Talvz a dscplna não sja hoj um problma ão qun como ra há alguns anos, quando uma lgslação absurda (D.L. 20/98), hoj flzmn rvogada, crava grands dfculdads à acuação dscplnadora dos pro- fssors da scola. as as auds pran a nds cplna connuam a dvdr os pdagogos. Cmos uma longa omada d posção, m muos aspctos sclarc dora das das româncas.
Quando se tomam medidas alegadamente para reforçar a disciplina pergunto-me se se terá feito uma reflexão sobre as causas mais profundas da indisciplina.37
Nos a ípca mistura d argumnos já crtcada na nrodução: «Quando s tomam mddas ldm
37 Lcinda Atalaia, declarações à revista Visão, Setembro de 2002
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paa foça a discipina. » Cao quando s actua l
dm, tudo é citicáv. E s s tomam mdidas l
m paa combat a indiscipina? Nssa altua o agu
mnto sá difnt?
Casiga-s o mau comporano», a fala d rspio, as provocaçõs, qu afinal são sinais xriors d algo qu vai mal na inrioridad mocional e afciva dos alunos.
Admitamos ... qu s tia daí? Aond lva sta idia ? Po sm sinais xtios dvm s ignoados?
[...] Assnar a disciplina na escola sobreudo na burocraização de procssos disciplinars, aravés da cagorização das falas, nas correspondnes sanções é privilgiar um modelo rpressivo.
Qu isto diz o quê? Qu não s dvm usa san çõs? Aguém quá assnta a dscipina «sobtudo na buocatização » ? Mas vjamos as mdidas altnati vamnt popostas.
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Dfndo u sisma qu promova a rsponsabilidad do indivduo pran a comunidad. Cada um m o dirio d s consiuir como elmno acivo na organização dessa comunidad, na elaboração das normas plas quais la m d s rgr. O fim úlimo dssas normas é o rspio o bm-sar d odos, ano no convvio como no rabalho. O não cumprimno das normas sablcidas impõ, naural mn, uma anális das moiaçõs das consequências dos acos comios, enando ulapassá-las ou pnalizá-las numa prspcia dsa os valors humanos.
A altnativa à disciplina é, pois,
A altnativa à disciplina é, pois, clc luclc lu
tc dfçã d g qu cl tc dfçã d g qu cl dv
dv g. g.
xactamnt xactamnt isto qu aqui stá scito. isto qu aqui stá scito. PostoPosto isto, nada mais é dito o txto prossgu dictamnt isto, nada mais é dito o txto prossgu dictamnt para um outo tópico.para um outo tópico.
Gosta
Gostaia de efei uia de efei um outo foco ue também pode pom outo foco ue também pode po voca indisciplina Na escola, nem sempe está associado o voca indisciplina Na escola, nem sempe está associado o paze à actividade poposta Quando digo
paze à actividade poposta Quando digo prazepraze não enão e
cluo o esfoço ue lhe está ligado A difeença está em cluo o esfoço ue lhe está ligado A difeença está em despendemos esfoço numa acção de ue se gosta ou, pelo despendemos esfoço numa acção de ue se gosta ou, pelo contáio, se detesta Não se tata de só faze auilo de ue contáio, se detesta Não se tata de só faze auilo de ue se goste
se goste mas do ue tem smas do ue tem significaignificado paa o sdo paa o sujeito e ueujeito e ue constituiá caminho paa a elaboação de novas ideias e de constituiá caminho paa a elaboação de novas ideias e de novos conhecimentos Não é com
novos conhecimentos Não é com eoganeoganizações cuiculaesizações cuiculaes nem com efoços disciplina
nem com efoços disciplinaes, es, nem com aulas de cinuentanem com aulas de cinuenta ou noventa minutos, ue constuímos uma escola ue ata ou noventa minutos, ue constuímos uma escola ue ata vés da sua paisagem ubanística e do fevilha de um taba vés da sua paisagem ubanística e do fevilha de um taba lho assente na epessão, na comunicação, na ate e na lho assente na epessão, na comunicação, na ate e na ciência, faculte a todos os humanos ue nela cesçam «o ciência, faculte a todos os humanos ue nela cesçam «o paze de escita»
paze de escita»
E assim tmina sta dclaação d alguém sponsá- E assim tmina sta dclaação d alguém sponsá- vl po uma scola qu aqui scv com gnalidad, vl po uma scola qu aqui scv com gnalidad, pa
paa todos os gaus da todos os gaus d nsino nsino. V. Val a pna l st xtacto.al a pna l st xtacto. A indisciplina pod s povocada pla falta d paz. Mas A indisciplina pod s povocada pla falta d paz. Mas o sfço não stá xcluído, só qu tm d s um sfoço o sfço não stá xcluído, só qu tm d s um sfoço com paz
com paz... . FinaFinalmntlmnt, num stilo quas panfltá, num stilo quas panfltáio tamio tam bé típico do discuso omântico, mistuas tudo. A sco- bé típico do discuso omântico, mistuas tudo. A sco- la qu s ptnd não
la qu s ptnd não é constuída com aulas d 50 ou dé constuída com aulas d 50 ou d 90 minutos ( s fm 57 minutos mio?), nm com 90 minutos ( s fm 57 minutos mio?), nm com
oganizaçõs cuiculas ou foços disciplinas. Isso oganizaçõs cuiculas ou foços disciplinas. Isso paa quê, s o
paa quê, s o impimpototantant é o « é o «pazpaz da da scitscitaa»» ?? Estas idias omânticas são ptidas
Estas idias omânticas são ptidas d umd um mm scos divsos, mostando a foma pocupant como scos divsos, mostando a foma pocupant como s difundiam.
s difundiam.
