• Nenhum resultado encontrado

Capítulo 5 5 CAMINHAR COM OS SUJEITOS DA PESQUISA: analisando os dados

FAZER O MESMO CURSO Definitivamente sim;

Provavelmente sim Definitivamente não; Provavelmente não Total

Fr. Fr. Fr. %

Masculino Feminino Subtotal Masculino Feminino Subtotal

SIM 18 47 65 6 10 16 81 65,85

NÃO 3 22 25 4 13 17 42 34,15

Total 21 69 90 10 23 33 123 100

Fonte: FELICETTI (2011).

As correlações realizadas entre satisfação, remuneração salarial atual e fazer o mesmo curso, caso pudessem recomeçar a vida acadêmica, apontam que houve correlação significativa entre satisfação e remuneração salarial com p=0,001, significando que a probabilidade do grau de satisfação e a remuneração salarial não estarem correlacionados é de 0,1%. A correlação entre satisfação e recomeçar o mesmo curso teve p=0,004, ou seja, a probabilidade do grau de satisfação e probabilidade de fazer o mesmo curso não estarem correlacionados é de 0,4%. Já a correlação entre remuneração salarial e recomeçar novamente o mesmo curso obteve um p=0,006, significando que a probabilidade da remuneração salarial e a probabilidade de recomeçar o curso não ser correlacionados é de 0,6%. Estas informações podem ser observadas na tabela 31.

Tabela 31 – Correlações entre satisfação, remuneração salarial atual e fazer o mesmo curso

Satisfação Remuneração do trabalho atual Fazer o mesmo curso Satisfação Pearson Correlation 1,000 0,429 0,248 Sig. (2-tailed) 0,001 0,004 N 134,000 134 134 Remuneração do trabalho atual Pearson Correlation 0,429 1,000 0,236 Sig. (2-tailed) 0,001 0,006 N 134 134,000 134

Fazer o mesmo curso

Pearson

Correlation 0,248 0,236 1,000

Sig. (2-tailed) 0,004 0,006

N 134 134 134

Fonte: FELICETTI (2011).

As tabelas 32 e 33 trazem a mesma análise de correlação entre satisfação, remuneração salarial atual e fazer o mesmo curso quanto ao gênero. A primeira referente às mulheres e a segunda aos homens.

Observa-se na tabela 32 que houve correlação significativa, para os respondentes do sexo feminino, entre satisfação e remuneração do trabalho atual com p=0,001; significância entre satisfação e fazer o mesmo curso com p=0,050; já entre fazer o mesmo curso e a remuneração salarial não houve correlação com p=0,234.

Tabela 32 – Correlações entre satisfação, remuneração salarial atual e fazer o mesmo curso para o sexo feminino

Satisfação Remuneração do trabalho atual Fazer o mesmo curso Satisfação Pearson Correlation 1,000 0,467 0,194 Sig. (2-tailed) 0,001 0,050 N 102,000 102 102 Remuneração do trabalho atual Pearson Correlation 0,467 1,000 0,119 Sig. (2-tailed) 0,001 0,234 N 102 102,000 102

Fazer o mesmo curso

Pearson

Correlation 0,194 0,119 1,000

Sig. (2-tailed) 0,050 0,234

N 102 102 102,000

Fonte: FELICETTI (2011).

Na tabela 33 pode-se observar, para o sexo masculino, correlações significativas entre a satisfação e remuneração do trabalho atual com p=0,023; satisfação e fazer o mesmo curso com p=0,024, e entre remuneração do trabalho atual e fazer o mesmo curso com p=0,014.

Tabela 33 – Correlações entre satisfação, remuneração salarial atual e fazer o mesmo curso para o sexo masculino

Satisfação Remuneração do trabalho atual Fazer o mesmo curso Satisfação Pearson Correlation 1,000 0,401 0,399 Sig. (2-tailed) 0,023 0,024 N 32,000 32 32 Remuneração do trabalho atual Pearson Correlation 0,401 1,000 0,431 Sig. (2-tailed) 0,023 0,014 N 32 32,000 32

Fazer o mesmo curso

Pearson

Correlation 0,399 0,431 1,000

Sig. (2-tailed) 0,024 0,014

N 32 32 32,000

Fonte: FELICETTI (2011).

