• Nenhum resultado encontrado

Ao término desta pesquisa que teve como objetivo principal observar se a produção textual oral facilitava a produção textual escrita dos alunos do ProJovem de Brazlândia, apresento as seguintes conclusões reveladas pelas análises realizadas:

De acordo com os textos produzidos (oral e por escrito), com os questionários e com as entrevistas semi-estruturadas, confirmou-se que quando o aluno desenvolve um texto oral e depois usa o mesmo tema para produzir um texto escrito, este é produzido com mais facilidade, pois o aluno tem acesso a uma série de informações que podem auxiliá-lo na sua produção escrita. Castilho (1998, p. 13 apud FÁVERO, ANDRADE & AQUINO, 2005, p. 12) destaca que:

[...] não se acredita mais que a função da escola deve concentrar-se apenas no ensino de língua escrita, a pretexto de que o aluno já aprendeu a língua falada em casa. Ora, se essa disciplina se concentrasse mais na reflexão sobre a língua que falamos, deixando de lado a reprodução de esquemas classificatórios, logo se descobriria a importância da língua falada, mesmo para a aquisição da língua escrita.

Ao ler os textos produzidos, evidencia-se que os alunos têm consciência de que estão diante de modalidades lingüísticas com características próprias. Porém, observam-se duas estratégias de suas produções orais que se manifestam também nos textos escritos. A partir disso, nota-se que apesar de cada modalidade da língua possuir especificidades, algumas que são destinadas à produção oral: as estratégia de inclusão , a de reforço, a sociointeracionista e a cognitiva também são encontradas abundantemente no texto escrito. No entanto, percebe-se que as estratégias usadas em suas produções escritas (excetuando-se a estratégia de reforço) não se encontram no texto oral.Ou seja, enquanto no texto escrito dispomos de estratégias, tais como: paragrafação, pontuação, maior monitoramento quanto ao uso de palavras de interação, no texto falado, devido ao seu caráter, encontramos: trocas de turnos, troca de tópicos , maior ênfase na entonação da voz do falante e outros recursos lingüísticos, nem sempre presentes no texto escrito.

Ao observar os textos (orais e escritos) dos alunos, notou-se que além da presença das repetições (estratégia de reforço, em alguns casos), foram encontrados nos textos escritos muitas idéias discutidas no debate e na opinião individual de cada aluno, o que nos leva a perceber a relevância de desenvolver no ambiente escolar atividades orais que preparem os alunos para a produção textual escrita. Marcuschi (2007, p. 16) reforça essa idéia ao afirmar

que “atualmente, oralidade e letramento são tidas como atividades interativas e complementares no contexto das práticas sociais e culturais”.

Quanto ao uso da ratificação no ambiente escolar, verificou-se, por meio do questionário aplicado, que quando ratificado pela professora, o aluno sente mais vontade de participar, uma vez que essa conduta aumenta a confiança e a coragem do aluno para continuar falando.

Quando perguntados sobre quais os tipos de atividades que mais facilitariam a sua escrita, os alunos afirmaram nos questionários aplicados (tanto inicial quanto final) que o debate ajudaria, pois esse tipo de atividade contribui para que eles tenham idéias sobre o que podem colocar no texto escrito. Bortoni-Ricardo (2004, p. 75) reforça essa colocação dos alunos ao dizer que “a escola é, por excelência, o lócus - ou espaço - em que os educandos vão adquirir, de forma sistemática, recursos comunicativos que lhe permitam desempenhar-se competentemente em práticas sociais especializadas”.

Corroborando a afirmação de Bortoni-Ricardo ( 2004), Fávero, Andrade e Aquino (2005, p.116) propõem algumas ações destinadas tanto ao educador quanto ao educando nessa tarefa de ampliar a competência comunicativa do aluno:

Para os autores (op.cit) o professor precisa mostrar, também, que fala e escrita não podem ser dissociadas e que elas se influenciam mutuamente. Precisa valorizar a linguagem presente nos textos falados pelos alunos como ponto de partida para a reflexão sobre a língua materna.

Quanto ao papel destinado aos alunos, os autores acima citados reforçam a necessidade de assumirem uma postura mais ativa, mas para que isso seja possível não basta que “sua competência lingüística seja trabalhada, mas sua competência comunicativa” (p.116)

Nessa perspectiva, percebe-se que as asserções geradas nesta investigação foram confirmadas. Porém, deve-se salientar que a despeito de os alunos usarem estratégias diferenciadas para produzirem seus textos, evidencia-se em ambas as produções (oral e escrita) a presença de estratégias de inclusões e de reforço, o que torna a asserção número 2, parcialmente confirmada.

