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4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO S RESULTADO S

5.2. Infe cção pe lo vírus pandé m ico A (H1N1) 200

5.2.1. Pre valê ncia

O no vo vírus, re sultante da re co mbinação de vírus influe nza de o rig e m suína, aviária e humana, apre se ntava caracte rísticas de uma e stirpe pandé mica: e ra transmissíve l pe sso a a pe sso a, e ra virule nto e o s humano s não po ssuíam imunidade para aque le vírus [135].

A disse minação g e o g ráfica o co rre u de fo rma e xce pcio nalme nte rápida, se ndo que , e ntre o dia 29 de Abril e 11 de Junho de 2009, a OMS no tifico u 29.669 caso s de infe cção pe la influe nza A (H1N1), co m co nfirmação labo rato rial e m 74 paíse s, incluindo o s 145 caso s fatais [136]. Te ndo e m co nside ração a o co rrê ncia de transmissão co munitária suste ntada do no vo vírus e m mais do que uma re g ião da OMS, no dia 11 de Junho de 2009, o Dire cto r-Ge ral da OMS de claro u pande mia po r vírus influe nza A (H1N1) 2009 [137]. O prime iro caso de infe cção pe lo vírus da g ripe pandé mica (H1N1) 2009 e m Po rtug al fo i diag no sticado a 29 de Abril de 2009, numa mulhe r co m lig ação e pide mio ló g ica co nfirmada ao Mé xico (Cancun) [138]. No Arquipé lago da Made ira, o prime iro caso de infe cção pe lo vírus fo i diag no sticado a 13 de Julho de 2009, numa jo ve m de 15 ano s, re side nte no Re ino Unido co m pe rmanê ncia te mpo rária e po ntual na Made ira [138]. Não fo i o único caso re g istado , se ndo que 38,6% do s 1.934 indivíduo s subme tido s

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ao diag nó stico labo rato rial do vírus da g ripe e stavam infe ctado s pe la g ripe pandé mica (H1N1) 2009.

Na Austrália, 44% do s indivíduo s rastre ado s e pro ve nie nte s da Re de Se ntine la fo ram co nside rado s po sitivo s para influe nza A (H1N1) 2009 nas prime iras 11 se manas apó s o ale rta da OMS. Co ntudo , o valo r pe rce ntual re g istado não fo i sig nificativame nte dife re nte da pro po rção de 42% de caso s po sitivo s e nco ntrada nas cinco é po cas de g ripe sazo nal e studadas e ntre 2003 e 2007 [140]. Num e studo que incide so bre o s prime iro s 10.000 caso s de influe nza A (H1N1) na Ale manha, fo i re po rtado que a pro po rção de infe cçõ e s aume nto u 5 valo re s pe rce ntuais (de 38% para 43%) e ntre as se manas 29 e 32 [141]. À se me lhança do que é re fe rido po r e ste s e studo s, a pe rce ntag e m de caso s co nfirmado s ne ste e studo é similar ao s caso s diagno sticado s no utro s paíse s. No e ntanto , e m Po rtug al, durante a pande mia o s do e nte s co m sinto mas sug e stivo s de g ripe e ram fo rte me nte aco nse lhado s a ficar e m casa e a se g uir as re co me ndaçõ e s da Linha de Saúde Pública (Saúde 24), o que co ntribuiu para a diminuição do re curso ao s se rviço s de saúde . Esta re co me ndação també m co ntribuiu ce rtame nte para uma diminuição do s caso s diag no sticado s e m labo rató rio .