As respostas que contemplaram as questões pertencentes ao primeiro e segundo vieses do conjunto de indicadores que permeiam este trabalho de pesquisa foram analisadas conjuntamente com o resultado de desempenho acadêmico e da média acadêmica dos egressos respondentes. Esta análise foi realizada observando-se a categoria gênero. Lembrando que o primeiro viés, indicadores de comprometimento do aluno PROUNI, baseia- se em três pontos de referência de práticas educativas eficazes: aprendizagem ativa e colaborativa, nível de desafio acadêmico e enriquecendo experiências educacionais e que o segundo viés, indicadores de impacto na sociedade: inclusão, baseia-se nos pontos de referência empregabilidade e satisfação.

Para o grupo de questões que contemplam o ponto de referência aprendizagem ativa e colaborativa o Cronbach’s Alpha encontrado foi de 0,56. As questões que fazem parte do ponto de referência nível de desafio acadêmico apresentaram um Alpha correspondente a 0,83, representando um alto grau de confiabilidade. Já o Alpha correspondente as questões que fazem parte do ponto de referência enriquecendo experiências educacionais foi de 0,1 representando um baixo grau de confiabilidade (PORTER, 2011).

Analisando a média dos dois vieses acima mencionados, do desempenho e da média acadêmica, observa-se que o enriquecimento de experiências educacionais teve 2,06 de média nas mulheres e 1,75 nos homens, apresentando uma diferença significativa de 0,31, ou seja, p=0,020; na empregabilidade, a média das mulheres foi de 3,07 e a dos homens de 3,50, com uma diferença significativa de 0,043 com p=0,040; A média acadêmica das mulheres teve 3,05 de média e os homens 2,82, diferença significativa de 0,023 com p=0,018. Os demais pontos de referências desses dois vieses de indicadores apresentados e o desempenho

acadêmico não tiveram diferença significativa. Os dados acerca desta análise podem ser melhor observados na tabela 34.

Destaca-se, ainda, na análise da tabela 34, que empregabilidade, enriquecimento de experiências educacionais e média acadêmica foram significativamente diferentes entre os gêneros e que os homens têm maior empregabilidade, enquanto que as mulheres maior média acadêmica. Assim, fez-se necessário uma correlação ajustada para gênero entre enriquecimento de experiências educacionais, empregabilidade e média e desempenho acadêmico.

Tabela 34 – Significância entre indicadores de comprometimento, indicadores de inclusão, desempenho e média acadêmica.

Feminino (102) Masculino (32)

p Média padrão Desvio Média padrão Desvio

Indicadores de comprometimento Aprendizagem ativa e colaborativa 27,3 2,60 27,80 2,59 0,337 Nível de desafio acadêmico 51,0 11,59 49,00 10,39 0,366 Enriquecimento de experiências educacionais 2,06 0,611 1,75 0,762 0,020 Indicadores

de inclusão Empregabilidade Satisfação 3,07 12,2 1,074 2,72 12,70 3,50 0,842 2,92 0,040 0,392 Desempenho

acadêmico 6,52 0,289 6,50 0,215 0,807

Média acadêmica 3,05 0,456 2,82 0,531 0,018

Fonte: FELICETTI (2011).

Antes da correlação ajustada para gênero separadamente, foi realizada uma correlação para ambos os sexos. Estas correlações estão apresentadas na tabela 35.

Analisando as correlações na tabela 35, observou-se que há correlação significativa entre: aprendizagem ativa e colaborativa e o nível de desafio acadêmico, pois p=0,001; aprendizagem ativa e colaborativa e enriquecimento de experiências educacionais, com p=0,030; nível de desafio acadêmico e enriquecimento de experiências educacionais, com p=0,026; empregabilidade e satisfação que teve p=0,001; satisfação e média acadêmica com p=0,014; e entre desempenho acadêmico e média acadêmica com p=0,001. Observou-se, ainda, nas correlações para ambos os sexos, significância moderada entre aprendizagem ativa e colaborativa e a empregabilidade com p=0,071; e entre enriquecimento de experiências educacionais e satisfação houve significância baixa com p=0,099. Uma amostra maior poderia implicar em uma significância estatística.

Tabela 35 – Correlações em ambos os sexos entre indicadores de comprometimento, indicadores de inclusão e desempenho acadêmico e média acadêmica.

APRENDIZAGEM

Documentos relacionados