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Os homens que se confiam a uma unidade de medida definida por outros para avaliar o seu desenvolvimento pessoal,

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A. Organização do processo

A.3. Intervenientes na ADD

O CE, os avaliadores e os avaliados. Não tive conhecimento que tivessem sido recrutados avaliadores externos. [Pais como intervenientes no processo de avaliação] Não, mas concordo plenamente. A minha experiência como professor ensinou-me que a colaboração dos pais com a escola é de extrema importância. Muitas vezes são eles quem melhor conhece o

trabalho realizado pelos professores. (E1)

O CE, os avaliadores e os avaliados. Avaliar um professor não é só nas aulas, é também avaliar em vários aspectos, na assiduidade, na pontualidade, na organização, que é o órgão

de gestão que avalia. O avaliador avalia a componente científica-pedagógica. (E2)

Nós, os avaliadores e os avaliados e o OG. (E3)

Os avaliadores, os avaliados e o conselho executivo (CE), neste caso a comissão executiva instaladora. [Pais como intervenientes no processo de avaliação] Não. Nem nunca pensei

pedir aos pais para me avaliarem. (E4)

O CE, os avaliadores e os avaliados. [Encarregados de educação como intervenientes no processo de avaliação] Não. [Avaliadores externos] eu tenha conhecimento não. Mas há um avaliador que tem de ir avaliar a outra escola.

O CE, avalia os coordenadores de departamento e os avaliados. Esta avaliação incide na assiduidade, participação nas actividades, etc. Os avaliadores é mais na componente prática.

(E5)

A Comissão de coordenação da avaliação do desempenho, os avaliadores e os avaliados. O OG é que vai avaliar alguns parâmetros tais como: nível de assiduidade, acções de formação contínua, dinamização de projectos, etc. os avaliadores avaliam a componente científica-

pedagógica.e os avaliados. (E6)

Os pais não são avaliadores, mas não sei até que ponto seria bom ou não. Há muitos pais. Alguns até seria bom que o fizessem, mas outros talvez não, apesar de nunca ter tido problemas com pais.

O Conselho executivo, os avaliadores e os avaliados. (E8)

Os avaliadores e os avaliados. (E9)

O Conselho executivo, os avaliadores e os avaliados. (E10)

Ressalta evidente a percepção dos entrevistados quanto aos intervenientes no processo de ADD:

os avaliados, os avaliadores e o OG. Um dos entrevistados refere apenas os dois primeiros: os avaliadores

e os avaliados. (E9), enquanto outro confere à CCAD o papel de interveniente a Comissão de coordenação da avaliação do desempenho, os avaliadores e os avaliados (E6), atribuindo ao OG a função de avaliar alguns parâmetros. Quanto à possibilidade dos pais intervirem no processo de avaliação, opção que não foi

considerada por este agrupamento, as opiniões dividem-se entre: Concordo plenamente (E1) e um

redundante: não(E4e E5).Encontramos também uma posição ambígua: não sei até que ponto seria bom ou

não. Alguns até seria bom que o fizessem, mas outros talvez não (E8).

Dado que tivemos conhecimento, pelos primeiros entrevistados, não ter havido necessidade de recrutamento de avaliadores externos, este tipo de interveniente no processo de avaliação não foi abordado nas restantes entrevistas.

No que concerne às dinâmicas avaliador/avaliado, registamos, na Tabela 7, as opiniões dos participantes:

Tabela 7 – Organização do processo de Avaliação de Desempenho Docente: Dinâmicas avaliador/avaliado Categorias/sub-categorias Enunciado A. Organização do processo A.4. Dinâmicas avaliador/avaliado

Quando os professores foram distribuídos pelos avaliadores e também se falou que havia a possibilidade de, em situações de potencial atrito, dificuldade de trabalho entre o avaliador e o avaliado, que fosse proposto pelo avaliado, alteração do avaliador. Eu fiz exactamente isso. O Coordenador do Departamento fez a distribuição dos professores avaliados pelos avaliadores e eu disse que não queria o avaliador que me foi atribuído. Ainda havia mais dois do meu grupo e eu disse que poderia ser qualquer um dos outros e foi-me atribuído outro avaliador. (E1)

O coordenador do departamento, distribuiu os avaliados pelos avaliadores, de forma aleatória. Depois, houve um colega que pediu para trocar de avaliador e trocou. E eu acho muito bem

terem dado esta possibilidade (…) (E2)

