CAPÍTULO V – RESULTADOS: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS NÚCLEOS DE
5.2 O DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO
A primeira etapa da pesquisa em tela compreendeu a observação das atividades docentes em seu locus de realização: a sala de aula. Dessa forma, pretendeu-se a análise das interações entre professores e alunos, aluno e alunos, professores-alunos-objetos do conhecimento, com vistas a apreender o lugar da afetividade na prática dos professores colaboradores. Além disso, as observações servem, também, como elemento que facilita a interpretação de sentidos advindos das entrevistas e dos grupos focais, o que se tornou crucial para maior confiabilidade dos dados obtidos nesta investigação.
Para a realização da observação, seguiu-se a orientação de Grinnell (1997), por meio da qual se organizaram Anotações de Observações Diretas seguidas de Anotações
OBSERVAÇÕES GRUPOS FOCAIS ENTREVISTAS
COLETA DOS DADOS DE PESQUISA
LEITURA FLUTUANTE
IDENTIFICAÇÃO DOS TEMAS
AGLUTINAÇÃO DOS TEMAS
ORGANIZAÇÃO DOS NÚCLEOS DE SIGNIFICAÇÃO E SENTIDO
COMPARAÇÃO DOS DISCURSOS PRODUZIDOS PELOS DOCENTES / DISCENTES
Interpretativas. O Diário de Observação obtido com o instrumento de coleta de dados
possibilitou a produção das interpretações apresentadas nos quadros a seguir: Quadro 01 – Diário de Observação nº 01
DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO Nº 01– 8ª Série (9º ano) EF II – TURMA 4
Data:
05 Maio 2014
Centro de Ensino Fundamental
Docente: Profª Luíza (Mat)
ANOTAÇÕES DE OBSERVAÇÕES DIRETAS Os alunos aguardam a autorização para entrada na escola.
No primeiro toque de sinal, os alunos entram para os corredores de sala de aula, sob supervisão do diretor escolar.
Os alunos estranharam minha presença, mas logo a professora lhes explicou que eu assistiria a algumas aulas em virtude da realização de uma pesquisa de Doutorado para a Universidade Católica de Brasília, pesquisa essa da qual eles também seriam participantes.
A professora pergunta pelos demais alunos e recebe esclarecimentos sobre algumas ausências.
A professora se dirige aos alunos, retomando processos iniciados na aula anterior. Em seguida, anota no quadro o passo a passo do que ela executará na aula.
A professora chama atenção dos alunos pelo fato de alguns discentes estarem presentes à aula, mas não prestarem atenção ao que está acontecendo.
Os alunos mostram-se calmos.
A professora chama os alunos à sua mesa para verificar os cadernos. Alguns alunos pedem que ela deixe para verificar os cadernos em outra data. Com voz firme, mas sem ser agressiva, a docente explica que o combinado foi a verificação dos cadernos para aquele dia, além da importância de se realizar a tarefa de casa.
A professora aproveita a oportunidade para informar aos alunos que eles devem ter postura mais pró-ativa em relação à própria aprendizagem.
Um aluno vai à mesa da professora e ela lhe dá explicações individualizadas sobre um ponto do conteúdo.
O modo como a professora se reporta aos alunos é amistoso, mesmo quando precisa ser enérgica.
torna-se o centro da aula.
Há um grupo de alunos alheio à correção. No entanto, esses discentes não atrapalham a aula.
A professora mostra-se empenhada em tirar dúvidas dos alunos que a questionam durante a correção.
Permanece o grupo dos alunos apáticos em relação à correção.
Em sua ação de corrigir os exercícios, a professora busca ser detalhista, apresentando o passo a passo para organização do raciocínio.
Enquanto há dúvidas no modo como se organiza o raciocínio da questão em análise, a professora não avança na correção.
Em determinado ponto, a professora lança um olhar sobre o grupo de alunos que se mantém apático durante a correção e afirma: ―Tá difícil! Vocês não estão acompanhando‖.
Como boa parte dos alunos não realizou a tarefa, não consegue acompanhar a correção.
A professora mostra mais ênfase na explicação quando demandada por dúvidas dos alunos.
Após a correção, a professora orienta a resolução de outra tarefa.
Enquanto os alunos realizam a tarefa, a professora se dirige a um aluno que dorme durante a aula e pede a ele que a acompanhe até a mesa dela. De modo discreto, sem expor o discente, a professora conversa com o aluno. Chama atenção o fato de essa conversa terminar com o aluno lançando um sorriso para a professora, o que denota temperatura emocional positiva nesse colóquio.
