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Segundo o Plano de Gestão de Logística Sustentável - PLS da UFERSA, publicado em 2013, a Pró-reitoria de Administração (PROAD), unidade responsável por coordenar as aquisições de materiais e as contratações de serviços, desenvolvia práticas pontuais de sustentabilidade e de racionalização de materiais, destacando nesse cenário as compras de móveis para escritório, condicionadores de ar, veículos e alguns itens de material de expediente. Contudo, a comissão gestora do PLS reconheceu a necessidade de disseminação

201 6 201 7 201 8 0 20 40 60 80 Prioridade ME-EPP

Local Total de processos 29 49 30 66 0 52 2016 2017 2018

das boas práticas de sustentabilidade, tornando-a mais comum na pró-reitoria, contribuindo assim para o uso eficiente dos recursos das contratações públicas133.

Acerca das compras e contratações sustentáveis o PLS UFERSA estabeleceu sugestões de boas práticas de sustentabilidade, assim como os prazos para sua implementação, conforme especifica o quadro a seguir.

Quadro 17 – Sugestões de boas práticas no PLS para implementação das CPS

Compras e Contratações Sustentáveis Prazo para Implementação 1. Dar preferência, quando possível, à aquisição de bens

reciclados ou recicláveis, de qualidade similar ou superior;

Medidas com necessidade de investimento: até 2 anos

2. Sempre que possível, optar pela aquisição de equipamentos com selo Procel A de maior eficiência;

3. Incluir no contrato de reprografia a impressão dos documentos em frente e verso e a contratação de impressoras com modo de impressão frente e verso automático;

4. Dar preferência, quando possível, à aquisição de papéis reciclados ou produzidos a partir de bagaço de cana-de-açúcar, isentos de cloro elementar ou branqueados a base de oxigênio, peróxido de hidrogênio e ozônio, de qualidade similar ou superior;

Medida com necessidade de investimento: até 1 ano

5. Incluir nos contratos de copeiragem e serviço de limpeza a adoção de procedimentos que promovam o uso racional dos recursos e utilizem produtos reciclados, reutilizados e biodegradáveis;

6. Exigir comprovação de origem e certificação (e.g., FSC Brasil ou similar) das madeiras quando da aquisição de bens e na contratação de obras e serviços;

Medida com necessidade de investimento: até 2 anos

7. Priorizar, quando possível, o emprego de mão-de-obra, compra de materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local;

8. Ampliar, quando possível, a rede interna de comunicações telefônicas entre unidades e entre campi da UFERSA;

Medida com necessidade de investimento: até 3 anos

9. Revisar normas internas e contratos de telefonia fixa e móvel, visando a racionalização em relação ao limite de custeio, à distribuição e ao uso particular dos aparelhos;

Medida com necessidade de investimento: até 1 ano 10. Revisar o contrato de telefonia fixa e móvel, visando à

adequação do contrato à real necessidade da unidade da UFERSA;

11. Adotar segurança eletrônica, sempre que possível, nos Medida com necessidade

133 LUNARDI, Diana Gonçalves et al. Plano de gestão de logística sustentável. Mossoró: UFERSA, 2013. P.

9-10. Disponível em: https://documentos.ufersa.edu.br/wp- content/uploads/sites/79/2015/03/PLSdefinitivo_UFERSA2013.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.

pontos de acesso das edificações da UFERSA, visando auxiliar a prestação do serviço de vigilância;

de investimento: até 4 anos

12. Dar preferência à segurança desarmada pela armada, nos locais internos da UFERSA;

Medida com necessidade de investimento: até 1 ano 13. Instituir Comissão Interna para otimizar o processo de

desfazimento de bens em desuso ou inservíveis, seguindo orientações do Decreto 99658/90.

Medida sem necessidade de investimento

Fonte: LUNARDI et al. (2013, p. 36-37).

Segundo o PLS, as duas principais consequências, caso as sugestões listadas acima não fossem atendidas, seriam, primeiro, deixar de contribuir com a redução de gastos desnecessários, e segundo, não contribuir com as práticas sustentáveis para a otimização do uso dos recursos públicos134.

