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CAPÍTULO I Avaliação das contribuições da Avaliação Ambiental Estratégica no contexto de planos de

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.3. Inventário da situação atual e diagnóstico

Nesta fase, o inventário de dados é realizado sobre a situação atual existente com a identificação dos problemas, das potencialidades e dos conflitos da área de estudo (PARIDÁRIO, 1999, SANTOS, 2004, OLIVEIRA, MONTAÑO E SOUZA, 2009). O diagnóstico é o tratamento e a interpretação dos dados obtidos na fase do inventário por meio de uma análise integrada, com a avaliação de fragilidades, potencialidades e

avaliação de cenários passados e presente (PARIDÁRIO, 1999; OLIVEIRA, MONTAÑO E SOUZA, 2009). Uma maneira de analisar os dados do inventário é com base no passado histórico, que é revelador de tendências quando cruzados com políticas atuais. As perspectivas conjunturais e os objetivos de desenvolvimento auxiliam a fazer um prognóstico de um cenário futuro com a nova proposta de desenvolvimento (PARTIDÁRIO, 1999).

A partir deste contexto, os seguintes itens são avaliados por meio de critérios de avaliação, a saber:

 O estoque ambiental e as ações dos planos de manejo;

 Avaliação da situação atual com e sem o plano de manejo e o acompanhamento do estoque ambiental.

 Integração dos dados ambientais, sociais e econômicas na base de dados da AAE;

 Identificação dos problemas ambientais e priorização de ações;  Relação com outras ações estratégicas.

5.3.1. O estoque ambiental e as ações dos planos de manejo

A situação do estoque ambiental diante das ações do plano de manejo é um dado relevante para a IUCN. A descrição da situação atual em AAE, como destacada por Retief (2006), deve promover informações suficientes sobre os atributos ambientais para identificar oportunidades e restrições. Fischer (2007) ressalta que a fase de inventário deve formar uma imagem realista da área de estudo com a identificação de objetivos de proteção ambiental e dos problemas ambientais. Assim, com base nas informações coletadas, a base de dados da AAE deve apresentar informações relevantes sobre a situação atual da área protegida e avaliar como as ações do plano de manejo podem inferir no estoque ambiental da área. Com isso, a partir da avaliação do estoque ambiental é possível alcançar o objetivo da IUCN, e ir além, com a avaliação de como o estoque ambiental pode mudar com a adoção e implementação do plano de manejo. Esta avaliação do estoque ambiental pela AAE é uma importante ferramenta para verificar a necessidade da implementação do plano de manejo e fornecer subsídios para a tomada de decisão.

Ao considerar esta discussão, o critério de avaliação a ser verificado nos casos é: se o estoque ambiental foi avaliado contra as ações do plano de manejo? (Quadro 10). Quadro 10. Comparação das avaliações dos casos sobre o critério de avaliação: o estoque ambiental foi avaliado contra as ações do plano de manejo? 5

Planos referentes ao Parque Nacional Cairngorms Planos referentes ao Parque Nacional Loch Lomond & The Trossachs

1. CNPP 2007- 2012 2. CNPP 2012- 2017 3. CNPLP 2008 4. PNCLDP 2013 5. WRSGP 2010 6. LLTNPP 2007-2012 7. LLTNPLP 2010-2015 8. LLTNPPP 2012-2017 D D D D D C B A Legenda: 1. Cairngorms National Park Plan (2007 – 2012); 2. Cairngorms National Park Plan (2012- 2017); 3. Cairngorms National Park Local Plan; 4. Cairngorms National Park Local Development Plan; 5. Water resources Supplementary Planning Guidance; 6. Loch Lomond & The Trossachs National Park Plan – (2007-2012); 7. Loch Lomond & The Trossachs National Park Local Plan (2010 - 2015); 8. Loch Lomond & The Trossachs Park Partnership Plan (2012 - 2017).

Sobre as escalas de avaliação: A - Muito bem realizado sem omissões importantes; B - Realizado de maneira satisfatória e completa com apenas algumas omissões ou inadequações; C - É considerado apenas satisfatório apesar de algumas omissões e inadequações; D - Indica que partes estão bem realizadas, mas como um todo está insatisfatório por conta de omissões e inadequações; E - Não é satisfatório, revelando omissões ou inadequações significantes; F - É muito insatisfatório com tarefas importantes realizadas de maneira pobre; G - Nenhuma tarefa realizada.