ANOTAÇÕES INTERPRETATIVAS
Não há sinais de tumulto ou descontrole entre os alunos. Infere-se a presença de rotina e a validação de normas pelos alunos.
Ao perguntar pelos alunos ausentes, a professora utiliza os nomes dos alunos. Isso aponta para o fato de que, mesmo com muitas turmas, a docente preocupa-se em conhecer minimamente seus alunos.
Apreende-se que a docente valoriza o cumprimento de acordos assumidos anteriormente com os discentes.
No modo como conduz a correção dos exercícios, a professora demonstra grande preocupação em verificar se os alunos, de fato, estão compreendendo o que ela se
propõe a ensinar.
Infere-se que a professora tem consciência de que o fato de alguns alunos não seguirem a explicação lhes trará prejuízos na aquisição dos conceitos ensinados. Fonte: elaborado pelo próprio pesquisador.
Quadro 02 – Diário de Observação nº 02
DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO Nº 02– 8ª Série (9º ano) EF II – TURMA 2
Data:
06 Maio 2014
Centro de Ensino Fundamental
Docente:
Profª Andreia (Língua Portuguesa)
ANOTAÇÕES DE OBSERVAÇÕES DIRETAS
Na aula de Língua Portuguesa, já chama atenção o fato de os alunos sentarem em círculo.
Assim como a professora de Matemática, a professora Andreia explica aos alunos a razão de minha presença ali.
Há um aluno com síndrome de down na sala.
A professora, rapidamente, orienta a execução de um trabalho em grupo e pede aos alunos que se organizem.
Atenta aos alunos que não conseguem se integrar em algum grupo, a docente interfere, de modo que todos estejam em grupos.
Há certo barulho na turma, mas não indisciplina, já que os alunos interagem em função da atividade.
A atividade proposta consiste em retirar frases de jornais em que seja utilizado o sinal indicativo de crase. Em seguida, os alunos devem colar essas frases em um cartaz e verificar na gramática a regra que justifica o emprego.
O tom de voz da professora é firme, mas sempre simpático.
A professora caminha entre os grupos, de modo a sanar dúvidas dos alunos. Os alunos não demonstram receio em se dirigir à professora para tirar dúvidas.
Um dos alunos que teve dificuldade em se integrar a um grupo prefere se isolar dos colegas e realiza a atividade sozinho.
A professora vai até ele e pergunta por que ele fez o trabalho sozinho. O aluno responde algo que não consegui captar.
Ao final da atividade, a professora pede aos alunos que retomem a organização da sala em um grande círculo, para apresentação dos trabalhos.
Os alunos se organizam e, quando é feito silêncio, a professora fala a respeito da necessidade de se respeitar as diferenças e de os alunos aprenderem a trabalhar em grupo.
Em seguida, pede ao aluno que fez o trabalho sozinho que apresente seus resultados. Após a apresentação, ela elogia os acertos do educando, como forma de valorizá-lo frente a um grupo que, aparentemente, o discrimina. Não se trata do aluno com síndrome de down. Este, aliás, é facilmente integrado aos grupos.
Os demais grupos apresentam os resultados e a professora utiliza as frases encontradas para fixar o conteúdo.
ANOTAÇÕES INTERPRETATIVAS
Infere-se que os alunos apresentam liberdade com a professora sem, contudo, lhe faltarem com o respeito.
A professora valoriza o conteúdo, mas busca formas menos tradicionais de desenvolvê-lo.
Nessa atividade, o foco da aprendizagem está no protagonismo dos alunos. A docente está atenta a situações de exclusão, muito comuns na adolescência. Infere-se a presença de confiança afetiva entre a professora e seus alunos. Fonte: elaborado pelo próprio pesquisador.
Quadro 03 – Diário de Observação nº 03
DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO Nº 03– Turma: 8ª Série (9º ano) EF II – TURMA 1
Data:
06 Maio 2014
Centro de Ensino Fundamental
Docente:
Profª Andreia (Língua Portuguesa)
ANOTAÇÕES DE OBSERVAÇÕES DIRETAS
A professora Andreia explica aos alunos a razão de minha presença ali.
Uma aluna afirma: ―Esta turma é a melhor da escola‖, no que é seguida por aplausos pelos demais colegas.
