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8 META-AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NOS CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU A DISTÂNCIA NO SENAC/BA

8.3 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU A DISTÂNCIA DO SENAC/BA.

8.3.6 Diálogo entre os sujeitos da avaliação

Com base no Gráfico 21, observa-se um resultado bastante significativo sobre a existência de discussão entre coordenador e tutor sobre avaliação da aprendizagem, sendo que 9 tutores (69%) afirmam “sempre”, 1 tutor (8%) “quase sempre” e 3 tutores (23%) “com regularidade”.

Gráfico 21 - Discussão entre coordenador e tutor sobre avaliação na percepção do tutor.

Esses dados podem representar uma dimensão política e pedagógica bastante favorável ao diálogo e esse cenário pode ser confirmado com o discurso da coordenadora pedagógica:

A experiência é fabulosa. Temos uma boa interlocução com o departamento nacional e a equipe local é muito competente. Começamos juntas quase sem experiência neste tipo de oferta e estamos nos consolidando aos poucos. Alguns professores contribuem mais com a equipe, mas no geral é muito boa a

interação da equipe. Estamos aprendendo muito. No ano de 2009, começaremos a desenvolver nossos próprios cursos. (Coord_Ped)

Gráfico 22 – Discussão entre tutores e alunos sobre avaliação na percepção do tutor.

Conforme Gráfico 22, 6 tutores (43%) discutem com os alunos “sempre” ou “quase sempre” sobre avaliação da aprendizagem e 3 tutores (21%) “com regularidade”. Fica evidente um movimento favorável à discussão sobre avaliação da aprendizagem, apesar de 5 tutores (36%) ainda discutem de forma esporádica. Com base no Gráfico 21, 10 tutores (77%) estabelecem um nível de discussão entre “sempre” e “quase sempre” maior com a coordenação pedagógica do que com os alunos. Essa informação e confirmada no Gráfico 22, onde apensas 6 tutores (43%) afirmam essa possibilidade de discussão com os alunos. Essa aproximação menos significativa do tutor (representando a instituição) com os alunos é confirmada com o Gráfico 20, que apresenta dados sobre a possibilidade de modificação da instituição sobre avaliação na percepção do aluno.

Com base no Gráfico 23, existem valores muito próximos entre “nunca” e “esporadicamente” de manter uma discussão com a coordenadora pedagógica sobre avaliação da aprendizagem, representando 25 alunos (46%) para “sempre” e “quase sempre” representando 24 alunos (41%). Entretanto, esse nível de interação dos alunos com a coordenação pedagógica são bastante próximos, em percentuais, aos dados obtidos com a interação dos alunos com os tutores na percepção dos 6 tutores (43%), observados no Gráfico 22. Conforme os comentários dos alunos, existem duas posições predominantes, aqueles que procuram a coordenação para discutir sobre demandas pessoais e específicas e outros que não identificaram essa possibilidade. Seguem os comentários:

− A coordenadora do curso esteve sempre a disposição dos alunos. (A53)

− Nas duas oportunidades em que precisei, os coordenadores do curso foram receptivos quanto a minha demanda específica.(sic) (A30)

− Nas duas oportunidades em que precisei, os coordenadores do curso foram receptivos quanto a minha demanda específica. (A29)

− Pelo menos minha comunicaçao é so com o tutor e desconheço. Penso que o curso está muito rescente para afirmar algo. (sic) (A11)

− Notas que já estava no ambiente e foram tiradas. Questinei com a coordenadora mas de nada adiantou. (sic) (A37)

− até o momento não foi proposta esta discussão (A60)

− Não ocorreu essa hipótese durante o curso. As avaliações eram de responsabilidade dos tutores de cada módulo do mesmo. (A3)

− Não ocorreu essa hipótese durante o curso. As avaliações eram de responsabilidade dos tutores de cada módulo do mesmo. (A2)

Gráfico 24 ― Questionamento do tutor em relação às políticas e práticas de avaliação.

