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4 AS IMPLICAÇÕES DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO PROCESSO DE

4.3 IMPLICAÇÕES SUBJETIVAS: DESGASTE FÍSICO E MENTAL

Acerca das implicações subjetivas na vida do trabalhador como resultado de indicadores da precarização do trabalho no Brasil, Druck (2011, p. 430-431) apresenta cinco tipos de precarização estudados, que podem explicar melhor o agravo à saúde no aspecto subjetivo devido as formas de mercantilização da força de trabalho; o processo de construção das identidades individual e coletiva; a organização e das condições de trabalho; as condições de segurança no trabalho; as condições de representação e de organização sindical.

Interessa no presente estudo, trazer a contribuição com relação ao tipo de precarização da organização e condições de trabalho e das condições de segurança no trabalho. Sabe-se que o primeiro tipo de precarização trata-se da ampliação do ritmo do trabalho, metas inalcançáveis, extensão da jornada, polivalência, rotatividade, multiexposição aos agentes físicos, químicos, ergonômicos e organizacionais conduzindo à intensificação do trabalho potencializada pelo desenvolvimento tecnológico da microeletrônica. E o segundo refere-se à fragilização das condições de segurança no trabalho, diluição de responsabilidades flexibilizadas, precárias condições de trabalho implicando maior exposição a riscos gerando agravos a saúde e à segurança no trabalho.

Tais agravos podem ser analisados a partir de enfoques sobre o campo da Saúde Mental Relacionada ao Trabalho (SMRT), o qual possui diferentes correntes de pensamento científico segundo Silva (2011, p.122-123) a saber:

1) Abordagens com raízes na teoria do estresse que leva em consideração as correlações entre o work-stress e patologias com enfoque psicossomático procurando identificar os fatores de risco (estressores); 2) Abordagem voltada para a utilização do referencial psicanalítico importante para pesquisas qualitativas proporciona ações terapêuticas ao atendimento de trabalhadores adoecidos (processos subjetivos ou intrapsíquicos e as relações interpessoais), no exame dos fenômenos de caráter coletivo no cenário com locais e situações de trabalho;

3) Modelo que adota o conceito de desgaste emergindo de estudos dos processos de trabalho com consumo do substrato e das energias vitais do trabalhador. Portanto, adota como fundamento teórico o materialismo dialético e a perspectiva histórica.

Assim, considera-se que na perspectiva do materialismo histórico podem ser reveladas implicações objetivas e subjetivas para as (os) assistentes sociais no serviço público nos hospitais devido ao desgaste e consumo da força de trabalho.

A exploração do substrato e das energias vitais desse trabalhador são aspectos geradores de agravos físicos e mentais à saúde destes, conforme dados da pesquisa de campo, com destaque para algumas informações que revelam causas do adoecimento mental entendido como efeito/agravo psicológico e ou mental para as (os) assistentes sociais:

a) Sobrecarga de trabalho, onde alguns profissionais não assumem suas atribuições repassando para o Serviço Social resolver, o que muitas vezes não depende da competência inerente à categoria profissional; b) Falta uma direção mais efetiva73 e que saiba as reais atribuições e

competências das (os) assistentes sociais;

c) Falta de fiscalização efetiva e ausência do CRESS74 no ambiente de trabalho;

d) Fragmentação das ações e excesso de demandas para poucos profissionais;

e) Falta de comunicação multidisciplinar75, sobre estado de saúde do paciente, intercorrências, evolução do processo saúde-doença;

f) Insatisfação devido à impossibilidade de efetivar os direitos dos pacientes do SUS devido Ausência de vagas de leitos de UTI que contemple a demanda existente e pelas dificuldades de equipamento de comunicação no ambiente de trabalho;

g) Desestímulo devido à desvalorização76 do servidor na esfera estadual e

baixa remuneração, não observância da Lei das 30h no PCCS da SESAP em jornada de trabalho em regime de plantão;

h) Jornada de trabalho excessiva e ambiente de trabalho com intrigas interprofissionais, condições de trabalho desfavorável e sem mecanismo de incentivo e valorização profissional;

i) Ausência de uma Política Efetiva de Recursos Humanos que leve em consideração a Política de Saúde do Trabalhador;

j) Não resolutividade imediata de acordo com as demandas por atendimentos e realização de exames de apoio diagnóstico que viabilize o tratamento adequando aos usuários envolvendo a tomada de decisões considerando as partes envolvidas. (CÂMARA, 2012).