Embora este trabalho não assuma um caráter final, considera-se que ele contribui para a educação como um todo, destacando-se, primordialmente, sua importância para a educação de jovens e adultos que, conforme foi dito no decorrer desta investigação, ainda é uma modalidade de ensino que demanda atenção, já que algumas teorias que lhe dão suporte carecerem ser revistas. Esse entendimento possibilita defender que não dá para desenvolver um trabalho eficaz com um jovem ou um adulto evadido da escola regular por motivos diversos, adaptando metodologias destinadas ao ensino de crianças. É necessário que a educação de

jovens e adultos tenha um currículo próprio que atenda às reais necessidades de aprendizagem do alunado a que se destina. A partir dessa necessidade, percebemos que é necessário também que haja uma mudança na metodologia do ensino de língua materna. É de grande relevância e urgência desenvolver práticas de educação de língua materna em que esses alunos possam produzir conhecimentos a partir dos conhecimentos de mundo que eles já possuem. Dessa forma, percebe-se a necessidade de o educador trazer para a sala de aula atividades embasadas por uma pedagogia culturalmente sensível Frederick Erickson ( 1987 apud BORTONI-RICARDO, 2005), que considere as experiências de vida que cada aluno tem.

Com essa pesquisa desejou-se mostrar que é possível desenvolver atividades em que os alunos tenham voz e vez; que os alunos sejam considerados em sua totalidade. Para isso, as atividades realizadas partiram de concepções de educação embasadas pela troca, pelo diálogo e por um ensino de língua materna fundamentado numa tendência sociointeracionista, em que as relações entre a oralidade e a escrita aconteçam de maneira dialógica, culturalmente e socialmente situadas. A língua é concebida como um fenômeno interativo e dinâmico. Dessa maneira, tanto a fala quanto a escrita apresentam dialogicidade, usos estratégicos, funções interacionais, envolvimento, negociação, situacionalidade, coerência, dinamicidade (MARCUSCHI, 2007) e o texto pode ser entendido como um resultado ainda que parcial de nossa atividade comunicativa, o qual compreende “processos, operações e estratégias que têm lugar na mente humana, e que são postos em ação em situações concretas de interação social” (KOCH, 2005.p.26).

Considerando-se essas colocações, observa-se que em relação à educação de jovens e adultos este trabalho apresenta as seguintes contribuições:

1. Mostra a necessidade de se rever o currículo e a formação do professor que ministra aulas para essa modalidade de ensino.

2. Considera os saberes que os alunos trazem para o ambiente escolar e procura ampliá-los, por meio de atividades orais e escritas criando uma situação de continuidade entre elas.

3. Usa a reflexão como ponte para a construção do saber por parte do aluno e como forma de o educador rever e melhorar a sua prática pedagógica.

4. Faz da sala de aula um ambiente mais democrático, onde professor e aluno são sujeitos na construção e ampliação do conhecimento.

É importante destacar que, em relação ao meu fazer pedagógico, esta pesquisa tornou- se fundamental para que eu pudesse rever algumas práticas desenvolvidas dentro de sala de aula. Tive que me tornar mais paciente e perceber que o tempo daqueles alunos não era o meu tempo; tive que me adaptar às necessidades deles. E o maior desafio, no decorrer desta investigação, foi levar os alunos a entender que estudar a língua portuguesa não é só decorar regras, uma vez que estas existem para organizar as idéias nos textos oral e escrito, mas sim saber empregá-las, de forma coesa e coerente, como expressão do pensamento. Ao final desta

pesquisa, fica claro que essa é a maior dificuldade tanto para o professor quanto para o aluno: fazer uso dos conhecimentos que fundamentam o ensino de língua portuguesa, pois nós não fomos educados para isso. Por isso, almejo em pesquisas futuras continuar essa investigação, buscando desenvolver atividades que possam dentro desse continuum oralidade-escrita, auxiliar o educando a ampliar seu vocabulário, conhecer e saber realizar produções textuais orais e escritas que abarquem uma maior diversidade de gêneros textuais, que não puderam ser contemplados como deveriam nessa pesquisa, devido à falta de tempo.

