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4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO S RESULTADO S

4.1.6. Infe cçõ e s co nco m itante s

4.2.2.1. Estrutura e tária

Se g undo o e studo da distribuição do s ute nte s po r faixas e tárias, ve rifico u-se que a idade do s indivíduo s varia do s 0 ao s 96 ano s (tabe la 19), co m a mé dia de idade s de 24,8 ano s.

Tabe la 19. Estatística de scritiva so bre a idade do s 1934 subme tido s para pro ce dime nto s de diag nó stico labo rato rial no âm bito da pande m ia pe lo vírus da g ripe pandé m ica (H1N1) 2009 na RAM ( : mé dia, σ: de svio -

padrão , 1º Q: prime iro quartil, 3º Q: te rce iro quartil).

Mínim o 1º Q uartil Me diana 3º Q uartil Máxim o

Jul-09 18,21 ± 12,73 0 8 16 25,75 42 Ag o -09 31,14 ± 18,62 0 16 29 44,5 85 Se t-09 33,02 ± 16,44 1 23 30 44 81 O ut-09 31,02 ± 15,39 3 20,75 31 42,25 68 No v-09 18,81 ± 16,66 0,08 7 13 29 91 De z-09 23,68 ± 20,80 0,08 5 20 36 96 Jan-10 30,68 ± 21,56 0,08 11 30 45,5 89 Fe v-10 30,13 ± 22,92 0,08 13,25 27,5 49,75 77 Mar-10 26,23 ± 21,02 0,08 15 17 32 69 Abr-10 53,33 ± 19,55 37 42,5 48 61,58 75 Mai-10 15 15 15 15 15 15 Jun-10 44 44 44 44 44 44 Jul-10 57,25 ± 14,38 37 54,25 60,5 63,5 71

Para uma me lho r análise do s dado s, e e m co nfo rmidade co m re co me ndação do Ce ntro de Co ntro lo e Pre ve nção de Do e nças (CDC), o s ute nte s fo ram ag rupado s e m faixas e tárias (fig ura 29).

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Fig ura 29. Distribuição do to tal de 1934 caso s inve stigado s para a de te cção de infe cção po r influe nza A (H1N1) 2009 na po pulação m ade ire nse pe las faixas e tárias.

Po de mo s co nstatar que , o maio r núme ro de caso s po sitivo s manife sto u-se no s indivíduo s e ntre o s 20 e o s 49 ano s (14,4%). A se guir se g ue -se a faixa e tária e ntre o s 10 e o s 19, co m 9,0% e e m te rce iro lug ar, e nco ntram-se as crianças do s 0 ao s 5 ano s co m 6,7%. Num to tal de 1934 indivíduo s rastre ado s e m re lação à infe cção po r influe nza A(H1N1) 2009, ve rifico u-se que a maio ria (24,2%) do s indivíduo s não e stão infe ctado s e pe rte nce m à faixa e tária do s 20 ao s 49 ano s. Na faixa e tária do s 10 ao s 19 ano s, o núme ro de caso s po sitivo s e ne g ativo s são similare s. Na faixa e tária do s 6 ao s 9 ano s, a pe rce ntage m de caso s po sitivo s é supe rio r ao s ne g ativo s, se ndo e sta a única faixa e tária o nde se ve rifica e sta situação .

Do s 747 caso s de indivíduo s co nfirmado s labo rato rialme nte co mo infe ctado s co m influe nza A(H1N1) 2009, a maio ria, ce rca de 37,2% do s indivíduo s e nco ntram-se na faixa e tária do s 20 ao s 49 ano s, e 23% na faixa e tária do s 10 ao s 19 ano s.

A análise do g ráfico da fig uar 29, pe rmite de te ctar 0,4% de caso s po sitivo s a partir do s 65 ano s de idade e que , mais de me tade do s caso s po sitivo s tê m idade s infe rio re s a 19 ano s. Uma pe que na pro po rção de do e nte s (3%) co m infe cção pe lo vírus da g ripe pandé mica (H1N1) 2009, tinha mais de 50 ano s e 12,3% tinha me no s de 9 ano s. As crianças co m me no s de 5 ano s re pre se ntaram 6,7% do to tal de do e nte s co m infe cção diag no sticada.

-69- 4.2.2.2.Estrutura se xual

A e strutura se xual da po pulação e studada durante o pe río do co mpre e ndido e ntre Julho de 2009 e Julho de 2010 po de se r o bse rvada na fig ura 30. A análise do s dado s pe rmite -no s afe rir que , a maio r parte do s indivíduo s (51%) e ram do se xo masculino .

Re lacio nando o se xo co m o s g rupo s e tário s, o bte ve -se a fig ura 30. De sta análise , ve rifico u-se que ce rca de 45,9% das mulhe re s co nfirmadas labo rato rialme nte pe rte nce m à faixa e tária do s 20 ao s 49 ano s, se g uida da faixa e tária do s 10 ao s 19, co m 20,8% e e m te rce iro , do s 0 ao s 5 ano s, co m 12,3%. Re lativame nte ao s ho me ns, a sua taxa de caso s po sitivo s mante ve -se abaixo do s 28,9%. Curio same nte , o s ho me ns tê m maio re s pe rce ntage ns de caso s po sitivo s que as mulhe re s até ao s 19 ano s, inve rte ndo -se e sta situação a partir do s 20 ano s, quando as mulhe re s apre se ntam maio re s pe rce ntag e ns de caso s po sitivo s.