Com base no Gráfico 24, observa-se que 8 tutores (57%) informam que entre “nunca” e “esporadicamente” questionam sobre as políticas e práticas de avaliação da aprendizagem da instituição, enquanto 4 tutores (29%) questionam “com regularidade”. Apenas 2 tutores (14%) questionam “quase sempre”. Esses dados são contraditórios se comparados com os dados dos Gráficos 18 e 19, que mostram que os tutores têm autonomia no planejamento das avaliações e as possibilidades de modificações da instituição sobre avaliação. Seguem os poucos questionamentos registrados pelos tutores:

− quantidade de atividades, prazos, quantidade de conteúdo. (T12)

− Encontro com a coordenadora pegagogica para tratar do excesso de atividades de aprendizagem. (T2)

− O AVA NÃO TEM CAMPO PARA AVALIAÇÃO DOS FÓRUNS, SÓ DAS TAREFAS. (T5) Na percepção da coordenadora sobre as políticas e práticas da aprendizagem, ela coloca:

Este é um aspecto que precisa ser aprimorado. Seguimos as diretrizes gerais do DN, mas estamos sentindo necessidade de preparamos mais a equipe local nos aspectos pedagógicos que inclui principalmente a interatividade, ou seja, respostas com maior prontidão (eficientes e eficazes) para os alunos e auto- avaliação. Sabemos que avaliar é um ato difícil e, em se tratando de críticas, há pouca compreensão e nenhuma flexibilidade. Temos tentado que a avaliação seja permanente, ou seja, no decorrer do curso, tanto de professores, como de alunos. Poucos se colocam disponíveis para o ato. É muito difícil.

Gráfico 25 ― Questionamento do aluno discordando de algum aspecto da avaliação na percepção do tutor.

Na percepção de 10 tutores (72%) “alguns” alunos fazem questionamento sobre avaliação da aprendizagem, mas no Gráfico 20, há uma predominância de alunos (62%) que informam entre “nunca” e “esporadicamente” que existe a possibilidade de modificações da instituição sobre avaliação da aprendizagem. Segundo os tutores, os alunos questionam sobre:

− prazo de entrega das atividades (T12)

− A NOTA DA TAREFA FOI REDUZIDA PELA AUSÊNCIA NO FÓRUM. (T5)

− Comentario que eu havia sido muito rigida na avaliacao. Esclareci os criterios e dei ao aluno oportunidade de refazer a atividade, apos a leitura das minhas criticas ao

trabalho. (sic) (T2)

No Gráfico 26, 54 alunos (89%) afirmam que entre “nunca” e “esporadicamente” fazem questionamento ao tutor sobre a avaliação da aprendizagem. Esses dados ratificam a análise feita com base no Gráfico anterior (Gráfico 25). Seguem alguns comentários realizados por alunos justificando as suas respostas, principalmente pelo não questionamento sobre avaliação, inclusive, pela satisfação de que “As tarefas e as respectivas avaliações eram coerentes com a programação do curso” (A2); (A3) ou por outras razões, descritas abaixo:

− não me sinto a vontade de fazer comentarios com o tutor; mas penso que deveria haver pelo menos um tarefa em grupo, para um melhor entrosamento presencial com os participantes. (sic), (A11)

− Mas pretendo fazer principalmente sobre as atividades feitas em grupo. (A35)

− “Na realidade muitos tutores estão despreparados e apenas reproduzem questões prontas sem a devida análise ou questionamento. (A17)

− Em alguns módulos fiz questionamentos sobre a forma de avaliar e discordei de notas defendendo meus conhecimentos. (A53)

− Foi com realçao ao trabalhos em grupo que é dificil a comunicação com as pessoas. (sic), (A7)

− prazo e quantidade de leitura em um tempo curto. (A61)

− quando a tarefa não estava boa o tutor não especificava o que era preciso melhorar. (A13)

− questionei em uma atividade específica e enquanto fazia o trabalho final do curso (sic) (A32)

Segundo o Manual do Coordenador e Tutor (SENAC. DN, 2006b, p.35), “Para que a Avaliação perca seu tradicional caráter punitivo e classificatório, é necessário que todas as

instâncias envolvidas no processo procurem transformá-la num espaço de diálogo, de liberdade e de construção do exercício da cidadania. A formação de cidadãos competentes,

agentes de transformação da sociedade de forma crítica e autônoma, deve ser o objetivo maior de toda ação avaliativa realizada no processo ensino-aprendizagem.” (p. 35-36, grifos nossos).