5.2.2. Caracte rísticas de m o g ráficas

5.2.2.1. Estrutura e tária

Em co nfo rmidade co m o utro s e studo s análo g o s, e studo u-se a pro pe nsão à infe cção po r parte da po pulação , e ve rifico u-se que e sta dife re e ntre o s g rupo s e tário s co nside rado s. Do s 747 indivíduo s po sitivo s co nfirmado s co m influe nza A(H1N1) 2009 na RAM, ve rifico u-se que a infe cção o co rre u e m indivíduo s co m idade s co mpre e ndidas e ntre o s 0 e o s 81 ano s. A idade mé dia do s indivíduo s infe ctado s fo i de 24,6 ano s. Uma caracte rística da g ripe pandé mica (H1N1) A 2009 co nsiste no facto de e sta afe ctar de spro po rcio nadame nte crianças e jo ve ns adulto s e m co mparação , co m o s g rupo s e tário s mais ve lho s [142]. Se g undo Ke lly e Grant [140], a idade mé dia do s 223 pacie nte s co m g ripe pandé mica na Austrália fo i de 21 ano s variando do s 2 ao s 63 ano s. Num o utro e studo re alizado no Re ino Unido , fo ram co nfirmado s 252 caso s co m idade s co mpre e ndidas e ntre o s 0 e o s 73 ano s e idade mé dia de 20 ano s [143]. Um do s prime iro s e studo s re alizado s no s EUA de mo nstro u que , e mbo ra a idade do s pacie nte s co m g ripe A (H1N1) 2009 e stive sse e ntre o s 3 m e se s e o s 81 ano s, ce rca de 60% do s pacie nte s tinham idade ig ual o u infe rio r a 18 ano s [8]. De facto , na maio ria do s paíse s, a maio r parte do s caso s co m g ripe A (H1N1) 2009 o co rre ram no s g rupo s e tário s mais

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jo ve ns, co m idade mé dia e stimada e m 12-17 ano s no Canadá, EUA, Chile , Japão e Re ino Unido [8]. De aco rdo co m Jain e t al., [144] do s 272 pacie nte s co m infe cção po r g ripe A (H1N1) 2009 ho spitalizado s no s EUA e ntre Abril e Junho de 2009, 45% tinha idade infe rio r a 18 ano s, e nquanto ape nas 5% tinha idade ig ual o u supe rio r a 65 ano s. Similarme nte , a idade mé dia das 426 pe sso as infe ctadas co m o vírus da g ripe A (H1N1) 2009 que e stavam e m quare nte na no s 61 ho spitais de 20 pro víncias da China fo i de 23,4 ano s [145]. As info rmaçõ e s dispo nibilizadas e o s re sultado s o btido s e m e studo s ante rio re s pe rmite m co ncluir que o s jo ve ns são mais susce ptíve is a co ntrair a g ripe pandé mica A (H1N1) 2009 [142; 143; 144]. Esta distribuição e tária sug e re a e xistê ncia de uma imunidade parcial ao vírus e ntre a po pulação mais ido sa [146]. Esta hipó te se e sta re fo rçada po r e studo s subse que nte s que de mo straram que 33% do s indivíduo s co m idade supe rio r a 60 ano s apre se ntam antico rpo s de re acção cruzada para a g ripe A (H1N1) 2009, de te rminado s atravé s de te ste s de inibição da he mag lutinação e de te ste s de ne utralização [147]. A distribuição pe rce ntual de caso s po sitivo s co m influe nza A (H1N1) 2009 na po pulação made ire nse po r faixas e tárias, pe rmite -no s co nstatar que , ce rca de 37,2% do s individuo s analisado s apre se ntam e ntre 20 e o s 49 ano s de idade , co ntra o s 23% re g istado s na faixa e tária do s 10 ao s 19 ano s.