Nesta turma, a organização dos grupos é bem mais silenciosa
A professora, rapidamente, orienta a execução de um trabalho em grupo e pede aos alunos que se organizem.
Atenta aos alunos que não conseguem se integrar em algum grupo, a docente interfere, de modo que todos estejam em grupos.
indicativo de crase, colar essas frases em um cartaz e verificar a regra de emprego. O tom de voz da professora é firme, mas sempre simpático.
Nesta turma, a professora não caminha entre os grupos; ela fica em sua mesa e orienta aos alunos com dúvidas a se dirigirem a ela. Os alunos vão até a mesa da professora sem receio algum.
O filho da professora é aluno da turma.
A professora chama uma aluna e questiona o porquê de sua ausência na semana anterior.
A vinda à mesa da professora para sanar dúvidas é constante e ela sempre está disposta a tirar as dúvidas.
Ao final da atividade, a professora pede aos alunos que retomem a organização da sala em um grande círculo, para apresentação dos trabalhos.
Os grupos apresentam os resultados e a professora utiliza as frases encontradas para fixar o conteúdo.
Ao final de cada apresentação, nesta turma, os colegas são aplaudidos pelos pares. ANOTAÇÕES INTERPRETATIVAS
Infere-se que os alunos apresentam liberdade com a professora sem, contudo, lhe faltarem com o respeito.
A professora valoriza o conteúdo, mas busca formas menos tradicionais de desenvolvê-lo.
Nessa atividade, o foco da aprendizagem está no protagonismo dos alunos.
Os discentes, nesta turma, desenvolveram laços de respeito e amizade mais evidentes. Infere-se a presença de confiança afetiva entre a professora e seus alunos.
Infere-se, do fato de o filho da professora estudar na escola, a confiança depositada na instituição.
Em seu discurso, durante conversa informal, a professora Andreia demonstra conhecer bem seus alunos.
Quadro 04 – Diário de Observação nº 04
DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO Nº 04– Turma: 8ª Série (9º ano) EF II – TURMA 3
Data:
12 Maio 2014
Centro de Ensino Fundamental
Docente:
Profª Andreia (Língua Portuguesa)
ANOTAÇÕES DE OBSERVAÇÕES DIRETAS
Assim como na turma anterior, a professora Andreia explica aos alunos a razão de minha presença ali.
A professora mantém-se em silêncio e espera o silêncio dos educandos.
Antes de iniciar a aula, a professora decide realizar uma conversa com os alunos, focando questões ligadas ao comportamento da turma. Nessa fala, a professora apresenta pontos inadequados do comportamento de alguns alunos.
Logo após, a professora explica que a atividade que realizarão terá peso de avaliação. A atividade consiste em um jogo da ―Batata-Quente‖. Cada aluno deverá participar
ao menos uma vez, respondendo a perguntas da professora sobre o conteúdo ―Regência Verbal‖. Caso o aluno não saiba responder, poderá pedir a algum colega que o ajude a responder. Conforme orientação da professora, o aluno que responder à questão sem auxílio do colega receberá pontuação inteira; o que precisar de auxílio, meia pontuação; e o que, mesmo assim, responder errado, deverá trazer a questão respondida corretamente na próxima aula, por escrito, para garantir a meia pontuação.
A turma é mais agitada.
Um dos alunos dos quais a professora chamou a atenção é o mais participativo. O interessante é que este aluno rapidamente muda de lugar, sentando-se perto da professora e sempre tentando chamar a atenção dela para poder responder.
Os alunos participam bem da atividade. Ao final, três alunos precisarão trazer a questão respondida na próxima aula.
Enquanto os alunos se organizam para saírem de sala, a professora se aproxima do aluno de quem chamou a atenção e diz que ele é muito inteligente, e, quando quer, destaca-se, como fez na atividade. O aluno dá um sorriso e abraça a professora antes de sair.
A professora vem até o pesquisador e diz que o garoto é tido como um dos alunos mais indisciplinados, embora seja, na visão dela, um dos mais inteligentes. Ela relata que está fazendo um trabalho de conscientização do garoto para que ele mude a
postura.
ANOTAÇÕES INTERPRETATIVAS
Infere-se que os alunos apresentam liberdade com a professora sem, contudo, lhe faltarem com o respeito.
A professora valoriza o conteúdo, mas busca formas menos tradicionais de desenvolvê-lo.
