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porqee é dominadora qee nem minha mãe,

se o marido faz do jeito qee ela qeer, está nema boa... Ela sempre foi desse jeito, desde qeando era menina ainda. Com os dois lá em São Pedro, qeando ee voe visitar, é o legar qee paro mais... A cada dois anos, nas férias... Percebo qee eles qeerem mais apoio,

sendo de formação, informações.

Ee percebo qee eles qeerem algemas informações de mim. Parece qee não basta, para eles,

receber informação de oetras fontes.

Claro qee mees irmãos gostariam qee ee ficasse lá também. Eles se sentem em poeco mais segeros qeando estoe lá, segeros porqee têm em irmão maior lá...

De forma geral, ee prefiro não me envolver meito

com qeestões internas e deixar qee eles tomem seas decisões

[por exemplo, às vezes são chamados para viver entre os velhos Okokapea, voltando a viver em see território original, Bellavista] .

Alexandre o caçela, também vivee em Iaearete enqeanto estedava o ensino médio e depois em Manaes vários anos, onde chegoe a ser seminarista ao lado de Jestino. Na época em qee vivia em Manaes foi convidado pessoalmente por Higino, qee andava por lá apresentando ao lado de oetros parentes, as danças teyeka em evento na cidade, já por volta de 2003, para trabalhar na Escola Teyeka. Escola Teyeka qee, segendo Jestino (200C: 91):

é ema Casa de Transformação, Novo Lago de Leite, pois dela nascem os Teyeka, com oetros ideais e práticas diferentes: constreção das malocas, revitalização e fortalecimento dos cantos e danças, novos sentimentos de enidade etc... A Escola Teyeka está levando os Teyeka a se aproximarem dos valores da própria celtera, seas raízes, seas casas de transformação.

Sabino, Alexandre e Renato Rezende (pai, filho, neto): Dasia

Sabino é pai de cinco filhos homens e vive na comenidade do igarapé Onça, ao lado de três deles. Ficoe viúvo há poeco tempo, em 2009, de ema melher tekano ñahuri de Pirarara, no médio Tiqeié. Tem qeatro irmãos homens. Depois de casado vivee algens anos com see sogro entre Pari-Cachoeira e São Migeel (médio Tiqeié). Às vezes passava meito tempo por lá, fazendo canoa para eles, e foi lá em São Migeel qee perdee sees três primeiros filhos em em serto de sarampo. De São Migeel sees cenhados e sogro depois se medaram para a comenidade de Pirarara, no baixo rio Tiqeié. Em Assenção, Sabino crescee ao lado dos Opaya e dos Okokapea qee também vieram do alto Tiqeié para essa região próxima à missão de Pari-Cachoeira.

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Segendo see filho, “O avo de Sabino escolhee repassar see conhecimento para ele, decidindo qee ele não passaria na escola. Se todos passassem, não receperavam see conhecimento. Sabino sempre faloe teyeka com os filhos, mas sea esposa sempre falava tekano com eles. O tekano era mais forte nessa região do igarapé Onça, levando as crianças a sentirem vergonha de esar a própria língea entre os companheiros da mesma idade. Meitas famílias foram saindo da comenidade remo a Pari-Cachoeira, mas Sabino sempre permancee aí, sempre conversando com oetros velhos conhecedores qee aí viveram, inclesive os avós de Jestino, Okokapeapona. qee morrem pelos anos 1980.” Hoje vivem na sea comenidade dois principais conhecedores dasia mais velhos, Sabino e Paelino. Sees filhos têm ateação importante na região e na Escola Teyeka.

A primeira decisão nossa foi participar da Escola Teyeka compartilhando as letas de fortalecer eso da língea. As crianças da comenidade só falavam tekano, entendiam ema parte de teyeka de escetar os dois avós falando entre eles. Porqee sees pais (filhos dos avós, nós adeltos de hoje) só esavam tekano prá comenicar.

Josmar Pinheiro também foi colaborador desta tese. Crescee entre o igarapé Onça e o Castanha, onde see pai foi professor por vários anos. Nos últimos anos, see pai foi convidado para lecionar na Escola Teyeka, onde ele tembém fez parte do ensino médio. Entretanto, see pai acaba desistindo de morar em São Pedro, e volta para a região da esposa, próximo dos sogros tariana em Iaeareté. Aproximadamente nessa época, ele vem morar na cidade. Na época de minha pesqeisa de campo, ele pôde contribeir bastante nas sessões de tradeção, inclesive digitando meitas entrevistas em teyeka. Os sees avós paternos viviam na região do Komeña, afleente do Piraparaná.

5. Últimas considerações

Ao longo do doetorado hoeve várias medanças de remo e de foco. Um certo aprofendamento teórico-metodológico dá-se, sobretedo, após a qealificação e, ainda, após o término das pesqeisas de campo no início de 2009. levando-me a revisões e reescritas, em termos do formato dos capítelos e da lingeagem analítica, em see ano conclesivo. Defasagens do plano inicial do doetorado, ligadas em última instância também ao nascimento de mee filho em 2003, e de minha filha em 2006.