Objetivando nortear a implementação das práticas propostas no PLS, a comissão gestora elaborou um compêndio com a metodologia para a implantação das ações em cada área. A metodologia para a implementação das compras e contratações sustentáveis estão listadas no quadro a seguir.

Quadro 18 - A metodologia para a implementação das contratações sustentáveis do PLS Gestão de compras e contratações sustentáveis

 Realizar treinamento dos servidores da empresa prestadora de serviço de limpeza para o uso racional de materiais;

 Realizar treinamento de técnicos administrativos para elaboração de editais para compras sustentáveis;

 Explicitar, nos editais de licitação, as sugestões de boas práticas presentes neste documento, de acordo com os materiais e serviços a serem adquiridos e contratados;  Promover a divulgação das sugestões de boas práticas a todos os setores, quando as

mesmas se referirem a mudanças de práticas comuns a estes setores; e orientar de forma específica os setores que necessitem de alterações/adições de rotinas típicas;  Nomear uma comissão para reavaliação, revisão e/ou readequação de contratos e

serviços, e de editais de compra, considerando as necessidades reais da UFERSA;  Ampliar a rede de comunicações telefônicas da UFERSA entre unidades do Campus

e entre Campi;

 Adequar o contrato da empresa prestadora de serviço de segurança para elaboração de projeto, implementação e monitoramento de segurança eletrônica;

 Instituir um setor de gestão de contratos na UFERSA composto por pelo menos quatro técnicos administrativos, com o objetivo de evitar possíveis inadequações ou multas por atraso de pagamento.

134 LUNARDI, Diana Gonçalves et al. Plano de gestão de logística sustentável. Mossoró: UFERSA, 2013. p.

36. Disponível em: https://documentos.ufersa.edu.br/wp- content/uploads/sites/79/2015/03/PLSdefinitivo_UFERSA2013.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.

Fonte: LUNARDI et al. (2013, p. 48-49).

Logo após o detalhamento da metodologia, o PLS fixou um cronograma de implementação das ações. Os prazos foram estabelecidos de acordo com a complexidade e grau de dificuldade e cada ação, além da necessidade e disponibilidade de recursos financeiros e pessoal especializado, sendo de 04 anos o maior prazo previsto, finalizado no exercício de 2017, no entanto, grande parte das ações possuíam o prazo de até dois anos para a implementação, que dizer, já se encontra esgotado desde o exercício de 2015, conforme cronograma detalhado a seguir.

Quadro 19 - Cronograma das CPS no PLS UFERSA COMPRAS E CONTRATAÇÕES SUSTENTÁVEIS Até 2014 Até 2015 Até 2016 Até 2017 Elaboração de editais baseados nas sugestões de

boas práticas de sustentabilidade e racionalização de materiais presentes neste documento;

X Realização de treinamento de técnicos

administrativos para elaboração de editais para compras sustentáveis;

X Contratação de servidor especializado em editais

para compras sustentáveis; X

Realização de treinamento dos servidores da empresa prestadora de serviço de limpeza para o uso racional de materiais

X Ampliação da rede de comunicações telefônicas da

UFERSA entre unidades do Campus e entre Campi; X

Elaboração de projeto e implementação de um

sistema de segurança eletrônica na UFERSA; X

Adequação do contrato da empresa prestadora de serviço de segurança para monitoramento de segurança eletrônica;

X Nomeação de uma Comissão Interna para otimizar

o processo de desfazimento de bens inservíveis; X Contratação de pessoal especializado para

alienação periódica de equipamentos inservíveis; X Criação de um setor de gestão de contratos na

UFERSA. X

Fonte: LUNARDI et al. (2013, p. 54).

No relatório de atividades divulgado em 2014, destacou-se na área de compras e contratações sustentáveis, a criação de uma logomarca para a universidade, visando a divulgação ao mercado de fornecedores, da prioridade por produtos que causem menor

impacto ao ambiente e que leva em conta a questão social. Também fez referência a priorização, nas aquisições de condicionadores de ar, da tecnologia inverter, de torneiras temporizadas e papéis que levam em sua composição bagaço de cana-de-açúcar, em lugar de equipamentos e produtos similares considerados insustentáveis135.