Acrescidas a estes fatores encontram-se as dificuldades inter-relacionais, as quais dificultam o trabalho e potencializam o stress, prejudicando os encaminhamentos, gerando sintomas característicos do colapso resultante da

73 Pois a gestão se mostra autoritária com ações que refletem aos interesses políticos a que são dependentes.

74 Destaca-se que o CRESS/RN realizou fiscalização nos espaços sócio-ocupacionais das (os) assistentes sociais no ano de 2012, conforme relatório anexo, mas que não obteve resolutividade que alterasse significativamente as condições de trabalho das (os) assistentes sociais.

75 Estas dificuldades são um dos principais fatores geradores de stress no ambiente de trabalho. 76 Esta motivação causa stress e adoecimento profissional devido à insatisfação decorrente do não reconhecimento da competência do profissional de Serviço Social.

exaustão diante das exigências profissionais e insatisfação para os usuários e assistentes sociais. Desse modo, dificulta o direcionamento correto e em tempo hábil das ações e/ou intervenções profissionais na solução dos problemas dos usuários demandantes dos serviços. Portanto, observamos implicações nas condições de vida das (os) assistentes sociais, devido às condições objetivas e subjetivas de trabalho e aos agravos ocasionados, pelo desgaste físico e mental, no/pelo trabalho nos hospitais da RMN do RN por causa das atribuições e competências realizadas nos espaços sócio-ocupacionais.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabemos que as doenças relacionadas ao trabalho, constituem-se em um sério problema social e de saúde pública que atinge um número significativo de trabalhadores.

Considerando algumas pesquisas em saúde e trabalho desenvolvidas no Brasil, bem como a excelência de grupos de pesquisa envolvidos com esse debate, chamamos a atenção para a necessidade de uma abordagem mais ampla que envolva Política de Saúde do Trabalhador. Daí a tentativa de dialogar com outras áreas do conhecimento científico, a fim de compreender a diversidade que envolve o tema. Portanto, este estudo buscou descortinar as reais possibilidades de avanços na constituição de indicadores e ações que possam contribuir para o conhecimento dessa realidade e possível proposição diante destas.

O acidente e as doenças relacionadas ao trabalho constituem-se um sério problema social e de saúde pública que atinge um número significativo de trabalhadores. A combinação das inovações tecnológicas como os novos métodos gerenciais, tem gerado intensificação do trabalho traduzida numa série de agravos físicos e mentais à saúde. Enquanto trabalhador (a) assalariado (a), a (o) assistente social não esta isento (a) desta implicação, uma vez que o trabalho é determinante nos modos de viver e de trabalhar dos sujeitos e, nesse sentido, o acidente e o adoecimento são expressões que retratam a maneira como o trabalho vem se configurando na atualidade na vida dos trabalhadores.

Diante disso, nosso processo investigativo pesquisou a atuação dos profissionais de Serviço Social, nas jornadas de trabalho em regimes de plantão, nos hospitais da Rede Estadual de Saúde na RMN. Esse trabalho fora pensado como serviço de saúde público e as condições objetivas e subjetivas deste, norteando todo o percurso teórico metodológico desta pesquisa.

Ao questionarmos como se configuravam o trabalho e as condições de trabalho dos assistentes sociais nos hospitais públicos no RN, tínhamos o pressuposto de que esse trabalho encontrava-se em condições precarizadas, com demandas cada vez mais polivalentes, sobrecarregando os trabalhadores, devido a interesses capitalistas que permeam as implementações das políticas sociais. Assim, tivemos a intencionalidade de apreender as relações mais complexificadas, as quais envolvem condições objetivas e subjetivas de trabalho da (o) assistente

social, tentando ir além da relação direta entre homem e natureza, mais precisamente, uma relação estabelecida entre os próprios seres sociais.

