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2 Revisão da literatura

4 Análise e discussão dos resultados

4.1 Análise da interpretação das experiências

4.1.2 Experiência durante o consumo no cluster criativo de turismo

A interpretação da experiência durante o consumo no cluster criativo de turismo foi obtida a partir da resposta dos consumidores sobre o seguinte questionamento: que emoções foram despertadas durante a atividade e quais aspectos utilitários estavam envolvidos durante a experiência? Inicialmente, foi solicitado que entrevistado relatasse em detalhes as etapas das atividades para que se pudesse ter uma noção mais clara de quais fatores, cognitivos ou emocionais, foram vivenciadas durante a experiência de consumo, associados com o que foi observado.

Sabe-se que o conceito de experiência é baseado na perspectiva que vai além da racionalidade do consumidor, especialmente quando se trata de atividades de natureza hedônica como as turísticas. Os consumidores procuram experiências no turismo para enaltecer sensações de prazer, fantasias, sentimentos e diversão (HOLBROOK; HIRSCHAM, 1982; ARNOULD; PRICE, 1993). Nesse caso, os sentimentos não são derivados da aquisição de um bem especifico ou de um serviço esperado, mas dos estímulos que envolvem o contexto no qual a atividade ocorre.

Para concepção das análises, alguns momentos da verdade foram destacados, porque foram observados mais elementos que pudessem envolver maior participação dos turistas para formação da experiência durante a visitação no Alto da Sé, no sítio histórico, como: a interação com os artesãos/artistas e compra dos artesanatos/artefatos - muitos artistas possuem atelier no sítio histórico, onde os turistas podem vê-los produzindo, vendendo suas obras e aprender sobre as técnicas utilizadas; interação com grupos folclóricos – as danças, sons e ritmos musicais representam uma das características criativas de um cluster por serem representações da cultura viva (GONÇALVES, 2008); a visitação a monumentos arquitetônicos, aqui representado pela visitação a igreja Alto da Sé, que possui uma importância histórica, cultural e patrimonial, retratada pela questão religiosa no período da colonização. Os momentos da verdade foram escolhidos por serem comuns, tanto para o período pré-carnavalesco quanto para o evento da copa do mundo, ocorrido entre os meses de junho e julho de 2014. Dessa forma, essas interações compuseram o campo de análise das entrevistas.

Tomando por base os discursos dos sujeitos que fizeram a visitação no período pré- carnavalesco, alguns elementos que conduzem a interpretação da experiência como hedônica

foram identificados, como é possível observar palavras relacionadas à emoção, como admiração, alegria e euforia, podendo-se constatar nos comentários abaixo:

“Visitamos a igreja já tinha uma ideia do tipo e a arquitetura que as igrejas têm, mas ao vivo ali tem um charme um, encanto, uma beleza toda especial (expressão de admiração) (...) poder presenciar um pouco, um pouco da configuração (pausa) o povo construiu, deu seu jeito, criou sua arquitetura, o modo de manter isso em pé, construiu do que dispunha de recursos e tem o seu charme, tem o seu charme também, não são construções matematicamente planejadas e tudo mais, mas tem o seu charme pelo improviso (...) muito rica a diversidade cultural do Olindense, é diferente do povo de Recife (...) também observei as pessoas (confirmando a diversidade cultural), você percebe quem é nativo, as pessoas que estão trabalhando e tudo mais, que tem uma outra expressão, um outro modo de andar, outro modo de falar” (ENTREVISTADO 8, homem, 32 anos, primeira visita).

“Fiquei impressionada com o nível de preservação. Já fomos em outras cidades como Salvador, e não é tão bem preservada não (em relação a Salvador), as igrejas, as casas, a quantidade de loja de artesanato, de coisas locais que eles vendem aqui, é a cultura ne? Fiquei bastante impressionada” (ENTREVISTADO 11, mulher, 27 anos, primeira visita).

