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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No documento Diamantina 2022 (páginas 119-181)

conteúdo específico para as Relações étnico-raciais como preconiza a legislação. Também não foram encontradas articulação de conteúdos sobre a Política da Saúde da População Negra.

Apesar de apresentarem a Resolução que institui a DCNERER em sua base geral e em alguns conteúdos de algumas disciplinas, o conteúdo era trabalhado de forma geral e ampla na perspectiva histórico-cultural, mas sem uma articulação com a SPN, o que não permite um entendimento mais profundo das concepções das relações étnico-raciais e os impactos nos processos de saúde e doença dessa população.

Verificou-se que algumas disciplinas contextualizavam os conteúdos de maneira transversal sobre as questões étnico-raciais nos cursos da saúde. Conforme descrito nas informações dos Quadros das disciplinas, pesquisaram-se os registros sobre as temáticas. No entanto, não foi identificada, em nenhum dos currículos, a disciplina obrigatória ou eletiva com o conteúdo das Relações Étnico-racias, observou, também, que esse conteúdo ministrado não era obrigatório para os cursos da área da saúde.

Observa-se que os cursos atendem à questão das referências das Diretrizes Curriculares Nacionais para Ensino das Relações Étnico-raciais por meio da referência da Resolução CNE/CP nº 1/2004, mas de uma forma muito tímida e sem fazer nenhuma relação a questões relacionadas à Saúde da População Negra.

E nenhum dos projetos pedagógicos faz referência sobre as doenças mais predominantes na População Negra, como Anemia Falciforme, Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus. A ausência dessa questão sobre a Saúde da População Negra é uma demonstração do não reconhecimento do racismo e do seu impacto nos processo de saúde e doença da população negra, “como oferta de cuidado em saúde a esta população, fazendo com que a hierarquização racial seja mantida e reproduzida.” (BORRET, et al., 2020, p.6).

Constata-se que os dados coletados nos projetos pedagógicos, bem como a resposta da entrevista, até o momento, reforçam a necessidade e a importância de se fazer uma abordagem sobre os temas o racismo e a saúde da população negra na formação dos profissionais de saúde da instituição. Concluindo, que o debate sobre o racismo na formação em saúde e na educação seria de fundamental importância no combate ao racismo e nas melhores condições de acesso e qualidade de atendimento à população negra. Para isso, se faz necessária uma maior sensibilização dos profissionais a respeito das especificidades da SPN, para promover uma saúde digna, justa e igualitária.

Concluí-se com a afirmação de Santana et al. (2019, p. 15):

[...] afirma a necessidade de que os processos de formação dos profissionais sejam de qualidade. Coloca, ademais, que essa qualidade precisa ser discutida em seu sentido político em relação às escolhas que pesam sobre a organização dos currículos, programas e similares. As ausências e negligências de determinados conhecimentos, saberes e práticas nos processos formativos, [...] acarretam sérias falhas no atendimento integral de todos, e em especial de populações vulneráveis, a exemplo da população negra.

Faz-se necessário promover ações de combate ao racismo institucional e ao racismo estrutural, por meio da inclusão nos currículos, nas estruturas curriculares dos cursos da saúde, de disciplinas, conteúdos que reflitam sobre o conhecimento das relações étnico-raciais, assim como da saúde da população negra. Visando promover uma sensibilização sobre a importância da temática racial institucionalmente e para a formação e atuação dos futuros profissionais de saúde.

Conforme citado no item 81 das Diretrizes Curriculares Nacionais, os cursos da Saúde devem modificar o modelo de formação dos profissionais de saúde, centrado hoje nas doenças, reformulando o currículo, incluindo, conteúdos e disciplinas em informação, comunicação sobre a diversidade étnica, cultural e racial da sociedade brasileira, reconhecendo e verificando aspectos de subjetividade relacionados com a atenção e a educação em saúde, reduzindo os danos e prejuízos, promovendo atenção básica e a organização e o funcionamento efetivo do SUS.