Dos recursos repassados pelo Ministério da Saúde à implementação da Política de Saúde do Trabalhador no RN, observa-se que são custeadas capacitações e qualificações as quais devem subsidiar as ações da Política de Saúde do Trabalhador no ente municipal, ao qual compete a execução de ações preventivas entre a promoção do estado de saúde diante do processo saúde-doença dos trabalhadores do RN. Identificou-se ainda a presença da prática profissional de assistentes sociais nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador.

Compreende-se que o trabalho enquanto categoria central é fundante do ser social e, portanto, indeterminado enquanto trabalho humano. Constituído pelas complexas interações entre instrumentos de trabalho e relações sociais, tecnologia e sociedade. Nessa apreensão, vê-se que os demandantes da intervenção profissional de assistentes sociais no trabalho em saúde e a relação histórica da profissão, como subsidiária de outras profissões, são determinantes que interferem nas atribuições e competências no espaço sócio-ocupacional desta categoria profissional nos hospitais da Rede Estadual na RMN.

Depreendendo-se que na realidade do cotidiano profissional as demandas postas, na maioria das intervenções, não estão em conformidade com os parâmetros de atuação de assistentes sociais na Política de Saúde. Isto configura o atual desafio para rompimento de práticas burocratizadas, conservadoras a fim de assumir de fato função/atribuição tecnicamente qualificada a intervir junto aos usuários do SUS com consciência crítica não alienada.

Constata-se que o perfil socioeconômico das (os) assistentes sociais revela profissionais na faixa etária de 41 a 50 anos, predominantemente do sexo feminino, com situação civil casada (o), possuindo em média dois filhos, com orientação sexual para heterosexualidade, na maioria com pertença étnico-racial branca, percebendo de 7 a 9 salários mínimos, predominantemente com apenas um vínculo empregatício e com mais de 16 anos de trabalho no serviço de saúde, atuando em regime de plantões com carga horária de 40h semanais.

Estes realizam atualização profissional através de especializações e cursos de curta duração e que disponibilizam tempo para lazer na vida cotidiana, o qual tem relação direta com atividades que promovam saúde física e mental.

Rede Estadual na RMN apresenta continuidade, na realidade já vista por Meneses em 2010, onde o processo de trabalho em hospitais fora marcado pela competitividade e corporativismo dos servidores e pela falta de consciência de classe devido,

às fragilidades enfrentadas pelo conjunto da classe trabalhadora, como: a precarização da força de trabalho por meio da terceirização; as extensas jornadas de trabalho (plantões de 12 e/ou 24 horas); ações individualizadas e imediatas; a intensificação do trabalho por duplo ou até triplo vínculo; as privatizações; a não existência de um Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS), condizente com a realidade; e a massiva flexibilização das relações de trabalho. (MENESES, 2010, p. 114, grifo nosso).

A análise sobre o trabalho da (o) assistente social, principalmente no campo da saúde, permite afirmar que este profissional, mesmo realizando atividades partilhadas com outros profissionais, dispõe de ângulos particulares de observação na interpretação dos mesmos processos sociais e uma competência também distinta para o encaminhamento das ações.

Quanto às atribuições profissionais essas envolvem competências e atribuições privativas assim com funções relativas aos princípios do código de ética. No entanto, a execução de atribuições que não são competências, desvirtua a principal função social da intervenção profissional diante das expressões da questão social no espaço sócio-ocupacional.

Existe uma diversidade de atribuições/atividades no exercício profissional de assistentes sociais na RMN, haja vista a desresponsabilização dos gestores municipais e estaduais. Esse último negligencia a atenção à saúde do trabalhador servidor público, onde no cenário atual os trabalhadores vivenciam em seus espaços sócio-ocupacionais precarização, falta de materiais de trabalho77, de consumo,

permanente, estrutura física e infraestrutura adequada ao exercício profissional. Faltam materiais básicos, inclusive os de proteção, o que evidencia as implicações objetivas das condições de trabalho no processo de adoecimento por causas