Quando os professores se queixa que os alunos não se Quando os professores se queixa que os alunos não se sabe coportar
sabe coportar, , significa qsignifica quue elese elesalunos] nalunos] nãão eo estão sostão sociacia lizados para o trabalho escolar Então] a grande ruptura lizados para o trabalho escolar Então] a grande ruptura que há a fazer é iaginar ua educação que se distancie do que há a fazer é iaginar ua educação que se distancie do odelo de aulas de minutos, co alunos e u pro odelo de aulas de minutos, co alunos e u pro fessor a fornecer informação3
fessor a fornecer informação388
Outa vz uma mstua d idas díspas, mboa Outa vz uma mstua d idas díspas, mboa vinda d outo tóico da pdagogia. Fica smp algo vinda d outo tóico da pdagogia. Fica smp algo subntndido: qus dz qu as aulas não dvm tr subntndido: qus dz qu as aulas não dvm tr 0 minutos? Nm 0 alunos? Então como sia? E o 0 minutos? Nm 0 alunos? Então como sia? E o pofsso não dv fonc infomação?
pofsso não dv fonc infomação?
cuioso como, paa algumas pssoas, stas visõscuioso como, paa algumas pssoas, stas visõs podpodm s idm s idnntitiicadas com o pogicadas com o pogsso sso com a squd com a squda.a. as lias Gamsci, po xmplo, lmbs qu s as lias Gamsci, po xmplo, lmbs qu s spitado intlctual sistnt comunista, pso spitado intlctual sistnt comunista, pso acompanhando a ducação dos filhos atavés d cos acompanhando a ducação dos filhos atavés d cos pondência, s indignava com os métodos laxistas qu pondência, s indignava com os métodos laxistas qu comçavam a s intoduzidos m algumas scolas.
comçavam a s intoduzidos m algumas scolas.
] ] oos s rapazerapazes s ] precisa de contrair certos hábitos de] precisa de contrair certos hábitos de dilig
diligênciaência, exact, exactidãoidão, cop, copostostura ura tatabébé f físicísica a e dee de
3388 R Ruuii CCanáranáriioo,, jjornornaa ddee LeLetrastras,, EEntrevintrevissta ata a R Ricardicardoo DDuuaarrte,te,
33 dede SeSettemembbroro dede 22000033,, SSlelemmenentoto JLJL /E /Eddccaaçção,ão, . . 77
concentração psquica sobre determinadas matérias, o que concentração psquica sobre determinadas matérias, o que sem uma repetição mecânica de disciplinas e métodos apro sem uma repetição mecânica de disciplinas e métodos apro priados não poderá adquirirse39
priados não poderá adquirirse39
Cuiosamn, m Pougal m 2005 há qum con Cuiosamn, m Pougal m 2005 há qum con sid
sid pogssisa adop pogssisa adopa uma a uma posua adiposua adicalmn difcalmn dif n acia a indisciplina como algo inviávl. Talvz n acia a indisciplina como algo inviávl. Talvz sja po isso qu é comum ncona posiçõs
sja po isso qu é comum ncona posiçõs _ _ poucopouco claas.
claas.
Indisciplina e violência são duas realidades e dois con Indisciplina e violência são duas realidades e dois con ceitos muito distintos O processo educativo implica um ceitos muito distintos O processo educativo implica um espaço de conflito e de transgressão O confronto faz parte espaço de conflito e de transgressão O confronto faz parte do crescimento e da conquista de um lugar como pessoa do crescimento e da conquista de um lugar como pessoa Esta
Esta «indisciplina» «indisciplina» é é bem bem conhecida conhecida dos dos professores professores ( ( )) Totalmente diferente é a situação de violência que começa Totalmente diferente é a situação de violência que começa a existir em muitas escolas Esta, sim, é uma realidade nova a existir em muitas escolas Esta, sim, é uma realidade nova com a qual não sabemos lidar
com a qual não sabemos lidar ] Em educação, a autori] Em educação, a autori dade não se impõe, conquista-se0
dade não se impõe, conquista-se0
Não s pcb xacamn o qu iso qu diz. Não s pcb xacamn o qu iso qu diz. A palava «indisciplina» é colocada n aspas. D qu A palava «indisciplina» é colocada n aspas. D qu s sá não a ala? E a auoidad não á d s s sá não a ala? E a auoidad não á d s simulanamn conquisada imposa? Não s dvá simulanamn conquisada imposa? Não s dvá
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39 Cf «Em bsca do princp edcativo», António Gramsci,Cf «Em bsca do princp edcativo», António Gramsci,
A Formação dos Inteectuais
A Formação dos Inteectuais AmaAmadordora, a, FrFrononteteira, 1ira, 1 976, 976, p. p. 11 11 8.8. António Nóvoa, «A atoridade não se impõe, conqistase»,António Nóvoa, «A atoridade não se impõe, conqistase», entevista ao
entevista ao Diário de otíciasDiário de otícias 11 1 1 de Novde Novemembrbro do d e 2005. e 2005. Os paêOs paênn teses crvos e as reticências são do ornalista, o qe leva a cer qe teses crvos e as reticências são do ornalista, o qe leva a cer qe a entevista possa ter sido eita po escrito.
