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CAPÍTULO 2 CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS

2.2. Etapas de construção da pesquisa

2.2.1. Pesquisa bibliográfica

Segundo Gil (2002), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Sua finalidade é de colocar o pesquisador em contato com o que já se produziu e se registrou a respeito do tema de pesquisa (MINAYO, 2008).

Inicialmente, essa técnica foi utilizada de modo a situar teoricamente as categorias “Nutrição” e “Educação Popular”, bem como a categoria “Educação Alimentar e Nutricional”, para estabelecermos compreensões profundas acerca de cada um desses conceitos, contextualizá-los e assentar bases sólidas para discutir sobre seus limites e suas potencialidades, com vistas a explicar como se constrói o agir crítico em Nutrição. Para tanto, procedemos com a pesquisa na base de dados Scielo, além do Banco de Teses da CAPES, onde as palavras-chave de busca foram, exatamente, as próprias categorias: “Nutrição” e “Educação Popular” e “Educação Alimentar e Nutricional”. Devido à extensa relação de resultados encontrados em cada conceito, não detalharemos cada um deles.

Em seguida, realizamos pesquisa com outras palavras-chave, visando encontrar elementos para compreender as possibilidades e as lacunas na interação entre os campos da Nutrição e da Educação Popular, tendo como fio condutor de interesse: “as interfaces e os distanciamentos

entre o agir da Nutrição e a prática educativa na perspectiva da Educação Popular”. Esse foi nosso foco.

Para tanto, empreendemos pesquisa na base de dados acadêmicos

Scielo2, efetuando buscas pelo cruzamento das palavras-chave: “nutrição” x

“educação popular”; “nutrição” x “educação”; “nutrição” x “crítica”; “educação alimentar e nutricional” x “crítica”; “educação alimentar e nutricional” x “educação popular”; “segurança alimentar e nutricional” x “educação popular”; “segurança alimentar e nutricional” x “educação”.

Trata-se de reflexões teóricas provindas de pesquisas teóricas e sistematizações de experiências em SAN e em práticas de EAN. Essas obras são citadas ao longo da tese e detalhadamente referenciadas no item de Referências Bibliográficas, conforme as normas da ABNT.

Categorias Número de

artigos

Referência

“nutrição” x “educação 02 CRUZ, Pedro José Santos Carneiro et al . Desafios

2 Acessado pelo endereço www.scielo.org .

popular” para a participação popular em saúde: reflexões a partir da educação popular na construção de conselho local de saúde em comunidades de João Pessoa, PB. Saude soc., São Paulo , v. 21, n. 4, Dec. 2012.

OLIVEIRA, Sabrina Ionata de; OLIVEIRA, Kathleen Sousa. Novas perspectivas em educação alimentar e nutricional. Psicol. USP, São Paulo , v. 19, n. 4, Dec. 2008 .

“nutrição” x “crítica” 02 SCHNEIDER, Olívia Maria Ferreira; NEVES, Alden dos Santos. Conversas sobre formarfazer a nutrição: as vivências e percursos da Liga de Segurança Alimentar e Nutricional. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 18, n. 48, 2014 .

JUNQUEIRA, Túlio da Silva; COTTA, Rosângela Minardi Mitre. Matriz de ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica de Saúde: referencial para a formação do nutricionista no contexto da educação por competências. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 19, n. 5, May 2014

“educação alimentar e nutricional” x “crítica”

01 SCHNEIDER, Olívia Maria Ferreira; NEVES, Alden dos Santos. Conversas sobre formarfazer a nutrição: as vivências e percursos da Liga de Segurança Alimentar e Nutricional. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 18, n. 48, 2014 . “educação alimentar e nutricional” x “educação popular” 00 - “segurança alimentar e nutricional” x “educação popular” 00 -

nutricional” x “educação” Aguiar Carrazedo; POBLACION, Ana Paula. Características sociodemográficas e nutricionais de crianças brasileiras menores de 2 anos beneficiárias de programas de transferência condicionada de renda em 2006. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 19, n. 3, Mar. 2014 .

