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2.5 Ecovilas e globalização Limites e novas fronteiras do social, do

2.5.4 Ecovilas, novas espacialidades e a articulação em rede na era digital

Na globalização, o movimento das ecovilas nasce e cresce se valendo da ideia de rede, o que possibilitou a integração de diversas experiências já existentes sob o patrocínio da Rede Global de Ecovilas (GEN). Em muitos aspectos, tal integração tem sido um dos fatores que têm propiciado o rápido crescimento do interesse pelas ecovilas, embora o nível de tal articulação ainda esteja longe de atingir sua maturidade. Acredita-se, assim, ser necessária uma reflexão sobre o potencial da formação em rede para o movimento das ecovilas e para outros em contexto de globalização. No cerne da questão está a compreensão quanto à possibilidade de grupos e organizações se agregarem para transformar substancialmente injustiças e desequilíbrios também articulados mundialmente.

Em um mundo onde as técnicas e as forças hegemônicas do capital estão cada vez mais presentes e integradas mundialmente, a proposição de conexão dos movimentos sociais p rticul res em redes glob is, bem como possibilid de de rticul o de ―redes de redes‖ (networking of networks) se intensifica (UEMURA, 2003). Nesta direção, Kriegman (2006) acredita que, atualmente, os movimentos sociais, mesmo aqueles mais fortes, enfrentam limites que só podem ser apenas transpostos pela formação de um movimento global. Ele propõe uma rede mundial de movimentos sociais por meio da criaç o do ―Movimento de Cid d os Glob is‖ (Global Citzens Movement). Em defes dest proposi o, sugere que ―(...) suas análises colocam ênfase na imaginação de um processo em torno do qual diversos agentes sociais se juntariam para tecerem uma visão e um quadro representativo como fund mento p r rticul o de um o conjunt ‖ (KRIEGMAN, 2006, p. 16, tradução nossa)69. Nas abordagens de Uemura (rede de redes) e na de Kriegman (Rede de Cidadãos

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―Our n lysis puts n emph sis on im gining a process by which diverse actors could com together to rticul te sh red vision nd fr mework for joint ction‖.

Globais) encontra-se a percepção de que a articulação, a integração, a formação de redes, se tornam elementos fundamentais para os movimentos sociais na atualidade. Em um mundo de imposições globais pelos agentes hegemônicos, as respostas dos descontentes, inconformados, alternativos, revolucionários, etc. também tendem a se conectarem planetariamente. Nesta perspectiva, podemos pensar que o Fórum Social Mundial (a partir das versões de Porto Alegre e de todo movimento mundial criado em torno dele) seja uma das formas mais ricas por meio da qual esta visão de integração global de movimentos sociais tem sido colocada na prática.

A origem do movimento social das ecovilas no Brasil está diretamente ligada a esse processo. Apesar de, desde 1999, o Brasil ter representação no Conselho da Rede de Ecovilas das Américas (ENA) e do processo de formação da rede nacional e de redes regionais já terem iniciado, a participação da Rede Global de Ecovilas no Fórum Social Mundial de 2003 em Porto Alegre (e nas reuniões que se sucederam a este evento) foi crucial para a consolidação do movimento no país. Uma representante da Rede Global relata:

(...) Sentimos que o Movimento de Ecovilas no Brasil cresceu durante esse evento. O interesse demonstrado pelo público em geral ao tema da sustentabilidade, a cola, reforçou a esperança de que um mundo novo e melhor é realmente possível. Na verdade esse mundo já nasce entre nós. Cresceu (...) a clareza e a simplicidade com que os temas foram abordados, permitindo a participação ativa do público e trazendo luz e a viabilização de ações concretas que emergem a partir do Fórum Social. Ações concretas e viáveis, tanto que algumas delas já estão dando seus primeiros passos. Por exemplo, o desejo do grupo de levar, de alguma forma, sua experiência às comunidades, tornando-se multiplicadores do que vêm aprendendo ao longo de uma intensa jornada. (...) A esperança de que um mundo novo e melhor é realmente possível [continua de pé e em expansão] (JUNG, 2008, online)70.

