• Nenhum resultado encontrado

GLOSSÁRIO DA TERCEIRA SEÇÃO

Anabatistas - grupo de cristãos que batizavam adultos por pro­

fissão de fé, tendo iniciado a prática em 1525. O apelido, cunhado por seus inimigos, significava “re-batizador(es)”. O batismo de crentes conduziu a uma “igreja apenas de crentes”, um conceito visto como traição contra as igrejas do Estado, que incluíam toda a população, com base no batismo infantil. Veja também Restauracionistas.

Ajtttitrinitariana(o) — antagonismo contra a (ou rejeição da)

crença na Trindade.

Atemporalidade - noção não-bíblica do dualismo grego de que

a eternidade de Deus é caracterizada pela “ausência de tempo”, ou seja, é “eternamente presente”, em contraste com a vida humana, marcada pelo tempo em termos de passado, presente e futuro.

Conexão Crista - Denominação restauracionista americana, or­

ganizada por volta de 1810, que se fundiu com os congrega- cionalistas em 1931. Identificavam-se como cristãos, sendo protestantes evangélicos, similares aos batistas livres, exceto que muitos deles - não todos — eram antitrinitarianos.

Deísmo - sistema de religião natural desenvolvido na Inglaterra e

que se espalhou pelos Estados Unidos nos anos 1700. Embo­ ra existisse considerável variedade entre os deístas, algumas crenças eram compartilhadas por todos, inclusive a fé supre­ ma na razão humana, a dúvida ou aberta rejeição da revelação divina e das Escrituras, e a crença de que, embora Deus hou­ vesse criado o mundo, não prosseguia tendo interesse por ele. Alguns deístas criam que a Providência sustentava o mundo fí­ sico, mas não tinha interesse pelos indivíduos. Tinham pouca certeza a respeito da vida após a morte.

Dogma - na teologia católica romana, trata-se de um ensina­

mento religioso definido pela igreja, no qual todo membro fiel é obrigado a crer.

Doutrina - ensinamento de uma crença religiosa. Conforme uti­

lizada neste livro, a palavra doutrina é um termo mais geral do que dogma. Veja também Dogma.

Dualismo - crença filosófica de que a alma (ou mente) e a maté­

ria são “distintas e igualmente reais” (Oxford Dictionary o fth e Christian Church \ODCC\), e estados radicalmente contrastan­ tes da existência. Três aspectos do dualismo grego subjacentes ao tradicional dogma da Trindade são: (1) a distinção entre alma e corpo; (2) a radical separação entre Deus e a humanidade; e (3) o contraste entre tempo e a ausência de tempo.

Escolasticismo Protestante - método teológico construído

sobre os mesmos fundamentos filosóficos utilizados pelos escolásticos da Idade Média, antes da Reforma. Os esco­ lásticos protestantes afirmam que não apenas as Escrituras, mas também Aristóteles era um dom de Deus essencial para a teologia.

Fundamentalismo - na cristandade protestante, um movi­

mento que se desenvolveu entre 1895 e 1914, em reação ao modernismo, a evolução e a alta crítica da Bíblia. Os funda- mentalistas criam (1) na inspiração verbal e na inerrância das Escrituras; (2) na divindade de Cristo; (3) no nascimen­ to virginal de Cristo; (4) na expiação substitutiva; e (5) na ressurreição física e na segunda vinda literal de Cristo. Veja também Modernismo.

Geração - processo de gerar ou ser gerado. Alguns teólogos trini-

tarianos sustentam que apenas o Pai existe desde a eternidade e que tanto Cristo quanto o Espírito Santo foram “gerados”, ou seja, trazidos à existência pelo Pai.

Impassível - livre de todas as paixões (sentimentos e emoções),

inclusive compaixão. A filosofia teológica grega considerava a impassibilidade como um dos atributos de Deus.

Limbo — na teologia católica romana, o lugar para as almas que

não foram dignas da plena salvação e tampouco merecedoras do tormento eterno.

186 / A Trindade

Modalista - veja Monarquismo.