No caso do entrevistado 8, a origem como seminarista fez com que a sua interação fosse diferente na ida a igreja em relação aos outros momentos da verdade aqui ressaltados. Logo quando perguntado sobre a experiência vivida, a primeira lembrança resgatada foi o da visitação a igreja secular do Alto da Sé. Seu comportamento observado durante a interação também confirma a importância do momento para construção da experiência, conversando com o guia do projeto Social Dom Helder mais do que os outros turistas durante a visitação guiada e demonstrando maior interesse em visitar locais dentro da igreja não abertos ao público, que foi atendido pelo guia do local, e pelo olhar de admiração em estar naquele ambiente e conhecer toda a história que envolve a igreja. De todos os visitantes, o entrevistado 8, e o entrevistado 9 também, padre e seu companheiro na viagem, foram os que passaram maior tempo no local e interagiram mais com o guia.

Já a entrevistada 11, teve como primeira lembrança resgatada a arquitetura histórica que envolve o espaço do Alto da Sé, em relação a preservação e manutenção. Apesar dos casarios por si não fazerem parte da análise do momento da verdade ressaltados nesta seção, fazem parte do aspecto sensorial do ambiente que ajuda a enaltecer outros elementos, como as igrejas, cultura e artefatos, relatada pelo artesanato observados, conforme foi mencionado posteriormente. O que ajuda a corroborar com os argumentos de Hoffman e Turley (2002), Urry (2002) e Kim e Eves (2012) de que o contexto social vivenciado pelos atores reflete apelos sensoriais que ajudam ao

aumento na interação, na ativação e no nível de envolvimento, que posteriormente podem impelir os indivíduos a comportamentos de compra. No relato da entrevistada 11, por exemplo, foi possível perceber a expressão de admiração e surpresa e tom de voz de exaltação ao comentar sobre as peculiaridades do local e da população, pelo nível de preservação existente na cidade, não apenas arquitetônico, mas também cultural.

Já o relato da entrevistada 12, a emoção descrita estava refletida na sua expressão facial e tonalidade de voz, de euforia e a alegria, especialmente quando foi presenciado um bloco de maracatu formado apenas por mulheres, pelo ritmo, danças, instrumentos e pela caracterização do grupo, vestes e adornos. Quando comentado sobre a experiência que estava vivenciado no local, a entrevistada relatou:

“Ah, teve um bloco que a gente reparou que só tinhas mulheres, um bloco de maracatu, tanto de dançarinas, quanto de pessoas que tocavam os instrumentos. Bacana, um bloco só de mulheres de maracatu. O frevo é lindíssimo, a dança do frevo é absurdamente (expressão de euforia) se eu ficasse aqui mais um tempo queria aprender a dançar. Não queria sair daqui sem aprender a dançar frevo não” (ENTREVISTADO 12, mulher, 32 anos, primeira visita).

Mesmo tendo esse comentário final, a entrevistada 12 interagiu com os componentes do bloco de maracatu formado por mulheres e do grupo de frevo que tinha passado anteriormente, tentando desenvolver alguns passos. Mas, como o grupo estava de passagem, a entrevistada preferiu ficar no local para aproveitar mais o espaço, e observar outros grupos folclóricos que também estavam se dirigindo ao local onde estava. Por esse motivo, a entrevistada se referiu a ação como um não aprendizado. Ressalte-se que nos três relatos acima, a emoção foi derivada da motivação inicial em visitar o sítio histórico de Olinda, por isso maior ênfase nos comentários sobre o momento vivenciado.

No entanto, casos negativos de sentimentos durante a interação também foram presenciados, conforme se apresenta nos relatos abaixo:

“Agora eu senti falta daquele corredor de lojas que tinha antigamente, sumiu né, cadê? (expressão de frustração). Hoje são essas barraquinhas, barraquinhas, barraquinhas, barraquinhas, acho que isso enfeiou e acho que assim desvalorizou o cenário, inclusive ficou um troço assim, como é que se diz, paradoxal, aquele restaurante ali que tem até elevador aquilo é chique em contraste essas barraquinhas todas aí (apontando para as barracas de tapioca). Aquelas casinhas, pequenininha, na beira da rua, o tempo todo né? Então, isso faz falta, ficou estranho, ficou estranho” (ENTREVISTADO 4, mulher, 53 anos, quarta visita).