Por isso, a formação em saúde com essas temáticas se faz tão necessária, pois:

A saúde da mulher negra não é uma área de conhecimento ou um campo relevante nas Ciências da Saúde. É inexpressiva a produção de conhecimento científico nessa área e o tema não participa do currículo dos diferentes cursos de graduação e pós-graduação em saúde, com raríssimas exceções. Trata-se de assunto vago que, na maior parte dos casos, é ignorado pela maioria de pesquisadoras e pesquisadores, estudantes e profissionais de saúde no Brasil.(WERNECK, 2016, p. 535)

Assim, a formação dos profissionais de saúde é uma estratégia fundamental para garantir a atenção à saúde da mulher negra e de toda a população negra. Diante desta questão, as ausências de conhecimento sobre o assunto das relações étnico-raciais e sobre a saúde da população negra, somente irá reforçar a continuidade do racismo e da discriminação, determinantes associados ao adoecimento e a morte precocemente de crianças, mulheres e homens negros.

Acrescenta-se a discussão, citando Batista e Gonçalves (2011), que retratam que o exercício acadêmico de medir ou verificar o fenômeno e examinar o quanto este fenômeno contribui para a manifestação e a continuidade das desigualdades sociais, incluindo, o domínio da educação, saúde, justiça, mercado de trabalho, é um importante instrumento de transformação social a partir dos dados e a partir da inferência da mudança educacional.

Como diz Maria Barbosa: A maioria das doenças que atinge a população negra é a mesma que atinge a maioria da população em geral. O problema que diferencia é seu perfil mais crítico de saúde, recorrente a diferentes contextos históricos, recorrências estas pautadas na discriminação, no racismo e na negação de direitos [...] (BARBOSA, 1998, p.100)

Ao chegar ao final da pesquisa, torna-se importante destacar a receptividade e o interesse dos discentes com relação à pesquisa, ao demonstrar ser um ponto muito positivo para o desenvolvimento dessas temáticas dentro da instituição, conforme descrito abaixo nos comentários adicionais. Gostaria de acrescentar alguma informação ou comentário sobre a Saúde da População Negra? Sobre a Pesquisa? Seus comentários, sugestões e opiniões são muito importantes.

Antes de formar, gostaria de ver algo sendo abordado no ensino sobre a população negra, mas de forma geral, não só em pequenos eventos ou rodas de conversa, porque é sempre o mesmo público que participa e a temática é importante para o público acadêmico em geral. É triste saber que profissionais de saúde ainda mantém pensamentos tão arcaicos e preconceituosos, e nós futuros profissionais de saúde, temos o dever de mudar essa realidade, quebrar esses estigmas e discriminações, entender o meio em que vivemos e qual o impacto disso na saúde dessa população. Gostaria de ver o andamento da pesquisa se for possível, achei muito importante e interessante o assunto.

Obrigada! (E3)

Gostaria que esses temas fossem trazidos para a graduação em Medicina! Quem sabe vocês conseguem propor alguma atividade para nós, discentes? Seria maravilhoso! Boa sorte na pesquisa! (E5)

Percebi que temos perguntas muito semelhantes, gerando respostas semelhantes.

Acredito que outras fundamentações podem ser investigadas nas perguntas.

Aspectos prévios à universidade, por exemplo, se a pessoa percebeu mudanças nas suas ações e reflexões após a entrada da universidade. Como era antes da universidade? Ainda, pensei em algo de como a pessoa vê a situação de tal tema no discurso público. Tiveram mudanças? Ademais, gostaria de parabenizar pela excelente e necessária iniciativa. A ideia de estudar cursos de saúde são de extrema importância para nos elucidar o atual desfoque sobre conceito amplo do cuidado. A saúde é a área da sociedade que lida com tal cuidado. Portanto, investigar e avançar em tal tema, academicamente ou informalmente, é também cuidar de indivíduos. (E6)

Parabéns pela iniciativa, que consigamos tirar do papel e colocar em prática.

Ubuntu, AXÉ. (E7)

Estou à disposição para responder outras pesquisas desse vertente e acho de suma importância ter essa disciplina não só na saúde como em toda a universidade. (E8)

Na universidade e nessa ponta da vida é muito importante se impor e empoderar como uma pessoa negra, se você não falar, tentam adivinhar, e só quem vive a discriminação sabe falar o que é e como é, espero que quem esteja à frente dessa pesquisa saiba a importância disso e saiba dar voz a quem precisa ser ouvido nesse momento. No mais, espero de verdade que isso um dia se torne realidade.