77 As condições materiais de trabalho – telefone, transporte, material de expediente, computador, impressora, aparelho de fax –, não são disponibilizados de acordo com a necessidade do Serviço Social, mas pelo poder de convencimento – “jogo de cintura” –, do poder de barganha de determinados profissionais, interferindo na rotina profissional, pois nem todos assistentes sociais se utilizam destes recursos, e simplesmente, na falta de condições materiais, cada um realiza o trabalho como dá/pode, e não como deveria conforme constatara Meneses em 2010 na pesquisa: “PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE: uma análise das condições de trabalho dos assistentes sociais no âmbito hospitalar”.

externas, configurando adoecimento por motivos diretamente relacionados ao ambiente e relações de trabalho.

Assim, identificamos como determinantes aos agravos físicos e mentais para o adoecimento profissional de assistentes sociais que atuam nos hospitais da Rede Estadual na RMN, as condições objetivas e subjetivas de trabalho. No entanto, ressaltamos que com o padrão técnico científico que se tem, se os interesses dominantes não fossem os do capital, se os imperativos não fossem os do capital, poderíamos ter uma jornada de trabalho muito menor, com menos tempo e dias de trabalho, com melhores condições de trabalho, podendo desse modo, os trabalhadores, dentre eles os assistentes sociais, viver com mais dignidade e aumentando seu tempo de vida fora do trabalho.

Entendemos a necessidade de um debate ampliado sobre as exigências atuais do mundo do trabalho, que exige aumento na produtividade e metas estabelecidas ao exercício profissional, assim como a atualização para novas tecnologias, seja parte da reflexão e educação permanente/continuada das (os) assistentes sociais, haja vista que as implicações/ rebatimentos das mudanças no mundo do trabalho, também negam direitos e desregulamenta relações de trabalho, assim como fragilizam movimentos sociais e sindicais. Portanto, vive-se uma sociabilidade capitalista que admite relações individualistas, competitivas e mercantilizadas coisificando as relações sociais.

Foi possível compreender por meio desse estudo, o significado do trabalho, enquanto confirmação da importância e existência humana no mundo. Percebem-se as (os) assistentes sociais como trabalhadores (as), sujeito histórico, parte da classe trabalhadora no processo coletivo, que concentra expressivo número de trabalhadores desprovidos do acesso à riqueza socialmente produzida, sujeito às profundas mudanças ocorridas no mundo do trabalho com um cenário de acumulação flexível permeado pela intensificação do trabalho, precarizações, desregulamentações, elevados índices de desemprego, dentre outros aspectos fixados no momento atual, os quais repercutem diretamente nos modos de viver e de trabalhar dos sujeitos.

Nesse sentido, esta possibilidade quase ilimitada de transformações no que concerne à reprodução social é a base para a compreensão do modo de produção capitalista que, para além de uma relação entre trabalhador e produto do trabalho, é estabelecida uma relação de produção específica social, de origem histórica que faz

o trabalhador instrumento direto de criação da mais-valia. Assim, o trabalho coletivo adquiriu importância central no modo de produção capitalista, pois representou e, na atualidade representa cada vez mais, uma forma de exploração e extração da mais- valia.

Ademais, cabe ainda ressaltar que a relação entre agravos e precárias condições de trabalho parece redundante. No entanto, o estudo revelou-se extremamente importante, possibilitando desvelar, na realidade do trabalho de assistentes sociais dos hospitais da Rede Estadual na Região Metropolitana de Natal, que os adoecimentos provenientes dos desgastes físicos e emocionais são resultantes da precariedade das condições de trabalho no serviço público do RN.

Nessa conjuntura, o trabalho das (os) assistentes sociais perpassa a precarização de condições objetivas e subjetivas diante da complexidade que envolve o Sistema Único de Saúde diante do projeto hegemônico da categoria, a favor de uma sociedade mais justa e igualitária, deparando-se no cotidiano profissional com exclusão social, fragmentação e não observância do princípio da universalidade do SUS diante da lógica do capital e suas repercussões nos direitos sociais e trabalhalhistas em nome de crises que se afirmam ser dos altos índices de acumulação. Toda essa realidade tem ocasionado agravos considerados implicações na vida dos trabalhadores, dentre eles os assistentes sociais que tem adoecido no/pelo trabalho.