SCHNEIDER, Olívia Maria Ferreira; NEVES, Alden dos Santos. Conversas sobre formarfazer a nutrição: as vivências e percursos da Liga de Segurança Alimentar e Nutricional. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 18, n. 48, 2014 .

Quadro 01. Detalhamento de resultados de pesquisa por artigos científicos na base de dados Scielo, conforme critérios estabelecidos.

Devido ao número extenso (104 no total) de resultados, quando do cruzamento das palavras “nutrição” e “educação”, não ilustramos todos os artigos e textos encontrados. Em cada um deles, procedemos com um “filtro” de análise para avaliar se o texto em questão cabia no foco desta pesquisa ou não. Para tanto, primeiro observamos os títulos e os resumos de cada um deles, fazendo uma primeira exclusão. Em seguida, efetivamos uma busca das citações referidas diretamente à palavra “educação” nesses textos, para fazer uma nova avaliação e excluir textos fora de nosso foco investigativo. Foi assim que chegamos a esta amostra.

Categorias Número

de artigos

Referência

“nutrição” x “educação” 16 CANESQUI, Ana Maria. Pesquisas qualitativas em Nutrição e alimentação. Rev. Nutr., Campinas , v. 22, n. 1, Feb. 2009

FERREIRA, Vanessa A.; MAGALHAES, Rosana. Nutrição e promoção da saúde: perspectivas atuais. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 23, n. 7, July 2007 .

serviços públicos de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 15, supl. 2, Jan. 1999 .

SOARES, Nadia Tavares; AGUIAR, Adriana Cavalcanti de. Diretrizes curriculares nacionais para os cursos de nutrição: avanços, lacunas, ambiguidades e perspectivas. Rev. Nutr., Campinas , v. 23, n. 5, Oct. 2010 .

JAIME, Patrícia Constante et al . Ações de alimentação e nutrição na atenção básica: a experiência de organização no Governo Brasileiro. Rev. Nutr., Campinas , v. 24, n. 6, Dec. 2011

SCHNEIDER, Olívia Maria Ferreira; NEVES, Alden dos Santos. Conversas sobre formarfazer a nutrição: as vivências e percursos da Liga de Segurança Alimentar e Nutricional. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 18, n. 48, 2014 .

SANTOS, Ligia Amparo da Silva. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas contribuições para reflexão. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 17, n. 2, Feb. 2012 .

SANTOS, Ligia Amparo da Silva. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Rev. Nutr., Campinas , v. 18, n. 5, Oct. 2005 .

AMPARO-SANTOS, Lígia. Avanços e desdobramentos do marco de referência da educação alimentar e nutricional para políticas públicas no âmbito da universidade e para os aspectos culturais da alimentação. Rev. Nutr., Campinas , v. 26, n. 5, Oct. 2013 .

JUNQUEIRA, Túlio da Silva; COTTA, Rosângela Minardi Mitre. Matriz de ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica de Saúde: referencial para a formação do nutricionista no contexto da educação por competências. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 19, n. 5, May

2014 .

BOOG, Maria Cristina Faber. Programa de educação nutricional em escola de ensino fundamental de zona rural. Rev. Nutr., Campinas , v. 23, n. 6, Dec. 2010 .

OLIVEIRA, Sabrina Ionata de; OLIVEIRA, Kathleen Sousa. Novas perspectivas em educação alimentar e nutricional. Psicol. USP, São Paulo , v. 19, n. 4, Dec. 2008 .

DOMENE, Semíramis Martins Álvares. A escola como ambiente de promoção da saúde e educação nutricional. Psicol. USP, São Paulo , v. 19, n. 4, Dec. 2008 .

BERNARDON, Renata et al . Construção de metodologia de capacitação em alimentação e nutrição para educadores. Rev. Nutr., Campinas , v. 22, n. 3, June 2009 .

RODRIGUES, Lívia Penna Firme; RONCADA, Maria José. A educação nutricional nos programas oficiais de prevenção da deficiência da vitamina A no Brasil. Rev. Nutr., Campinas , v. 23, n. 2, Apr. 2010 .