Finalizando essa seção, retomo uma afirmação elaborada por Marcuschi (2007) na apresentação do seu livro Da fala para a escrita: atividades de retextualização: “conhecemos, hoje, muito mais sobre relações entre oralidade e escrita que há algumas décadas. Contudo, esse conhecimento ainda não se acha bem divulgado nem satisfatoriamente traduzido para a prática”. A partir desse posicionamento, é possível considerar este trabalho como um acréscimo às contribuições para os estudos sobre as relações entre a fala e a escrita. Espera- se, pois, que esta pesquisa possa despertar em outros educadores o desejo de ressignificar sua prática pedagógica e contribuir para que outros jovens e adultos tenham a oportunidade de criar textos orais e escritos, recursos comunicativos indispensáveis à vida em sociedade, e que essa produção se realize com maior segurança e prazer.

Referência

ALARCÃO, ISABEL (Org.). Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed editora, 2001.

________________.Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

ALVES MAZZOTTI, Alda Judith; GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências naturais e sociais: Pesquisa Qualitativa e Quantitativa. s. l. : Thomson, 2004.

ANTUNES, Érica Cruz. Alfabetização de jovens e adultos na perspectiva do letramento. 2005. 24p Monografia. Faculdade Unimontes, Montes Claros, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

AULETE, Caldas. Dicionário Contemporâneo da língua portuguesa. 1ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2004.

BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico: o que é, como se faz. 23. ed. São Paulo: Loyola, 1999.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em Língua materna: a sociolingüística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

_______________________________. Nós cheguemu na escola, e agora? Sociolingüística e educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris & Dettoni, Rachel do Valle. Diversidades Lingüísticas e Desigualdades Sociais: Aplicando a Pedagogia Culturalmente Sensível. In: Cenas de sala de aula. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2001.

BRASIL. Constituição (1988).Texto Constitucional de 05 de outubro de 1988 com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº 1/92 a 22/99 e Emendas Constitucionais de Revisão nº 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal,Subsecretaria de Edições Técnicas: Ed. Atual, 1999.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa 5ª a 8ª séries – Secretaria de Educação Fundamental. MEC. Brasília, 1997.

CAJAL, Irene Baleroni. A interação de sala de aula: como o professor reage às falas iniciadas pelos alunos? In: Cenas de sala de aula. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2001.

CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

CAZDEN, Courtney B. El discurso em el aula. El lenguaje de la enseñanza y del aprendizage. 1ª. ed. Ediciones Paidós, 1991.

COX, Maria Inês Pagliarini & ASSIS - PETERSON, Ana Antônia de .Campinas,SP: Mercado de Letras,2001.

CUNHA, Maria da Conceição. Introdução: discutindo conceitos básicos. In: Salto para o futuro – Educação de jovens e adultos. Secretaria de Educação a Distância. Ministério da Educação, Brasília, SEED, 1999. p. 9-18.

DI PIERRO, Maria Clara; JÓIA, Orlando & RIBEIRO; Vera Masagão. Visão da Educação de Jovens e Adultos no Brasil. Caderno CEDES, v. 21, nº 55, Campinas, novembro, 2001.

DIB, Cristiane Tângari. A reflexão como teoria de ação desveladora. Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Federal de Uberlândia. Instituto de Letras e Lingüística, 2004.

DIONISIO, Ângela Paiva & BEZERRA, Maria Auxiliadora (orgs.). O livro didático de Português: múltiplos olhares. 2 ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.

FÁVERO, Leonor Lopes; ANDRADE, Maria Lúcia C. V. O.; ARQUINO, Zilda G. O. Oralidade e escrita: Perspectivas para o ensino da língua materna. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

FERNANDES, Maria Alice Sousa. Da fala à escrita: os saberes da oralidade e o início de produção da escrita escolar. 2004.139p. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Educação. Universidade de Brasília.

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de janeiro: Paz. Terra, 1983.

_____________. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1998.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de lê: em três artigos que se complementam. 46. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

FREITAS, Vera Aparecida de Lucas. A variação estilística de alunos de 4ª série em ambiente de contato dialetal. 1996.172p. Dissertação (Mestrado em Lingüística). Departamento de Lingüística, Línguas Clássicas e Vernácula.

______________________________.A construção do texto argumentativo em contexto de sala de aula: estratégias e padrões. 2003. 247p. (Doutorado em Letras: Estudos Lingüísticos, UFMG).

GADOTTI, Moacir. Convite à leitura de Paulo Freire. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2004.

GERALDI, João Wanderley (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2004.

HADDAD, Sérgio & DI PIERRO, Maria Clara. Ação Educativa, pesquisa e informação. Satisfação das necessidades básicas de aprendizagem de jovens e adultos no Brasil: contribuições para uma avaliação da década da educação para todos. PUC, São Paulo, s. d. INAF 2003. Um diagnóstico para a inclusão social pela educação: avaliação de leitura e escrita. Instituto Paulo Montenegro, Ação Educativa. São Paulo, 2003; 2005.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A interação pela linguagem. 10. ed. São Paulo: Contexto, 2006.

