Cada uma dessas atividades é medida e analisada utilizando-se diferentes ferramentas a fim de refletir seus perfis de risco o mais precisamente possível.
Ativos Remunerados:
Instrumentos de Dívida Instrumentos de Patrimônio
Outros Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado
Instrumentos de Dívida Instrumentos de Patrimônio
Investimentos Mantidos até o Vencimento
A tabela a seguir agrega por produto os fluxos de caixa das operações do perímetro de empresas que possuem rendimento de juros. As operações estão apresentadas pelo saldo contábil na data de encerramento do exercício de 2015 e 2016. Ela não está associada à forma de gestão do risco de alterações nas taxas de juros ou descasamentos de indexadores, o que é feito por meio de acompanhamento de métricas de mercado. Todavia, permite avaliar concentrações de prazo e possíveis riscos e abaixo dela são apresentados os saldos dos mesmos produtos ao valor de resgate no vencimento, com exceção da linha que trata dos recebíveis e das obrigações atreladas a contratos de derivativos.
Posições vendidas
Obrigações por títulos e valores mobiliários
Instrumentos de Dívida Dívidas subordinadas
Outros Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado
Instrumentos de Dívida
2016 Em milhões de Reais
Ativos Remunerados:
Ativos Financeiros para Negociação
Instrumentos de Dívida Instrumentos de Patrimônio Derivativos
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
Passivos Remunerados:
Depósitos de clientes e Instituições de Crédito
Derivativos
Reservas no Banco Central Empréstimos e Recebíveis
Risco de Moeda
Posição de contas sujeitas a Risco de Moeda
Ativo: Dólar Euro Outros Total
4.839 - - 4.839 3.485 - - 3.485 34.337 2.662 - 36.999 166.626 24.173 11.241 202.040 25.273 1.020 - 26.293 234.560 27.855 11.241 273.656
Passivo: Dólar Euro Outros Total
32.255 640 - 32.895 183.277 27.973 11.426 222.676 19.198 - 104 19.302 234.730 28.613 11.530 274.873 c.2) Metodologias Intermediação financeira
O Banco calcula seus níveis mínimos de capital de risco usando um modelo-padrão fornecido pelo Bacen.
c.3) Gestão de balanço Risco da taxa de juros
Em milhões de Reais
Outros
Total
Disponibilidades/Aplicações/TVMs (ME/Exterior)
Ativo Permanente Exterior
As posições são monitoradas diariamente através de um exaustivo controle das variações das carteiras com o objetivo de detectar possíveis incidentes e corrigi-los imediatamente. Preparar uma conta de resultados diariamente é um excelente indicador do risco, uma vez que permite observar e detectar o impacto de mudanças nas variáveis financeiras nas carteiras.
Por fim, no controle das atividades de gestão de crédito (créditos ativamente negociados - carteira de negociação) e derivativos, devido a seu caráter atípico, medidas específicas são avaliadas. No caso dos derivativos, essas medidas são avaliadas às sensibilidades às flutuações de preço do underlying (delta e gama), da volatilidade (vega) e do tempo (theta). No caso das atividades de gestão do crédito (ativamente negociado) nas carteiras de negociação, as medidas controladas incluem sensibilidade ao spread, jump-to-default e concentrações de posições por nível de classificação.
A metodologia-padrão aplicada às atividades de intermediação financeira pelo Banco Santander em 2016 foi a Value at Risk (VaR), que mede a perda máxima esperada com um determinado nível de confiança, em um determinado prazo. Essa metodologia usa como base uma simulação histórica padrão com um nível de confiança de 99% e um horizonte de um dia. Foram efetuados ajustes estatísticos para incorporar com eficiência os acontecimentos mais recentes que condicionam o nível do risco assumido.
O VaR não é a única medida. Ele é utilizado pela sua facilidade de cálculo, boa referência do nível de risco incorrido pelo Banco, mas outras medições estão sendo simultaneamente implementadas para permitir ao Banco exercer maior controle do risco em todos os mercados nos quais opera.
