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Gestão do risco

No documento Banco Santander (Brasil) S.A. (páginas 104-106)

SOP 2014 (1) Posição RTA

48. Gestão do risco

A Gestão de Riscos no Banco Santander é baseada nos seguintes princípios :

a) Governança Corporativa da Função de Riscos 2. Envolvimento da Alta Direção nas tomadas de decisão.

• A diversificação da carteira, limitando as concentrações em clientes, grupos, setores, produtos ou geografias; redução do nível de complexidade das operações de mercado; análise dos riscos socioambientais dos negócios e projetos financiados pelo banco; acompanhamento contínuo para a prevenção da deterioração das carteiras.

4. Decisões colegiadas, incluindo a rede de agências, com o objetivo de estimular a diversidade de opiniões e evitar a atribuição de decisões individuais.

d) Preparação e distribuição de um conjunto completo de relatórios que são revisados diariamente pela Diretoria do Banco Santander.

6. Enfoque global, com o tratamento integrado dos fatores de risco nas unidades de negócio e a utilização do conceito de capital econômico como métrica homogênea do risco assumido e para a avaliação da gestão.

A estrutura dos comitês de Riscos do Banco Santander é definida conforme prudente padrão de gestão de riscos e, sempre respeitando o ambiente normativo e regulatório local.

b) Identificação dos riscos, por meio de revisão e monitoramento constantes das exposições, avaliação de novos produtos e negócios e análise específica das transações singulares.

a) Adaptação das estruturas e políticas de gestão de risco que refletem os princípios de gestão de risco do Banco Santander. 3. Consenso nas decisões sobre operações de crédito entre as áreas de Riscos e Comerciais.

5. Uso de ferramentas estatísticas de previsão de inadimplência como rating interno e credit scoring e behaviour scoring , RORAC (Rentabilidade Ajustada ao Risco), VaR (Value at Risk, ou valor em Risco), capital econômico, análise de cenários, entre outras.

− Integrar e adaptar a cultura de riscos do Banco ao âmbito local, além da estratégia de gestão de riscos, nível de tolerância e predisposição ao risco, previamente aprovados pelo Comitê Executivo e Conselho de Administração, todos compatibilizados com os padrões corporativos do Banco Santander Espanha;

7. Instrumentos comuns de gestão

Suas principais atribuições são:

−Autorizar o uso das ferramentas de gestão, modelos de riscos locais e conhecer o resultado de sua validação interna; c) Medição dos riscos utilizando métodos e modelos testados periodicamente.

1. Independência da função de riscos com relação ao negócio.

g) Capital econômico, como medida consistente do risco assumido e base para a medição da gestão realizada.

f) Modelos baseados em classificação e score internos que, ao avaliar os diversos componentes de risco qualitativos e quantitativos por cliente e por operação, permitem estimar, primeiro, a probabilidade de inadimplência e, depois, a perda com base nas estimativas LGD.

h) RORAC, usado tanto como ferramenta de precificação da operação no segmento atacado, mais especificamente em empresas de relacionamento global, (abordagem de baixo para cima) como na análise das carteiras e unidades (abordagem de cima para baixo).

i) VaR, usado para controlar e definir os limites de risco de mercado para as diversas carteiras da tesouraria.

j) Análise de cenário e teste de estresse para complementar as análises de mercado e de risco de crédito a fim de avaliar o impacto dos cenários alternativos, até mesmo sobre as provisões e o capital.

No Santander Brasil, o processo de controle e gestão de riscos foi definido tomando-se como referência a estrutura definida no nível corporativo, descrito de acordo com as seguintes fases:

8. Estrutura organizacional 9. Alçadas e responsabilidades

11. Reconhecimento

• Definição de políticas e procedimentos, que constituem o Marco Normativo de Riscos, pelo qual se regulam as atividades e processos de risco, seguindo as instruções do Conselho de Administração, a regulamentação do Banco Central do Brasil e as boas práticas internacionais, visando proteger o capital e garantir a rentabilidade dos negócios.