RECINE, E. et al . A formação em saúde pública nos cursos de graduação de nutrição no Brasil. Rev. Nutr., Campinas, v. 25, n. 1, Feb. 2012.

CRUZ, Pedro José Santos Carneiro et al . Desafios para a participação popular em saúde: reflexões a partir da educação popular na construção de conselho local de saúde em comunidades de João Pessoa, PB. Saude soc., São Paulo , v. 21, n. 4, Dec. 2012

LIMA, Eronides da Silva; OLIVEIRA, Celina Szuchmacher; GOMES, Maria do Carmo Rebello. Educação nutricional: da ignorância alimentar à representação social na pós- graduação do Rio de Janeiro (1980-98). Hist. cienc. saude- Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 10, n. 2, Aug. 2003 .

Quadro 02. Detalhamento de resultados de pesquisa por artigos científicos na base de dados Scielo, conforme critérios estabelecidos.

Conforme detalharemos abaixo, consideramos outros textos acadêmicos que não foram abrangidos na pesquisa no Scielo, mas que constituem, a nosso ver, referências clássicas significativas para o debate em curso. Incluímos também documentos oficiais de políticas públicas de saúde e SAN produzidos nos últimos doze anos. A escolha, nesse sentido, não foi feita através de uma pesquisa em base de dados, mas de forma intencional. Portanto, foram selecionados os documentos mais relevantes no campo.

Número Referência

1. ABRANDH – Associação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos (2010). Direito humano à alimentação adequada no contexto da segurança alimentar e nutricional . Valéria Burity ... [et al.]. Brasília, DF: ABRANDH, p.204, 2010.

2. AMPARO-SANTOS, Lígia. Avanços e desdobramentos do marco de referência da educação alimentar e nutricional para políticas públicas no âmbito da universidade e para os aspectos culturais da alimentação. Rev. Nutr., Campinas , v. 26, n. 5, Oct. 2013 .

3. BOOG, M.C.F. Contribuições da educação nutricional à construção da segurança alimentar. Saúde em Revista, Piracicaba, v. 6, n. 13, p.17-23, maio/ago. 2004.

4. BOOG, M.C.F. Educação nutricional: passado, presente, futuro. Revista de Nutrição, Campinas -SP, v. 10, n.1, p. 5-19, 1997.

5. BOOG, M.C.F.. Atuação do nutricionista em saúde pública na promoção da alimentação saudável. Revista Ciência & Saúde, v. 1, p. 33-42, 2008.

6. BRASIL. Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, Seção 1, 18 set. 2006.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resolução Nº196/96. Versão 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília:

CONEP, 2012.

8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição . Brasília : Ministério da Saúde, 2012a.

9. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Brasília- DF: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2012.

10. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. – Brasília, DF: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2012b.

11. BURITY, V. et al. Direito humano à alimentação adequada no contexto da segurança alimentar e nutricional. Brasília, DF: ABRANDH, p.204, 2010.

12. BURLANDY, L. Atuação do nutricionista em saúde coletiva. [s.l., s.n.], 2005. Mimeografado.

13. CASTRO IRR, CASTRO LMC, GUGELMIM SA. Ações educativas, programas e políticas envolvidos nas mudanças alimentares. In: Diez-Garcia RW, Cervato- Macuso AM. (org). Mudanças alimentares e educação nutricional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. pp 18 - 34.

14. CONSEA – Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Princípios e diretrizes de uma Política de SAN. Brasília, Gráfica e Editora Positiva. p.81, 2004.

15. CONTRERAS J, Gracia M. Alimentação, sociedade e cultura. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2011. 496p.

16. FERREIRA, V.A.; MAGALHÃES, R. Nutrição e promoção da saúde: perspectivas atuais. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 7, p.1674-1681, jul. 2007.

17. OLIVEIRA, S.I.; OLIVEIRA, K.S. Novas perspectivas em Educação Alimentar e Nutricional. Revista Psicologia USP, São Paulo, v.19, n. 4, p. 495-504, out./dez. 2008.

saúde no contexto da segurança alimentar e nutricional.. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 29, n.70, p. 125-139, 2006.

