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De vido às e pide mias anuais de g ripe e pe rante o risco de no vas pande mias, a mo nito rização e pide mio ló g ica do vírus influe nza é de fundame ntal impo rtância [53]. A

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re de de vig ilância e pide mio ló g ica da g ripe co o rde nada pe la Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciada e m 1947 inclui actualme nte ce rca de 125 Ce ntro s Nacio nais de Influe nza (CNI) distribuído s po r 96 paíse s, juntame nte co m cinco Ce ntro s Co labo rado re s (CC) da OMS, quatro Labo rató rio s de Re g ulação Esse ncial (LRE) e o utro s grupo s ad-ho c [56]. Em co njunto , e ste s labo rató rio s pro ce ssam à vo lta de 500.000 e spé cime s re spirató rio s po r ano para mo nito rização da actividade da influe nza e m to do o Mundo [56]. Apro ximadame nte 8000 do s vírus iso lado s pe lo s CNI são co mpartilhado s co m o s CC, po ssibilitando uma caracte rização antig é nica e ge né tica mais e xte nsa [56].

Ne ste âmbito fo i criado e m Po rtug al, e m 1953, o Ce ntro Nacio nal da Gripe (CNG), no Instituto de Hig ie ne Dr. Ricardo Jo rg e . Este Ce ntro tinha po r atribuiçõ e s o e studo da g ripe , no me adame nte atravé s do iso lame nto e caracte rização do s vírus influe nza e do e nvio de amo stras e info rmaçõ e s so bre as e stirpe s e pidé micas ao s ce ntro s mundiais [2]. O Siste ma Nacio nal de Vig ilância da Gripe co o rde nado pe lo Ce ntro Nacio nal da Gripe (CNG), e m co labo ração co m o Obse rvató rio Nacio nal de Saúde (O NSA) e a Dire cção -Ge ral da Saúde (DGS), g arante a vig ilância e pide mio ló g ica da g ripe e m Po rtug al, atravé s da inte g ração da info rmação e pide mio ló g ica/ clínica co m a viro ló g ica. As info rmaçõ e s de co nte xto clínico e labo rato rial são fo rne cidas pe la re de de Mé dico s-Se ntine la e pe las Unidade s de Urg ê ncia de Ho spitais e Ce ntro s de Saúde [2].

A OMS re úne um co mité duas ve ze s po r ano de fo rma a fo rmalizar a re co me ndação so bre as e stirpe s do vírus influe nza a se re m incluídas na co mpo sição da vacina, utilizando para o e fe ito o s dado s re co lhido s e m to do o mundo . A vacina re co me ndada se rá administrada e dispo nibilizada na pró xima é po ca g ripal [53]. De sde 1977, a re co me ndação so bre a co mpo sição da vacina co ntra a g ripe te m incluído trê s e stirpe s virais: duas do tipo A, no me adame nte o s subtipo s H1N1 e H3N2 e uma do tipo B [53]. O pe río do ne ce ssário para imple me ntar o pro ce sso de pro dução da vacina e g arantir a e ntre g a ate mpada da me sma re pre se nta a principal co ndicio nante na e sco lha das e stirpe s do vírus a se re m incluídas na vacina. As re co me ndaçõ e s são base adas na avaliação do po te ncial impacto do vírus circulante e , e m e spe cial, nas variante s antig é nicas e me rg e nte s, se m o co nhe cime nto do se u sig nificado e pide mio ló g ico [56]. Sucintame nte , a e vidê ncia cie ntífica que fo rma a base para uma re co me ndação da vacina, inclui não ape nas as caracte rísticas antig é nicas e ge né ticas do vírus, mas també m a sua pre valê ncia, distribuição g e o gráfica e taxa de pro pag ação . Ao lo ng o do s último s de z ano s, o co rre ram cato rze alte raçõ e s às e stirpe s da vacina re co me ndada: trê s na co mpo ne nte H1N1, se is na co mpo ne nte H3N2 e cinco na co mpo ne nte da influe nza B [56].

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De sde o final do s ano s 40, e dado que é praticame nte inviáve l e vitar a transmissão do vírus influe nza, a vacinação co nstitui a me lho r me dida de pre ve nção para a infe cção causada pe lo vírus o u para diminuir a sua se ve ridade . As vacinas mais utilizadas mundialme nte apre se ntam duas tipo lo g ias distintas, de sig nadame nte a vacina de vírus ate nuado e a vacina tipo split, co mpo sta po r vírus inactivado s pe la e xpo sição a de te rg e nte s e purificado s de fo rma a co nte r o s antig é nio s de alg umas pro te ínas do vírus [63].

A vacina do vírus inactivado po de se r administrada e m pe sso as co m idade supe rio r a 6 me se s, e m mulhe re s g rávidas o u que pade çam de alg um pro ble ma de saúde cró nico . Duas do se s po de m se r administradas co m inte rvalo de um mê s e ntre cada aplicação , e m crianças co m idade e ntre 6 me se s e o s 8 ano s, de sde que imunizadas pe la prime ira ve z. Uma única do se é ade quada para imunizar o s indivíduo s adulto s saudáve is.

A vacina de vírus ate nuado po de se r administrada e m pe sso as saudáve is co m idade co mpre e ndida e ntre o s 5 e o s 49 ano s, co m e xce pção das mulhe re s g rávidas. A vacina é administrada via spray nasal, po de ndo causar sinto mas le ve s se m le var ao de se nvo lvime nto da do e nça [64].

Alé m da vacinação , actualme nte , e stão dispo níve is duas classe s de dro g as antivirais usadas na pre ve nção e tratame nto co ntra a actividade da influe nza. As adamantadinas o u inibido re s do canal de iõ e s M2 tais co mo a amantadina (Symme tre l; Endo Pharmace uticals, Chads Fo rd, PA) e a rimantadina (Flumadine ; Fo re st Pharmace uticals, St Lo uis, MO). E, o s inibido re s da ne uraminidase , o se ltamivir (Tamiflu; Ro che Labo rato rie s, Nutle y, NJ) e zanamavir (Re le nza; Glaxo Smith-Kline , Re se arch Triang le Park, NC) [10,56].

As dro g as antivirais (amantadina e rimantadina) são utilizadas ape nas nas infe cçõ e s pro vo cadas pe lo vírus influe nza A e apre se ntam ce rtas limitaçõ e s, no me adame nte o rápido de se nvo lvime nto de re sistê ncia viral, o e spe ctro de acção re strito e as re acçõ e s adve rsas no siste ma ne rvo so ce ntral e no tracto g astro inte stinal [65]. Os no vo s inibido re s de ne uraminidase apre se ntam a vantage m de po ssuir e le vada capacidade para inte rro mpe r a re plicação viral do s vírus influe nza A e B e utilidade no tratame nto da infe cção g rave , be m co mo , po te ncial para re duzir o risco de co mplicaçõ e s [65].