a entevista possa ter sido eita po escrito.
impôla quando não s consgu conquistála? Liams outos autos:
... ] prémios ... ] aos alunos «bem comportados» nas aulas. Como se se «bem comportado» fosse apenas uma escolha de ordem do ndividua.4
impotant pcb ond pod lva st agu mnto: não s dv pmia o bom compotamnto nm pnaliza o mau? Então, talvz não s dva actua nunca, pois o indivíduo pod smp dsculpas com outm ou com algum outo facto pévio ao su compota- mnto .. .A sociedade impõe às crianças a frequência da escola, por um tempo cada vez mais longo. Mas, para muitas crian ças e para muitas famílias, a escola não tem qualquer sen tido. Nem sentido pessoal, nem sentido social. As promessas da democratização ficaam por cumprir e a escola deixou de ser, na maioria dos casos, um factor de mobilidade social. Nem sequer conseguimos concretizar o objectivo mais óbvio assegurar que todos os alunos, cada um à sua medda, te nham verdadeiramente sucesso. Não se pode obrigar um jovem a esta na escola, condenandoo a um destino de insucesso.42
Stephen . Stoer e António M. Magalhães, «As provas de afe rição e o desenvolvimento da escola portuguesa » , Púbico, 6 de Janei ro de 2001, p 24
A. Nóvoa, oc cit.
d novo difícil pcb. A nossa scola foi, «na maioia dos casos » , um « facto d mo bilida d social » ? E dvá smp sêo ou sá já bom qu constitua umaudd d moblidad social, qu uns podm apo
vita outos não? Dixou po complto d o s? E não sá ialista spa qu «todos os alunos» tnham «v- dadiamnt sucsso» ? Não sá j á bom qu muitos tnham pacial sucsso? Isso dixou d acontc? Final mnt, obiga um jovm a fica na scola sá condná lo «a um dstino d insucsso» ?
Hoe exse uma escola mulculual (com gene vnda das excolónas e do Lese) e o País não fo capaz de a ona aacva paa muos dos seus uenes. Iso gea problemas de indiscplna, sendo os prncipas visados os pofessoes.43
Pac consnsual, mas ants paa ond podm svala sts agumntos. ais uma vz cl é
d cm cu d dcl; apnas po não s t tonado atactiva paa muitos dos sus utnts. Psu- ms, aliás, qu os implicados são os imigants, quando sts não constitum um gupo homogéno. Há imgan ts d famílias oigns cultuais qu valoizam mais a ducação outos qu valoizam mnos. Os pimios
43 Palo Scena, SecretárioGera da Federação Nacional de Pro fssores, Fenprof, declaração ao Diário de otícias 5 de Agosto de 2002, p 21
não s quixam d a scola não sr atractiva, mas sim d sr pouco xignt. Os sgundos podm tr sntimntos contrários.
Não sria ncssário citar spcialistas matéria d disciplina scolar para concluir sta scção com uma nota d bom snso. as citar spcialistas talvz d ais autoridad ao simpls bom snso.
O sucesso no ensino requer muito mais do que manter os alunos so controlo. No entanto, sem um controlo razoável sore o comportamento dos estudantes na sala de aula o professor não pode ter sucesso no ensino.5
44 Curiosamente, um inquérito recente da DirecçãoGeral de De senvolvimento e Inovação Curricuar feito a mil estabelecimentos do ensino Básico e Secundário, mostra que é praticamente nulo o aban dono escolar por parte dos estudantes cuja lngua materna não é o português, em contraste com uma elevada taxa de abandono da po plaç ão escolar no seu conjnto V « Escolas portuguesas têm alunos de 120 nacionalidades», Púbico, 28 de Dezembro de 2005
4 «Effective teaching requires much more than keeping students under control. Yet, without reasonable control over studentes' class room behavior, a teacher will have no chance of being effective», James M. Kauffman, Mark P Mostert, Stanley C. Trent e Patricia
Pullen, Managing Cassroom Behavior: A Reective CaseBased
Approach, Prentice-Hall, 2.ª edição 1 997, p. 4.