Em outra perspectiva, em nossa época os sistemas técnicos se desenvolveram de forma a permitirem a visão de um mundo integrado e regido por circuitos de comando do capital. A formação de uma sociedade planetária tem sido possível pelo aparecimento, desenvolvimento e difusão de novos sistemas tecnológicos na robótica, nas biotecnologias, na geofísica, na química fina, na física subatômica e cósmica, sentida principalmente nas áreas do transporte intercontinental e atmosférico, da comunicação e da informação digital. Ao acelerar os processos socioeconômicos e culturais vigentes, essas tecnologias estenderam o ethos da engenharia para os sistemas de objetos fixos e dinamizaram os fluxos de informações, pessoas, dinheiro e produtos naquilo que Santos, M. (1994; 1996) chamou de meio técnico- científico-informacional. Nesse contexto, as técnicas unificam os eventos (o tempo) ao espaço

70 Disponível em: <http://elibcampos.blogspot.com.br/2011/02/rede-global-de-ecovilas-presente-no.html>. Acesso em: 28 ago. 2012.

por meio das ações materializadas sobre os sistemas naturais e antropogênicos planetários. P r S ntos, M. (1994, p.42), ―(...) empiricizamos o tempo tornando-o material, e desse modo o assimilamos ao espaço que não existe sem a materialidade. A técnica entra aqui como um traço-de-uni o, historic mente e epistemologic mente‖. A compress o esp o-temporal dada pela unificação técnica do mundo cria, então, a unicidade espacial globalizada a qual, por outro lado, se distribui no mundo, nas regiões e nos lugares de forma desigual em função dos comandos verticais impostos pelos mecanismos financeiros e culturais do capital.

Se há uma dimensão dos avanços técnicos que tem sustentado a integração global do espaço geográfico esta dimensão é a das redes integradas de computadores à base dos novos sistemas e instrumentos técnicos digitais. Lévy (1999) assinala que o desenvolvimento técnico digital envolve a crescente integração entre avanços instrumentais nas máquinas e diversos componentes físicos (hardware) da computação informacional e os sistemas, programas e linguagens que formam padrões de recepção, armazenamento, processamento e distribuição de informações (software). A sintonia entre os aspectos materiais e imateriais da computação cri , ssim, possibilid de de ―(...) interconex o de mundos virtu is disponíveis n internet e projeta o horizonte do ciberespaço parecido com um imenso metamundo virtual heterogêneo, em tr nsform o perm nente, que conteri todos os mundos virtu is‖71

(LÉVY, 1999, p.43). Ao modo de ―(...) um meio de comunic o que surge d interconexão mundial dos comput dores‖ (LÉVY, 1999, p.17), o ciberespaço é uma das grandes metáforas da geografia de nosso tempo ao ampliar o ambiente (material e imaterial) para a coexistência e interação universal e heterogênea de práticas, atitudes, modos de pensamento e de valores que formam a cibercultura. Para Lévy (1999), nesse contexto estão presentes tanto a infraestrutura técnica da comunicação digital quanto as informações que nelas trafegam e os humanos que delas participam e a sustentam.

A nova forma de espacialidade estabelecida com o ciberespaço requer novas compreensões com respeito à fixidez e ao virtual existentes no mundo. Na integração técnica do mundo e dos locais fala-se agora em novas relações espaço-tempo a partir do encurtamento (ou desaparecimento) de distâncias e supressão do espaço pelo tempo e pelas novas tecnologias da velocidade (HARVEY, 1993). O poema-música de Gilberto Gil ―P r bolic m rá‖ bem express dimens o dess invers o em nosso modo de est r e conceber o mundo e Terr : ―Antes mundo er pequeno, porque Terr er gr nde, hoje mundo é muito grande porque terr é pequen , do t m nho d nten p r bolic m rá‖. O