A sistematização apresentada representa a finalização da formação profissional acadêmica, que só foi possível de ser realizada em razão da disponibilidade dos responsáveis pelas instituições e pela concessão de informações das (os) profissionais que se dispuseram a relatar sua compreensão sobre o trabalho e condições deste, assim como dados sobre adoecimento, que nos conduziram refletir quanto às implicações das condições de trabalho no processo de adoecimento da (o) assistente social que atua no contexto hospitalar.

Ressalta-se a necessária construção e consolidação de novos estudos, sobretudo acerca do espaço sócio-ocupacional nos serviços de saúde dentre outros campos de atuação, para áreas e aspectos ainda desconhecidos ou pouco explorados nessa pesquisa como a Política Nacional de Recursos Humanos para os trabalhadores da saúde no SUS nas dimensões da composição e distribuição da força de trabalho, formação e qualificação profissional de acordo com o mercado e campos de atuação, organização do trabalho, condições desse trabalho, regulação

do exercício profissional, relações de trabalho e administração/gestão de pessoas. Necessita-se de ruptura com o círculo vicioso de instituições burocratizadas e sujeitos alienados, através de experiências que mexam na arquitetura organizacional, na lógica de gestão e nos modos de inclusão dos trabalhadores no processo decisório com base na redefinição dos objetivos organizacionais, para produzir valores de uso para a sociedade e a inserção dos trabalhadores na luta por uma política de Saúde do Trabalhador efetiva na vida destes.

Observando o desafio posto no SUS diante da discrepância entre as expectativas e as experiências inerentes à dinâmica social no campo da saúde e crenças dos atores sociais/trabalhadores diante do processo de mudanças no SUS, destacamos a reflexão de Vasconcelos (2005), que afirma o prevalecimento do incrementalismo como lógica de implementação das ações que trilharam as regras e os procedimentos instituídos para o SUS, pois o Ministério da Saúde do Brasil não apostou na construção de um projeto de reforma setorial que altere os arranjos e mecanismos institucionais bem como a lógica de formulação, financiamento e gestão da política de saúde efetivamente conforme os ideais da Reforma Sanitária.

Essa realidade pode ser analisada transversalmente nas atribuições profissionais das (os) assistentes sociais, em cuja intervenção no cotidiano profissional prevalecem ações incoerentes com o preconizado nos Parâmetros de Atuação de assistentes sociais na Política de Saúde remetendo ao desafio a ser enfrentado na contemporaneidade nos serviços públicos de saúde dentre outros, a fim de refletir em mudanças que viabilizem direitos à vida dos assistentes sociais, envolvendo ações inerentes ao processo saúde-doença dos trabalhadores da saúde dentre outras áreas.

Identificam-se como causas do adoecimento mental das (os) assistentes sociais:

1. Sobrecarga de trabalho;

2. Falta de uma direção mais efetiva e que saiba as reais atribuições e competências das (os) assistentes sociais;

3. Falta de fiscalização efetiva e ausência do CRESS no ambiente de trabalho; 4. Fragmentação das ações e excesso de demandas para poucos profissionais; 5. Falta de comunicação multidisciplinar, sobre estado de saúde do paciente,

6. Insatisfação devido à impossibilidade de efetivar os direitos dos pacientes do SUS;

7. Desestímulo devido à desvalorização do servidor na esfera estadual e baixa remuneração, não observância da Lei das 30h no PCCS da SESAP em jornada de trabalho em regime de plantão;

8. Jornada de trabalho excessiva e ambiente de trabalho com intrigas interprofissionais, condições de trabalho desfavoráveis à intervenção profissional;

9. Ausência de uma Política Efetiva de Recursos Humanos que leve em consideração a Política de Saúde do Trabalhador;

10. Não resolutividade imediata às necessidades dos usuários quanto aos exames de apoio diagnóstico que viabilize o tratamento adequado na recuperação dos pacientes demandantes dos serviços de saúde.

Ressalta-se que estas causas do adoecimento provenientes das condições