19. RECINE, E. et al . A formação em saúde pública nos cursos de graduação de nutrição no Brasil. Rev. Nutr., Campinas, v. 25, n. 1, Feb. 2012 .

20. RECINE, E.; VASCONCELLOS, A.B. Políticas nacionais e o campo da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva: cenário atual. Ciência e Saúde Coletiva, v. 16, n. 1, p.73-79, 2011.

21. SANTOS LAS. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Revista de Nutrição 2005.

22. SANTOS, A.C. A inserção do nutricionista na estratégia da saúde da família: o olhar de diferentes trabalhadores da saúde. Revista Família, Saúde e Desenvolvimento, Curitiba, v. 7, n. 3, p.257-265, set./dez. 2005.

23. SANTOS, L.A.S. O fazer Educação Alimentar e Nutricional: algumas contribuições para reflexão. Ciência & Saúde Coletiva, v.17, n.2, p.453-462, 2012.

24. VALENTE, F. L. Fome e Desnutrição: Determinantes Sociais. São Paulo: Cortez. 1986.

25. VALENTE, Flávio Luiz Schieck. Fome, desnutrição e cidadania: inclusão social e direitos humanos. Saude soc., São Paulo , v. 12, n. 1, jun. 2003 .

26. VASCONCELOS, Ana Claudia Cavalcanti Peixoto de. Práticas educativas em Segurança Alimentar e Nutricional: a experiência da Estratégia Saúde da Família em João Pessoa-PB. / Ana Claudia Cavalcanti Peixoto de Vasconcelos. -- 2013.

27. VASCONCELOS, F. de A. G. de. A ciência da nutrição em trânsito: da nutrição e dietética à nutrigenômica. Rev. Nutr., Campinas, v. 23, n. 6, Dec. 2010 .

Quadro 03. Detalhamento de artigos científicos e textos oficiais escolhidos como fontes de dados, conforme critérios estabelecidos.

Compreendendo as limitações que uma base de dados de artigos acadêmicos apresenta, inclusive por não considerar documentos oficiais, tampouco livros ou coletâneas, empreendemos pesquisa com esses mesmos descritores na base de pesquisas Google. Em seguida, debruçamo-nos sobre

clássicos da literatura em Nutrição e em Educação Popular que, porventura, não tenham sido mapeados nas consultas anteriores.

Diante dos resultados encontrados, a escolha dos artigos a serem efetivamente considerados foi feita de forma intencional de forma intencional, com critério de incluir aquelas que tivessem conteúdo articulado com os propósitos específicos deste objetivo específico em questão neste estudo:

situar teoricamente a Nutrição e a Educação Popular.

2.2.2. Reconstituição da experiência

Em primeiro lugar, julgamos ser pertinente esclarecer qual a compreensão de “experiência” com a qual nos orientamos ao longo desse estudo. Nessa perspectiva, a ideia de experiência implica quaisquer realizações no campo educacional, voltadas à formação de pessoas e à mobilização de sujeitos e grupos sociais para processos de luta e movimentos no campo social e político.

Na acepção de Gadotti (2012), as experiências em Educação Popular têm em comum uma longa história e muitos aprendizados de iniciativas feitas na luta pelo direito à educação, por moradia, por trabalho decente, por saúde pública, por segurança alimentar etc.

Eles são arte-educadores, oficineiros, artistas populares, artesãos, mas são também professores, advogados, sociólogos, cientistas sociais, psicólogos, pedagogos, trabalhadores sociais, historiadores, geógrafos, físicos, matemáticos, químicos, inclusive delegados de polícia, promotores, juízes, administradores públicos, militares, engenheiros e arquitetos, trabalhando no campo, nas periferias urbanas, nos centros degradados das metrópoles, nas ruas e praças, com crianças, jovens, adultos e idosos, pessoas portadoras de deficiências, quilombolas, indígenas, catadores de produtos recicláveis. Eles são voluntários ou contratados por organizações não-governamentais, por empresas privadas ou pelo poder público, trabalhando por um meio ambiente sustentável, pelos direitos humanos, pela cidadania, no trânsito, na formação profissional, no empreendedorismo, no protagonismo infantojuvenil, no esporte, cultura, lazer, em atividades subsidiárias do ensino formal desde a educação infantil até o ensino superior, tratando da problemática das migrações, da marginalização, dos habitantes da rua, dos dependentes químicos, de apenados, do analfabetismo, chegando muitas vezes até

onde o poder público não consegue chegar (GADOTTI, 2012, p.04).

