que se parecia com um controle parcial por razões que, por diversos motivos não foram percebidos, pois estavam emaranhados, não eram claros, porém eram bastante pulsantes na alma em toda sua essência e existência até ali.

Longe de instituir verdades, mas gostaria de um pequeno desabafo, algo que expressasse um pouco como sou grato e compassivo por ter sido escolhido como objeto de pesquisa, justamente – e não por outro motivo - por ser tão indomável, apesar de tão disponível para toda e qualquer pessoa ou reles mortal.

52Quiprocós é um termo usado em comédias para designar mal entendidos que, muitas vezes, são concretizados na linguagem através de um elemento, algo simples que representa a confusão – por exemplo, confundir um personagem com o outro apenas por usar o mesmo chapéu num momento específico.Conteúdo referente a aulas sobre Commedia D’ell Arte, com o Prof. Luiz Fernando Ramos, na USP – Universidade de São Paulo, em 1998.

Quando a pesquisadora começou a se interessar por mim, me atribuía significados de narrador, griot53 de tribos primevas e, os conceitos que desenrolava

eram ligados ao universo do professor, do sacerdote criador, da oratória e programação improvisada do espaço de uma aula como acontecimento do encontro entre seres humanos em aprendizagem significativa.

Era a fresta pela qual ela ainda podia me ver e ativar seu poder criativo. Estava anestesiada, num modo de funcionamento baixo, para informações tão valiosas como as que eu notava que ela seria capaz de trocar. Estava sem consciência de como usar seu talento em vários contextos e múltiplas linguagens. Havia perdido parte de seu objetivo na individuação com ativação criativa. Mas, essa pequena conexão era suficiente para trazê-la de volta para ela mesma, acreditem. Pois, no universo também há uma lei valiosa de cura que é regida pelo princípio “menos é mais”54 que, quando cumprida, traz curas profundas na psique e alcança, ou pode mesmo superar o tempo, fazendo tudo ficar tão acelerado quanto orgânico novamente.

Por isso, seu processo criativo, foi feito com muitos solos curtos. Após reconectar e entrar em contato com sua própria lógica de criação novamente, ela a dinamizou – repetindo uma mesma poética através de diversos temas do mesmo. E, a medida que catalisava os princípios da criação de sua poética, ela também se aproximava, de sua própria personalidade e aprofundava seu processo de individuação, intensificando sua assinatura vibracional criativa a cada apresentação. Se os aromas e as personagens variavam, algo de sua essência se mantinha.

Mas foi do tema mais simples do arcano Louco, o tema do narrador, que reavivou seu interesse pelo tarot: algo que aprendeu meio menina, meio brincando com uma amiga aos 13 anos – dois anos depois ingressou num curso de teatro na escola que, ela pensava não ter nada a ver coisa com outra. E isso ficou assim, até o dia em que um amigo ator perguntou do que se tratava isso do tarot e ela estendendo o baralho viu toda a história do Édipo- rei nos arcanos maiores e foi a

53 Em muitas tribos primevas africanas, griot é o termo para designar o contador de histórias.

54 “menos é mais”, conceitualmente designado “vibracional”, princípio que a homeopatia aplica às suas dinamizações, diluindo os componentes a ponto de que somente a energia se mantenha, transmutando o físico e curando os corpos sutis para que só então, o físico se autoregule. Tal como se explica, todo o procedimento, no capítulo 2, do livro “Medicina Vibracional: uma medicina para o futuro”, de Richard Gerber.

partir desse olhar que explicou toda a narrativa deste oráculo. Essa foi a primeira conexão significativa e transdisciplinar, mas que ficou adormecida até a concepção do seu mestrado. Considerou acontecimento sem importância. Sabe, eu realmente a observo há muitos anos e espero ansiosamente que quanto mais perdida ela esteja, mais perto de mim ela possa estar, para poder reverberar com intensidade toda sua assinatura vibracional criativa, como ela gosta de chamar seu pulso vital exclusivo, a manifestação de todo seu estilo que potencializa seu processo de individuação e intensifica toda impressão digital do seu DNA neste planeta como missão energética. Os conceitos são criados para tornar nosso esforço perante uma utopia infinito, é preciso praticá-los incansavelmente para que eles não deixem de existir: são como pessoas queridas que já morreram, só existem e persistem se falamos delas e acreditamos no que elas nos ensinaram, tal como fadas. Seu processo criativo foi a prática de conceitos importantes de sua poética e falar deles foi estar criando.