O modelo organizacional é composto pelo mapa de gestão, que define as responsabilidades de cada área por tipo de risco, pela função de governança de risco e pela própria estrutura regulamentar.

− Manter-se informado, avaliar e seguir quaisquer observações e recomendações que venham a ser periodicamente feitas pelas autoridades de supervisão no cumprimento de suas funções.

e) Implementação de um sistema de controle de risco que verifique, diariamente, o grau em que o perfil de risco do Banco satisfaz as políticas aprovadas e os limites definidos. As ferramentas e técnicas mais significativas (mencionadas acima), já utilizadas pelo Banco Santander estão em diferentes estágios de maturidade em relação ao nível de implementação e uso no Banco. Para o segmento de atacado, essas técnicas estão em linha com o desenvolvimento do nível corporativo. Para os demais segmentos, modelos baseados em classificações e scorings internos, análise de VaR e de cenário de risco de mercado e teste de estresse já foram adaptados na rotina de gestão de risco enquanto que a perda esperada, o capital econômico e RORAC estão em processo de integração na gestão de riscos.

− Avaliar e aprovar propostas, operações e limites, seja de crédito ou de mercado, de clientes e carteiras; 13. Manutenção de um perfil de riscos médio-baixo, e baixa volatilidade mediante:

10. Limitação de riscos

12. Canais de informação eficientes

A Estrutura Corporativa de Gestão de Risco, aprovada pela Alta Administração (Riscos) tem a função de estabelecer os princípios e as normas que governam o modus operandi geral das atividades de risco do Banco Santander, com base nos modelos corporativos de organização e , atendendo aos requisitos necessários de regulação para a gestão do crédito.

b) Risco de Crédito

b.1) Introdução ao tratamento do risco de crédito

b.2) Medidas e ferramentas de mensuração Ferramentas de rating

Parâmetros de risco de crédito

A Gestão de Riscos é especializada em função das características dos clientes, sendo segregada entre clientes individualizados (com acompanhamento de analistas dedicados) e clientes com características similares (estandarizados).

Além disso, o período de Identificação da perda (Loss identification Period - LIP) também é considerado na estimativa dos parâmetros de risco que é representado pelo período de tempo entre a ocorrência de um evento de perda e a identificação da evidência objetiva dessa perda pelo Banco. Em outras palavras, representa o horizonte de tempo desde a ocorrência da perda de crédito até a efetiva confirmação dessa perda.

Possui um núcleo denominado Arquitetura de Riscos, o qual integra um conjunto de funções transversais a todos os fatores de risco, necessárias para a construção de um modelo de gestão avançado. Fazem parte desta estrutura as áreas de Metodologia (desenvolvimento, parametrização de modelos que alcancem todas as áreas de risco), Governança, Política e Cultura de Riscos, Capital, Stress Test e Risk MI , responsável pela geração, exploração e divulgação de informações além dos projetos de sistemas de informação.

• Gestão estandarizada – Voltada a pessoas físicas e empresas não enquadradas como clientes individualizados. Baseia-se em modelos automatizados de tomada de decisão e de avaliação do risco interno, complementados por alçadas comerciais e equipes de analistas especializados para tratar exceções.

Aspectos macroeconômicos e condições de mercado, concentração setorial e geográfica, assim como o perfil dos clientes e as perspectivas econômicas também são avaliados e considerados na mensuração adequada de risco de crédito.

As estimativas de parâmetros de risco Probabilidade de Inadimplência (PD, Probability of Default ) e Perda dada ao“default” (LGD, “Loss Given Default” ) são baseadas na experiência interna, ou seja, nas observações de inadimplência ou no histórico de recuperação de créditos inadimplentes durante um ciclo de crédito definido.

A estrutura organizacional da VPE é composta por áreas responsáveis pelo gerenciamento de risco de crédito, mercado e estrutural, operacional e riscos de modelo. A estrutura de gerenciamento de risco de crédito é composta por diretorias que atuam sob o ponto de vista de gestão de portfólios do varejo e do atacado. Uma área especifica tem como missão consolidar os portfólios e seus respectivos riscos, subsidiando a Direção com a visão integrada de riscos. Além desta atribuição, também é responsável pelo atendimento aos reguladores, auditores externos e internos, assim como à matriz do Grupo na Espanha.