O pre se nte e studo co rro bo ra o s re sultado s o btido s po r Ke lly e Grant [140], que de mo nstraram que 53% do s caso s incidiram na faixa e tária e ntre o s 20 ao s 49 ano s de idade , se ndo que 37% do s caso s manife staram-se e m indivíduo s co m idade s e ntre o s 5 e o s 19 ano s. Num e studo re alizado na Ale manha, a maio ria do s caso s (77%) fo ram de te ctado s na faixa e tária do s 10 ao s 29 ano s, e nquanto 17% situaram-se e ntre o s 30-59 ano s e ape nas 3% e ntre o s 5 e o s 9 ano s. Este s auto re s re po rtaram uma pe que na pe rce ntage m (2%) e m crianças co m idade infe rio r a 5 ano s [141]. Em Po rtug al, no me adame nte na re g ião ce ntro , fo ram co nfirmado s 42,7% do s caso s na faixa e tária do s 20 ao s 29 ano s, se g uido s po r 23,9% na faixa e tária do s 10 ao s 19 ano s. A me no r incidê ncia, avaliada e m 12,2%, fo i re g istada e ntre o s 0 e o s 9 ano s de idade [138]. Ne ste s e studo s, não fo i e nco ntrado ne nhum indivíduo co m idade supe rio r a 65 ano s infe ctado co m a g ripe pandé mica [140]. Se g undo Gilsdo rf e t al., [141] ape nas 1% do s indivíduo s tinha idade supe rio r a 60 ano s e Duque e t al., [138] ape nas 5,5% do s caso s co nfirmado s

tinham idade ≥ 50 anos. De facto,

no pre se nte e studo po de mo s o bse rvar valo re s mínimo s de caso s po sitivo s a partir do s 65 ano s de idade (0,4%).

Estudo s re ce nte s tê m de mo nstrado um níve l re sidual de im unidade na po pulação , e spe cialm e nte na po pulação m ais ido sa, o nde fo i o bse rvado um a im unidade pré -e xiste nte para o vírus influe nza A (H1N1) 2009, pro vave lm e nte co m o

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re sultado de um a e xpo sição pré via ao s vírus influe nza A (H1N1) circulante s e m dé cadas ante rio re s o u ao co ntacto co m vírus influe nza do tipo A durante o pe río do de vida, de o nde po de te r re sultado um a im unidade he te ro spe cífica [94].

5.2.2.2. Estrutura se xual

As taxas de incidê ncia, g ravidade e le talidade apó s a infe cção pe lo vírus influe nza po de m se r dife re nte s se g undo a se xo . Curio same nte , e co nfo rme ilustrado na tabe la 22, a maio ria do s caso s co nfirmado s co m influe nza A (H1N1) 2009 fo ram o bse rvado s e m indivíduo s do se xo masculino .

Tabe la 22. Re fe rê ncias biblio g ráficas co m o núm e ro de caso s infe ctado s pe lo vírus influe nza A (H1N1) 2009 co nso ante o se xo . Re fe rê ncia Local Dim e nsão da am ostra Núm e ro de casos (% ) M F [138] Po rtug al 828 465 (56,2%) 363 (43,8%) [140] Austrália 223 125 (56%) 98 (44%) [141] Ale manha 9950 5373 (54%) 4577 (46%) [143] Re ino Unido 252 134 (53%) 118 (47%)

Pre se nte e studo Made ira 747 381 (51%) 366 (49%)

Os dado s dispo níve is so bre o Canadá (Abril-Maio 2009) e vide nciam a e xistê ncia de dife re nças e ntre ambo s o s se xo s e re spe ctivas idade s, no que diz re spe ito à incidê ncia da infe cção pe lo vírus A (H1N1) 2009. De aco rdo co m a PHAC [148] a maio r incidê ncia é o bse rvada e ntre indivíduo s do se xo masculino , quando se se tratam idade s co mpre e ndidas e ntre o s 10-19 ano s. No e ntanto , a situação re ve rte -se e m idade s co mpre e ndidas e ntre o s 20 e o s 39 ano s de idade , se ndo o se xo fe minino o mais afe ctado . A incidê ncia da infe cção é re lativame nte similar e m ambo s o s se xo s apó s o s 40 ano s de idade .

O pre se nte e studo co rro bo ra o s re sultado s o btido s pe la PHAC [148], te ndo -se ve rificado uma maio r pe rce ntag e m de caso s po sitivo s e m re lação às mulhe re s até ao s 19 ano s e inve rte ndo -se e ste ce nário a partir do s 20 ano s, o nde o se xo fe minino apre se nta maio r pre valê ncia de caso s po sitivo s.

