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Critérios de Acesso e Selecção

No documento O impacte do programa polis (páginas 119-124)

Capítulo 5|Caracterização do Programa Polis

Componente 4 Medidas Complementares para melhorar as condições urbanísticas e ambientais das Cidades

6. Critérios de Acesso e Selecção

Para a selecção dos projectos candidatos ao Programa Polis houve a necessidade de criar critérios previstos pelos regulamentos das diversas intervenções operacionais, para tal é necessário que os candidatos respeitem os seguintes critérios de acesso:

• Cumprir toda a legislação e procedimentos obrigatórios que se apliquem à intervenção em

causa;

• Demonstrar viabilidade técnica, económica e financeira adequadas a dimensão e

complexidade, particularmente:

A. Plano de monitorização ambiental, durante todo o processo;

B. Plano de gestão e de viabilidade económica após a execução do projecto;

• Comprovar a sua inserção nas componentes e linhas do Programa Polis

Para cada uma das componentes e linhas do Programa, os próprios promotores deverão respeitar condições específicas de acesso, tais como:

Componente 1

• O projectos devem respeitar as operações integradas em espaços urbanos, visando a qualificação

dos espaços públicos, com uma forte componente de valorização ambiental;

• Apresentação de um plano estratégico de toda a intervenção, que esteja inserida num das

tipologias do programa;

• Valorização do património ou natural e a sua reintegração na cidade;

• Requalificação de cidades com dimensão média com vigor económico embora com uma vida

urbana com pouca qualidade;

• Valorização de cidades do interior que podem constituir pólos de desenvolvimento regional;

Devem ser apresentados e identificados planos de urbanização ou planos de pormenor e plano de engenharia financeira em que seja evidente quais sãos as diversas componentes em que se divide o plano estratégico, que constituirá a base das candidaturas necessárias a cada uma das linhas de financiamento.

Componente 2

• As intervenções nas áreas classificadas pela UNESCO com o estatuto de património mundial da

humanidade, pretende melhorar a qualidade do ambiente urbano dessas áreas;

Identificação dos planos de pormenor e projectos de execução que sejam necessários elaborar ou apresentados esses planos e projectos (caso ja estejam elaborados);

Componente 3

Os projectos apresentados continuarem ações de qualificação urbanística e ambiental de áreas de realojamento;

Apresentação de um plano geral da intervenção proposto e o seu respectivo plano financeiro;

Identificar os projectos de execução que sejam necessários elaborar no contexto de qualificação

dos bairros;

Componente 4

Os projectos apresentados constituem ações para melhorar as condições urbanísticas e ambientais das cidades;

Apresentação por parte do promotor do plano de intervenção e o plano de financiamento previsto para a realização do projecto;

Identificação dos planos de pormenor e projectos de execução que sejam necessário elaborar;

Linha 1- Constituir um projecto para a promoção de novas formas de mobilidade no espaço urbano;

Linha 2- Constituir um projecto para a instalação de sistema de monitorização ou gestão ambiental; Linha 3- Constituir um projecto para a valorização urbanística e ambiental, na envolvente dos estabelecimentos de ensino;

Linha 4- Constituir um projecto para a realização de ações de sensibilização e educação ambiental no espaço urbano;

Linha 5- Constituir um projecto para a realização de ações de mérito reconhecido na prossecução dos objectivos do Programa, não se inserindo nem nas componentes nem nas linhas anteriores;

Independentemente dos critérios de acesso, os projectos deverão ser apreciados pelos seus méritos próprios, não sendo motivo de exclusão da candidatura, constituem valos acrescentados para a sua avaliação. Como critérios de selecção de projectos devem ser consideradas:

a) no âmbito estratégico

Demonstrar o enquadramento no plano estratégico da cidade; Conter um caráter demonstrativo;

Identificação dos efeitos esperados e dos objectivos a atingir; Estimar a população beneficiada pela ação;

c) no âmbito da qualificação ambiental

Contribuição para a melhoria da qualidade dos diversos factores ambientais; Contribuição para a redução do consumismo de recursos naturais;

Previsão das medidas de minimização do impacte negativo da execução das obras; Previsão dos sistemas de monitorização e gestão ambiental da área de intervenção;

d) no âmbito dos impactes previstos

Contribuição para a consolidação da malha urbana onde encontra inserida e do sistema urbano nacional;

Contributo para a implementação da legislação urbanística e ambiental; Contributo na melhoria do desempenho das atividades económicas locais; Sinergias com outros investimentos;

e) no âmbito da gestão do projecto

Parcerias que o projecto abrange e que potência para ações subsequentes; Modelos de gestão na fase de execução e exploração;

Sustentabilidade económica nas fases de execução e exploração;

Adoção de estratégia de comunicação e educação ambiental associada ao projecto;

Estes critérios de selecção não são motivos de exclusão das candidaturas, no entanto, são o reflexo da filosofia que presidiu na elaboração do Programa Polis. Contudo, os projectos podem se candidatar nas diversas componentes e linhas de intervenção, pelo que em alguns casos, os critérios mencionados anteriormente não poderão ser aplicados na sua totalidade. Para além destes critérios referidos, consideram-se como recomendáveis, e constituirão factor de priorização, a adoção das seguintes medidas ou a prossecução dos seguintes objectivos:

Componente 1, para todas as linhas de ação:

Incluir no planeamento critérios que visem a sua certificação pelo sistema ISO ou EMAS; Constituir como consequência de outras ações já em desenvolvimento ou induzir ações no futuro;

Componente 2:

Potenciar as características de identidade histórica, cultural e ambiental dos locais; Componente 3 :

Contribuição para minorar a falta de condições existentes com o intuito de melhorar a qualidade de vida das populações abrangidas;

Componente 4:

Aumento de áreas pedonais e ciclovias;

Aumento de áreas de estacionamento com efeito dissabor da circulação automóvel;

Incentivar a utilização dos transportes públicos, ou seja, restringir a circulação do automóvel;

Linha 2

Incluir ações de sensibilização e de educação ambiental associadas aos sistemas de informação e gestão que permita que os cidadãos compreendam melhor a importância destas ações e da informação disponibilizada;

Melhorar os próprios sistemas de informação que os municípios utilizam para a gestão ambiental, principalmente com a utilização de sistemas de informação geográfica;

Linha 3

Incluir ações de sensibilização e de educação ambiental que potenciam as ações a desenvolver;

Envolver os estabelecimentos de ensino no desenvolvimento dos projectos; Linha 4

Indicar as parcerias que serão envolvidas no desenvolvimento das ações; Linha 5

7. Tipologias

Já referido anteriormente o Programa Polis subdivide-se em quatro componentes, em que algumas subdividem-se em linhas de actuação. Estas subdivisões pretendem atender algumas especificidades de situações reais, no entanto com o propósito de promover a requalificação urbana e a valorização ambiental das cidades.

Apesar de ser difícil conceber uma lista exaustiva de todos os tipos de projectos susceptíveis de serem incorporados pelo Programa, elaboraram-se quadros de referência de vários tipos de iniciativas, para cada componente e suas linhas. Contudo, é necessário ter em conta, as problemáticas da regulamentação própria dos instrumentos de financiamento que suportam o programa.

Em Anexo serão apresentadas as tipologias de projectos que estavam incluídas em cada componente e linhas do Programa.

No documento O impacte do programa polis (páginas 119-124)