Modernismo - durante os anos finais de 1800 e iniciais de 1900,

foi um movimento teológico que se caracterizou por abraçar a evolução e teorias de alta crítica das Escrituras, negando os milagres sobrenaturais, como o nascimento virginal de Cristo, a ressurreição física e a segunda vinda literal. Veja também Fundamentalismo.

Monarquismo - movimento teológico do segundo e terceiro sé­

culos, que tentou salvaguardar a unidade de Deus ao negar Sua pluralidade. Houve dois subgrupos, um dos quais era o dos modalistas monarquistas, que “sustentavam que na Divindade a única diferenciação era uma mera sucessão de modos ou operações”. Ensinavam que o Pai, o Filho e o Espírito Santo não eram personalidades separadas (ODCC). Sabélio foi um desses proponentes do terceiro século, e seu ensino ficou conhecido como sabelianismo.

Não-trinitariano - que não crê na Trindade.

Ortodoxa (o) — (1) crença correta em contraste com a heresia; (2)

ramo do cristianismo que incluía o Império Romano Oriental, com sede em Constantinopla. Também chamada de Ortodoxa Oriental ou Greco-Ortodoxa, inclui igrejas nacionais, como a Ortodoxa Russa, a Ortodoxa Sérvia e a Ortodoxa Romena. A igreja romana excomungou as igrejas ortodoxas em 1054.

Racionalistas - pessoas que aceitavam a razão como autoridade

suprema em matéria de crença. Alguns cristãos racionalistas afirmavam a autoridade única da Escritura, mas, enquanto rejeitavam os fundamentos filosóficos da teologia medieval, sua tendência era elevar a razão humana acima da autoridade das Escrituras. Veja também Unitarianos.

Reformadores magistrais — os principais reformadores, os gi­

gantes da Reforma do século 16. Os historiadores da igreja geralmente os consideram como sendo Lutero, Zuínglio e Calvino, sendo que Lutero e Calvino, em virtude de seus ex­ tensos escritos, exerceram maior influência.

Restauracionistas - também conhecidos como restitucionistas>

eram cristãos que não desejavam meramente reformar (me­ lhorar) a igreja, mas restaurá-la às condições de que desfrutava no Novo Testamento. Os anabatistas foram restauracionistas do século 16, impacientes com Lutero porque ele parecia fi­ car muito aquém da doutrina e da organização da igreja do Novo Testamento. Um exemplo americano do século 19 foi a Conexão Cristã. Os adventistas do sétimo dia consideram-se restauracionistas no sentido de que acariciam o alvo de “com­ pletar a Reforma”.

Sabelianismo - movimento teológico que recebeu a denomina­

ção de Sabélio. Veja Monarquismo.

Socinianos - descendentes espirituais do líder unitariano Fausto

Socino (1539-1604). Negavam a preexistência do Filho, acreditando que Cristo era “simplesmente homem”, e defi­ niam o Espírito Santo como “virtude ou energia” proceden­ te de Deus. Os socinianos foram os precursores dos atuais unitarianos (Berkhof, pág. 96).

Sola Scriptura - expressão latina para “a Escritura somente”. Po

pularizado por Lutero, o slogan defendia a subordinação de toda autoridade humana - como a tradição, papas, concílios e imperadores - à suprema autoridade das Escrituras.

Trinitariano - relacionado com ou favorecendo a crença na Trin­

dade. Utilizado aqui como termo genérico aplicável a todos que aceitam alguma forma de crença em um Deus manifes­ tado em três pessoas.

Triteísmo - crença de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo cons­

tituem três Deuses. Este ponto de vista afirma a trindade de Deus,’ mas nega a Sua unicidade/j

Unitarianismo - historicamente caracterizado pela não-crença

na Trindade e na divindade de Cristo, ensina a unicidade, mas nega a trindade de Deus. Na ausência de doutrinas ofi­ ciais, os unitarianos atuais sustentam que a razão e a cons­ ciência constituem o padrão final de crença e vida.

Capítulo II

A Trindade

na Era da Reforma: