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 roantso roussaun1ano

Jean Paget ( 1 89 61980) é, sem dúda, um dos ultos ue mas contbuíam paa a pscologa educata. Fgua espetada em todos os meos académcos, mutas das suas obseações, teoas e ecomendações foam poste omente ctcadas, como é natua acontece em cên ca. As etapas obgatas do desenolmento nfantl e outas deas de Paget têm sdo postas em causa pea pscologa expemental mas ecente. Os tabalhos de Le Vygotsky (1896194) e dos seus segudoes, nome- adamente a sua teoa da za d deevlve -

x mostam ue já na pmea metade do século 

haa psclogos ue pecebiam bem a mpotânca do estímulo exteno, em patcula da comundade educata, paa faze poged o estudante. 105

5 Uma síntese recente das recomendaçes e conseências da inves

tigação de Vygotsky para a pedagogia encontrase em ary Daniels,

Vygotsky nd Pedgogy Londres, Rotledge, 001 Uma discssão

O poblma pincipal da influência d iag m ó- icos da pdagogia pouguss sá, no nano, muio para além dsss dbas ciníficos O póprio iag, u rconcia não s um pdagogo,  u o su s- cráio cinífico considava apnas um «amado scla- cido» m maéria d pdagogia, ficaria naualmn cocado com muio do u é dio m su om Não é prciso  uma formação avançada m psicologia para pcbr u algumas ss disparaaas aprsnadas como piagianas mais não são do u uma caricaua

particularmente interessante para o caso português encontra-se em uísa Araújo, « Piagetianos e ygotskianos: Mitos Pedagógicos e Práti cas Promissoras», a publicar em Nuno rato (org), O Ensino da Ma temática: Recuperar o empo erdido isboa, SM/Graiva (no preo) 

06 árias vezes, nomeaamente em 1971 em Ou va /'éducation?

afirmava não ser «um profissional de pedagogia, mas sim um psicó logo » ( « point un éducateur de métier, mais un psychologue» ), Paris, Denel, 1988, p 42.

07 R Droz, antigo assistente e secretário científico de Piaget, escre

via que «em matéria de pedagogia, Piaget não é mais do que um ama dor esclarecido, todos os textos pedagógicos de Piaget estão recheados de provas da sua ignorância do mundo das ideias e das práticas peda gógicas » ( «en matire de pédagogie, Piaget n'est gure plus qu'un amateur éclairé, tous les textes pédagogiques de Piaget sont parsemés de preuves de son ignorance du monde des idées et des pratiques pédagogiques» ),

R Droz, «De la nécessité et de limpossibilité d'exploiter les travaux de Jean Piaget en pédagogie», Éducation et Recherche 2, 1 980, p 7.

08 Pode ler-se, por exemplo, uma recolha de textos pedagógicos de

Piaget em Constantin Xypas, Piaget et 'éducation Paris, Presses Universitaires de France, 1997, ou os dois textos coligidos em Jean Piaget, sychologie et pédagogie Paris, Denol, 1969.

dogmática das ideias do meste suío  Vejamos extactos de um livo dedicado à pepaaão de pofessoes do ensino básico e muito ecomendado em Escolas Supeio es de Educaão. A autoa apesentase desde o início como apoiante da pespectiva constutivista, que explici- tamente econhece inspia os fundamentos do pogama de matemática do . ciclo (990.

O papel do proessor não é pois o de transmiir ideias eitas aos alunos mas de os ajudar, através das tareas apre sentadas, a construi os seus próprios conhecimentos    Sendo assim, o proessor deverá respeitar sempre a opinião do aluno e, mesmo quando esta é incorrecta, evitar eitir sobre esta u juízo de valor110

Cuiosa esta designaão paa o conhecimento: «idias feitas » . . . Mais uma ez, paece sensato que o ensino não seja a tansmissão de peconceitos. Mas não devem os pofessoes tansmiti aos alunos a «ideia feita» de que a Repúbica foi implantada em 90, nem a «ideia feita» de que um tiângulo tem tês vétices? E devem «evita emiti um juízo d valo» ? A cassificaão de ceto ou

09 Por contraste, vale a pena ler a visão eilibrada, conhecedora

e atenta de Orlando Lorenço e de outros Desse autor vease, por exemplo, «Piaget e Vygotsky, mitas semelhanças, ma diferença crcial» in Gilhermina Lobato Miranda e Sara Baía (orgs), Psicolo gia da Educação: emas de Desenvolvimento Aprendizagem e Ensino

Lisboa, Relógio DÁga, 2005 pp 235262

0 Lísa ara de Almeida Morgado, O Ensino da Aritmética:

Perspectiva Construtivista Coimbra, Almedna, 1993  25

rrado não consiui um juío d valor? Dv sr viada plo docn?

É

isso qu qur dir rspiar smpr a opinião do aluno» ? los visos, há qum o dfnda  dê um significado dogmáico ao aplo ao rspio».