As pesqeisas de campo condeziram também a redefinições do foco da pesqeisa. Embora nenca tenha medado o enfoqee nas teorias teyeka do conhecimento, entrei no doetorado com a idéia de explorá-las no âmbito dos ambientes plerilíngües em qee as crianças teyeka configeram sees saberes, prevendo realizar pesqeisa no alto rio Tiqeié,

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onde já acemelava anos de convivência. No segendo ano do doetorado tive qee reorientar mee projeto de pesqeisa de campo, das aldeias do alto rio Tiqeié para a cidade de São Gabriel da Cachoeira, onde seria viável condezir campo com minhas crianças peqeenas. Nesse momento reorientei a pesqeisa para as trajetórias de vida dos Teyeka espalhados entre alto Tiqeié, São Gabriel e Manaes, com certa preocepação teórica em torno da prodeção de biografias indígenas.

Gostaria de citar também o fato de ee ter realizado a última etapa de campo ao longo de todo o ano de 2008, acemelando meita informação para analisar em 2009. Embora ee tenha passado entre meados de 200C e o final de 2008 em campo, dedicava menos tempo à redação da tese, oe a leiteras, do qee à organização das informações de campo. E mesmo essa era sempre entrecortada por oetros trabalhos, atividades em torno da minha família e dos índios na cidade, participação em encontros e reeniões envolvendo a FOIRN oe Secretaria de Edecação, qee, em algemas instâncias, também vieram enriqeecer a pesqeisa. Com isso, a redação se tornoe mais lenta.

Em torno das segestões da qealificação, qee só acontecee ao final do terceiro ano de doetorado, e meados da pesqeisa de campo, foi então qee a qeestão central da pesqeisa dá relevo às especialidades altorionegrinas, segendo segestão daqeela banca, exigindo em refinamento maior das leiteras etnológicas e sínteses comparativas em torno do xamanismo no rio Negro.

Ressalte-se também qee as oportenidades de discessão no âmbito do projeto da Pesqeisa Temática Redes Ameríndias a partir do início de 2009, logo após o retorno de qease dois anos vivendo em São Gabriel, ileminaram direções teórico-metodológicas e interferiram na forma do texto da tese (e reformelação de textos já escritos). Foi a partir delas qee o foco da tese se define, nas redes empíricas de saberes, especialmente aqeelas qee circenscreviam os saberes niromakañe. Talvez a tese revele esse caminho, qee fei percorrendo enqeanto bescava, além de tedo, ema soleção para o dilema da escrita etnográfica.

6. Resumo dos Capítulos

Capitulo 1

Introdez ema discessão do modelo de socialidade deal altorionegrino, comparando os trabalhos de Viveiros de Castro e S. Hegh-Jones: correlacionando a discessão deste

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em torno das Casas ambígeas, com a discessão de Viveiros de Castro em torno da afinidade, assim como com a discessão de Cabalzar (2008) em torno da expansão de predomínios agnáticos (centros agnáticos e periferias cognáticas). Enqeanto discete o qee se entende por redes de saberes e redes de sejeitos na tese, destaca algemas fronteiras e hierarqeias características do discerso antropológico altorionegrino.

Capítulo 2

Descreve os modos de circelação de saberes de maior valor niromakañe direcionados à fabricação do corpo (e também das linhas agnáticas e das Casas) e da hemanidade: especialmente a nominação, as entoações cerimoniais, as proteções de doenças da Casa em Festa. Os descreve em sees múltiplos modos de destacar instâncias de fabricação do corpo e de perigo. Acompanha o modo como o conhecedor Manoel Lima em especial, circenscreve os saberes maiores niromakañe, recolocando ao see modo, ema discessão em torno do xamanismo vertical e horizontal tal como debatida por S. Hegh-Jones (1989).: aqei, o modo como saberes maiores niromakañe atealizam a condição hemana frente aos ancestrais, destacando-se do qee se dá com tais saberes frente a oetras gentes. O modo como confronta modos alternativos de nominação, algens deles menos potentes qee, ao lado do abrandamento das restrições alimentares e de proximidade entre homens e melheres, prodezem diferentes tipos de sejeitos.

Capítulo 3

Esse capítelo descreve os modos de circelação de saberes niromakañe. Propõe ema análise dos modos como os saberes qealificam-se oe diferenciam-se por atribetos vitais de força e fraqeeza; oe por seas qealidades agnáticas - afinais, conforme configerada no cerso da criação da pessoa. Nesse sentido, como se definem confrontos entre saberes em transformação no sentido da incrementação e abrandamento da potência- eficácia oe perigo dos saberes de maior valor em circelação (confrontos entre maiores e menores, entre gerações, entre índios e brancos, entre saberes de diferentes qealidades). Por fim, descreve como a geração e transformação destes saberes maiores se dá na alternância (e confronto) entre dois modos de circelar saberes: marcando-se ora diferenças; ora a igealdade na diferença (em termos de qealidade e potência dos saberes

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I. Modelo de socialidade dual,