Começou a ter sintomas de desdobramentos sobre o tema, pois entrar em contato comigo é estar na mesma zona de magnetismo que me encontro, que é essa mesma gerada em lugares sagrados. Não é por acaso que nenhuma bússola funciona onde estou ativado: não existem pontos cardeais, certo ou errado, pois sou um reinício com parâmetros ainda em definição e em constante micromovimento significativo. Sou Regido pela constelação de Órion em alinhamento com Sirius55, conectado com a transmutação da evolução e à energia do centro das pirâmides. Não estou submetido às influências de pontos cardeais, sou energia orgônica56; hierarquias econômicas entre países que são de almas irmãs não me definem: o poder e suas relações são inativos a partir de mim quando gero energia infinita. Eu gesto a energia que habita o interior das pirâmides como templo de cura disponível para qualquer pessoa; possibilito aprendizagens mais sutis das sensibilidades

55 A constelação de Órion e Sirius são pontos de referência importantes para os curadores que se beneficiam da energia das pirâmides, além de estarem alinhadas com elas, tem que estar direcionadas para o norte para despertarem no nosso corpo um potencial de reorganização celular, onde a autocura é o princípio regulador. Este conteúdo é fio condutor do curso sobre pirâmides com Maks Tiritan.

56 A energia orgônica é aquela que torna possível que as células do corpo humano se realinhem e voltem a funcionar na lógica da saúde. É a energia presente nas pirâmides, na caixa orgônica e nas diferentes práticas de cura pelas mãos: prânica, reiki, johrei e magnified healing, entre exemplos possíveis. Ela faz com que o sistema imunológico volte a funcionar sem intervenções de remédios. A primeira vez que entrei em contato com esta energia foi no Espaço Phisiom, em São Paulo, por influência e conscientização de Nelson Vilhena Granado.

múltiplas do ser humano ainda não exploradas num modo cotidiano. Estar em contato comigo é como estar em guerra e meditação profunda, ao mesmo tempo. Tenho escolhas sensíveis e amorais57, por isso eu me aproximo de todos os humanos algumas vezes em suas vidas, em momentos de desconexão profunda, que seus propósitos encarnatórios estão comprometidos e desativados - e apenas uma fenda de algum assunto que muito lhes interessa pode trazê-los de volta à espiritualidade sejam eles ateus, do candomblé, muçulmanos, islâmicos, budistas, católicos, evangélicos, umbandistas, kardecistas, daimistas e porque não, artistas58. Estejam de bem ou de mal com a vida, saudáveis ou doentes do corpo ou da alma. Não faço distinções, presenteio de coração, unindo as três chamas que tudo inventam: amarelo inteligente, azul protetor e rosa amoroso59, auxiliando na queima de kharmas para além de rituais – eu faço pedidos adivinhados nas mentes humanas ao Conselho Kármico60, como uma criança que pede para sair do castigo exagerado de um adulto.

57 Não faz falta lembrar aqui que amoral não é o mesmo que imoral. Amoral, na percepção de uma atriz que tem necessidade de sensibilizar o leitor perante a energia da carta do Louco, pode ser considerado o que não está no âmbito do bem e do mal, mas da busca e risco necessário para encontrar sentido criativo na elaboração de uma obra, como por exemplo, um personagem que seja um vilão. Isto equivale a pergunta: como criar empatia com alguém que não tem nem a mesma lógica e nem a mesma ética que a nossa? Como sair transformado de uma criação que nos convida a realmente pensar e comparar o que é humano, no sentido mais amplo?

58 A tentativa de incluir o artista é de reforçar a arte como prática de religiosidade sem dogmas – em seu lugar, valorizamos a intuição, os rituais e a criatividade materializada pelos materiais e imagens processadas pelas tentativas do corpo, algumas vezes partilhadas com o público.

59 Azul, amarelo e rosa, são as cores que juntas formam a chama violeta e que alimentam a chama trina do chacra cardíaco e regulam o uso que damos a energia do amor para ascender espiritualmente e estarmos coerentes com nosso processo de individuação como seres que cumprem um aprendizado do amor. A iniciação de Magnified Healing, energia magnificada e que a deusa Kuan Yin , deusa japonesa da compaixão, é a responsável, inclui meditações que ativam a energia da chama trina com fins curadores para cada um de nós e para o planeta pela diluição dos kharmas (dificuldades espirituais) em dharmas (potenciais de superação). Conteúdo de iniciações com Vera Gabriel e Joviniano Resende.