Entre essas medidas destaca-se a análise de cenário, que consiste em definir cenários de comportamento para diversas variáveis financeiras e determinar o impacto sobre os resultados aplicando-os às atividades do Banco. Esses cenários podem replicar eventos passados (crises, por exemplo) ou, então, determinar cenários plausíveis que não tenham relação com eventos passados. Define-se um mínimo de três tipos de cenários (plausíveis, severos e extremos) que, juntamente com o VaR, possibilitem obter um espectro muito mais completo do perfil de risco.
Captações em Moeda Estrangeira (ME) Derivativos
O Banco analisa a sensibilidade da margem líquida de juros (margem financeira) e do valor patrimonial às variações das taxas de juros. Essa sensibilidade é originada da defasagem entre as datas de vencimento e de revisão das taxas de juros dos diferentes elementos do balanço patrimonial.
Especificamente, o Banco usa uma janela de tempo de dois anos ou 521 dados diários obtidos retroativamente à data de referência do cálculo do VaR. Diariamente são calculados dois valores, um aplicando um fator de queda exponencial que confere um peso menor às observações mais distantes do prazo em vigor, e outro, com pesos uniformes para todas as observações. O VaR reportado será o maior entre esses dois valores.
Tomando como base a posição das taxas de juros do balanço e considerando a situação e as perspectivas do mercado, são tomadas medidas financeiras para alinhar essa posição à pretendida pelo Banco. Essas medidas podem variar desde tomar posições nos mercados até definir as características das taxas de juros dos produtos comerciais.
As medidas usadas pelo Banco para controlar o risco, ou a exposição às taxas de juros nessas atividades são o gap das taxas de juros, onde é calculada a sensibilidade da margem financeira (NIM) e valor patrimonial (MVE) às variações nos níveis das taxas de juros, a duração do capital próprio, o Valor em Risco (VaR) e a análise de cenários.
Derivativos
Outros
Total
Operações de Crédito e Arrendamento Mercantil Financeiro, líquida
2016
Com relação ao risco de crédito da carteira de negociação (quando existe mercado de negociação para o mesmo), e na manutenção das recomendações feitas pelo Comitê de Supervisão Bancária da Basileia, foi introduzida uma medida adicional, o Incremental Risk Charge (IRC), para cobrir o risco de inadimplência não mensurado adequadamente no VaR, por meio da variação de preços de mercado dos respectivos spreads de crédito. Os instrumentos afetados são basicamente títulos de renda fixa, derivativos sobre títulos (futuros, opções, etc.) e derivativos de crédito (swaps de inadimplência, títulos lastreados por ativos, etc.). O método usado para calcular o IDR, e definido globalmente para o Grupo Santander.
Gap das Taxas de Juros de Ativos e Passivos
Sensibilidade da Margem Financeira (NIM)
Sensibilidade do Valor Justo da Empresa (MVE)
Valor em Risco (VaR)
c.4) Risco de liquidez
Gap de liquidez
1 - Gap de liquidez contratual
2 - Gap de liquidez operacional
Índices de liquidez
Os principais índices de liquidez analisados são:
O risco de liquidez está associado à capacidade do Banco de financiar os compromissos adquiridos a preços de mercado razoáveis e realizar seus planos de negócio com fontes estáveis de financiamento. O Banco monitora permanentemente os perfis máximos de defasagem temporal.
• Ativos Líquidos/ Funding de Mercado Curto Prazo - mede a relação de comprometimento dos ativos de liquidez imediata e a perda provável de liquidez de curto prazo (<90 dias).
O gap de liquidez é elaborado e analisado em dois segmentos distintos: gap de liquidez em moeda local e gap de liquidez em moeda estrangeira, em que o caixa disponível, os fluxos de pagamentos/recebimentos e as estratégias são segregados em moeda local e estrangeira, respectivamente.
