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FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO Acesso,

6. Criar Criar uma estrutura ou padrão a partir de elementos diversos Colocar as peças para formar um todo, com

ênfase na criação de um novo significado ou estrutura. Palavras-chave: categorizar, combinar, compilar, compr, criar, inventar, projetar, explicar, gerar, modificar, organizar planos, reorganizar, reconstruir, reorganiza, rever, reescrever resumir, dizer, escrever.

Escrever um manual de operações da empresa ou processo. Projetar uma máquina para executar uma tarefa específica. Integrar a formação de várias fontes para resolver um problema.

Na Taxonomia original, a categoria Conhecimento abrange de um lado a habilidade de lembrar especificidades, generalidades, métodos, padrões, procedimentos e, de outro, a habilidade de se encontrar, no aprendizado já adquirido, sinais, fatos, informações para se resolver determinado problema (ANDERSON, 2001; KRATHWOL, 2001). Essa dualidade de definições para a mesma categoria – lembrar “o que” e “o como” – levou revisores da Taxonomia original, após diversos estudos sobre a elaboração de objetivos educacionais, a concluírem que verbos e substantivos deveriam pertencer a dimensões separadas. Os substantivos passam a servir de base para dimensão que chamam de Conhecimento - que se refere ao tipo de conhecimento a ser aprendido (o que) - e os verbos de base para a dimensão chamada Processo Cognitivo - relativa ao processo usado para aprender (o como). Essa separação traz um caráter bidimensional à Taxonomia (ANDERSON, 2001; KRATHWOL, 2002).

Uma vez que, na Taxonomia de Bloom Revisada (ANDERSON, 2001), os objetivos podem ser representados em duas dimensões, foi proposta a criação de uma tabela bidimensional chamada de Tabela Bidimensional da Taxonomia de Bloom que serviria como instrumento a ser utilizado com o propósito de estruturar os objetivos educacionais e auxiliar o professor na elaboração do planejamento e seleção de estratégias e tecnologias referentes ao processo de ensino e aprendizagem e a avaliação (ANDERSON, 2001; KRATHWOL, 2002).

Na Tabela Bidimensional, a dimensão Conhecimento está localizada no eixo vertical e a dimensão Processo Cognitivo no eixo horizontal na parte superior da Tabela. A dimensão Conhecimento é composta de quatro tipos de conhecimento definidos como: Factual, Conceitual, Procedural e Meta-cognitivo. A dimensão Processo Cognitivo consiste de seis processos cognitivos definidos como Lembrar, Compreender, Aplicar, Analisar, Avaliar e Criar.

A interseção das categorias dessas duas dimensões forma 24 células separadas. Nessas células, são inseridos os objetivos. Um mesmo objetivo pode ser colocado em células diferentes não sendo necessário o preenchimento de toda a Tabela. A figura 02 apresenta a Tabela Bidimensional da Taxonomia de Bloom.

DIMENSÃO

CONHECIMENTO

DIMENSÃO PROCESSO COGNITIVO

Lembrar Entender Aplicar Analisar Avaliar Criar Efetivo/factual

Conceitual Procedural Metacognitivo

Figura 02 - Tabela Bidimensional da Taxonomia de Bloom Fonte: Anderson (2001); Ferraz e Belliot (2009)

Ao pensar nos objetivos a serem alcançados pelos alunos, o professor poderia utilizar- se de verbos, substantivos e gerúndios. Um exemplo de declaração de objetivos utilizando-se a Taxonomia de Bloom revisada seria: “ao final da unidade sobre Motivação, o aluno será capaz de entender as diferenças entre as teorias existentes, listar as suas características, reproduzindo-as na realização de exercícios teóricos”.

A análise dos verbos, substantivos e gerúndios, permitiria localizar o objetivo na Tabela Bidimensional. Após declaração dos diversos objetivos, e da localização destes na Tabela, o professor poderia ter maior clareza sobre suas expectativas em relação ao

aprendizado dos alunos e ao seu ensino permitindo-lhes escolher as estratégias, os conteúdos e os instrumentos de avaliação mais adequados. Já o aluno poderia ter clareza do que é esperado em relação ao seu aprendizado, o que o auxiliaria no processo de reflexão sobre sua própria aprendizagem, e o deixaria consciente em relação ao processo avaliativo e os instrumentos a serem utilizados na avaliação da sua aprendizagem.

2.3.1.1 Taxonomia de Bloom Digital

Acredita-se que o processo de ensino e aprendizagem que ocorre em ambientes virtuais de aprendizagem tem sido cada vez mais influenciado pelo uso das diversas ferramentas e plataformas oferecidas pela Web 2.0. Segundo Litto (2009) essa, que representa a segunda geração da internet, oferece interatividade aumentada, hospedagem de conteúdos e conjuntos de softwares que aumentam a produtividade. Por intermédio dos seus recursos, a colaboração e a interação entre os atores inseridos nesse contexto educacional pode ser potencializada. Diante disso, não se pode negar o impacto que as tais ferramentas digitais têm sobre a forma de ensinar e aprender, e consequentemente, de avaliar o aprendizado nas salas de aula virtuais.

Esse novo contexto educacional influenciado pelo uso da TICs traz novas demandas. Com o intuito de atendê-las, foi proposta uma atualização da Taxonomia de Bloom original e da Taxonomia de Bloom Revisada que foi publicada em 2009 no site Eduteka pelo educador Andrew Churches (CHURCHES, 2009). Para Churches (2009) essa adaptação, denominada Taxonomia de Bloom Digital, objetiva atender aos novos comportamentos e oportunidades que tem surgido juntamente com o avanço e a onipresença da tecnologia.

Segundo Churches (2009) tal adaptação fez-se necessária para que fossem incluídas as diversas práticas, comportamentos e ações pedagógicos mais em linha com os novos

processos e ações trazidos pela Web 2.0 e não identificados pela Taxonomia de Bloom revisada.

A Taxonomia de Bloom digital considera o domínio cognitivo previsto pela Taxonomia revisada – lembrar, entender, aplicar, avaliar e criar – relacionando-o aos recursos didático-tecnológicos oferecidos pela segunda geração da internet e concentra-se na qualidade da ação ou do processo que, segundo Churches (2009), definem o nível cognitivo.

Para Churches (2009) os verbos relacionados às categorias do domínio cognitivo da Taxonomia revisada descrevem muitas das atividades, ações, processos e objetivos implementados pelo professor no dia a dia de sua prática. Contudo, em ambientes virtuais, seria interessante que fossem acrescentados às categorias, verbos que atendessem aos novos objetivos, ações e processos que fazem parte de contextos virtuais de ensino e aprendizagem. O quadro 06 abaixo apresenta alguns verbos propostos por Churches (2009) para a Taxonomia de Bloom digital.

Quadro 06 – Taxonomia de Bloom Digital NÍVEIS DA