Já no Relatório Simplificado de 2015, foi divulgado que, no âmbito das CPS, foram realizadas a ampliação da rede de comunicações telefônicas da UFERSA entre unidades do Campus, e a aquisição e instalação de telefones com tecnologia VoIP (Voz sobre Protocolo de Internet), que possibilitou a redução dos gastos com comunicação. Já na área de materiais de consumo, foi relatada a compra de copos produzidos com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem, além da distribuição de copos de vidro e canecas plásticas em copas de prédios administrativos e de salas de docentes136.

Quanto ao Relatório Simplificado de 2016, este descreve como realizadas no exercício anterior, as seguintes ações137:

 Realização de treinamento de técnicos administrativos para elaboração de editais para compras sustentáveis;

 Elaboração de editais baseados nas sugestões de boas práticas de sustentabilidade e racionalização de materiais presentes neste documento;

 Ampliação da rede de comunicações telefônicas da UFERSA entre unidades do Campus e entre Campi;

 Elaboração de projeto e implementação de um sistema de segurança eletrônica na UFERSA;

 Criação de um setor de gestão de contratos na UFERSA.

No tocante ao relatório divulgado em 2017, último relatório disponibilizado pela comissão gestora, foi acrescentado à lista de ações realizadas, a adequação do contrato da

135 LUNARDI, Diana Gonçalves et al. Plano de Gestão de Logística Sustentável: Ações já realizadas – 2014.

p. 01. Disponível em: https://reitoria.ufersa.edu.br/wp-content/uploads/sites/19/2016/02/3_metas- alcanc%CC%A7adas-2014-PLS-UFERSA.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.

136 LUNARDI, Diana Gonçalves et al. Plano de Gestão de Logística Sustentável: Relatório simplificado -

2015. Mossoró: UFERSA, 2015. p. 02. Disponível em: https://reitoria.ufersa.edu.br/wp- content/uploads/sites/19/2015/03/4_metas-alcanc%CC%A7adas-2015-PLS-UFERSA.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019.

137 LUNARDI, Diana Gonçalves et al. Plano de Gestão de Logística Sustentável: Relatório anual

simplificado - 2016. Mossoró: UFERSA, 2017. p. 21-22. Disponível em: https://reitoria.ufersa.edu.br/wp- content/uploads/sites/19/2015/03/relato%CC%81rio-simplificado-PLS-2016_15.02.17.pdf. Acesso em: 12 jul. 2019.

empresa prestadora de serviço de segurança para monitoramento de segurança eletrônica. Todavia, foram sinalizados como não realizados as seguintes ações138:

 Contratação de servidor especializado em editais para compras sustentáveis;

 Realização de treinamento dos servidores da empresa prestadora de serviço de limpeza para o uso racional de materiais;

 Nomeação de uma Comissão Interna para otimizar o processo de desfazimento de bens inservíveis;

 Contratação de pessoal especializado para alienação periódica de equipamentos inservíveis

Portanto, das dez ações listadas no cronograma, foram assinaladas como concluídas cerca de 60%. Em relação às tarefas não realizadas, chama a atenção que a universidade tenha cogitado a contratação de servidor especializado em editais para compras sustentáveis, assim como a contratação de pessoal especializado para alienação periódica de equipamentos inservíveis, pois, tal conhecimento, pode e deve ser adquirido pelos atuais servidores do quadro da instituição, através da efetiva capacitação daqueles que atualmente executam as referidas tarefas. O fato de essas ações terem sido estabelecidas no prazo de até dois anos, também sinaliza que seu grau de complexidade não é tão alto como o de algumas outras tarefas com prazo mais estendido que foram implementadas dentro do cronograma.

Também salta aos olhos que a tarefa de treinamento para o uso racional dos materiais, pelos servidores que executam o serviço de limpeza, não tenha sido realizada dentro do prazo estabelecido (2015) e nem tão pouco no prazo para execução da tarefa de maior complexidade e custo financeiro (2017), seja pela própria universidade, seja pela contratada através de exigência contratual. O que se verificou na prática, foram editais com cláusulas generalistas que não abordam a temática da forma devida, pois até o exercício de 2017, não se mencionava sequer a existência do PLS UFERSA, menos ainda a necessidade do uso racional dos produtos de limpeza, assim como dos recursos naturais. Somente no exercício de 2018, o edital especificou como obrigação da contratada, a necessidade de orientação dos empregados quanto à ambientação e prática do PLS nas rotinas das atividades, muito embora não tenha especificado nada a respeito da periodicidade dos treinamentos nas questões já mencionadas.

