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da personalidade e científico Contexto social

No documento Da Teoria Clássica à Pesquisa Moderna (páginas 61-63)

Poucas tentativas sistemáticas antes Os seres humanos são vistos prindpalmente em para medir a personalidade. d c 1800 termos religiosos e filosóficos.

Francis Gallon, prim o de Darwin. década A atenção se volta cada ve/ mais para a monta laboratórios para medir as

diferenças individuais.

d c 1880 evolução e a variação individual.

Testes mentais começam a sei aplicados, concentrando-se na inteligência, mas só começaram a ter êxito tom o trabalho de Alfred Binet.

1890-1910 Período dc grande imigração para os Estados Unidos: estatísticas matemáticas comccam a ic irlK T atenção cada vez maior.

Robert Yerkes. Lewis Tcrman c outrus trabalham com o Exército americano para selecionar e lazer a triagem de soldados; essas experiências foram responsáveis pelo aumento maciço de avaliações

1910-1920 Tecnologia e industrialização crescentes; grandes exércitos cspccialmenic treinados: Primeira Guerra M u n d ia l 1914-1918.

ln»riain-se as investigações sobre calmes década de fkvm económico e posterior colapso: progresso individuais e interesses vocacionais: a natureza

biológica do indivíduo d ia ma a atenção

20 ò d c )0 na estatística matemática.

Allport c outros fazem uma relação de traços: análises estatísticas sobre traços seguem-se ao desenvolvimento de novas técnicas estatísticas; os neo-analistas começam a usar testes projetivos

década d c 30 Fascismo e guerra mundial iminentes: depressão econômica, propaganda polítka; crescimento dc grandes corporações.

Estudos sobre o autoritarismo e o etnoccntrismo são realizados c na maioria das vezes são mensurados de várias formas.

década de 40 Reações intelectuais contra o fascismo.

Entrevistas sJk> empregadas por Kinsey para década de Novos papéis para as mulheres, tvo trabalhe» c investigar a sexualidade e por pesquisadores de

mercado para investigar os padrões dc cx>mpra; idéias emergentes da psicologia cognitiva abrem caminho para avaliações cognitiva

40 à d c 60 nas relações sociais; bocm económico c uma nova e imensa classe média; habytwmf o

mjrkctirhi toma-se um estudo dentífico.

A forma dc expressão é avaliada. década de D cdínio do ttthaviorísmo; ênfase sobre a ao mesmo tempo que a comunicação não-

verbal recupera a atenção.

70 à d c 80 comunicação nos relacionamentos c na família: ascensão da televisão na política.

As medidas de traço retomam um lugar 1 9 9 0i década Período económico próspero e melhor de destaque, ao mesmo tempo que as teorias

sobre fatores são apreendidas.

d c 2000 compreensão do indivíduo no local de trabalho.

são normalmcnte chamados de "experiências clínicas aleatórias". Na psicologia da perso­ nalidade, eles em geral são chamados de "métodos experimentais*’.

4 . G ra n d e a u m e n to re p e ntin o da taxa de natalidade p rin c ip a lm c n tc nos listados U n id o s, após a Segunda G u e rra M u n d ia l (N . da T .).

Infclizmcntc, na maior parte das pesquisas sobre a personalidade, somos limitados a ponto de não podermos usar a designação ou atribuição aleatória. Não podemos designar fá­ cil e aleatoriamente 10.000 adolescentes |>ara receber instruções sobre gestos, durante cinco anos; designar 10.000 outros adolescentes a um grupo de controle e, cm seguida, observar qual grupo produz mais líderes adultos carismáticos. Portanto, valemo-nos de pesquisas quase experimentais ou de experimentos de ocorrência natural para verificar que influênci­ as e componentes aumentam a probabilidade de um líder carismático surgir. Por exemplo, podemos comparar adolescentes de colégios mistos com adolescentes que estudam cm colé­ gios exclusivos para homens ou mulheres. Para praticar, tente encontrar exemplos de evi­ dência que seria útil reunir, para compreender a origem e os componentes do carisma.

Capitulo 2 m Como a personalidade é estudada e avaliada?

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Os primeiros testes psicológicos com alguma validade substancial têm apenas 100 anos, aproximadamente. Alfred Binet abriu caminho para uma avaliação válida da inteli­ gência no fim do século XIX. em Paris. Sua meta era nobre: seus testes poderiam ser usa­ dos para identificar estudantes do fato muito inteligentes, mas que haviam sido classifica­ dos erroneamente como estúpidos em função de problemas como debilidade na capacidade auditiva ou na fala. Em outras palavras. Binet almejava ajudar as pessoas que haviam sido negligenciadas pela sociedade (Binet & Simon, 1916).

Os mesmos tipos de argumento de avaliação aplicam-se a pessoas com outros proble­ mas psicológicos ou de relacionamento. Para ajudar pessoas com esses problemas, é pro­ veitoso realizar um diagnóstico preciso de seus problemas e potencialidades. Portanto, tes­ tes justos e válidos podem ser benéficos para todos. Sempre há o risco de os resultados de um teste serem incorretos em decorrência de inúmeras limitações. Os testes imprecisos se­ rão um sério problema, se a avaliação estiver sendo leita para identificar pessoas menos 'dignas". Nesse caso, um erro ou tendcnciosidade é particularmente trágico.

Infclizmcntc, da mesma maneira que os primeiros testes de inteligência foram rapida­ mente deturpados no sentido de identificar "débeis mentais' e "idiotas", hoje a avaliação psicológica às vezes é usada para propósitos de discriminação e perseguição. Por exemplo, os testes podem ser legitimamente projetados para fazer a triagem de candidatos a um em­ prego. Porém, um teste desse tipo poderia facilmente ser parcial (de modo intencional ou não) contra pessoas pertencentes a grupos que por tradição são empregados com menor frequência. É como se um diagnóstico médico tivesse sido usado não para ajudar a proce­ der a um tratamento médico bem-sucedido, mas para determinar quem deveria ser margi­ nalizado por ser considerado "enfermo".

Em seu livro The Mimeasurc of Man. o paleomologlsta Stevcn Jay Gould (1981. 1996) descreve a triste saga do racismo científico. Concentrando-se na inteligência, Gould relata como até mesmo os mais eminentes cientistas foram vendados por seus preconceitos, pen­ sando que estavam comprometidos com uma avaliação puramente científica. Por exem­ plo, em meados do século XIX, o respeitado médico francês Paul Broca usou a medição do crânio (craniomctria) para "provar" que os homens são mais inteligentes do que as m u ­ lheres e os caucasianos, mais inteligentes do que os africanos. Broca, assim como vários dos bem-intencionados cientistas que o seguiram no século XX. provavelmente não tinha consciência das distorções existentes em seus dados. Ele simplesmente estava sendo in ­ fluenciado por suas convicções. Não há dúvida de que essas tendenciosidades também aflijem os testes de personalidade modernos, mas. sem o benefício da percepção tardia, elas são difíceis de ser reveladas.

No documento Da Teoria Clássica à Pesquisa Moderna (páginas 61-63)