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Os vírus influe nza e stão suje ito s a do is tipo s de variaçõ e s antig é nicas re spo nsáve is pe la sua habilidade e m causar e pide mias anuais re co rre nte s e me no s fre que nte me nte pande mias: o s drifts e o s shifts antig é nico s [14]. As variaçõ e s antig é nicas me no re s o u

drifts antig é nico s o co rre m, e m mé dia, a cada do is o u trê s ano s para o s subtipo s do vírus

influe nza A e a cada cinco o u se is ano s para o s vírus influe nza B [53]. Estas variaçõ e s são causadas pe la acumulação de mutaçõ e s po ntuais no s g e ne s HA e NA [14] que re sultam na alte ração g radual da e strutura das pro te ínas. Esta alte ração re duz a lig ação ao s antico rpo s e subse que nte me nte a imunidade pré -e xiste nte do ho spe de iro re sultando numa me lho r disse minação da influe nza co nduzindo ao de se nvo lvime nto de uma no va e pide mia [57]. Os vírus influe nza A també m e xibe m shift antig é nico , uma fo rma mais dramática de mudança antig é nica nas glico pro te ínas de supe rfície [14]. Estas variaçõ e s antig é nicas maio re s, e spe cíficas da influe nza A, e stão asso ciadas à co mple ta substituição de um o u ambo s o s se g me nto s do g e no ma viral [53]. Estas alte raçõ e s de ve m-se ao re ag rupame nto e ntre vírus de humano s e de o utras e spé cie s animais que co -infe ctam a me sma cé lula ho spe de ira facilitando , de sta fo rma o surg ime nto de re arranjo s no mate rial g e né tico . Os re fe rido s re arranjo s to rnam po ssíve l que o vírus po ssua se g me nto s das duas e stirpe s [57], o casio nando no vas e stirpe s imuno lo g icame nte dife re nte s das e stirpe s circundante s.

As g rande s variaçõ e s antig é nicas de stas no vas e stirpe s o co rre m e m po pulaçõ e s co m po uca o u ne nhuma imunidade , po te nciam o apare cime nto de pande mias asso ciadas a taxas de mo rbimo rtalidade ine vitave lme nte e le vadas. Exe mplo disso são as trê s g rande s

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pande mias do sé culo XX, a e spanho la (1918), a asiática (1957) e a de Ho ng Ko ng (1968), que re sultaram e m milhõ e s de mo rte s durante o s surto s da g ripe [53]. Os vírus influe nza do tipo B cuja varie dade de re se rvató rio s animais é mais re strito e limitado não apre se ntam g rande s variaçõ e s g e né ticas [57].

2.1.8. Epide m io lo g ia

A influe nza é uma do e nça re spirató ria ag uda altame nte co ntag io sa de impo rtância g lo bal re spo nsáve l pe lo surg ime nto de e pide mias e pande mias durante sé culo s [57].

As pande mias pro vo cadas pe lo vírus influe nza são e ve nto s raro s e irre gulare s, e spaçadas g e ralme nte po r 30 a 40 ano s [53]. Po r sua ve z, as e pide mias de gravidade variáve l te nde m a o co rre r siste maticame nte a cada 1-3 ano s, e pre do minante me nte no Inve rno [53].

Estas pande mias e e pide mias atinge m indivíduo s de to das as faixas e tárias num curto e spaço de te mpo , num pro ce sso de te rminado pe la e le vada variabilidade e capacidade de adaptação do vírus [53]. A nature za frag me ntada do g e no ma da influe nza induz taxas e le vadas de mutação durante a fase de re plicação , particularme nte no s g e ne s da HA e NA. A HA so fre mutaçõ e s co m uma taxa e stimada de 2x10-3 substituiçõ e s de base s po r po sição po r g e ração de vírus [54]. As taxas de mutação e le vadas e a facilidade de disse minação do vírus co nduziram ao suce sso e pide mio ló g ico do vírus, re spo nsáve l po r 3 a 5 milhõ e s de caso s de do e nça g rave e pe la mo rte de 250.000 a 500.000 pe sso as e m to do o mundo , anualme nte [58].

O pe río do de incubação da influe nza é re lativame nte curto (1-4 dias).

Ape sar de to do s o s g rupo s e tário s se re m po te ncialme nte infe ctado s pe la influe nza, as co mplicaçõ e s mais e xtre mas o co rre m fre que nte me nte e m crianças jo ve ns (<1 ano de idade ) e e m adulto s co m idade igual o u supe rio r a 65 ano s de idade , e spe cialme nte e m indivíduo s da 3ª idade , cujo s e stado infe ccio so te rmina co m maio r fre quê ncia, na mo rte do individuo [59]. Esta dispo sição para co mplicaçõ e s é ig ualme nte o bse rvada e m indivíduo s imuno co mpro me tido s, incluindo o s po rtado re s de pne umo patias cró nicas, de he mo g lo bino patias, de ne o plasias, de insuficiê ncia re nal cró nica, de cardio patia co ng é nita e o s diabé tico s [60].

Nas re g iõ e s te mpe radas do He misfé rio No rte e Sul, as é po cas de g ripe surg e m so bre tudo e ntre No ve mbro e Abril e e ntre Maio e Outubro , re spe ctivame nte , e nquanto nas re g iõ e s e quato riais a e pide mio lo g ia da influe nza é mais variáve l ao lo ngo do ano [56].

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A nature za e xplo siva das e pide mias e pande mias, e co nco mitante me nte o s prime iro s sinto mas ve rificado s nas co munidade s, sug e re m que um único indivíduo infe ctado apre se nta um e le vado po te ncial de transmissão do vírus a indivíduo s susce ptíve is [57].