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Avaliação Visão & Missão

6 – PROJETO BARRA

6.3 Escolha da Equipe do Projeto

A equipe do projeto foi escolhida entre os departamentos administrativo e educacional. Todos aqueles que constituem essa equipe são membros seniores da organização, com experiência em outros projetos tanto dentro da escola, quanto em outras organizações. Cada um possui uma experiência peculiar que será útil em uma determinada área. O equilíbrio de pessoas externas ao grupo será dado pelo Gerenciador. Esse cargo seria ocupado por uma pessoa externa a ser contrata pela Escola e pelo Comitê de Desenvolvimento, órgão formado por membros do Conselho, pelo diretor da Escola, pela gerente administrativa e financeira e pelo coordenador de desenvolvimento.

O gerenciador faria a ligação da Escola entre os arquitetos e projetistas, e, durante a obra, entre a Escola e a Construtora. Esse profissional deveria participar de todas as reuniões.

A equipe interna desse projeto foi formada pelos seguintes cargos: 1. Diretor da Escola, o qual funciona como um mediador;

2. Diretora Brasileira: profissional com grande experiência no que se refere à documentação necessária a abertura dessa unidade. Sua experiência em outros projetos de abertura de escolas e em outras organizações nacionais de grande porte também a tornaria responsável pela contratação dos funcionários educacionais;

3. Gerente Administrativa e Financeira: possui experiência em projetos da Escola e de outras organizações. Seria responsável, junto a sua equipe, pela concorrência e coordenação da obra; pela compra de todo material educacional da nova unidade; pelo alvará para a nova unidade; pela contratação dos funcionários administrativos e de serviços de manutenção de jardins e piscina;

4. Coordenadora do Primário Botafogo: cabe a esse profissional contratar os funcionários educacionais para a nova unidade, além de apontar o currículo britânico e os materiais educacionais necessários à nova unidade;

5. Vice Diretora da unidade Recreio: além de participar, com sua experiência, na contratação dos funcionários da área educacional, explicitaria as necessidades da parte física para receber as crianças e os materiais educacionais;

6. Coordenadora de Desenvolvimento: responsabilizar-se-ia pela relação entre a equipe do projeto e os arquitetos.

Definiu-se que, inicialmente, a equipe reunir-se-ia a cada quinze dias. Já com o desenvolvimento mais avançado do projeto, os encontros seriam semanais. As minutas seriam de responsabilidade da Coordenadora de Desenvolvimento. Todas as decisões seriam tomadas em equipe.

6.4 Localização

O crescimento da cidade do Rio de Janeiro está direcionado para a Barra da Tijuca. Nos últimos 15 anos, essa é a região que mais cresce na

cidade, acolhendo vários condomínios residenciais e centros comerciais. Recentemente, muitas empresas estão mudando seus escritórios para a região, transformando a área em um dos principais centros de negócios da cidade. A ocupação do bairro se apresenta como um processo de expansão da Zona Sul da cidade, sendo este conseqüência do primeiro.

A área territorial do bairro faz com que ele seja o quinto maior bairro do município, apresentando 53,15% da área urbanizada. Além disso, 10% de sua área são tomados por um complexo hidrográfico, extremamente singular no município do Rio de Janeiro.

Os anos 90 foram fortemente marcados pela construção de edifícios comerciais e de escritórios. Como causa, sedes de grandes empresas, como Amil, Shell, CBF e, mais recentemente, a Unimed, transferiram-se para o bairro, aumentando o contingente populacional da região.

Também é a partir dessa mesma década que o turismo ganha importância na Barra da Tijuca. Pode-se notar, claramente, a construção de parques temáticos – Terra Encantada, Rio Water Planet, Wet n’ Wild – e de hotéis, como o da rede Sheraton, Blue Tree e, mais recentemente, o Transamérica. Os shoppings também se multiplicaram.

No final da década de 90, surgem duas novas formas de morar na Barra da Tijuca. A primeira é o home office, novos condomínios privados, que procuram conciliar, em um mesmo espaço, a moradia e o escritório, para o morador poder trabalhar em casa. A segunda forma de moradia implicou a construção, para um outro estrato da classe média, de edifícios construídos em terrenos menos valorizados, um pouco distantes

do núcleo de concentração da Barra, como é o caso do Rio 2 e do Nova

Barra.

Desta forma, desde o início da década de 70, a função do bairro tem se modificado. Se anteriormente as famílias moravam na Barra, mas trabalhavam e estudavam fora do bairro; com o passar do tempo, a construção de novos edifícios e toda uma gama de comércio e de serviços desenvolvidos ao longo da década de 80 e 90, o bairro se caracteriza não só pelo residencial, mas também pelas funções mais diversas possíveis: comércio, serviços, lazer, turismo. Assim, a Barra da Tijuca começa a ganhar forma a função de um novo centro metropolitano, como salienta Lucio Costa:

Atualmente, é possível afirmar que a Barra da Tijuca cumpre, de modo simultâneo, os papéis de expansão urbana da cidade do Rio de Janeiro e de centro de prestação de serviços em escala metropolitana, atraindo habitantes de municípios situados na Baixada Fluminense e Niterói. (Leitão 1995:20).

Até recentemente, não havia nenhuma escola internacional na Barra. No entanto, em 2002, a Escola Suíça iniciou suas operações no bairro. Assim, a região não somente oferece uma demanda mal atendida e um mercado crescente, mas também é a única área da cidade com grandes espaços disponíveis para construções. Ao mesmo tempo, destaca-se que a abertura da nova unidade na Zona Oeste, não implicará a redução do número de alunos em outras unidades: a continuidade das unidades na Zona Sul da escola em estudo garantirá o atendimento às famílias que continuarão a viver nesta região.

Portanto, a Escola identificou duas áreas potenciais que atendem os pré-requisitos.

A primeira área está situada dentro de um condomínio de 500 mil metros quadrados, numa das melhores localizações: atrás do Bosque da

Barra. Toda a área, assim como as áreas adjacentes, está sendo

desenvolvida com condomínios residenciais de alta qualidade. As principais vantagens dessa área são: sua localidade (a 5 minutos do

Barra Shopping) e a certeza de uma vizinhança segura. Um terreno de

50-60 mil metros quadrados foi oferecido a um preço de US$200/m². Os primeiros contatos com os proprietários resultaram num mútuo interesse no projeto. O custo, entretanto, deveria ser negociado, assim como o financiamento;

Por sua vez, a segunda área, localizada na estrada que liga a Avenida das Américas ao Riocentro, também fazia parte de um complexo pertencente a uma grande construtora, que não havia definido planos concretos para o desenvolvimento da área. O terreno possuía 70 mil metros quadrados e foi oferecido a um preço de US$5,5 milhões (US$100/m²).