Piaget considera igualmente que os conceitos matemáti cos se desenvolvem espontaneamente nas crianças, não ha vendo necessidade de seem ensinados directamente pelos professores No entanto, existe uma parte do conhecimento matemático que é do tipo convencional e terá de ser ensi nada (Nota de pé de página da autora:

o caso de todos os símbolos aritméticos [

...].)11

ara além do abuso inlcual qu é rclamar sa idia absurda para iag, sm qualqur rfrência aos sus scri os, dsaqus a conclusão ds parágrafo: para rspiar o dsnvolvimno da criança, os prossors nada l dvm nsinar d conúdo mamáico. pnas as convn- çõs grácas  ouras. nss um pouco. Dvrsá dixá la dscobrir por si própria os númros primos, as rgras d proporcionalidad  o orma d iágoras?

A aprendizagem da simbologia escrita deve ser feita depois de efectuada a compeensão oral dos problemas [ 

.2

Traas d uma práica condnada pla psicologia modrna, qu vrificou o vidn: a simbologia pod ajudar  dscobra   comprnsão. Em cro grau, a

   Idem ibidem, p.  2 Idem ibidem, p. 

apedizagem dos símboos ode mesmo eede a om peesão do seu sigifiado. A iaça pode ve pimeio a lea «i» e bia om ea e só mais ade peebe o seu som e sabe que se aa de uma vogal. Pode faze o mesmo om o zeo ou om o sia de adição. E pode omeça a usa a simbologia esia omo ajuda paa a ompeesão dos pobemas.

O epúdio pea esia oveioa pemeou iúmeos exos ofiais. Po exempo o ogama de Maemáica do 11. ao (ajusameo de 1995) afimase a popósio de sucessões que «Só depois de seem expemeadas vaadas edações devem se ioduzdas as edações simbóias osagadas». Quaque pofesso expeiee sabe ue peo oáio é meo ioduzi desde o iío simboogias e emioogias osagadas e apo- piadas. Assm ajudase os auos a ogaiza a apee- são dos oeios. A expoação de emioogias ae- aivas e múipas fomea abualmee a ofusão.

A passagem dos exercícios orais aos escritos deve somen te efectuar-se quando o aluno á domina a compreensão e decomposição numérica, compreende o sistema de base dez e á construiu as propriedades inerentes às operações que estamos a estudar Esta passagem ao registo escrito deve ser sentida pelo aluno como uma necessidade 13

Oua visão adial. Como quaque essoa eebeá o egiso esio ode se feio aes de o auo sei a sua

3 Idem ibidem p 64

ncssidad  rória rática do gsto  da scrita msmo qu na altura não sja cabalmnt ntndida od ajudar o aluno no raciocínio  rarálo para tapas ostriors

Não incenivar a memorização de regras embora nau ralmene o aluno, ao longo do empo, acabe por as rans formar em roinas11

qui vmos como a visão radical  dogmática do construtivismo s o à mcanização  mmorização Na ralidad as rgras odm comçar a sr mmoriza das ants ou dpois da sua comrnsão Dnd dos

4 dem ibidem p 30 Para se avaliar o ível e rigor a

simbologia matemática esta autora vejase o ue está escito a ota 39 a p 69:

«     =  0   = 1    = 1 0   =  »

e ode se euz e     =  

5 Um problema ue mereceria ser mais bem iscutio é o as

iversas versões o costrutivismo Ver, por exemplo, uma crítica epistemológica ao costrutivismo raical e Glasersfel em W A. Suchtig, «Costructivism ecostructe», Science  Education 1, 34, 1 99 ; um a breve súmula crítica em Stuart Rowlas, «Two marks out of te for costructivism » , L. Bills ( org ), Proceedings of the British Society for Research into Learning Mathematics 19, 7378, 1 99 9; e uma crítica sistemática em William J Matthews, « Costructi vism i the classroom: Epistemology, history, a empirical eviece» ,

eacher Education Quarterly, 003 Uma crítica ao costrutivismo peagógico o cotexto do esino as ciêcias encontra-se em Michael R Matthews, Science eaching he Role o History and Philosophy of Science Nova Iore, Rotedge, 1994

casos E, em muitas situações, a eza deve e cevada. epende dos casos, das matéias e das ida des Mas os peceitos dogmáticos acima citados apae- cem sem quaque estição e são estendidos a todo o ensino básico Faá agum sentido?

Há algumas décadas, Agostinho da Slva ( 1 9061 99 6), um fiósofo potuguês que mantinha uma attude omân tica sobe a educação, escevia ago mais poético Pode mos êo hoje com mas toeância do que aquea que se pode te paa com os teócos que, em pincípios do século  contnuam a defende dogmatcamente deias

tão pouco azoávis

  ] da criança nada há a exigir senão que se desenvolva segundo o seu ritmo e toda a interferência tiranizante do indivíduo adulto, que vive conforme um ritmo completa mente diverso, não lhe pode ser senão prejudicial; o respeito pela personalidade infantil, a recusa de toda a acção modeladora decorrem naturalmente da ideia de que o im pulso vital da criança é soberano116

Alguém pode duvda da ubqudade e da infuência do omantismo pedagógco ? Em Potuga e noutos países, este pensamento conseguiu uma poeza espantosa: uma pefeita aliança ente o ideaismo omântico mas ingénuo, o constutvsmo mais atávico e o mais cego dogmatismo da veha e caduca «escoa nova»

6 Agostinho da Silva, O Méodo Monessori Lisboa, Inéito,

s/d, p 