71 Apesar de com este texto Lévy (1999) se referir ao uso do padrão virtual VRML (Virtual Reality Modeling Language), usa-se aqui como forte expressão simbólica para o ciberespaço em si.

mundo maior do que a Terra simboliza, então, a integração total do espaço geográfico em função da ubiquidade e extensão cada vez mais universal do meio técnico-científico- informacional. A integração das novas tecnologias estabelece, então, novos tratamentos na relação entre a fisicalidade do mundo e as dimensões da compressão do espaço-tempo surgidas com o ciberespaço e com redes técnicas integradas nas áreas produtivas, de circulação e de apropriação e significação cultural.

Nessa perspectiva, pode-se dizer que o movimento das ecovilas também é fruto dessa nova forma de espacialização do mundo, já que a rede cibernética tem facilitado a articulação e a percepção de forte grau de conectividade entre grupos espalhados pelo mundo. A possibilidade de acesso rápido e troca de informações entre os membros dessas comunidades e com simpatizantes em geral ajudou a dinamizar essas experiências e a fazer crescer a atenção global em torno do tema e suas práticas. Apesar de tratar de experiências eminentemente espacializadas fisicamente, o movimento das ecovilas está também intrinsecamente vinculado a esta nova realidade ao possibilitar a partilha de identidades comuns entre participantes diversos por meio do uso de novas ferramentas comunicacionais. O uso da internet pelo movimento das ecovilas como um todo e dentro das comunidades tem sido realizado de acordo com a percepção de Forster (2001, p.133, tradução nossa): ―(...) transformando o desenvolvimento e as dinâmic s soci is‖72. No Brasil, a Rede Brasileira de Ecovilas (ENA-BR), agora CASA, vale-se do universo virtual para fortalecer a rede por meio da conexão dos membros de uma mesma comunidade e com outras redes de experiências afins73.

No contexto de ampliação das socioespacialidades contemporâneas, experiências em diversas áreas são partilhadas cotidianamente pelas ecovilas e grupos afins por meio da rede: tecnologias de baixo impacto, novos sistemas de gestão e práticas econômicas, práticas de educação, saúde, valores e visão de mundo. Nesse sentido, a conformação em rede do movimento, mesmo com suas contradições internas, tem fortalecido o intercâmbio e a busca por objetivos comuns entre seus membros. Por outro lado, pela massa de informações

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―(...) ch nging soci l development nd dyn mics‖.

73 Isto pode ser identificado, por exemplo, no relato de André Soares, em novembro de 2000, primeiro represent nte br sileiro d ENA: ―(...) Nosso pesso l continua a espalhar a boa nova das ecovilas e da vida sustentável em comunidades. A Rede Brasileira de Permacultura inaugurou o seu website, visite: www.permacultura.org.br. Este é apenas o começo de um programa alargado que visa colocar o planejamento permacultural no vocabulário nacional. Este website é uma porta de entrada para todas as instituições que contribuem para o movimento em todas as regiões do Brasil. Vamos estabelecer links com todas as redes internacionais dentro das próximas semanas. Este site é patrocinado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Por favor, dê su s sugestões e crític s‖. Rel t rio ENA, regi o Br sil. Disponível em: <http://ena.ecovillage.org/English/region/index.html>. Acesso em: 30 jan. 2009.

circuladas, este processo cria espaços para que a troca de informações estabeleça relações entre pessoas e grupos que desafiam a guetificação, mesmo virtualmente. Apesar de locais, as experiências dos grupos particulares também já se tornaram globalizadas. Nesse diálogo entre o local e o global uma nova cultura está nascendo. Como assinala Gilman (1983a, online, tradução nossa), ind n déc d de 1980: (...) ―o re l deme para a nova cultura, a semente real para um novo padrão comunitário não é a vila, mas a rede de vil s‖74.

