• Nenhum resultado encontrado

Os fenómenos de convergência e integração vincam o novo ecossistema mediático Trata-se de uma inevitabilidade ou uma moda da gestão?

“A proximidade física é muito importante na questão da convergência e no caso da RTP traduz-se na aproximação entre a televisão e a rádio ao nível dos conteúdos que se encontram reunidos na mesma plataforma, todos misturados. Quem chega ao site não está interessado em saber se se trata de uma rádio ou de uma televisão, o que pretendem é obter informação e é isso que nós lhes damos. Se estivermos no mesmo sítio o reflexo que isso tem é muito maior, mas é preciso estar muito atento à forma como isso se faz. Não basta estar no mesmo sítio tem de haver coordenadas coerentes e sintonizadas. Alguém tem de pôr ordem nisto tudo e evitar os problemas.”

Alexandre Brito, Coordenador da Redacção Multimédia da RTP (Lisboa) - Portugal

“No sabría qué decir. Creo que el sector de medios está en plena reestructuración porque el modelo productivo no es sostenible y necesita reinventarse. La nueva realidad (desde el punto de vista del usuario final), hace que los medios no puedan ser lo que eras. Creo que la integración de redacciones en los medios se está abordando más por un problema de coste que por una necesidad operativa (TV y Radio llevan separados durante décadas … y hasta ahora no se han comenzado a integrar … no creo que sea por Internet, ni por el nuevo ecosistema … creo que es más por costes)”.

Andrés Pedrera, Director Técnico dos Medios Interactivos da RTVE (Madrid) - Espanha

“A reconfiguração das redacções tem sido uma necessidade das empresas mediáticas e apresenta-se como uma inevitabilidade face aos desafios que se colocam. Muito se falou da integração das redacções do jornal The New York Times, e desde então muitos foram os

177

jornais que seguiram este exemplo de integrar redacções on-line e off-line. Este caminho é muitas vezes sinónimo de exigências feitas aos profissionais da área na tentativa de eliminar distinções entre jornalistas tradicionais e jornalistas on-line. A convergência deve ser feita com cuidado, pois não é possível que de um dia para o outro se eliminem estas diferenças. O importante é que o objectivo destas alterações não seja unicamente o lucro das empresas esquecendo o factor qualidade e a importância do trabalho profissional.

De salientar ainda que do novo ecossistema mediático fazem parte formas comunicacionais que não podem ser descuradas. Hoje constatamos que tanto o presidente dos Estados Unidos da América, como o candidato a uma pequena junta de freguesia no interior de Portugal, promovem as suas mensagens através de blogues, e têm a sua presença no Twitter e em redes sociais, contactando directamente com o público, o que lança reptos à actividade jornalística”.

Catarina Rodrigues, Universidade da Beira Interior (Covilhã) - Portugal

“As linguagens escrita e audiovisual são quase opostas, muito contrastantes. O ser humano trabalha alternadamente com a escrita ou com o audiovisual. A integração destas comunicações não existe, apenas existe justaposição, coexistência. A comunicação digital não resolveu este problema, apenas o tornou patente”.

Eduardo Cintra Torres, Universidade Católica Portuguesa (Lisboa) - Portugal

“O conceito de convergência tem sido utilizado em muitas acepções, o que torna difícil uma resposta que abranja todas elas. Atendendo a que associa o conceito de convergência ao de integração, vou fixar-me numa daquelas acepções. A integração/junção de redacções que trabalham para diferentes suportes de difusão/recepção (televisores, aparelhos de rádio, jornais, revistas, computadores, telemóveis) não é uma inevitabilidade nem uma moda de gestão. É uma possibilidade permitida pela era digital. Algumas empresas estão a integrar as redacções e outras não. Há simultaneamente exemplos de sucesso e de fracasso quer de integração quer de separação de redacções. Algumas administrações estão a forçar a integração de redacções (muitas vezes contra a opinião e a vontade de directores, editores e jornalistas) pensando, legitimamente, nas sinergias e na racionalização de recursos. Não é uma moda; é uma opção que nalguns casos é bem sucedida e noutros não.”