Na avaliação deste critério nos casos, foram identificadas algumas deficiências nas AAE. A principal falha está relacionada a não avaliação dos objetivos dos planos contra a base de dados da AAE. Para Therivel (2004) a avaliação das ações do plano contra a base de dados da AAE é essencial para projetar cenários futuros da situação atual com as novas ações de desenvolvimento. Quando esta avaliação é realizada pelos casos, esta ocorre de maneira parcial, sem avaliar todos os objetivos do plano em questão. O caso que melhor evidenciou esta contribuição da AAE (em avaliar o estoque ambiental da área protegida) para o plano de manejo foi o caso 8.

O caso 8 apresentou a base de dados por tópicos ambientais relevantes (clima, biodiversidade, geologia, solos, minerais, ar, água, florestas e woodland, comunidades, ambiente histórico construído, paisagem, visitantes, população e saúde humana). Para cada um destes tópicos são apresentadas informações sobre a situação atual, as tendências e as ações do plano para combater as tendências negativas e direcionar o alcance dos objetivos do parque. Assim, com base nas ações propostas do plano é verificada a possibilidade de alterações no estoque ambiental. Com relação à influência

das ações do plano no estoque ambiental, a avaliação de impactos cumulativos descreve de modo qualitativo como as ações do plano podem impactar o estoque ambiental.

Em síntese a perspectiva da avaliação da base de dados, e consequentemente do estoque ambiental, é importante, visto que, destacar um benefício para o estoque ambiental como uma consequência da implementação do plano de manejo pode enfatizar a importância em adotá-lo. Ou se for o caso, quando previsões negativas sobre o estoque ambiental forem identificadas, ações prioritárias podem ser implementadas para minimizar estes impactos. Contudo, esta contribuição da AAE para os planos de manejo não foi percebida na maioria dos casos analisados. Esta ineficiência da avaliação da base de dados da AAE também foi percebida por Fischer (2010) na avaliação de 117 relatórios ambientais para o uso e ocupação do solo na Inglaterra. Neste contexto, Therivel (2004), Partidário (2007b) e Fischer (2010) destacam que além da base dados estar articulada com os objetivos da AAE, é importante que a base de dados também seja articulada com as outras etapas de avaliação para conseguir avaliar de maneira sistemática as interferências da ação estratégica no estoque ambiental. 5.3.2. Avaliação da situação atual com e sem o plano de manejo e o

acompanhamento do estoque ambiental.

Avaliação da situação atual com e sem o plano de manejo e o acompanhamento do estoque ambiental são avaliados em dois momentos pelos seguintes critérios de avaliação (Quadro 11):

 Em um primeiro momento: É realizada a avaliação da situação atual com e sem o plano de manejo? Os pontos identificados na questão acima foram discutidos com a população?

 No segundo momento: A base de dados é monitorada? E quando ocorre alguma alteração no estoque ambiental isto é percebido e mudanças são propostas?

Quadro 11. Comparação das avaliações dos casos sobre os critérios de avaliação: É realizada a avaliação da situação atual com e sem o plano de manejo? Os pontos identificados na questão acima foram discutidos com a população? (primeira parte) A base de dados é monitorada? E quando ocorre alguma alteração no estoque ambiental isto é percebido e mudanças são propostas? (segunda parte).6

Planos referentes ao Parque Nacional Cairngorms Planos referentes ao Parque Nacional Loch Lomond & The Trossachs

1. CNPP 2007- 2012 2. CNPP 2012- 2017 3. CNPLP 2008 4. PNCLDP 2013 5. WRSGP 2010 6. LLTNPP 2007-2012 7. LLTNPLP 2010-2015 8. LLTNPPP 2012-2017 F D C D F D C D F G E G C G D G Legenda: 1. Cairngorms National Park Plan (2007 – 2012); 2. Cairngorms National Park Plan (2012- 2017); 3. Cairngorms National Park Local Plan; 4. Cairngorms National Park Local Development Plan; 5. Water resources Supplementary Planning Guidance; 6. Loch Lomond & The Trossachs National Park Plan – (2007-2012); 7. Loch Lomond & The Trossachs National Park Local Plan (2010 - 2015); 8. Loch Lomond & The Trossachs Park Partnership Plan (2012 - 2017).

Sobre as escalas de avaliação: A - Muito bem realizado sem omissões importantes; B - Realizado de maneira satisfatória e completa com apenas algumas omissões ou inadequações; C - É considerado apenas satisfatório apesar de algumas omissões e inadequações; D - Indica que partes estão bem realizadas, mas como um todo está insatisfatório por conta de omissões e inadequações; E - Não é satisfatório, revelando omissões ou inadequações significantes; F - É muito insatisfatório com tarefas importantes realizadas de maneira pobre; G - Nenhuma tarefa realizada.

Primeira parte: É realizada a avaliação da situação atual com e sem o plano de manejo? Os pontos identificados na questão acima foram discutidos com a população?

Os casos 1, 3, 5 e 6 não apresentaram uma avaliação sistemática sobre a situação atual com e sem o plano de manejo.

Os casos 2, 4, 7 e 8 apresentam abordagens similares sobre a situação atual com e sem o plano. Nestes casos, a situação atual com e sem o plano foi analisada a partir da base de dados da AAE, ao invés de apresentar uma avaliação sistemática. Assim, estes os relatórios ambientais apresentam algumas ponderações sobre a situação atual com e sem o plano.

Para Therivel (2004), a base de dados da AAE deve auxiliar na elaboração dos objetivos da AAE. Os objetivos são detalhados por indicadores que, por sua vez, devem direcionar novos dados a serem coletados para a base dados. Sendo assim, a base de dados apresenta dois momentos importantes de articulação com os objetivos da AAE: fornecimento de informações para formular os objetivos da AAE e a base de dados é alimentada com a coleta de novos dados direcionados pelos objetivos e indicadores.

Neste contexto, os objetivos, os indicadores e a base de dados são referências para as próximas fases da AAE (previsão e avaliação de impactos, medidas mitigadoras e monitoramento). Como ressaltado pelo ODPM (2005), a base de dados promove a base para prever e monitorar os efeitos ambientais ou de sustentabilidade, e como consequência disso, auxilia a identificar problemas e verificar alternativas para lidar com os mesmos. Esta articulação da base de dados com as demais etapas do processo é fundamental para avaliar a situação atual com e sem o plano de manejo, o que evidência o quão bom ou o quão ruim o plano pode ser para a situação atual do estoque ambiental.

Contudo, os casos não apresentam esta articulação da base de dados com as demais etapas do processo da AAE. Ao contrário disso, a avaliação da situação com e sem o plano de manejo quando é alcançada, esta é realizada por meio da base de dados, desconsiderado as outras etapas do processo da AAE. Como exemplo, os casos 2 e 4 apresentam um quadro com informações por ecossistemas presentes no Parque Nacional Cairngorms. A partir destes dados é possível interpretar a situação atual com e sem os planos. Para cada ecossistema do Parque Nacional Cairngorms são especificados, os serviços ecossistêmicos mais importantes, os principais impulsionadores de mudanças, os problemas e tendências ambientais, as oportunidades e os objetivos ambientais chaves. Este quadro auxiliou a prever como o ambiente atual do Parque pode evoluir sem o plano de manejo. Como resultado, o caso 2 identificou que o plano não pode resolver os problemas existentes no parque, pois o foco do plano é alcançar os objetivos do Parque7 de modo coletivo e coordenado para melhorar o manejo geral da área de estudo. Por outro lado, sem o plano de manejo poucas questões ambientais são abordadas. Assim, é considerado que o plano de manejo pode melhorar a efetividade geral dos mecanismos de proteção ambiental.

De maneira geral, os casos apresentam uma falta de articulação da base de dados da AAE com as demais etapas do processo. Isto dificulta tanto a avaliação da evolução da situação atual com e sem o plano como o monitoramento da situação atual, que será discutido com mais detalhes a seguir. Esta falta de transparência sobre como a situação atual evolui com e sem o plano impede a discussão com a sociedade sobre a real

7 Conservar e melhorar o patrimônio natural e cultural do Parque; Promover o uso sustentável

dos recursos naturais do parque; Promover a sustentabilidade econômica e o desenvolvimento social das comunidades e das qualidades especiais da área protegida.

importância (ou não) da adoção do plano de manejo. A AAE ao avaliar a situação futura (do estoque ambiental) com e sem a ação do plano de manejo traz um momento oportuno para discutir com a população local os benefícios do plano de manejo. Contudo, a discussão da situação atual com e sem o plano de manejo com a população não é destacada pelos relatórios ambientais e nem pelos relatórios de consultas.

Segunda parte: A base de dados é monitorada? E quando ocorre alguma alteração no estoque ambiental isto é percebido e mudanças são propostas?

Na avaliação deste critério de avaliação verificou-se uma situação semelhante para os casos 1, 2, 3 e 4, onde indicadores são propostos para cada objetivo da AAE. Estes indicadores são a base para o sistema de monitoramento da AAE. Com isso, os dados obtidos no monitoramento atualizam a base de dados da AAE. A intenção deste feedback é identificar a tempo de propor medidas de correção alguma alteração no estoque ambiental. Contudo, o monitoramento destes indicadores não é encontrado para verificar se há mudanças no estoque ambiental. Os relatórios “Post-adoption Statement” ressaltam que o monitoramento da AAE será realizado em conjunto com o monitoramento do estado atual do Parque. Para tanto, indicadores são identificados para monitorar os efeitos ambientais significantes da implementação do plano. No entanto, nos relatórios de monitoramento consultados (CNPA, 2009 e 2013), as AAEs não são mencionadas.

Esta situação corrobora com Therivel (2004) e Fischer (2007) que discutem que quando os objetivos do plano de manejo são avaliados pela AAE é possível identificar mudanças nos estoques ambientais (por meio da base de dados da AAE) ocasionadas pela implementação do plano de manejo, bem como, monitorar estas mudanças no estoque ambiental da área protegida, como sugere a IUCN. Esta interface entre as etapas da AAE facilita a avaliação e o monitoramento do estoque ambiental da área protegida, bem como, direciona o plano de manejo a alcançar os objetivos com a atenção em como as ações do plano estão interferindo no estoque ambiental. O monitoramento da base de dados da AAE deve acompanhar as mudanças no estoque ambiental e verificar se as estratégias traçadas estão indo de encontro com a visão do plano. Assim, se algo sair do previsto novas estratégias podem ser propostas.

Nos casos 5, 6, 7 e 8 não há detalhamento sobre o monitoramento da base de dados e os objetivos da AAE não são acompanhados por indicadores. Sem indicadores interligados aos objetivos da AAE, o monitoramento da base de dados corre o risco de ser difuso ou abrangente demais sem direcionar para as questões que realmente importam. Sendo assim, sem o monitoramento da base de dados não há como perceber as alterações no estoque ambiental.

Apesar da falha do sistema de monitoramento, existem exemplos que mostram como a articulação da base de dados da AAE com outras etapas do processo podem auxiliar na avaliação contínua do estoque ambiental. Se o caso 8 apresentasse um sistema de monitoramento da base de dados, este poderia ser um bom exemplo desta avaliação contínua. O relatório ambiental do caso 8 apresenta uma base de dados com as tendências direcionadas pelas ações do plano de manejo e a avaliação dos impactos cumulativos das ações do plano é articulada à base dados da AAE. Com o monitoramento da base dados da AAE por meio de indicadores e o monitoramento das ações do plano seria possível verificar como a evolução do plano altera as tendências da base de dados e o estoque ambiental da área protegida. Com isso, se algo sair do previsto, ações podem ser propostas de modo preventivo para evitar impactos irreversíveis.

A IUCN sugere que o sistema de monitoramento seja capaz de identificar as mudanças no estoque ambiental para fornecer informações à tomada de decisão. Com base na análise dos casos e na literatura específica considera-se que a AAE pode otimizar este propósito da IUCN. Para tanto, é imprescindível que o estoque ambiental da área protegida (base de dados da AAE) seja avaliado contra os objetivos do plano, para identificar de que maneira o objetivos do plano interferem no estado ambiental da área protegida. Contudo, para que esta avaliação seja mais eficaz, é importante que os temas da base de dados e as respectivas tendências estejam articulados com metas e indicadores dos objetivos da AAE. Assim, caso alguma tendência sobre o estoque ambiental esteja contra as metas estabelecidas é sinal que há um problema. Desta forma, ações devem ser colocadas em prática para priorizar questões importantes da área protegida (ver Figura 9 pag. 68). Contudo, sobre esta discussão cabe fazer uma ressalva, a AAE pode apontar o problema, porém compete ao tomador de decisão decidir se tais questões serão priorizadas ou não.