138 LUNARDI, Diana Gonçalves et al. Plano de Gestão de Logística Sustentável: Relatório anual

simplificado - 2017. Mossoró: UFERSA, 2017. p. 13-14. Disponível em: https://reitoria.ufersa.edu.br/wp- content/uploads/sites/19/2015/03/relato%CC%81rio-simplificado-PLS-2016_15.02.17.pdf. Acesso em: 12 jul. 2019.

Quanto à nomeação de uma comissão interna para otimização do processo de desfazimento de bens inservíveis, tarefa essa datada para execução no exercício de 2014, também não foi verificada sua efetivação, nem mesmo foi observado alguma justificativa para essa pendência nos relatórios divulgados pela comissão gestora.

Questiona-se ainda as tarefas sinalizadas como realizadas no exercício de 2015, tanto a de treinamento dos técnicos administrativos para elaboração de editais sustentáveis, como a de elaboração de editais baseados nas sugestões de boas práticas de sustentabilidade e racionalização de materiais, uma vez que, após a análise dos editais da UFERSA, verificou-se, por exemplo, no exercício de 2018 que apenas 12% dos matérias adquiridos possuíram algum critério de sustentabilidade, e, nas contratações de serviços, apesar de 79% dos processos terem previsto ao menos um critério de sustentabilidade, observou-se que havia a possibilidade de inserção de outros critérios sustentáveis em cerca de 75% dos processos.

Muito embora o PLS UFERSA tenha sugerido em 2013 práticas como, dar preferência à aquisição de bens reciclados ou recicláveis, optar pela aquisição de equipamentos com selo Procel A de maior eficiência, dar preferência à aquisição de papéis reciclados ou produzidos a partir de bagaço de cana-de-açúcar, isentos de cloro elementar, incluir nos contratos de limpeza os procedimentos que promovam o uso racional dos recursos, exigir a comprovação da origem e certificação da madeira quando da aquisição de bens e na contratação de obras e serviços dela proveniente, como FSC, Cerflor, etc., estas práticas ainda são raramente observadas em seus editais, e, mesmo após cinco anos de sua publicação, tem continuado a desenvolver práticas pontuais de sustentabilidade nas compras de bens e contratações de serviços.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a realização do diagnóstico nos processos de compras de bens e contratações de serviços comuns da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, quanto à inserção de critérios sustentáveis nos editais, observou-se uma evolução positiva em alguns pontos, e em outros, um retrocesso.

No tocante aos editais que não estabeleciam critérios de sustentabilidade socioambiental, observou-se uma evolução positiva entre os exercícios de 2016 a 2018, tendo ocorrido uma redução de cerca de 50% no quantitativo de processos que não instituíram ao menos um requisito de sustentabilidade em sua estrutura.

Todavia, no que se refere à possibilidade de inclusão de outros critérios de sustentabilidade naqueles processos que já previam algum critério, constatou-se uma situação comum aos três exercícios, à necessidade/possibilidade de inclusão de novos critérios em quase todos os processos. Portanto, apesar da UFERSA buscar inserir em seus editais requisitos de cunho socioambiental, essa ação poderia ser ampliada em grande parte dos processos analisados.

Especificamente, em relação à inserção de critérios sustentáveis nos processos de compras de materiais, apenas uma pequena parcela dos itens apresentou algum critério de sustentabilidade, sendo a tarefa de especificar produtos mais sustentáveis, certamente, o maior desafio a ser enfrentado na implementação das CPS no órgão.

No que concerne à inserção de critérios sustentáveis nos processos de contratação de serviços, houve um importante avanço no estabelecimento de requisitos de sustentabilidade, passando de 08 processos com critérios sustentáveis no exercício de 2016, para 23 processos em 2018, muito embora ainda seja grande a parcela de processos que carecem de novos requisitos socioambientais.