“Nos fomos pro Alto da Sé, porque todo mundo disse pra gente ir, e pra ela (se dirigindo a filha) é bom também conhecer a história do lugar a igreja e tal, mas fiquei

um pouco frustrado porque achei que era maior e melhor organizado (expressão de frustração), não achei limpo, e aqueles artesanatos deveriam ser melhor organizados, eu soube que já teve uma reforma, mas não gostei, mal sinalizado...além do que o preco é um roubo para o turista (expressão de desprazer)” (ENTREVISTADO 17, homem, 45 anos, primeira visita).

“Então a gente conheceu só a parte que interessava pro guia turístico né (pausa) que era aquela questão das ladeiras alí, a igreja da Sé, o mosteiro e a parte do comércio de artesanatos, que nos foi mostrado (...) então paramos na praça da Sé e ele disse "ó agora vocês vão lá e comprem coisa do frevo" (repetindo o comentário do guia). Mas não explicou a história do frevo (pensando) quando surgiu, quem cantou né (pensando) como que (pensando) que funciona na prática, isso ele não falou, nada (expressão de indignação), então a gente foi lá na loja de produtos, ele poderia ter contado essa história também né, afinal é cultura (pausa) Aí a gente saiu dalí, foi pro mirante e do mirante foi pra uma outra loja, lá na loja, então ele poderia ter pego mais um artigo, mais por exemplo, o candomblé, o maracatú né (pensando) o candomblé não é de vocês? É também? É (expressão de dúvida) Maracatu, candomblé, poderia ter falado né (pausa) E não houve essa exploração, quer dizer, poderia ter sido melhor utilizada a informação cultural” (ENTREVISTADO 2, homem, 37 anos, primeira visita).

Nota-se que as frustrações foram derivadas por diferentes fatores. No caso da entrevistada 4, devido mudança ocorrida no local de venda dos artesanatos e sem uma placa de indicação para turistas. A entrevistada ficou frustrada porque acreditou que houve a perda do elemento cultural, conforme ela tinha presenciado quando das suas visitas anteriores, por considerar que a mudança descaracterizou o local, ao citar o aspecto paradoxal do moderno com o tradicional. De fato, foi observado que durante a sua visita, a entrevistada despendeu um pouco mais de tempo procurando onde se localizavam as lojas de artesanato e também explicando para a pessoa que estava com ela, a entrevistada 5, que estava visitando pela primeira vez, como era antes da mudança.

Porém, ao observar o comportamento das entrevistadas, fica mais perceptível que a frustração foi uma emoção sentida temporariamente, porque ao visitar o ateliê dos artistas e os locais de venda de artesanatos, o sentimento de felicidade era mais presente no comportamento, na expressão facial e na exaltação no discurso ao continuar a entrevista, representado pelas fotografias com os artesanatos dispostos nas lojas populares, compra de sombrinha de frevo e outros artefatos. Esse sentimento de alegria pode ser envidenciado no relato da sua amiga:

“Depois que fomos visitar a igreja e escutar as histórias do guia, fomos visitar os ateliês. Tinham uns que vendiam coisas mais gerais, mais populares, outros eram vendidos diretamente do ateliê, diretamente pelos próprios artistas ou artesãos que confeccionava as próprias peças no caso e faziam também a comercialização desses itens, mas eu prefiri os populares, entramos em quase todas as lojas que tinham coisas mais divertidas (expressão de alegria e felicidade), foi muito engraçado (risos)” (ENTREVISTADA 5, mulher, 50 anos, primeira visita).

Para o entrevistado 17, a frustração estava relacionada ao conjunto de elementos do ambiente capaz de enaltecer a experiência vivida, como a ausência de conservação das igrejas, a falta de organização no local, como limpeza, e a ausência de outros atrativos que fossem mais direcionados para as crianças, porque estava na companhia de sua filha de 8 anos. De fato, excetuando os grupos musicais, que não tem restrições de idade para participação, não foram observadas atividades direcionadas exclusivamente para crianças.