Outro aspecto desse processo é que, com o uso da internet, têm surgido grupos e comunidades virtuais na medida em que nelas nota-se a presença de partilha de valores e um sentido de cuidado e obrigação mútua entre as pessoas (KLING, 1996). Para esse autor, em um mundo onde as relações se encontram profundamente fragmentadas, ao invés de manter as pessoas distantes, as comunidades virtuais têm o potencial de reunificá-las, em um senso comum de pertencimento. Neste sentido, ―(...) s redes de comunidades online poderão ajudar a construir capital social ao aproximar as pessoas que também desenvolvem relações sociais

off-line‖ (KLING, 1996, p. 53, tradução nossa)75. Ao invés de competir com a vivência presencial, a comunicação entre os membros de uma ecovila por meio digitais amplia espaços de partilha cotidianos em um período no qual o tempo se tornou um problema para a reunião de pessoas no debate público em torno de temas de interesse comum.

Muitas ecovilas em formação ou em funcionamento têm usado ferramentas virtuais ao manter listas de discussões online como ferramenta de comunicação interna do grupo para divulgação e unificação de propostas a serem implementadas fisicamente. Nesses casos, apesar de possuir dinâmica própria, a rede virtual interna é posta como elemento de realização do objetivo central do grupo: a criação concreta da ecovila, onde seus membros poderão partilhar uma vida em comum face a face. A Comunidade - Fundação Terra Mirim (Simões Filho, BA), por exemplo, mantém uma comunidade virtual com membros residentes e não residentes. Em muitos aspectos este processo facilita a dinamização interna da comunidade presencial, na medida em que agiliza a troca de informações e conhecimentos, potencializando as tomadas de decisões e a realização de tarefas coletivas. Este processo serve tanto para atualizar e unificar certas questões entre as pessoas que estão próximas como para aproximar aquelas que estão distantes, em viagens ou morando fora da comunidade, até mesmo em outros países. Na primeira parte desta pesquisa foi identificada, por exemplo, o

74―(...) the re l deme for the new culture, the real seed for the new pattern of community is not the village but the network of vill ges‖.

75 ―On-line community networks might help build social capital by bringing together people who also develop off-line soci l rel tionships‖.

uso de meios virtuais por diversas ecovilas, tais como: Clareando (SP), Tibá (SP), Felicidade (PB), Cunha (SP), Terra Una (MG).

No Brasil, outra experiência vale ser ressaltada: o da Rede Aurora76. Em suas diversas fases desde a década de 1970, essa rede tem sido intuída por Luiz Gonzaga Scortecci, quando este começou a receber mensagens de seres extraplanetários por meio de canalizações espirituais. Desde essa época, Luiz Gonzaga tem se dedicado a propagar estudos de ufologia, em uma linha científica, tomando como base o destino e vínculo originário da humanidade com matrizes de ordem cósmicas. Dentro desse processo se encontram orientações quanto a um inevitável processo de transição planetária, também previsto por diversas tradições espirituais, quando a humanidade (ou parte dela) estaria se avizinhando de um novo ciclo de consciência e de ação (bem mais sutis e harmônicas) sobre o Planeta Terra. Neste sentido, a Rede Aurora pretende constituir microrredes de comunidades (auto) sustentáveis, integradas entre si, preparadas para um suposto momento de falência dos sistemas e estruturas que formam as sociedades em todo o mundo. A respondente à presente pesquisa apresenta uma c r cteriz o dess s ecovil s, t mbém ch m d s de ―Est ões Auror s ou Aqu ri n s‖, serem construídas a partir do padrão da Rede:

(...) As Estações Auroras localizam-se a partir do centro de suaves colinas e seguem um padrão de desenho bem característico, realizando um "habitat" não só ecológico, mas radiônico, em configuração terraciada à semelhança de, por exemplo, da cidade andina de Machu Picchu. Além de planejada para abrigar confortavelmente uma população da ordem de 240 pessoas e reunir uma certa infra-estrutura para estudos e pesquisas convencionais, as ESTAÇÕES AURORA almejam, também, ser centros ativos de investigação e vivências avançadas em setores paracientíficos e extrassensoriais em geral (Rede Aurora)77.