(E9)

Parabéns pela iniciativa da pesquisa, sempre senti falta de uma pesquisa direcionada nesse sentido na nossa universidade. Boa sorte! (E10)

Eu penso que a saúde da população negra deveria ser incluída desde a infância, nas escolas. Para que as crianças possam indo sendo moldadas para respeitarem não só os negros, como todas as pessoas de raças/cores/etnias e culturas diferentes. (E11)

Cursos extracurriculares, mas importante que seja multiprofissional, o usuário e a saúde do paciente ainda precisa ser vista como um todo, que os aspectos predispostos, por exemplo, afetam de forma complexa o paciente. Não basta que o nutricionista atenda esse paciente por talvez uma deficiência de vitamina ou uma anemia, e o médico, o fisioterapeuta não entenda como essa deficiência possa afetar a vida e a capacidade dele. Muitas vezes, os projetos têm uma perspectiva interessante, porém por não abranger essa pluralidade acaba não surtindo o efeito desejado no final. (E12)

Parabéns pela proposta, acredito que será de grande importância para toda população, além de trazer conhecimentos e aprendizados essenciais para formação de profissionais que cuida do próximo com igualdade. (E13)

Assim, chegamos a compreensão sobre o estudo sobre a saúde da População Negra, bem como da necessidade de inclusão dessa temática nos currículos de Graduação na Área da Saúde é de fundamental importância. Além dos benefícios para a própria população negra, estão colocadas as potencialidades de graduandos/as desenvolverem uma visão multicultural da saúde, assim como a habilidade de estabelecer um relacionamento profissional terapêutico, culturalmente competente, firmado em uma perspectiva antirracista e sexista. E assim, desconstruir o sistema racista que persiste na nossa sociedade e, não diferentemente, nos campos da saúde e educação. (SILVÉRIO; DIAS, 2019, p.35)

Concluindo com a afirmação de Lélia Gonzales (2019, p. 223):

Enquanto a questão negra não for assumida pela sociedade brasileira como um todo, negros, brancos e nós todos juntos refletirmos, avaliarmos, desenvolvermos uma práxis de conscientização da questão da discriminação racial neste país, vai ser muito difícil no Brasil, chegar ao ponto de efetivamente ser uma democracia racial.

O estudo conclui que apesar de tantas comprovações científicas e sociais que confirmam a existência do racismo institucional predominante no nosso país, mas concomitantemente a criação de políticas no campo da saúde, educação e as políticas de ações afirmativas para o acesso à população negra, percebeu-se que as desigualdades sociais se amplificam e geram reflexos nas condições e na qualidade de vida dessa população.

Visto que a questão do racismo é algo que afeta toda a população, toda a sociedade e todo o desenvolvimento social, humano de cada um de nós. Não é possível que uma sociedade se desenvolva e se estabeleça com uma grande parte da população ou não, a sua maioria não tem as mesmas condições e oportunidades nas áreas básicas da vida: saúde, educação, segurança.

Nessa perspectiva, as questões que envolvem o presente estudo não estão fechadas, pois sabe-se que ainda suscita vários debates e aprofundamentos. Portanto, com vistas a ampliar a divulgação da Política e auxiliar no processo para uma formação antirracista traçou-se, a partir das análises até aqui, alguns caminhos e possibilidades.

Com o objetivo de divulgar a PNSIPN, um dos produtos elaborados a partir do presente estudo, foi um vídeo sobre a PNSIPN para ser amplamente divulgado para os cursos de Saúde, para o Neabi/UFVJM e para as unidades acadêmicas e coordenações dos cursos envolvidos, além dos grupos de interesse da instituição.

Outro produto para divulgação da pesquisa foi um artigo do capítulo 5 da pesquisa intitulado: As concepções dos futuros profissionais da saúde sobre as questões raciais destacam as concepções dos estudantes dos cursos da saúde sobre os temas centrais da pesquisa.

Além de apresentação dos dados da pesquisa para os discentes e docentes dos cursos e colegiados dos cursos envolvidos, bem como a elaboração de Relatório Técnico com os dados obtidos e a solicitação de uma proposta de inclusão das temáticas étnico-raciais nos cursos da área da saúde da Universidade.

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