Infe lizme nte , muitas publicaçõ e s de paíse s co mo Espanha, Ho landa e Tailândia, be m co mo re visõ e s biblio g ráficas de o utro s paíse s e uro pe us, não e stratificaram o u co mpararam a incidê ncia de influe nza A (H1N1) 2009 po r se xo [107]. No s e studo s

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co nduzido s na Arg e ntina, Brasil, Canadá e França, no s quais as dife re nças na incidê ncia da g ripe pandé mica e m ambo s o s se xo s fo ram e stratificadas po r idade , e vide nciam maio r infe ccio lo g ia e ntre mulhe re s adultas jo ve ns re lativame nte ao s ho me ns e m idade s co mparáve is [107].

Outra situação analisada e m muito s e studo s re fe re -se à taxa de ho spitalizaçõ e s. No s prime iro s caso s de g ripe pandé mica no s EUA, fo i co nfirmado que , na sua maio ria (80,7%), do s indivíduo s do se xo fe minino re que re ram ho spitalização , de stacando -se 5 caso s de g e stante s [107]. Num e studo re alizado no Canadá, do s 168 caso s de pe sso as infe ctadas co m a influe nza A (H1N1) 2009, a maio ria e ram mulhe re s adultas jo ve ns (67,3%, do s quais 7,7% g e stante s) [149]. Se g undo e ste s auto re s, não fo i po ssíve l co mparar e sta g rande pro po rção de mulhe re s ho spitalizadas co m o s ho me ns. No e ntanto , uma justificação plausíve l po de e star re lacio nada co m a e xistê ncia de co mo rbidade s, incluindo do e nça pulmo nar cró nica (po r e xe mplo , asma) que é tipicame nte mais g rave no se xo fe minino do que no masculino [149]. Se gundo uma re visão re alizada pe la OMS, mais mulhe re s e m idade re pro dutiva te nde m a se r mais ho spitalizadas do que o s ho me ns. Alé m disso a manife stação da do e nça e a varie dade de sinto mas e xpre sso s na se quê ncia da infe cção po de dife rir e ntre o s se xo s [107]. Ape sar das co mplicaçõ e s clínicas ine re nte s à g ripe pandé mica A (H1N1) 2009, a mo rtalidade não é um de sfe cho fre que nte . No e ntanto , na África do Sul, o nde a incidê ncia de co -infe cção co m VIH e tube rculo se é e le vada, uma taxa de mo rtalidade de 64,8%, fo i re g istada e m mulhe re s, das quais 25% e ram g e stante s [150]. Co ntrariame nte , na Austrália, 58% do s caso s fatais o co rre ram no se xo masculino [151]. No Brasil, as taxas de fatalidade re lativas à gripe pandé mica fo i similar e ntre ho me ns e mulhe re s [152].

Dado s biblio g ráfico s pe rmite m afe rir que não fo i e vide nciado ne nhum padrão co nsiste nte re lativame nte às dife re nças se xuais no que diz re spe ito à mo rtalidade po r influe nza A (H1N1) 2009 [107].

Re lativame nte ao Arquipé lag o da Made ira, re g istaram-se 13 mo rte s, das quais 6 (46,2%) e m indivíduo s do se xo fe minino , co m idade mé dia de 43,2 ano s. A idade mé dia do s indivíduo s do se xo masculino infe ctado s situo u-se no s 38,1 ano s. De re fe rir ainda que , do s ó bito s re g istado s, 7 tinham pato lo g ia asso ciada. No e ntanto , o prime iro indivíduo a fale ce r po r co ntrair influe nza A (H1N1) 2009 fo i uma mulhe r de 52 ano s se m pato lo g ia asso ciada.

A 10 de Ag o sto de 2010, o Dire cto r-Ge ral da OMS de claro u o fim da pande mia po r vírus influe nza A (H1N1) [153]. O núme ro o ficial de mo rte s de vido à infe cção pe la g ripe pandé mica A (H1N1) 2009 co nfirmadas labo rato rialme nte e m to do o mundo e no tificadas

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à OMS fo i de 18,500 [153]. No e ntanto , crê -se que as mo rte s co nfirmadas e m labo rató rio sube stimam a mo rtalidade da g ripe de vido à falta de te ste s labo rato riais de ro tina e às dificuldade s na ide ntificação de mo rte s re lacio nadas co m a gripe .