O Banco elabora três tipos de gap de liquidez:
A sensibilidade do valor patrimonial é uma medida complementar à sensibilidade da margem financeira.
O Valor em Risco para a atividade de balanço e carteiras de investimento é calculado aplicando-se o mesmo padrão aplicado às atividades de intermediação financeira: simulação histórica com um intervalo de confiança de 99% e horizonte de um dia. São efetuados ajustes estatísticos que permitem incorporar de forma rápida e eficiente os acontecimentos mais recentes que condicionam os níveis de riscos assumidos.
• Funding de Mercado/ Ativos Totais - mede o percentual dos ativos do Banco que estão sendo financiados com funding pouco estáveis e de maior custo. O gap de liquidez informa os fluxos de pagamentos e recebimentos no horizonte de tempo das contas ativas, passivas (nota 45.d) e extrapatrimoniais do balanço, possibilitando a análise dos descasamentos existentes entre as expectativas de entradas e saídas de recursos do Banco.
Ela mede o risco dos juros implícito no valor patrimonial com base no efeito das variações das taxas de juros nos valores presentes dos ativos e passivos financeiros.
A análise de gaps das taxas de juros foca os descasamentos entre os prazos de reavaliação dos elementos no balanço (ativos e passivos) e dos elementos fora do balanço. Essa análise facilita a representação básica da estrutura do balanço e permite detectar concentrações de riscos de juros nos diferentes prazos. Além disso, é uma ferramenta útil para estimar o possível impacto de variações eventuais nas taxas de juros sobre a margem financeira e sobre o valor patrimonial da instituição.
Complementarmente à análise do gap de liquidez também é elaborado um modelo da liquidez estrutural, cujo objetivo é avaliar o perfil da estrutura das fontes e dos usos dos recursos do Banco e inclui também estudos de índices de liquidez.
3 - Gap de liquidez projetado
Todos os elementos no balanço e fora do balanço devem ser classificados por fluxos e reorganizados pelo ponto de reavaliação dos preços e pelos vencimentos. Quando não houver um vencimento por contrato, será utilizado um modelo interno de análise e estimativa da sua duração e sensibilidade.
A sensibilidade da margem financeira mede a variação nos valores a receber esperados para um período específico (12 meses) quando houver deslocamento na curva das taxas de juros.
Acompanhamento e gestão do caixa realizados diariamente, levando-se em consideração a situação de mercado, vencimentos e renovações de ativos e passivos, necessidade de curto prazo de liquidez e eventos específicos.
O cálculo da sensibilidade da margem financeira é feito simulando a margem em um cenário de variações na curva das taxas e no cenário atual. A sensibilidade é a diferença entre as duas margens calculadas.
Com base no gap de liquidez contratual, novos fluxos de vencimentos são projetados levando-se em consideração o plano orçamentário do Banco.
• Funding de Mercado Curto Prazo/Funding de Mercado - mede o percentual de perda provável de liquidez de curto prazo (<90 dias) sobre o total de funding pouco estáveis.
• Depósitos/Operações de Crédito - mede a capacidade da instituição de financiar operações de crédito com funding mais estáveis e de menor custo. • Passivos Estáveis/ Ativos Permanentes - mede a relação entre o Capital + Outros Passivos Estáveis e os Investimentos + Outros Ativos Permanentes. O gap de liquidez contratual demonstra os fluxos de vencimentos contratuais de forma consolidada dos principais produtos do Banco e os descasamentos existentes. Informa também a liquidez disponível a um dia e o consumo ou incremento da liquidez no período.
As medidas utilizadas para controlar o risco de liquidez na gestão de balanço são o gap de liquidez, os índices de liquidez, os cenários de estresse e os planos de contingência.