Assim, acostamo-nos na compreensão de Gadotti (2012), que considera o campo da educação social como muito amplo e que compreende o escolar e o não escolar, o formal, o informal e o não formal. É, portanto, de acordo com essas compreensões que utilizamos o termo “experiência”:

a educação social compreende a educação de adultos, popular, comunitária, cidadã, ambiental, rural, educação em saúde e se preocupa, particularmente, com a família, a juventude, a criança e o adolescente, a animação sociocultural, o tempo livre, a formação na empresa, a ação social. O educador social atua no âmbito da Educação de adultos, Educação parental, Educação de deficientes, Educação laboral e ocupacional, Educação para o tempo livre, Educação cívica, Educação comunitária, Educação para a saúde, Educação penitenciária, Educação intercultural, Educação ambiental e outros (GADOTTI, 2012, p.11).

Nessa etapa, contextualizamos a experiência do Programa de Extensão PINAB, a partir da combinação de três técnicas para coletar os dados: pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e observação participante, visando conhecer a conjuntura da experiência, em seu crescente histórico, importante para produzirmos reflexões dialéticas e entendermos em que cenário se constituiu. Assim foi feita a reconstituição histórica do PINAB.

No que tange a pesquisa documental, foram considerados relatórios do PINAB (relatório de atividades do PINAB dos anos de 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013, disponíveis no Blog do PINAB, no endereço

www.projetopinab.blogspot.com) e fotos da experiência do PINAB disponíveis

no sitío eletrônico (Blog) do Programa.

Os trechos daqueles escritos, citados a partir de fonte de relatórios, virão referenciados assim:

Exemplo exemplo exemplo exemplo exemplo exemplo exemplo exemplo exemplo (Autor, Referência bibliográfica do Relatório, em relatório do PINAB).

Os registros fotográficos de eventos e atividades empreendidas, alguns dos quais serão apresentados ao longo desta tese, foram produzidos em eventos de caráter público, com conhecimento de todos os participantes

quanto ao registro fotográfico e sua utilização nos meios públicos de divulgação das experiências do PINAB. Virão assim colocados:

(Descrição, Local, Ano de Produção)

Na pesquisa bibliográfica, foram valorizadas também produções científicas (artigos e um livro) e artísticas dos membros do Projeto, cuja temática se refere especificamente à questão central da tese. Foram utilizados:

- Artigos do PINAB publicados em revistas científicas e livros de âmbito nacional, sendo eles:

1. CRUZ, P. J. S. C. ; VIEIRA, S. C. R. ; MASSA, N. M. ; ARAUJO, T. A. M. ; VASCONCELOS, A. C. C. P. . Desafios para a participação popular em saúde: reflexões a partir da educação popular na construção de conselho local de saúde em comunidades de João Pessoa, PB.. Saúde e Sociedade (USP. Impresso), v. 21, p. 1087-1100, 2012.

2. CARNEIRO, D. G. B. ; MAGALHAES, K. L. O. ; VASCONCELOS, A. C. C. P. ; CRUZ, P. J. S. C. . O agente comunitário de saúde e a promoção da segurança alimentar e nutricional na estratégia saúde da família: reflexões a partir de uma experiência educativa.. Revista de APS (Impresso), v. 13, p. 510-517, 2010.

3. FIRMINO, R. A. S. ; SILVA, J. P. ; RODRIGUES, L. V. ; CRUZ, P. J. S. C. ; VASCONCELOS, A. C. C. P. . Educação popular na promoção da saúde do idoso: reflexões a partir de uma experiência de extensão em João Pessoa- PB. Revista de APS (Impresso), v. 13, p. 523-530, 2010.

4. VASCONCELOS, A. C. C. P. ; PEREIRA, I. D. F. ; CRUZ, P. J. S. C. .