O gerenciamento de Riscos de Crédito fornece subsídios à definição de estratégias conforme o apetite de riscos, além de estabelecer limites, abrangendo a análise de exposição e tendências, bem como a eficácia da política de crédito. O objetivo é manter um perfil de risco e uma adequada rentabilidade mínima que compensem a inadimplência estimada, tanto do cliente como da carteira, conforme definido pelo Comitê Executivo e Conselho de Administração. Adicionalmente, é responsável pelos sistemas de gestão de riscos e aplicados na identificação, mensuração, controle e diminuição da exposição ao risco em operações individuais ou agrupadas por semelhança.

• Gestão individualizada – É executada por um analista de riscos definido, que prepara as análises, encaminha ao Comitê de Riscos e faz o acompanhamento da evolução do cliente. Abrange os clientes do segmento de Atacado (Corporate e GB&M), instituições financeiras e determinadas empresas;

O Banco usa modelos próprios de ratings para medir a qualidade de crédito de um cliente ou de uma operação. Cada rating está relacionado com uma probabilidade de inadimplência ou não pagamento, determinada a partir da experiência histórica do Banco, com exceção de algumas carteiras conceituadas como low default portfólios onde é recorrido a dados de mercado para prever a inadimplência. Os scores/ratings são utilizados no processo de aprovação e acompanhamento do risco de crédito.

A classificação das operações de crédito em diferentes categorias é feita de acordo com a análise da situação econômico-financeira do cliente e outras informações cadastrais atualizadas frequentemente. Novas modalidades de operação são submetidas à avaliação de risco de crédito e à verificação e adequação aos controles adotados pelo Banco.

O cálculo da LGD está baseado nas perdas líquidas de empréstimos não honrados, levando-se em conta as garantias associadas à transação, as receitas e despesas relacionadas com o processo de recuperação e, ainda, o tempo de inadimplência.

Para as demais carteiras, as estimativas de parâmetros baseiam-se na experiência interna do Banco.

Um maior detalhamento da estrutura, metodologias e sistema de controle, relacionados à gestão de riscos, está descrito no relatório disponível no endereço eletrônico www.santander.com.br.

Em alguns casos, os dados observáveis ou históricos exigidos para estimar a quantia de perda no valor recuperável resultante de ativo financeiro podem estar limitados ou já não ser totalmente relevantes para as circunstâncias atuais. Nesses casos, a entidade usa o seu juízo baseado na experiência para estimar a quantia de qualquer perda no valor recuperável. De modo similar, a entidade usa o seu juízo baseado na experiência para ajustar os dados observáveis para que um grupo de ativos financeiros reflita as circunstâncias atuais.

As classificações atribuídas aos clientes são revisadas periodicamente, incorporando a nova informação financeira disponível e a experiência desenvolvida na relação bancária. A frequência dessas novas avaliações é maior para os clientes que alcançam certos níveis nos sistemas automáticos de alerta e também àqueles classificados como de acompanhamento especial. As ferramentas de rating também são revisadas para que as qualificações por elas atribuídas sejam progressivamente aperfeiçoadas.

Para as carteiras com um histórico interno de baixa inadimplência, como no caso de bancos, risco soberano ou clientes globais do atacado, os parâmetros são estimados com base em informações do mercado de CDS e com âmbito global, aproveitando a presença internacional do Grupo Santander (low default portfólios ).

Adicionalmente à Probabilidade de Inadimplência (PD), o Banco faz o gerenciamento de sua carteira de crédito, procurando conceder empréstimos à tomadores que apresentem maiores volumes de garantias associadas às operações e também atua constantemente no fortalecimento de sua área de recuperação de crédito. Essas e outras ações combinadas, são responsáveis por garantir a adequação dos parâmetros da LGD (Loss Given Default , a perda decorrente da hipótese de inadimplência do tomador em honrar o principal e/ou pagamento de juros).

2016 2015 2014

No documento Banco Santander (Brasil) S.A. (páginas 104-106)