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4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO S RESULTADO S

4.1.4. Distrib uição te m po ral

O e studo da distribuição te mpo ral do s vírus influe nza nas co munidade s é impo rtante na e labo ração de e straté g ias de pre ve nção , pe rmitindo assim uma me lho r co mpre e nsão da e pide mio lo g ia. Este te m co mo o bje ctivo analisar o mo de lo de distribuição te mpo ral do s vírus influe nza A e B durante o pe río do e m e studo .

A fig ura 27 apre se nta a pe rce ntag e m de caso s po sitivo s co m IAV ao lo ng o do s 25 me se s do e studo . No g ráfico são re alçadas as é po cas de gripe , co m finalidade de co nhe ce r o co mpo rtame nto do s vírus ne sse s pe río do s e spe cífico s. Para me lho r co mpre e nsão e se g undo o Instituto Nacio nal de Saúde Dr. Ricardo Jo rg e (INSA) fo i de sig nada po r é po ca de g ripe , o pe río do de apro ximadame nte 24 se manas que de co rre e ntre o início de Outubro de um ano (se mana 40ª ) e o final de Março do ano se guinte (se mana 13ª ).

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Fig ura 27. Distribuição te m po ral da pre valê ncia de indivíduo s co m IAV e IBV durante o pe río do de e studo .

A análise de mo nstra que no ano de 2010, re g isto u-se o maio r núme ro de caso s po sitivo s co m IAV, se ndo re g istado s mais caso s no s prime iro s trê s me se s do ano , e vo ltando a o bse rvar-se um pico no mê s de Julho . O acré scimo de caso s fo i re g istado de sde Se te mbro de 2009 até Jane iro de 2010.

Durante a é po ca de g ripe 2009/ 2010, o pico de caso s assinalado s co m a do e nça fo i re g istado e m Jane iro de 2010. Ne ste mê s e ntre o s 54 indivíduo s te stado s, 12 apre se ntaram re sultado s po sitivo s para infe cção co m o IAV. Apó s e ste pico , fo i assinalado um de cré scimo no núme ro de caso s inve stig ado s até Maio de 2010, vo ltando a o bse rvar- se uma no va subida no mê s de Junho e um pico máximo e m Julho de 2010 co m a me sma pe rce ntage m ve rificada e m Jane iro (22,2%). A me sma dinâmica é o bse rvada e m re lação à é po ca de g ripe 2010/ 2011. Ne ste pe río do , ve rifico u-se que a pe rce ntag e m de caso s po sitivo s não ating iu o s me smo s valo re s da é po ca de 2009/ 2010. Valo re s de pre valê ncia supe rio re s a 10,8% fo ram o bse rvado s e m No ve mbro de 2010. Durante e stas 24 se manas de rastre io da g ripe , o núme ro de caso s po sitivo s po r infe cção atravé s do IAV mantive ram- se co nsiste nte s e a partir do final de ste pe río do (Março de 2011), po de mo s afirmar que não se re g istaram no vo s caso s.

O me smo e studo da distribuição te mpo ral fo i re alizado para a distribuição de caso s po sitivo s do vírus influe nza B, a fim de me lho r co mpre e nde r a sua e pide mio lo g ia. A fig ura 27 to rna e vide nte que o núme ro de caso s po sitivo s de IBV não apre se nta um carácte r cíclico , po is e m alg uns pe río do s não se diag no sticaram caso s po sitivo s. O prime iro caso de infe cção pe lo IBV fo i re g istado e m Julho de 2009. A é po ca de g ripe de 2009/ 2010 fo i assinalada co m incre me nto na pe rce ntage m de caso s po sitivo s e ntre Outubro de 2009 Março de 2010 (pico máximo ) co m 14 infe ctado s (17,3%). Durante a é po ca de gripe 2010/ 2011 fo ram de te ctado s do is pico s máximo s de pre valê ncia, no início

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(Outubro de 2010) e fim (Março de 2011). No s m e se s de Se te mbro de 2010 e Abril de 2011, que ante ce de m e suce de m a e sta é po ca , não fo i re g istado qualque r indivíduo infe ctado po r IBV.

Durante a é po ca de gripe 2009/ 2010, a maio r pre valê ncia de caso s po sitivo s para IAV e IBV, re g isto u-se no s último s me se s de ste pe río do , o u se ja, e m Jane iro de 2010 (22,2%) e Março de 2010 (17,3%), re spe ctivame nte . Po r o utro lado , na é po ca de g ripe 2010/ 2011, as maio re s pre valê ncias fo ram re g istadas, lo go no início de ste pe río do , no s me se s de No ve mbro de 2010 (10,8%) e Outubro de 2010 (17,4%) para IAV e IBV, re spe ctivame nte .

A so bre po sição das distribuiçõ e s te mpo rais do s caso s diag no sticado s de mo nstra que , o co mpo rtame nto de ambo s o s vírus, e ntre Abril de 2009 e Junho de 2010 fo i análo g o , ve rificando -se um acré scimo ace ntuado de sde Se te mbro de 2009 até Jane iro de 2010 (fig ura 27). No início da é po ca de gripe 2010/ 2011, o bse rvo u-se que o vírus a surg ir prime iro , co m maio r pe rce ntag e m de indivíduo s infe ctado s fo i o IBV e m Outubro de 2010. O IAV apare ce u no mê s se g uinte co m a maio r pre valê ncia re g istada para e ste vírus (10,8%). A partir de sse mê s, a pre valê ncia de ambo s manté m-se co nsiste nte até final de Fe ve re iro de 2011.

O te ste não -paramé trico Mann-Whitne y fo i aplicado para co mparar as mé dias de duas variáve is inde pe nde nte s. Este te ste pe rmite afe rir que e xiste m dife re nças sig nificativas e ntre a é po ca do ano e a co ntracção da g ripe para IAV (p=0,009) (ve r ane xo s, tabe la 34), o u se ja é mais pro váve l um indivíduo co ntrair a infe cção po r IAV durante a é po ca de inve rno (Outubro – Março ). Re lativame nte ao IBV, o valo r de p o btido (p=0,942) (ve r ane xo s, tabe la 35), não pe rmite afe rir qual a é po ca do ano mais pro pícia à infe cção pe lo IBV.