No caso do entrevistado 2, o fato de que gostaria de estar em local com algum evento relacionado ao carnaval gerou a frustração. Percebe-se pelo comportamento do mesmo que o fato de não ter encontrado a festa de carnaval conforme havia sido comentado na sua motivação, com relação fama de relacionamentos amorosos a curto prazo, gerou esse tipo de emoção. O entrevistado chegou ao Alto da Sé pela indicação de moradores e outros turistas que informaram ser esse o local mais provável para presenciar grupos de carnaval passando. De fato, quando o entrevistado 2 chegou ao Alto da Sé (juntamente com o seu amigo, o entrevistado 3), havia grupos folclóricos se apresentando no local. Mas, como no período pré-carnaval geralmente as pessoas que visitam o local estão mais dispostas em presenciar o aspecto cultural, o entrevistado não teve a sua motivação alcançada, gerando a frustração observada na sua expressão facial.

A frustração nesses casos pode ter sido derivada do alto estado emocional que se encontravam os entrevistados, já que altos níveis de ativação podem gerar resultados negativos mais fáceis, caso a expectativa não seja alcançada no ato do consumo (WATSON; SPENCER, 2007). Além disso, Penz e Hogg (2011) comentam que em situações de desafio, geralmente estimulados por níveis de ativação, a não conclusão da tarefa pode levar a sensações de decepção, frustração ou culpa, como ocorreu especialmente com a entrevistada 04.

Com relação aos sujeitos que fizeram a visitação durante o evento da copa do mundo, também foi possível identificar nos discursos estados emocionais relacionados a experiência sendo vivenciada, apresentadas como sentimentos de prazer intrínseco, nostalgia, aconchego e contemplação, conforme os relatos abaixo:

“Olha, hoje, fomos no Alto da Sé, comemos uma tapioca e ficamos lá no mirante, que acho aquela vista muito linda, ficamos um bom tempo lá apenas contemplando, depois fomos ver o artesanato, e agora estamos aqui, tomando uma pra relaxar, ficar olhando as pessoas passaram, batendo um papo com os amigos. Cara isso é muito legal, da uma paz. Só em estar aqui em Olinda, eu gosto” (ENTREVISTADO 15, homem, 28 anos, primeira visita)

“Eu particularmente gosto muito. Essa sensação de nostalgia, de ‘nossa! O que passou aqui há cem anos atrás? ’ É ótimo! E é muito bem cuidado. Eu gostei (mudança de tonalidade de voz e do sentimento com a experiência) Olinda transmite aquele negócio de casa, de querer voltar pra casa, pois é, essa é a sensação que ficou, tão pouco tempo, mas ficou completamente, uma sensação de aconchego, aconchego, é isso”. (ENTREVISTADO 16, mulher, 31 anos, primeira visita)

“Eu fico imaginando aquilo e fico também querendo que as pessoas imaginem. Fiquei dizendo pro meu pai ‘olha pai, aquilo dalí foi construído em tal época, imagina como era naquela época as pessoas, como elas faziam pra manter tudo isso’ (risos)”. (ENTREVISTADO 22, homem, 47 anos, terceira visita)

“Eu gostaria de comentar um ponto bem especifico em relação à sensação, porque sensação é uma coisa bem genérica, eu queria comentar uma sensação positiva que eu tive, enquanto caminhava pelas ruas eu vi um grupo de pessoas da região tocando um instrumento diferente. Um cara tocando um violão, outro cara tocando uma flauta, e um (pausa) uma flauta não (dúvida) o rapaz estava tocando como se fosse um instrumento de percussão, e o outro parecia tocar uma flauta, mas não era uma flauta, era um instrumento fabricado por ele, era um instrumento diferente (expressão de admiração e surpresa) (...) porque eram pessoas extremamente simples, tocando um instrumento melódico, de uma boa qualidade sonora, e isso me despertou uma sensação muito boa, porque não era uma apresentação musical, era simplesmente uma coisa bem informal.” (ENTREVISTADO 18, homem, 28 anos, terceria visita)