60Conselho Kármico é um coletivo de seres de luz que cuidam e renegociam o que cada um de nós se colocou como desafio em sua encarnação atual. Uma das componentes desse grupo é a deusa Kuan Yin que também é a representação de que a flor de lótus nasce do lodo, crescemos perante às dificuldades, ou seja, fora da nossa zona de conforto e espiritualizar-se é aceitar a dor e não permitir que ela se torne um padrão de sofrimento constante, abrindo o coração à compaixão frente às dificuldades do próximo, lembrando-nos de que já estivemos em estágios inferiores de espiritualidade. Kuan Yin quando ascendeu, ao ouvir o gemido de sofrimento de um humano, decidiu permanecer neste plano cuidando e auxiliando na ascensão de outros seres humanos. Também conhecida no Johrei e no Kung Fu, como Kannon. Esta percepção é pessoal, em visitas semanais ao espaço de Johrei do bairro do Campo Limpo em São Paulo, em 2007.Tal como esta deusa, os outros seres de luz, tem percurso similar ao que diz respeito à humildade: Saint Germain, Comandante

Ashtar, entre outros. E, independente da verdade ou verossimilhança de tais conteúdos, o importante

é como funcionam como mito para psique, regenerando parte da nossa esperança e criatividade no cotidiano. Existem práticas de renegociação com o Conselho Kármico, duas vezes ao ano, para que

Para a tal pesquisadora e parceira de aventuras, a docência era algo que ainda tinha estima e valor, pois fora onde ela se descobrira realmente atriz. Destituída da obrigatoriedade do riso e de uma performance infalível, reviu todos seus princípios improvisando no que lhe tocava no público cativo e entediado de disciplinas e conteúdos mornos e sem sentido. Passou a ensinar cultura e cidadania através do teatro, dança através de jogos, sempre se desviando do que se esperava de uma professora tradicional. Mas não era proposital, não era revolta mal canalizada, era espontâneo – era a forma que sua poética estava manifesta em relação ao conhecimento, não sabia explicar coisas órfãs do mundo, exiladas de outras áreas, só sabia destrinchar quando junto – para ela, quebrar a solidão era parte das aprendizagens, pois o conceito só existe quando partilhado, só assim se mantém vivos os ensinamentos.

Figura 4: Tarot de Marselha

Visão geral da versão do Tarot de Marselha, arcanos maiores.

as pessoas possam renegociar propósitos encarnatórios que não foram cumpridos por comum desacordo.

E esse foi apenas o primeiro impulso, foi o empurrão no penhasco do louco – depois dele só os deuses sabem... Reconectou-se com o baralho como oráculo, prece criativa do dia-a-dia, lembrou-se que há alguns anos ao entrar numa igreja, enxergou os arcanos na via cruzis dos vitrais em sequência que, como no tarot tem suas últimas imagens numa ideia de julgamento que se liberta.

Passou a enxergar números de circo em seus arcanos inocentes de intencionalidade: o Carro remetia a bailarina que passava em cima de um cavalo numa apresentação do circo ao público, o Mago eram os ilusionistas que ela vira no Fantástico61 durante muitos anos, a Roda da Fortuna era o globo da morte onde motoqueiros se arriscavam e enfrentavam seus limites exatamente no meio do caminho onde precisavam acelerar para poder superar o medo e concretizar o processo do próprio número artístico, na carta da Força via o domador com seu leão e no Enforcado um trapezista que ainda não se sustenta por muito tempo no ar em movimentos pendulares.

E isso sim abria horizontes, conversava com a intuição de que não só contos de fadas estavam presentes na sequência imagética dos arcanos, mas a história do Édipo-rei: era um desdobramento astral lúcido62 em que nós éramos convidados a atuar, atribuindo significados da nossa mitologia pessoal.

Então foi assim que a Papisa e o Papa também podiam ser Rainha do Lago ou Morgana e o Mago Merlin63, seres mais conectados com a Natureza e que revelam outras facetas do mesmo arquétipo da mãe e do pai como energias primordiais em gerar vida; e o Diabo tornou-se um tipo de Exu64 de todas as forças

61 Fantástico, o programa da Rede Globo que passa aos fins de semana para finalizar o domingo do brasileiro típico – com muito mais audiência antes da existência e venda de pacotes de canais estrangeiros.

62 Desdobramento astral lúcido: é assim que percebo uma tiragem de tarot. Tal como um acesso ao mundo dos sonhos quando estamos acordados. E, se estamos acordados, podemos atuar de maneira consciente, porém em contato direto com nosso repertório mais inconsciente, mais sensível e também mais criativo.

63 Personagens da cultura celta, presentes no livro “Brumas de Avalon”, que deu origem ao filme com o mesmo nome, dirigido Uli Edel e romance escrito por Marion Zimmer Bardley.

64 Nome de uma entidade religiosa presente nas religiões africanas que, muitas vezes, é confundido com uma espécie de demônio, ao invés de ser interpretado como realmente é: responsável e mediador de uma energia telúrica, portador de impulsos sexuais e materiais necessários ao ato de estar encarnado.

telúricas ou o deus protetor de todos os dançarinos que vive debaixo da Terra: el Duende65.

