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8 META-AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NOS CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU A DISTÂNCIA NO SENAC/BA

8.3 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU A DISTÂNCIA DO SENAC/BA.

8.3.7 Critérios de correção

Considera-se que critério é a definição de algo que sirva de base para a comparação, julgamento ou apreciação das atividades a serem avaliadas, por exemplo: todas as atividades deverão ser apresentadas conforme as normas da ABNT. Com base no Gráfico 27, 7 tutores (51%) mantêm entre “sempre” e “quase sempre” uma interação com os colegas para discutir os critérios de correção, enquanto 2 tutores (14%) mantêm “com regularidade” essa interação. Entretanto, 5 tutores (35%) entre “nunca” e “esporadicamente” dialogam sobre os critérios de correção. Alguns exemplos apresentados no campo comentário:

− Criatividade, Coesão, Pertinência, Síntese etc. (T11);

− todas as atividades deverão ser apresentadas conforme as normas da ABNT. (T6)

Gráfico 27 – Definição de critérios de correção das avaliações entre tutores.

A falta de diálogo entre os tutores pode comprometer um trabalho coletivo além de não permitir uma discussão, construção e pactuação de critérios de correção e outros referenciais que orientem a prática avaliativa no curso. “As reuniões da equipe devem ser consideradas como espaços de troca e de discussão de experiências para enriquecimento que, certamente, contribuirão de forma significativa para o aprimoramento da prática pedagógica.”. (SENAC. DN, 2006b, p. 36). Entretanto, é importante refletirmos se o SENAC oferece condições suficientes para que essa interação ocorra de forma satisfatória.

Para alguns tutores, no grupo focal:

A gente precisa caminhar muito no sentido de construir esses parâmetros, esses indicadores, esses critérios de avaliação que não sejam hiper fechados, nem limitem, que balizem esse trabalho nosso. Acho que a gente ta numa fase de crescimento, e o que é melhor a abertura pra isso. A abertura institucional pra que esse caminho seja trilhado e a abertura também das profissionais (sic)

(Td)

Com relação, veja bem, aos critérios de avaliação eu acho assim que seriam necessários até como uma condição, não algo engessado. Mas eu penso que esses critérios estabelecidos, a gente iria olhar uma tarefa de uma forma mais uniforme. O que, que de fato a gente ta querendo que aquele aluno? É o domínio do conteúdo? Que critérios são esses? Houve uma discussão com a coordenação e na época eu era a coordenadora do curso e os tutores e nós sentimos a necessidade até pra uniformizar o trabalho dos tutores, porque estou no bloco temático 1 então eu olho uma tarefa com uma perspectiva. (sic)

(Te)

Na aula inaugural, a Coordenadora pedagógica dos cursos de pós-graduação lato sensu a distância, em parceria com os tutores e alunos, propõe a construção de um pacto de convivência denominado “Pacto da comunidade de Aprendizagem em Rede”, onde algumas categorias são sugeridas como ponto de partida para a discussão, tais como: relacionamento, ambiente de aprendizagem, atividades e avaliação da aprendizagem. A discussão é iniciada na aula inaugural e ampliada na rede (ambiente MOODLE) nas primeiras semanas, por exemplo, em relação à categoria avaliação da aprendizagem, para a EAD turma 03 ficou o seguinte acordo inicial:

ƒ Todos os tutores deverão informar sobre o prazo da entrega das atividades/tarefas e suas respectivas pontuações;

ƒ Se o aluno não conseguir encaminhar o trabalho no prazo previsto, ele deverá informar por e-mail ao tutor da unidade, justificando as razões pelas quais ele não conseguiu concluir a atividade/tarefa;

ƒ Conforme as razões justificadas, o tutor deverá negociar com o aluno novos prazos;

ƒ Se o trabalho for entregue depois do prazo sem os devidos encaminhamentos, poderá haver uma redução progressiva da pontuação. (SENAC. DR, 2008, p.2)

Esse pode ser um ponto de partida para potencializar um trabalho em rede entre coordenação, tutores e alunos, além de definir e acordar coletivamente alguns procedimentos que orientem as políticas e práticas de avaliação.