A pro po rção e ntre o núme ro de caso s co nfirmado s no se xo masculino e o núme ro de caso s co nfirmado s no se xo fe minino fo i de 1,04, o u se ja po r cada mulhe r infe ctada co m a g ripe pandé mica A (H1N1) 2009 e xiste m 1,04 ho me ns infe ctado s.

Fig ura 30. Distribuição da pe rce ntag e m de caso s po sitivo s co m influe nza A(H1N1)v 2009 na po pulação m ade ire nse de aco rdo co m o se xo e as faixas e tárias.

-70- 4.2.1. Distrib uição te m po ral

O prime iro caso de infe cção co nfirmada pe lo vírus da g ripe pandé mica (H1N1) 2009 fo i diag no sticado e m 13 de Julho de 2009, numa jo ve m de 15 ano s, re side nte no Re ino Unido e a passar fé rias na Made ira.

No ano de 2009 re g isto u-se o maio r núme ro de caso s co nfirmado s co m infe cção pe lo vírus pandé mico , co nstituindo ce rca de 33,5% da po pulação e studada, co m sinto mas suspe ito s de g ripe A (fig ura 31). Durante o pe río do e m e studo , ve rifico u-se a e xistê ncia de do is pico s distinto s de influe nza A (H1N1) 2009; um no Ve rão (Julho ) e o utro pico no Inve rno (De ze mbro ). Do s 34 indivíduo s inve stig ado s e m Julho de 2009, 52,9% fo ram co nfirmado s labo rato rialme nte . No se g undo pico máximo e m De ze mbro de 2009 fo ram e studadas 711 amo stras das quais 372 (52,3%) fo ram co nfirmadas co m diag nó stico de infe ctado s pe la g ripe pandé mica.

Apó s e le vado s níve is de actividade g ripal durante no mê s de Julho , ho uve um abrandame nto na pe rce ntage m de diag nó stico s po sitivo s e ntre o s me se s de Ago sto e Outubro de 2009. Para de po is, vo ltarmo s a o bse rvar uma asce nsão gradual do núme ro de caso s, até ating irmo s o pico e m De ze mbro de 2009. Apó s De ze mbro de 2009, o núme ro de caso s co nfirmado s diminuiu gradualme nte até Fe ve re iro de 2010 e a partir de Março até Julho de 2010, fo ram inve stig ado s ape nas 18 indivíduo s, cujo diag nó stico não fo i co nfirmado .

Fig ura 31. Evo lução me nsal da pe rce ntage m de re sultado s labo rato riais po sitivo s e ne g ativo s para o vírus pandé m ico influe nza A (H1N1) 2009 na Re g ião Autó no ma da Made ira.

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Os me se s de No ve mbro de 2009 a Jane iro de 2010 fo ram o s me se s co m maio r núme ro de caso s inve stig ado s para diag nó stico da g ripe pandé mica (H1N1) 2009, ating indo um máximo de 711 pe sso as e m De ze mbro de 2009. Durante to do o pe río do e m e studo , o núme ro de indivíduo s não infe ctado s é maio r que infe ctado s, e xce pto no mê s de Julho e De ze mbro de 2009. A razão e ntre infe ctado s ve rsus não infe ctado s é de 1,13 e 1,10, re spe ctivame nte . Isto sig nifica que , po r e xe mplo no mê s de Julho , po r cada pe sso a não infe ctada e xistiam 1,13 pe sso as infe ctadas.

-72- 5. DISCUSSÃO

No pre se nte Capítulo , são abo rdado s o s re sultado s o btido s no co nte xto do s co nhe cime nto s actuais. Pre te nde -se de sta fo rma re fo rçar a co mpre e nsão so bre o co mpo rtame nto se ro ló g ico do vírus influe nza na po pulação humana, incluindo a vig ilância e pide mio ló g ica, caracte rísticas de mo gráficas e distribuição g e o g ráfica e te mpo ral. A análise e stá agrupada co nside rando as duas me to do lo g ias utilizadas no diag nó stico da infe cção pe lo vírus influe nza, co m vista a facilitar a sua co mpre e nsão .

A g ripe sazo nal co nstitui uma das principais causas de mo rbidade , mo rtalidade , e utilização de se rviço s de saúde a níve l mundial, principalme nte e ntre indivíduo s co m idade s e xtre mas e / o u co m do e nças subjace nte s [77]. O diag nó stico rápido e pre ciso do s vírus re spirató rio s é e sse ncial para a me lho ria da g e stão do s pacie nte s e para o fo rne cime nto de info rmaçõ e s re lativas à imple me ntação de me didas pre ve ntivas.

A ide ntificação labo rato rial do s antico rpo s o u g e ne s é e xig ida para um diag nó stico de finitivo da influe nza, o qual po de rá se r utilizado co mo fundame nto da vig ilância e pide mio ló g ica. Se uma co nfirmação labo rato rial de influe nza e stive r dispo níve l pre co ce me nte durante o curso da infe cção , o pacie nte po de be ne ficiar de um tratame nto antiviral e spe cífico . Actualme nte , dive rso s pro ce dime nto s de ide ntificação do vírus influe nza e stão dispo níve is e e ntre a g rande dive rsidade de té cnicas po ssíve is de se re m aplicadas, duas té cnicas fo ram usadas: o e nsaio imuno e nzimático indire cto (ELISA) para de te cção da infe cção pe lo s vírus influe nza A e / o u B e a re acção e m cade ia da po lime rase co m transcrição re ve rsa (RT-PCR) para a de te cção do vírus pandé mico A (H1N1) 2009.