É possível perceber que os sentimentos descritos nos discursos dos visitantes do período da copa do mundo diferem dos que estiveram no local no período de pré-carnaval, mesmo sendo interpretados como hedônicos. O período de visitação pode ter contribuído para essa definição, em virtude da ausência de festa de carnaval no período da copa do mundo, que contempla elementos culturais folclóricos, especialmente os grupos de dança, que estimula os sentidos visuais e auditivos. Percebe-se que houve mais tempo para apreciar o que já está presente no ambiente, como o patrimônio arquitetônico, a história do lugar, os artesãos do local e suas obras.

Como no caso do entrevistado 18, que demonstrava estar encantado com um grupo musical, tocando com instrumentos artesanais próximos a igreja do Alto da Sé e que chamou a sua atenção. O entrevistado se aproximou do grupo para visualizar quais eram os instrumentos que estavam tocando e começou a interagir com os artesãos, fazendo perguntas sobre a composição do material e sobre como eles aprederam a fazê-lo. Apesar de representar um grupo musical naquele momento, a apresentação era para demonstrar os instrumentos fabricados pelos próprios músicos. O fato desse instrumento novo ter chamado a sua atenção foi decorrente da sua afeição à música, conforme comentado na seção anterior. Dessa forma, a emoção despertada enquanto estava interagindo com o artesão foi derivado dos apelos sensoriais influenciando sua percepção.

No caso dos entrevistados 19 e 20, que foram ao sitio histórico de Olinda pela motivação de satisfação de uma necessidade especifica, expressaram sentimentos como bom e tranquilo para o que estavam vivenciando, denotando uma experiência igualmente utilitária. Nessa situação, concorda-se com Csikszentmihalyi (2000) de que o sentimento está relacionado a uma situação reflexo-resposta, conforme relato abaixo:

“Só viemos aqui pra comer, e ficamos aqui conversando, acho que passamos um bom tempo aqui, mas nada de mais só isso (pausa) demos uma passada no artesanato porque meu primo quis comprar algo, foi bom (...) foi isso” (ENTREVISTADO 19, mulher, 22 anos, segunda visita).

“Só fui à loja de artesanato porque minha mãe quis comprar algo para levar para meus irmãos, ajudei ela comparando preço, qualidade de produto, demos uma boa pesquisada, foi tranquilo” (ENTREVISTADO 20, homem, 23 anos, terceira vez)

Dessa forma, em relação especificamente às emoções, as principais associações passíveis de serem feitas estão relacionadas admiração, alegria, euforia, prazer intrínseco, nostalgia, aconchego e contemplação, conforme apontado por Hoolbrock e Hirschman (1982), Mcintosh e Prentice (1999) e Kim e Eves (2012). O negativo, frustração também ocorreu, porém ainda assim, se trata de uma experiência hedônica, porque frustração é desencadeada por alto nível de ativação, um sentimento emocional. A presença desses fatores leva a percepção de que, para os sujeitos que relacionaram o que estava sendo vivenciado às emoções, as experiências são interpretadas como hedônicas. Ao passo que a ausência de um envolvimento mais aprofundado assim como baixa intensidade emocional, leva-se a interpretação da experiência como consumo utilitário, conforme os autores teóricos que fundamentaram essa seção (HOOLBROK; HIRSCHMAN, 1982; BAKER; GREWAL; LEVY, 1992; MCINTOSH; PRENTICE, 1999; HOFFMAN; TURLEY, 2002; URRY, 2002; PENZ; HOGG, 2011; TANGELAND; AAS, 2011; KIM; EVES, 2012).

O quadro 15 (4) apresenta um resumo das informações obtidas nesta etapa de análise dos discursos dos entrevistados:

Quadro 15 (4): Interpretação das experiências durante o consumo no cluster criativo de turismo

Características da experiência Componentes utilitários Componentes hedônicos

Emoções Foi bom, tranquilidade

Admiração, alegria, euforia, prazer intrínseco, nostalgia, aconchego e contemplação

Fonte: elaborado pela autora (2015)