5.2.3. Distrib uição te m po ral

A pande mia de g ripe A (H1N1), que se inicio u e m 2009, e ntro u na Euro pa no dia 26 de Abril, se ndo Espanha o prime iro país a re g istrar caso s de gripe A no co ntine nte e uro pe u [155]. Da análise da tabe la 23, po de mo s ve rificar que 3 dias de po is surg e e m Po rtug al, o prime iro caso de infe cção pe lo vírus da g ripe pandé mica (H1N1) 2009 [138], to rnando -se no 11º país a re g istrar caso s de g ripe A no co ntine nte e uro pe u. Só mais tardiame nte , surg e o prime iro caso na RAM (13 de Julho de 2009). Alg uns de ste s caso s tê m lig ação e pide mio ló g ica co nfirmada co m o utras pro ve niê ncias, a e xe mplo disso , te mo s a Made ira, na qual o prime iro caso diag no sticado fo i numa jo ve m de 15 ano s pro ve nie nte do Re ino Unido que se e nco ntrava de passag e m pe la Made ira.

Tabe la 23. Re fe rê ncias biblio g ráficas re lativas às datas do s prime iro s caso s de infe cção po r influe nza A (H1N1) 2009.

Re fe rê ncia Lo cal Data Link e pide m io lóg ico

[13 5] Re ino Unido 1 de Maio de 2009 -

[13 8] Po rtugal 29 de Abril de 2009 Canadá

[14 0] Austrália 8 de Maio de 2009 EUA

[15 0] África do Sul 14 de Junho de 2009 -

[15 2] Brasil 7 de Maio de 2009 Amé rica do No rte

[15 4] Tailândia 12 de Maio de 2009 -

[15 5] Espanha 26 de Abril de 2009 Mé xico

Pre se nte e studo RAM 13 de Julho de 2009 Re ino Unido

A co mparação do s re sultado s o btido s co m dado s biblio g ráfico s fo i impo ssíve l, uma ve z que o s artig o s co nsultado s são re lativo s a dife re nte s pe río do s de e studo . Po r e xe mplo , Gilsdo rf e t al., [141] re po rto u o s prime iro s 10,000 caso s (Abril a Ag o sto de 2009), e nquanto Ke lly e Grant [140] apre se ntam dado s re lativo s às prime iras 11 se manas de pande mia (Abril a Julho ), e HPA [135] re fe re -se à e pide mio lo g ia do vírus e ntre Abril e Junho . O e studo re alizado e m Po rtug al, co mpre e nde u um pe río do mais abrang e nte , re po rtando -se ao pe río do e ntre Outubro de 2009 a Fe ve re iro de 2010 [127]. Um e studo mais amplo re alizado no s EUA (Co nne cticut) analiso u o s dado s e ntre Abril de 2009 e Maio de 2010 [156]. Outro aspe cto que també m dificulto u a análise do s re sultado s o btido s fo i a

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ag re g ação do s caso s po r se manas e pide mio ló g icas, uma ve z que no pre se nte e studo co mpilo u-se o s dado s po r mê s.

Durante o pe río do analisado no pre se nte e studo , o bse rvo u-se a o co rrê ncia de do is pico s distinto s de influe nza A (H1N1) 2009: um no Ve rão (Julho ); e o utro no Inve rno (De ze mbro ). Esta situação é co rro bo rada po r Galvin e t al., [156] po is durante a e pide mia de g ripe A (H1N1) 2009, to do s o s siste mas de vig ilância de te ctaram a o co rrê ncia de duas o ndas distintas, um pico na Primave ra (Abril a Ag o sto ) e um o utro pico mais alarg ado no Inve rno (Ago sto de 2009 a Maio de 2010).