Com base no Gráfico 28, observa-se uma divergência bastante representativa entre os dados obtidos, pois 7 tutores (50%) afirmam entre “sempre” e “quase sempre” discutirem os critérios de correção com os alunos, enquanto apenas 16 alunos (26,23%) afirmam isso. Se considerarmos o resultado entre “esporadicamente” e “nunca”, os resultados também são divergentes, 2 tutores (14,28%) para 30 alunos (49,18%). É significativo que 12 alunos (19,67%) afirmem a opção “não se aplica”.

Segundo uma tutora, no grupo focal, sobre os critérios de correção:

Quer dizer, nós estamos ainda numa fase, eu pelo menos é a visão que eu tenho, que a gente ainda não tem definido os critérios que vão balizar a nossa avaliação como um todo. Se a gente for pensar o grupo de tutores, a gente ainda não tem. (Tg)

Apenas três tutores informaram sobre quais são os critérios adotados:

− organização dos grupos, normas da ABNT, formatação estílo acadêmico (sic), (T12) − Criatividade, Coesão, Pertinência, Síntese, etc. (T11)

− Não sei informar pois fui professora do modulo 3. (T2)

5 2 3 1 1 2 13 3 3 17 13 12 0 5 10 15 20 sem pre qua se s emp re com regular idad e espor adic ame nte nunc a não se ap lica Quanti d a de Tutor Aluno

Para alguns alunos, os critérios já são definidos sem a participação dos alunos. Esses poucos comentários que seguem, de alguma forma, confirmam uma tendência observada nos resultados do Gráfico 28:

− Os critérios de correção eram dos tutores e não foram contestados pelos alunos. (A2) − Os critérios já vêm definidos, não são discutidos com a turma. (A53)

− Os critérios de correção eram dos tutores e não foram contestados pelos alunos. (A3) − No material mediante o qual o curso é apresentado há essas informações e, ainda, no

primeiro encontro esse temas foram tratados. Os tutores davam informações sobre como os trabalhos deveriam ser produzidos, quando apresentavam as atividades no ambiente. (A29)

− No material mediante o qual o curso é apresentado há essas informações e, ainda, no primeiro encontro esse temas foram tratados. Os tutores davam informações sobre como os trabalhos deveriam ser produzidos, quando apresentavam as atividades no ambiente. (A30)

− no bloco 1 a tutora sempre fazia o comentário sobre o uso das normas da ABNT nas atividades apresentadas. (A11)

− REGRAS DA ABNT E PRAZO SÃO CRITERIOS.(sic) (A19) − quando algum aluno faz uma indicação. (A22)

− Sim. Isto nos foi dito na Aula Presencial, no início do curso (A56).

A divergência continua presente em relação à aplicação dos critérios de avaliação da aprendizagem (Gráfico 29), pois 26 alunos (42,62%) informam que a opção “não se aplica” ao enunciado. Segundo comentários de alguns alunos, “não houve pacto com a turma”; “os critérios de correção nunca foram pactuados com a turma”. Entretanto, 8 tutores (61,54%) afirmam entre “sempre” e “quase sempre” são aplicados, enquanto 23 alunos (37,7%) fazem essa afirmação. Segundo os dois únicos comentários registrados pelos tutores: “Nao sei informar.” (sic) (T2) e “Través da leitura dos trabalhos e comparação.” (sic) (T11).

5 3 1 1 1 2 15 8 5 4 3 26 0 5 10 15 20 25 30 sem pre quas e se mpr e com regula ridad e espor adicam ente nun ca não se aplic a Quanti dade Tutor Aluno

Gráfico 29 - Aplicação dos critérios de correção pactuados com a turma.

Poucos alunos deram algum tipo de justificativa sobre a aplicação dos critérios, e apenas quatro fizeram algum tipo de comentário:

− Após cada avaliação, o Tutor faz um comentário. (A56)

− Os critérios de correção nunca foram pactuados com a turma. (A57) − não sei, pois não temos acesso às atividades para comparar. (A60) − Somente nos fórus. (sic) (A6)