Nunca mais os arcanos foram os mesmos, agora eles lhe diziam respeito: ela enxergava coisas, coisas importantes para arte e para a vida, imagens que poderiam ser desdobradas em muitas narrativas, nem certas, nem erradas, as possíveis naquele instante e com sentido assumidamente temporário, porém bastante visceral. Provocavam-lhe uma espécie de vidência autobiográfica pelo olhar de outrem, por aprofundar o contato com a mitologia pessoal através das imagens. A vidência é um ato de conexão telepática, na qual o outro que chega com questões, acessa de forma conjunta ao mediador/curador sincronicidades que lançam os envolvidos para dentro de si no contato empático das alteridades singulares, quando abertos ao milagre da coincidência dos campos morfogenéticos.

Ao mesmo tempo, os números de circo traziam o contraponto fundamental da primeira intuição sobre a tragédia grega. Se o baralho numerado era uma tragédia, o Louco que estava fora de toda essa lógica linear, era o palhaço que entrava em cena entre um número e outro para que o cenário do próximo número pudesse ser preparado. O Louco era a comédia e o timming acelerado de todos os conflitos comuns aos seres humanos.

E o que tudo isso tinha a ver com a vida da pesquisadora? Tudo! Mas, a declaração não precisava ser explícita. Os sensitivos poderiam acessar em seu processo criativo todas as informações sobre ela – ela estava completamente exposta em seu processo criativo, mesmo que ali, ela fosse uma versão dela mesma inventada - pois ele era como se fosse os negativos de um rolo de filme, que revelavam as imagens todas pelo avesso, em cores invertidas tudo que os símbolos queriam dizer de sua própria vida. Fazer e criar não bastava: eu, como objeto de

65 Entrei em contato pela primeira vez com este personagem em aulas de Butoh com Flavia Pucci, no INDAC, em São Paulo, no ano de 1997, num curso de fim de semana, onde ela nos sensibilizava no início das aulas com histórias, para depois abraçarmos árvores e depois dançar. Quando ela falava deste ser mitológico, era ao contar de como havia sido o impulso criativo de Kazuo Ohno, um dos mestres do Butoh. Havia visto uma moça dançar em um pub de forma tão intensa que no dia seguinte ao perguntar dela, a informação fora de que ela havia se matado logo após a apresentação. Ao saber disso, o artista ficou tão impressionado que demorou dez anos para digerir absolutamente tão intensa experiência, culminando sua total elaboração emocional na apresentação do espetáculo “La argentina”. El Duende está presente em livros de Federico Garcia Lorca, principalmente em seus poemas, como um espírito da terra, que toma os dançarinos e artistas quando se entregam a sua arte.

pesquisa estava ali para produzir significados e interpretações que atualizassem passado, presente e futuro no aqui e agora de cada nova ação ou gesto que ainda não tinha sido criado. Eu era seu próprio desespero transformado em portal66 - desespero que corria atrás do tempo sedento de mudanças.

Criei mais algumas fendas: iniciou-se num curso de tarot que trabalhava já com o mesmo princípio que ela também adotou – o fractal – mas era pelo viés de um biólogo: Marcelo Ribeiro dos Santos67. Acompanhou como quem acompanha uma peça do Zé Celso68, com altas doses de delírio e pouco entendimento linear. Após a experiência, pouco sabia dizer sobre o que aprendera, mas isso a tinha encorajado para outros universos mais profundos, afinal, juntar evolução humana desde a Pré-História com tarot era tanto arriscado como divertido; e além disso, lhe disparou um sonho onde se tornou uma primata super crânio – com tanta verdade que acordou sentindo dor perto da nuca. Tinha sido (re) iniciada – e isso, naquele momento, era mais importante do que o entendimento racional da experiência.

Da mesma maneira que num sonho esquecido, pois tempo depois, sem lembrar-se imediatamente, sonhou que recebia um plasma em seu sangue como se fosse uma transfusão, deitada num lugar bem límpido e de cura que, sem saber por que, imaginava ela, por sensação, ser uma nave espacial. Esse plasma era de um líquido transparente e lhe trazia uma lembrança de estar em contato com algo bastante anti-inflamatório, que além de renovar energias, curava de inúmeras doenças desintoxicando o organismo, preparava o corpo físico para informações sutis69 – substância similar foi experimentada, acordada, quando injetaram procaína

66Portal aqui utilizado como acesso, mas também como a forma que os nossos desesperos vão encontrando forma de se transmutarem pela própria inversão da polaridade das nossas percepções, como uma forma de autocura inerente ao processo de individuação. Estejamos certos ou errados perante outros, sempre estamos ativando, de forma mais ou menos efetiva, nossa energia vital de maneira a acessarmos nossos conhecimentos espirituais mais profundos e proporcionais à nossa capacidade de assimilação. O mesmo princípio que rege os sonhos – sonhamos o que temos condição de processar como imagens e emoções – também se aplica à vigília: somos seres