Nas re g iõ e s te mpe radas do He misfé rio No rte e Sul, as é po cas de g ripe surg e m so bre tudo e ntre No ve mbro e Abril e e ntre Maio e Outubro , re spe ctivame nte [56]. De aco rdo co m um e studo re alizado e m Po rtug al, ve rifico u-se , à se me lhança do s re sultado s o btido s no pre se nte e studo , um aum e nto pre co ce do núm e ro de caso s de g ripe , durante o Ve rão , ante cipado e m re lação à é po ca no rm al de Inve rno [94]. No de co rre r da é po ca de 2009/ 2010 ve io a re ve lar-se que pe las suas caracte rísticas clínicas e e pide m io ló g icas, a g ripe A não se afastava m uito das caracte rísticas de um a g ripe sazo nal [94].

De aco rdo co m o s re sultado s o btido s po r Prachayang pre cha e t al., [154] o núme ro de caso s po sitivo s aume nto u de sde Julho até alcançar o máximo e m finais de Ag o sto e co me ço u a diminuir de Se te mbro a De ze mbro de 2009. Este s auto re s e studaram ape nas o s dado s e pide mio ló g ico s co mpre e ndido s e ntre Julho e De ze mbro de 2009, daí não se r po ssíve l ve rificar um po ssíve l se g undo pico de caso s de influe nza A (H1N1) 2009. A análise de ste s dado s se ria, no e ntanto , inte re ssante uma ve z que se ndo a Tailândia uma re g ião tro pical a e pide mio lo g ia da influe nza é no rmalme nte variáve l ao lo ng o do ano .

Co mo me ncio nado ante rio rme nte , a maio ria da biblio g rafia co nsultada ag re g o u a info rmação e m se manas e pide mio ló g icas, daí que , para te rmo s uma me lho r pe rce pção do s dado s o btido s, o rg anizo u-se a tabe la 24 co m o s re sultado s da re visão biblio gráfica.

Tabe la 24. Re visão biblio g ráfica das se m anas e pide m io ló g icas e studadas para a infe cção co m o vírus influe nza A (H1N1) 2009.

Re fe rê ncia Lo cal Se m ana

e pide m io lóg ica Data

Pico m áxim o de caso s po sitivo s [12 7] Po rtugal 40/ 09 – 4/ 10 4 Out de 2009 - 1 Fe v de 2010 Se m ana 48 (29 No v a 5 De z)

[14 0] Austrália 18/ 09 – 28/ 09 3 Mai - 18 Jul 2009 Se m ana 25

(21 a 27 Jun)

[14 1] Ale manha 17/ 09 – 32/ 09 26 Abr - 15 Ag o de 2009 Se m ana 30

(26 Jul a 01 Ag o )

[15 0] África do Sul 22/ 09 – 41/ 09 31 Mai - 17 Out de 2009 Se m ana 32

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[15 2] Brasil 16/ 09 – 33/ 09 19 Abr - 22 Ag o de 2009 Se m ana 31

(2 a 8 Ag o )

[15 7] Re ino Unido 27/ 09 – 52/ 09 5 Jul - 27 De z de 2009 Se m ana 43

(25 a 31 Out)

Da análise da biblio g rafia dispo níve l, afe riu-se que o maio r núme ro de caso s de te ctado s incidiu e ntre Junho e Ag o sto [140], [141], [150] e [152]. Re lativame nte , ao s e studo s co m datas mais abrang e nte s, ve rifico u-se a e xistê ncia da se gunda o nda de incidê ncia e ntre a se mana 43 [157] e a se mana 48 [127]. Este s dado s co rro bo ram o pre se nte e studo , no me adame nte na e xistê ncia de do is pico s de incidê ncia, um e m Julho e o utro e m De ze mbro .

5.2.4. Vacinação

As vacinas são co nside radas fe rrame ntas e ficaze s na pre ve nção da g ripe , não só para e vitare m a pro pagação do vírus da g ripe , mas també m po r diminuíre m a g ravidade e