_____________________________.O texto e a construção dos sentidos. 8. ed. São Paulo: Contexto, 2005.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Oralidade e Ensino de Língua: uma questão pouco “falada”. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva; BEZERRA, Maria Auxiliadora. O livro didático de Português: múltiplos olhares. 2. ed. Rio de janeiro: Lucerna, 2003.

___________________________. Análise da conversação. 5. ed. São Paulo: Ática, 2005.

___________________________. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: Dionízio, Ângela Piva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (Orgs.).Gêneros textuais & ensino. 3. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

___________________________. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2007.

MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles. Letramento e competência comunicativa: a aprendizagem da escrita. Texto-base da mesa redonda Alfabetização e educação ao longo da vida: a questão conceitual. Videoconferência preparatória para o 3º Telecongresso Internacional de Educação de Jovens e Adultos, realizada em 05/06/2003, no SESI Minas.

MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Padrões interacionais em sala de aula de língua materna: conflitos culturais ou resistência. In: Cenas de sala de aula. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003.

OCHS, E. Planned and unplanned discourse. In: Sintax and semantics. V. 12 Discourse and sintax. New York: academic Press, 1979.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo. Trabalho apresentado na XXII reunião anual da ANPED, Caxambu, setembro de 1999.

PEREIRA, Patrícia Vieira da Silva. O ato de ler: uma análise da prática da leitura em disciplinas do ensino médio. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, 2007.

PIMENTA, Selma Garrido; Ghedin, Evandro. O professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

_____________________; ANASTASIOU, Lea das Graças Camargos. Docência no Ensino Superior. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

PROGRAMA NACIONAL DE INCLUSÃO DE JOVENS: educação, qualificação e ação comunitária – ProJovem. Como surgiu?

Disponível em: < www.projovem.gov.br/html/oprograma-hist.htm> Acesso: 03/04/07.

RAMOS, Jânia M. O espaço da oralidade na sala de aula. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

REIS, Renato Hilário dos. A constituição do sujeito político epistemológico e amoroso na alfabetização de jovens e adultos. Tese de doutorado. Universidade Estadual de Campinas/Faculdade de Educação. Campinas, São Paulo, 2000.

REY, Fernando Gonzaléz. Pesquisa Qualitativa em Psicologia. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.

RIBEIRO, Branca Telles & GARCEZ; Pedro M (Orgs.). Sociolingüística interacional: antropologia, lingüística e sociologia em análise do discurso. Porto Alegre: AGE, 1998.

RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade. V. 2, n. 68 Campinas, dezembro de 1999. [SciELO]

____________________. Letramento no Brasil, reflexões a partir do INAF 2001. 2. ed. São Paulo: Global, 2004.

SILVA, Denize Elena Garcia da. A repetição em narrativas de adolescentes: do oral para o escrito. Ed. Universidade de Brasília: Plano Editora: Oficina Editorial/Instituto de Letras – UnB, 2001.

SILVA, Luiz Antônio da. Estruturas de participação e interação de sala de aula. In: PRETI, Dino (Org.) Interação na fala e na escrita. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2002.

SCHÖN, Donald. A. Educando o profissional reflexivo. Trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TACCA, Maria Carmen Villela Rosa. Aprendizagem e Trabalho Pedagógico. Campinas, SP: Editora Alínea, 2006.

TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e Alfabetização. 8. ed. São Paulo, Cortez, 2006.

ZANETTI, Maria Aparecida. O pensamento de Paulo Freire na formação de educadores: reflexões sobre a educação de jovens e adultos e a formação de licenciados em pedagogia, 1999, págs: 367-375. [SciELO]

ANEXOS

Anexo A – Questionário 1

Programa de Inclusão de Jovens e Adultos (ProJovem) – Brazlândia

Data de aplicação: 21/03/2007 Turma: 2

Professora: Marli Vieira Lins Prezado (a) Aluno (a),

Como é de seu conhecimento, sou professora deste programa. Sou também aluna do Curso de Mestrado da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília e estou desenvolvendo uma pesquisa em sala de aula, que fará parte do meu projeto. Para isso, conto com a sua colaboração. A identidade dos participantes será mantida em absoluto sigilo, sendo somente do meu conhecimento e de minha orientadora.