Nessa atividade, o foco da aprendizagem está no protagonismo dos alunos.
Os discentes, nesta turma, são mais agitados e aparentam posturas mais sexualizadas, como aperto de nádega durante a entrada, por exemplo.
Infere-se a presença de confiança afetiva entre a professora e seus alunos.
Infere-se que esta professora consegue enxergar seus alunos para além do que eles podem demonstrar de aquisição de conteúdo.
Fonte: elaborado pelo próprio pesquisador.
Quadro 05 – Diário de Observação nº 05
DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO Nº 05– Turma: 8ª Série (9º ano) EF II – TURMA 2
Data:
13 Maio 2014
Centro de Ensino Fundamental
Docente:
Profª Luíza (Matemática)
ANOTAÇÕES DE OBSERVAÇÕES DIRETAS
Antes de começar a aula, a professora veio me relatar a angústia com a desmotivação de algumas turmas.
Ela relatou que essas turmas têm mais dificuldade, porque, na 7ª série, ficaram muito tempo sem professor.
A professora verbalizou que gostaria de realizar mais atividades práticas, mas que nossa educação é muito preparatória e reprodutiva. Ao final, questionou: ―Estamos ensinando para quê?‖
Em razão de sua angústia com a dificuldade de aprendizagem dos alunos, criou um projeto de aulas de reforço para essas turmas com dificuldade, no contraturno.
A professora iniciou a aula tirando dúvidas dos alunos a respeito de uma avaliação formal que será aplicada.
A explanação da professora é didática, detalhista, mas não há muita interação por parte dos alunos.
participativos durante a aula.
Os alunos que interagem anotam os apontamentos que a professora faz. Nesse momento, a professora se dirige aos alunos mais apáticos e lhes diz que seria interessante realizarem anotações do conteúdo. Alguns passam a anotar.
Após explicação, a professora orienta a resolução de tarefas e caminha por todas as carteiras – sem distinção – tirando dúvidas dos alunos e buscando conversar com os que se mostram mais alheios.
ANOTAÇÕES INTERPRETATIVAS
A professora mostra-se angustiada e com sentimento de impotência em relação à dificuldade dos alunos.
A professora, por crer que os alunos trouxeram muitas lacunas de aprendizagem da série anterior, centra sua energia no conteúdo, a fim de que os alunos avancem. Há uma atitude de respeito dos alunos em relação à professora; e vice-versa.
Apesar de ter seis turmas, a professora se reporta aos alunos sempre os chamando pelo nome, independente da turma.
Fonte: elaborado pelo próprio pesquisador. Quadro 06 – Diário de Observação nº 06
DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO Nº 06– Turma: 2º ano EM – TURMA 1
Data:
8 Maio 2014
Colégio de Ensino Médio
Docente:
Profª Angélica (Língua Portuguesa)
ANOTAÇÕES DE OBSERVAÇÕES DIRETAS
A professora recebe a turma e estabelece clima de interação com os alunos.
Nesta escola, os alunos devem receber o professor em pé, em posição de sentido, antes de o docente entrar em aula.
Após o ritual de apresentação, estabelece-se um clima como de qualquer sala de aula: alguns alunos conversam, a professora organiza seu material e os alunos começam a retirar livros e cadernos das mochilas para realizarem suas anotações. No entanto, há um grupo cuja conversa se sobressai dentro da sala.
Há certa agitação na turma, pois eles voltaram da aula de Artes, que foi realizada em outra sala.
A professora pede aos alunos que peguem uma nota de aula que ela entregara na aula anterior.
A professora orienta os alunos a não perderem a folha com o resumo da matéria. Inicia-se a aula, com a retomada de conceitos da aula anterior. O clima na sala muda,
pois os alunos se mostram atentos aos comandos da docente; a conversa praticamente cessa.
A aula é expositiva, mas a professora busca a participação dos alunos. O ambiente da aula é de atenção. Não há conversas paralelas.
A turma é calma e a professora chama a atenção dos alunos para o fato de eles não tirarem dúvidas.
Após essa observação da docente, alguns alunos tiram dúvidas e a professora é atenciosa na resposta a essas dúvidas.
O sono é um fator forte nesta turma. Verifica-se que os alunos travam verdadeira batalha contra a força de ―Morfeu‖. Esta aula foi dada a partir das 8h.
A professora chama os alunos pelo nome.