No nosso grupo houve uma votação para eleger os avaliadores. São quatro os professores titulares, que poderiam ser avaliadores, dos quais escolheram os avaliadores. Os avaliados

foram distribuídos arbitrariamente pelos avaliadores. (E3)

O nosso grupo pertence ao Departamento das Expressões. O coordenador deste Departamento, nomeou a coordenadora do nosso grupo, para, entre os professores titulares de educação especial, designar outros avaliadores. Então numa reunião colocou a questão de quem iria ser avaliador. E nós escolhemos mais dois avaliadores. Depois, o coordenador do departamento de expressões distribuiu os professores pelos avaliadores. Mais tarde, algum professor não concordou com o avaliador que lhe foi atribuído e foi substituído. Mas à partida,

quem não concordasse poderia mudar de avaliador. (E4)

Neste departamento, inicialmente queriam que ficasse só um avaliador. Mas eu entendi que

tinha muito trabalho e que seria necessário mais avaliadores. São quatro professores titulares e resolveram que seriam necessários três avaliadores, ainda somos bastantes.

Depois votámos e seleccionámos os avaliadores pelo maior número de votos. Osavaliados

foram distribuídos, pelo coordenador do departamento das expressões, aleatoriamente pelos avaliadores, excepto a mim, que decidiram que eu iria avaliar as colegas da Intervenção precoce. Mas, após a tomada de conhecimento, houve a possibilidade de os colegas

mudarem de avaliador e chegou a verificar-se essa situação. (E5)

O Coordenador do Departamento das Expressões, ao qual pertence o nosso grupo, delegou na nossa coordenadora. Depois dentro nosso grupo, os colegas, elegeram outros avaliadores, entre os professores titulares do grupo. Não sei se funcionou da mesma forma em todos os departamentos. Neste grupo foi assim. Como o Coordenador do Departamento das Expressões não nos conhecia e a nossa coordenadora é que nos conhecia melhor, mas seria impossível ela avaliar toda a gente, então resolveram eleger os restantes avaliadores, entre os professores titulares do grupo. Os mais votados ficaram com as funções de avaliadores, foram três, entre os quais a coordenadora do grupo.

Depois o coordenador do grupo de expressões, distribuiu, arbitrariamente os avaliados pelos avaliadores. (E8)

Entre os professores titulares do grupo, definiram-se os avaliadores. Os avaliados foram distribuídos pelos avaliadores, havendo, contudo, a possibilidade de mudar de avaliador.

(E10)

As dinâmicas entre avaliadores e avaliados neste grupo de EE, incidiram, fundamentalmente, em dois aspectos: os avaliadores foram maioritariamente encontrados dentro do departamento de entre os professores titulares: o coordenador do departamento, distribuiu os avaliados pelos avaliadores, de forma aleatória (E2); Os avaliados foram distribuídos arbitrariamente pelos avaliadores. (E3); e foi possível substituir o avaliador

atribuído a um determinado avaliado em função de situações especiais: houve um colega que pediu para trocar de avaliador e trocou. E eu acho muito bem terem dado esta possibilidade (E2); os avaliados foram distribuídos pelos avaliadores, havendo, contudo, a possibilidade de mudar de avaliador (E10).

De acordo com o disposto no Despacho 7465/2008, de 13 de Março, o coordenador de departamento curricular, a quem incumbe a responsabilidade de avaliar os docentes do seu departamento, pode delegar as suas competências nessa área em professores titulares do seu departamento. Não é, no entanto, determinado na legislação o modo de selecção dos professores sobre quem vai recair essa delegação de competências. No grupo de EE do agrupamento analisado neste estudo, essa escolha foi feita a partir de eleição em que participaram todos os professores deste grupo.

Quanto à de substituição do avaliador a requerimento do avaliado, não encontrámos nos normativos legais relativos à ADD, referência a essa possibilidade. No entanto, este aspecto, como anteriormente referido, foi adoptado por determinação de cada departamento, sob beneplácito do CP.

Relativamente à intervenção do Órgão de Gestão no processo de ADD, as opiniões dos entrevistados estão expressas na Tabela 8:

Tabela 8 – Organização do processo de Avaliação de Desempenho Docente: A intervenção

do OG no processo

Categorias/sub-categorias Enunciado

A. Organização do processo