Dentre as pendências verificadas, destaca-se a ausência de solicitação de registro e certificado de regularidade no Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras de recursos (CTF – IBAMA) dos fabricantes de produtos e prestadores de serviços, tais como: água mineral, matérias de expediente originados da madeira, vidrarias, produtos químicos, produtos eletrônicos, material de limpeza, ração animal, pneus, fertilizantes, agrotóxicos, produtos farmacêuticos e veterinários, serviço de impressão de livros, serviços de manutenção de veículos e de ar condicionados.

Outra ausência persistente foi a comprovação da rastreabilidade e origem dos insumos de madeira a partir de fontes de manejo sustentável, através da apresentação do certificado de cadeia de custódia e/ou selo de cadeia de custódia do Cerflor, FSC ou ABNT (Beija-flor).

Comumente não é feita a exigência de comprovação de conformidade do produto, com as normas técnicas brasileiras especificadas nos descritivos dos itens, por meio da exigência, na seção de aceitabilidade ou julgamento da proposta, de apresentação de certificados e/ou relatórios de ensaios emitidos por instituição acreditada pelo INMETRO. Nos processos em que cabia a exigência de comprovação da regularidade (registro ou notificação) junto à ANVISA, também não se observou nos editais analisados a exigência de envio de cópia de publicação do registro do produto no Diário Oficial da União (DOU), ou através da apresentação do Comunicado de Aceitação de Notificação, enviado à empresa pela ANVISA, ou ainda a possibilidade de que haja a consulta à internet pelo pregoeiro.

Por sua vez, quando se trata da comprovação da existência de Plano de Gerenciamento de Resíduos das empresas enquadrados nos termos dos artigos 13, 20 e 21 da Lei n° 12.305/2010, verificou-se que no ano de 2016 apenas um edital fez essa exigência, todavia, nos exercícios de 2017 e 2018 nenhum edital pediu essa comprovação, muito embora seja necessária em parte dos processos de compras e contratações da IFES. Destaca-se também a contumaz ausência de logística reversa em todos os processos de compras da UFERSA, com uma única exceção no exercício de 2018, no processo para aquisição de pneus.

No que se refere à diretriz de sustentabilidade que determina a preferência de materiais, tecnologias, matérias primas e mão de obra de origem local, nos termos do art. 4º, inc. II e IV, do Decreto nº 7.746/2012, em consonância com o Decreto de nº 8.538/2015, passou-se a dar ênfase ao tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte da localidade ou região do órgão contratante, com a finalidade de promover o desenvolvimento local e regional, em conformidade com art. 9° do Decreto de nº 8.538/2015, todavia, houve um declínio em sua utilização no período analisado, passando de 59% em 2016 para 0% em 2018.

Quanto à previsão de tratamento diferenciado e favorecido concedido às demais Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, também houve uma redução ao longo desses três exercícios, pois o ano de 2016 foi o que apresentou o maior número de editais que previam a participação exclusiva das ME/EPP (47%), sendo o exercício de 2018, o de maior número de processos com participação aberta para empresas de qualquer porte, atingindo um patamar de 48% dos processos licitatórios.

Ao analisar o Plano de Gestão de Logística Sustentável da UFERSA, no tocante às CPS, observou-se que 60% do cronograma das ações instituídas pela comissão gestora foram implementadas. Em relação às tarefas não realizadas, chama a atenção que a universidade tenha cogitado a contratação de servidor especializado em editais para compras sustentáveis, assim como a contratação de pessoal especializado para alienação periódica de equipamentos inservíveis, pois, tal conhecimento, pode e deve ser adquirido pelos atuais servidores do quadro da instituição, através da efetiva capacitação daqueles que atualmente executam as referidas tarefas.

Questionou-se ainda as tarefas sinalizadas como realizadas no exercício de 2015, tanto a de treinamento dos técnicos administrativos para elaboração de editais sustentáveis, como a de elaboração de editais baseados nas sugestões de boas práticas de sustentabilidade e racionalização de materiais dispostas no respectivo PLS, uma vez que, após a análise dos editais da UFERSA, verificou-se um baixo percentual de materiais adquiridos com algum critério de sustentabilidade, já nas contratações de serviços, cerca de 40% do processos de 2016 não foi verificado nenhum critério de sustentabilidade, e nos demais exercícios uma grande parcela de processos havia a possibilidade de inserção de novos critérios sustentáveis.

A despeito do PLS UFERSA ter sugerido em 2013 práticas como, dar preferência à