Pelos dados encontrados em sites da Rede (ver nota 68), até o momento (agosto, 2015), Rede est v impl nt ndo no Br sil três d s 24 est ões pl nej d s: ―Porto M estro‖, n Ch p d dos Ve deiros (GO), ―Porto Cristin ‖, n Serr do Espinh o (MG) e o ―Posto de Vigíli 091‖, em Morro do Ch péu (BA). Porém, propost d Rede é que, um vez estabelecidas as Estações, ocorra uma total integração de todas as suas unidades, com um permanente fluxo de pessoas entre el s. Por n o serem pen s ―(...) comunid des loc is (localizadas geograficamente), mas uma só comunidade planetária circulante distribuída por todo o Globo‖ (Rede Aurora). Com projetos vinculados a acontecimentos porvir, a Rede Aurora se apresenta, no entanto, no presente, como ―(...) pelo menos m is um ltern tiv capaz de subsidiar os esforços globais por um mundo melhor (...), viável aqui e agora e

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Ver: http://www.redeaurora.org.br e https://www.facebook.com/redeaurora. Acesso em: 01 jan. 2015. 77 Resposta à questão 23 - missão do grupo – do questionário (Apêndice B).

t mbém no futuro, ou sej , de f to, sustentável, em mplo sentido‖ (Rede Aurora). No entanto, ainda em fase de implantação e de planejamento, a Rede tem se valido do desenvolvimento de comunidades virtuais como instrumentos de partilha de informações acerca de temas de interesse, bem como da formação de grupos base para sustentar futuramente as propostas comunitárias presenciais. A internet tem sido um elemento fundamental para o agrupamento das pessoas em torno da preparação e organização da proposta em níveis nacional e internacional.

Por fim, as ecovilas estão fortemente vinculadas a diversos aspectos do processo de globalização em curso. Qualquer tentativa desses grupos de estabelecer nova postura ética diante do mundo, hoje, passa necessariamente por um permanente diálogo com as novas realidades política, econômica e cultural das estruturas sociais contemporâneas. O objetivo, aqui, é de apresentar, introdutoriamente, alguns aspectos da globalização que podem oferecer uma compreensão geral do berço geohistórico em que o conceito e o movimento das ecovilas têm crescido. A proposta é de melhor situar o fenômeno das ecovilas na amplitude, ambiguidade e complexidade deste novo contexto político, econômico, social, cultural. No entanto, apenas em função das formas pelas quais os grupos responderão aos desafios colocados pelo mundo contemporâneo é que se consolidará, efetivamente, a autenticidade de suas experiências. Dito de outra forma: é na relação ativa com o mundo, globalizado, que realmente os valores mais genuínos das comunidades ecologicamente orientadas são testados.

Pode-se afirmar assim que no contexto globalizado as ecovilas genuínas buscam inventar nova mitologia (como visto no caso da Rede Aurora) que transcende o imediato e a história progressista a partir de uma abordagem que vê o global a partir da Terra como casa comum, o lar habitado por todos. Esse é um dos parâmetros para se enxergar as ecovilas como partícipes da criação de uma nova racionalidade planetária, em redes de identidades plurais e de economias solidárias que buscam unificar princípios socioespaciais emancipados a abordagens técnicas zelosas e ecológicas. Ao questionar a matriz global do sistema mundo, o

ethos proposto pelas ecovilas alvitra novas matrizes propositivas, tendo em vista novas redes

técnicas globais e uma humanidade unida fruto da ocidentalização do mundo. A reconstrói, porém, com base em novas concepções espaço-temporais investidas de futuro, ao tempo em que se solidariza com matrizes ancestrais (e populares) e com movimentos sociais vicejadores de vínculos orgânicos com a terra, o lugar de produção material e imaterial da vida.

3 ECOLOGIA E COMUNIDADES NOS LIMITES DA CRISE CONTEMPORÂNEA. A