O Banco Santander utiliza em sua gestão de risco de liquidez o "Liquidity Coverage Ratio " (LCR). LCR é um índice de liquidez de curto prazo para um cenário de estresse de 30 dias, resultado da divisão de ativos líquidos de alta qualidade e sáidas líquidas em 30 dias.
Recursos de Clientes
Recursos de Clientes
0 a 30 dias Total % 0 a 30 dias Total %
Depósito a Vista 15.794 15.794 100% 14.990 14.990 100% 35.901 35.901 100% 35.842 35.842 100% 24.452 150.686 16% 22.048 148.682 15% 944 2.379 40% 1.896 2.855 66% 6.304 105.120 6% 8.126 98.246 8% 4.114 46.124 9% 2.836 52.769 5% - 8.784 0% 234 18.006 1% 87.509 364.788 24% 85.972 371.390 23%
Fluxos Futuros não Descontados Exceto para Derivativos
Acima de 5 anos Total
27.093 5.262 4.749 36.135 25.573 98.812 20.762 2.390 2.867 27.676 20.991 74.686 6.331 2.872 1.882 8.459 4.582 24.126 1.492 1.373 1.819 55.056 29.854 89.594 1.492 1.373 1.819 55.056 29.854 89.594 38 14 52 586 1.824 2.514 38 14 52 586 1.824 2.514 79 170 227 3.307 9.979 13.762 58.594 - - - - 58.594 18.151 112.337 42.763 106.518 82.770 362.539 Total 105.447 119.156 49.610 201.602 150.000 625.815 135.725 51.098 50.024 86.535 7.444 330.826 - 347 330 10.633 - 11.310 6.234 41.431 35.390 27.344 521 110.920 6.046 1.308 1.268 7.123 4.167 19.912 31.551 - - - - 31.551 Total 179.556 94.184 87.012 131.635 12.132 504.519 de 0 a 30 dias de 31 a 180 dias de 181 a 365 dias de 1 a 5 anos
Outros Ativos Financeiros ao Valor Justo no Resultado
Investimentos Mantidos até o Vencimento Reservas no Banco Central
Empréstimos e Recebíveis Total
Os ativos e passivos de acordo com os vencimentos contratuais remanescentes, considerando os fluxos não descontados são os seguintes:
Posições vendidas
Em milhões de Reais
Passivos Remunerados:
Depósitos de clientes e Instituições de Crédito
Dívidas Subordinadas / Instrumentos de Dívida Elegíveis a Capital
Obrigações por títulos e valores mobiliários
2016
Ativos Remunerados:
Em milhões de Reais
Ativos Financeiros para Negociação
Instrumentos de Dívida Derivativos
Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
Derivativos
2015
O Banco Santander possui distintas fontes de financiamento, tanto em termos de produtos como do mix de clientes, com destaque para operações de varejo do grupo Depósitos a Prazo. O total de recursos de clientes está atualmente no patamar de R$364.788 milhões e apresentou estabilidade em comparação aos volumes do final de 2015.
2016
Depósito Poupança Depósito a Prazo
Depósito Interfinanceiros
Dívidas Subordinadas / Instrumentos de Dívida Elegíveis a Capital
Recursos de Aceites e Emissão de Títulos Obrigações por Empréstimos e Repasses
Instrumentos de Dívida
Instrumentos de Dívida
O total de High Quality Liquidity Assets - HQLA (Ativos Líquidos) é composto principalmente por títulos públicos federais brasileiros e retornos de compulsório. As saídas líquidas são compostas majoritariamente por perdas de depósitos, compensadas em parte pelas entradas, principalmente créditos.
Ao longo das três observações presentes nesta divulgação (exercício com saldos ponta de outubro, novembro e dezembro de 2016) a instituição apresentou um superávit (diferença entre ativos líquidos e saídas líquidas) de R$32,1 bilhões, que resultou no LCR de 174%(1)(2015 - 136%), confortavelmente acima do requerimento regulatório de 70%.
Fluxos Futuros não Descontados Exceto para Derivativos