178

Fernando Zamith, Universidade Fernando Pessoa (Porto) - Portugal

“É uma inevitabilidade, desde que foi garantido um primeiro estádio da convergência de sistemas e se passou para um novo período que consagra uma outra convergência - a da produção de conteúdos multiplataforma e a do "produser multitasker"

Francisco Rui Cádima, Universidade Nova de Lisboa (Lisboa) - Portugal

“Creio que é mais uma inevitabilidade. Vai demorar mais tempo a ser levada à prática em países como o nosso, onde os problemas estruturais das empresas de media são grandes, mas tudo leva a crer que não se trate apenas de uma moda passageira de gestão, a que assistimos frequentemente. Isto porque se trata de uma adaptação estrutural das empresas e do seu modo de funcionamento a paradigmas digitais que as ultrapassam, pois estamos a falar da emergência de toda uma “sociedade em rede”, permanentemente online, através de diversos dispositivos, cada vez mais portáteis e versáteis. Torna-se inevitável que as empresas se reconfigurem de modo a responder a novos hábitos de consumo, quer de entretenimento, quer de informação, quer ainda de publicidade”

Helder Bastos, Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Porto) - Portugal

“En primer lugar, creo que faltan estudios longitudinales y comparativos serios que, más allá del entusiasmo, nos digan qué tipo de convergencia se está haciendo, si es que se está haciendo algo. A falta de las conclusiones generales de un estudio de convergencia en los medios que estamos acabando en España, podríamos adelantar que la convergencia dista, hoy por hoy, mucho de ser un fenómeno generalizado”.

Javier Díaz Noci, Universidad do País Basco (Bilbau) - Espanha

“A convergência por integração, e não por acumulação, é uma inevitabilidade. Num primeiro momento falou-se muito em integração, mas na verdade tratava-se apenas de juntar meios, pessoas e conteúdos num mesmo espaço. Esta convergência espacial limitava- se a acumular elementos sem conseguir rentabilizar os meios disponíveis. Era como juntar meio litro de água com meio litro de azeite: é verdade que estão reunidos na garrafa, mas continuam fisicamente separados. A convergência por integração é diferente, pois existem preocupações relacionadas com a melhoria de todo processo de produção de notícias, não

179

só em termos de rentabilização de recursos, mas sobretudo no que diz respeito à melhoria do produto final, a verdadeira mais-valia do processo”.

João Canavilhas, Universidade da Beira Interior (Covilhã) - Portugal

“El único proceso inevitable es el cambio: los medios tienen que cambiar para sobrevivir. El modo de cambiar es diferente según el tipo de empresa, de cultura organizacional y de mercado en el que se opere. No hay fórmulas mágicas”.

José Luís Orihuela, Universidade de Navarra (Pamplona) - Espanha

“Aunque no existe un modelo único y universal, la convergencia no es una moda pasajera. Ha venido para quedarse porque, de hecho, siempre estuvo ahí, aunque ahora se le llame de otro modo. En el pasado había periodistas polivalentes, contenidos que se vehiculaban a través de diversos soportes, etc. Eso es convergencia, y no es nuevo. Como permite ahorrar, es oportuno, tanto ahora como en el futuro”.

Josep Lluís Micó Sanz, Blanquerna - Universidad Ramon Llull (Barcelona) - Espanha

“Parece-me dever-se a uma certa inevitabilidade. O paradigma digital impõe-se e alastra neste campo. A gestão, parece-me, terá de ser adquirir um determinado processo de adequação para que essa convergência e integração não «empobreça» os diversificados produtos que o «novo ecossistema mediático» pode fornecer, realizando de forma racional essa mesma integração”.

José Manuel Paquete de Oliveira, Provedor do Telespectador da RTP (Lisboa) – Portugal

“La convergencia multimedia es inevitable, entre otras razones porque el público, gracias a los dispositivos digitales de consumo de contenidos, ha cambiado y en la actualidad demanda información en cualquier lugar y en cualquier formato. Las empresas periodísticas tienen el imperativo logístico de atender a esa demanda. Ahora bien, que la convergencia sea inevitable no significa que la integración de redacciones lo sea. La primera es un ecosistema tecnológico, la segunda es una solución discrecional para la producción de contenidos. Integrar las redacciones es sólo una fórmula, entre muchas otras, para producir contenidos en el paradigma de la comunicación multiplataforma. Continuando con lo señalado más arriba, da la sensación una vez más que ciertas empresas periodísticas están

180

implementando proyectos de integración de redacciones no tanto porque el resultado editorial vaya a ser mejor, sino porque este modelo de producción les resulta más barato. De nuevo, la lógica economicista pesa más que la lógica de la calidad en los contenidos”.

Ramon Salaverría, Universiddade de Navarra (Pamplona) - Espanha

“Se por convergência se entende 'concentração' de empresas e grupos mediáticos, não acho que se trate de uma moda e só considero que seja 'inevitável' no sentido em que faz parte da própria dinâmica do mercado”.

Luís Pinheiro, Coordenador de Projectos dos Medios Interactivos da RTVE (Madrid)- Espanha

”Inevitável, já que estamos a evoluir para novos modelos de negócio e de consumo”.

Pedro Braumann, Instituto Politécnico de Lisboa (Lisboa) – Portugal

5.ª Questão

Quais as vantagens que perspectiva para a convergência e integração dos