Durante a explicação, a docente apresenta possíveis formas de o conteúdo ser cobrado em exames vestibulares.
ANOTAÇÕES INTERPRETATIVAS A professora tem boa interação com os alunos.
O foco da aula está no conteúdo, sempre mostrando como esse conteúdo poderá ser cobrado dos alunos em exames vestibulares.
Durante a explicação, a professora faz algumas brincadeiras com os alunos, como forma de tornar o clima mais descontraído.
Há uma atitude de respeito dos alunos em relação à professora; e vice-versa. O ritmo da professora é acelerado, mas ela não deixa os alunos sem explicações. Fonte: elaborado pelo próprio pesquisador.
Quadro 07 – Diário de Observação nº 07
DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO Nº 07– Turma: 2º ano EM – TURMA 2
Data:
8 Maio 2014
Colégio de Ensino Médio
Docente:
Profª Angélica (Língua Portuguesa)
ANOTAÇÕES DE OBSERVAÇÕES DIRETAS
A professora recebe a turma e estabelece clima de interação com os alunos.
Nesta escola, os alunos devem receber o professor em pé, em posição de sentido, antes de o docente entrar em aula.
Após o ritual de apresentação, estabelece-se um clima como de qualquer sala de aula: alguns alunos conversam, a professora organiza seu material e os alunos começam a retirar livros e cadernos das mochilas para realizarem suas anotações. No entanto, o tom da conversa, nesta turma, é bem mais elevado.
Esta turma mostra-se bem mais agitada.
A professora inicia a aula falando do resultado dos alunos em um teste que ela aplicou. A professora afirma aos alunos que precisa que eles se dediquem mais ao estudo individual.
Em razão da fala do docente, os estudantes deixam de lado a conversa paralela e centram a atenção na professora.
A docente busca interação com a turma e, mesmo com a aula expositiva, solicita a participação da turma.
É feita uma recapitulação da aula anterior e, durante a interação dos alunos, a professora utiliza reforço positivo. Chama atenção a frase “Excelente seu
raciocínio”.
A professora utiliza recursos de voz que buscam chamar a atenção para a aula. Entre esses recursos, destacam-se: entonação diferenciada em termos / vocábulos que sejam decisivos para a compreensão do conteúdo; retomada de uma mesma expressão – só que de forma mais pausada e prolongada – como possível recurso para fixação do que está falando.
Durante a explicação, a professora caminha pela sala, estabelecendo contato visual com os alunos.
Quando apresenta exemplos no quadro, a professora busca explicitar o passo a passo para a resolução da atividade, buscando mediar a relação dos alunos com o objeto de conhecimento em análise.
ANOTAÇÕES INTERPRETATIVAS A professora tem boa interação com os alunos.
A professora demonstra o que espera dos alunos.
Ao elogiar, a professora tem o cuidado de reforçar o manejo correto que o aluno realiza com o conhecimento.
É perceptível uma preocupação metodológica da docente em apresentar o conteúdo de forma clara.
Quadro 08 – Diário de Observação nº 08
DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO Nº 08– Turma: 2º ano EM – TURMA 3
Data:
9 Maio 2014
Colégio de Ensino Médio
Docente:
Profª Kaká (Matemática)
ANOTAÇÕES DE OBSERVAÇÕES DIRETAS
A professora recebe a turma e estabelece clima de interação com os alunos.
Em seguida, a docente pede aos alunos que formem duplas para a resolução de alguns exercícios.
Enquanto os alunos se organizam, a professora circula pela sala, prestando atendimentos individualizados.
Há conversas durante a aula, mas os alunos centram-se no conteúdo.
Alguns alunos descambam para conversas estranhas à aula. A professora intervém de forma delicada, mas firme, levando os alunos a retomarem o foco da aula.
A professora, percebendo que determinada dúvida era comum, vai ao quadro e realiza uma explicação para todo o grupo.
No atendimento individual, a professora busca ser mais detalhista na sua fala. Ela aproveita o raciocínio de uma aluna e pede a ela que ajude uma dupla de colegas. Mesmo a atividade sendo em duplas, alguns alunos preferem trabalhar sozinhos Outro aluno é demandado pela professora a explicar seu raciocínio a uma dupla que
realiza a tarefa.
Após a intervenção dos alunos ―monitores‖, a professora se aproxima das duplas para realizar uma espécie de arremate na explicação.