O objetivo deste questionário é conhecer um pouco mais sobre você e sua história de vida. Isso irá ajudar-me a melhorar o meu desempenho como professora, e os resultados deste trabalho poderão ser úteis para outros professores e alunos. Portanto, se você deseja colaborar, por favor, responda as questões propostas abaixo, com atenção e com o máximo de sinceridade. Desde já, agradeço a sua colaboração.

Concorda em participar? Sim ____________ Não ________________________ Assinatura: _______________________________________________________ Questões:

1. Dados pessoais:

1.1 Nome: _____________________________________________________________ 1.2 Data de nascimento: __________________________ Idade: ___________________ 1.3 Local de nascimento: __________________________________________________ 1.4 Estado civil: _________________________________________________________ 1.5 Tem filhos? Sim ______ Não ______ Se tem filhos, responda: quantos? _________ 1.6 Profissão: ___________________________________________________________ 1.7 Trabalha? Sim _______ Não ______

2. Dados da esposa/esposo (se for casado (a), ou do (a) companheiro (a) se viver com alguém sem ser casado):

2.1 Nome do (a) esposo (a) ou companheiro (a): _________________________________ 2.1 Local de nascimento: __________________________________________________ 2.3 Grau de instrução: ____________________________________________________ 2.4 Profissão: ___________________________________________________________ 2.5 Trabalha: __________ Aposentada: _______________ Desempregada: __________

3. Dados dos pais 3.1 Dados do pai:

3.1.2 Local de nascimento: ________________________________________________ 3.1.3 Grau de instrução: ___________________________________________________ 3.1.4 Profissão: _________________________________________________________ 3.1.5 Trabalha: __________ Aposentado: _______________ Desempregado: ________ 3.2 Dados da mãe:

3.2.1 Nome da mãe: _____________________________________________________ 3.2.2 Local de nascimento: ________________________________________________ 3.2.3 Grau de instrução: ___________________________________________________ 3.2.4 Profissão: _________________________________________________________ 3.2.5 Trabalha: __________ Aposentada: _______________ Desempregada: ________

4. Fale um pouco mais sobre você:

4.1 Em que série e ano parou de estudar?_____________________________________ 4.2 Por que você parou de estudar?

____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.3 O que o (a) trouxe para o ProJovem? O que você espera do programa?

____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.4 O que você espera do programa?

____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.5 Como você avalia sua leitura e sua escrita? Justifique sua resposta.

____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

4.6 Você sente dificuldade para produzir textos? Diga quais são as suas dificuldades.

____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

4.7 Você acredita que debates,trocas de informações, leituras e outras atividades que envolvam a oralidade podem facilitar o seu desempenho para produzir textos? Justifique sua resposta.

____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.8 Em que modalidade você apresenta maior dificuldade: na modalidade oral ou escrita? Por quê? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.9 Que tipos de atividades, em sua opinião, poderiam ser desenvolvidas, nas aulas de Língua Portuguesa, para que os alunos possam desenvolver com maior competência textos orais e escritos? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________

ANEXO B – Questionário 2

Programa de Inclusão de Jovens e Adultos (ProJovem) – Brazlândia

Data de aplicação: 30/06/2007 Professora: Marli Vieira Lins

Prezado (a) Professor,

Como é de seu conhecimento, sou professora deste programa. Sou também aluna do Curso de Mestrado da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília e estou desenvolvendo uma pesquisa em sala de aula, que fará parte do meu projeto. Para isso, conto com a sua colaboração. A sua identidade será mantida em absoluto sigilo, sendo somente do meu conhecimento e de minha orientadora.

O objetivo deste questionário é conhecer: quais são dificuldades que seus alunos apresentam em relação à Língua Materna, em especial, à produção textual (oral e escrita) e o que você faz para ajudá-los. Isso irá ajudar-me a melhorar o meu desempenho como professora, e os resultados deste trabalho poderão ser úteis para outros professores e alunos. Portanto, se você deseja colaborar, por favor, responda às questões propostas abaixo, com atenção e com o máximo de sinceridade. Desde já, agradeço a sua colaboração.

Concorda em participar? Sim ____________ Não ________________________ Assinatura: _______________________________________________________ Questões:

01- Como você caracterizaria os alunos do ProJovem de Brazlândia?

_________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 02- Quais são as dificuldades que seus alunos apresentam em relação ao ensino de

Língua Materna e o que você faz para supri-las?

_________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 03- Tendo em vista as dificuldades de produção textual (oral e escrita) apresentadas pelos

alunos do ProJovem (base: Santa Maria e Brazlândia), você acredita que atividades que contemplem a modalidade oral da língua (como por exemplo: debate e reconto de experiências pessoais) podem facilitar a produção escrita desses alunos? Justifique