5.3.3. Integração dos dados ambientais, sociais e econômicos na base de dados da AAE.

Considerando que as áreas protegidas da categoria V permitem a moradia e o desenvolvimento de atividades humanas dentro dos seus limites, uma atenção especial é necessária para a integração das questões ambientais com as sociais e econômicas para evitar conflitos. A IUCN ressalta que o plano de manejo deve ter o foco na interação do homem com a natureza (PHILLIPS, 2002). Para tanto, a avaliação da visão do plano de manejo pela AAE por meio dos objetivos ambientais, sociais e econômicos deve procurar compreender a interação entre as três dimensões da sustentabilidade, se a caso, conflitos forem identificados, estes podem ser solucionados ou minimizados ainda nos estágios iniciais de elaboração do plano de manejo. A base de dados acompanha os objetivos ambientais, sociais e econômicos da AAE. Portanto, as informações coletadas pela base de dados será a base para identificar os problemas e os conflitos entre as três dimensões da sustentabilidade nos objetivos do plano de manejo. Esta avaliação permite um processo transparente sobre quem ganha e quem perde com a ação estratégica e auxilia a evidenciar a interação do homem com a natureza por meio da integração e avaliação dos aspectos sociais, econômicos e ambientais.

Assim, considerando a discussão exposta, o critério de avaliação a ser verificado junto aos casos é: Com relação à base de dados, as questões ambientais, sociais e econômicas são integradas? Com isso, conflitos puderam ser evitados? O Quadro 12 apresenta os resultados desta avaliação.

Quadro 12. Comparação das avaliações dos casos sobre o critério de avaliação: Com relação à base de dados, as questões ambientais, sociais e econômicas são integradas? Com isso, conflitos puderam ser evitados?

Planos referentes ao Parque Nacional Cairngorms Planos referentes ao Parque Nacional Loch Lomond & The Trossachs

1. CNPP 2007- 2012 2. CNPP 2012- 2017 3. CNPLP 2008 4. PNCLDP 2013 5. WRSGP 2010 6. LLTNPP 2007-2012 7. LLTNPLP 2010-2015 8. LLTNPPP 2012-2017 E A E A E C E E Legenda: 1. Cairngorms National Park Plan (2007 – 2012); 2. Cairngorms National Park Plan (2012- 2017); 3. Cairngorms National Park Local Plan; 4. Cairngorms National Park Local Development Plan; 5. Water resources Supplementary Planning Guidance; 6. Loch Lomond & The Trossachs National Park Plan – (2007-2012); 7. Loch Lomond & The Trossachs National Park Local Plan (2010 - 2015); 8. Loch Lomond & The Trossachs Park Partnership Plan (2012 - 2017).

Sobre as escalas de avaliação: A - Muito bem realizado sem omissões importantes; B - Realizado de maneira satisfatória e completa com apenas algumas omissões ou inadequações; C - É considerado apenas satisfatório apesar de algumas omissões e inadequações; D - Indica que partes estão bem realizadas, mas como um todo está insatisfatório por conta de omissões e inadequações; E - Não é

satisfatório, revelando omissões ou inadequações significantes; F - É muito insatisfatório com tarefas importantes realizadas de maneira pobre; G - Nenhuma tarefa realizada.

Os casos 1, 3, 5, 7 e 8 apresentam a base de dados com foco principal nos elementos ambientais, mas também pontuam alguns aspectos de cunho social, já os aspectos econômicos não são descritos. Além disso, os temas ambientais e sociais não são tratados de maneira integrada e conflitos não foram identificados.

O caso 6, o Plano Nacional do Parque Loch Lomond & The Trossachs (2007- 2012), a base de dados abrange uma ampla gama de temas relacionados com questões ambientais, sociais, econômicas e a integração entre estes. Contudo, os conflitos entre os temas trabalhados na base de dados não foram explicitamente evidenciados, mas pelas informações contidas na base de dados é possível identificar alguns possíveis conflitos. Por exemplo, a qualidade ambiental dos lagos presentes na área do parque entra em conflito com a agricultura, com as atividades turísticas e de lazer no meio aquático (derrame de combustível e descarga de esgoto dos barcos). O plano de manejo propõe como objetivo a qualidade ambiental dos lagos e também incentiva a agricultura, o turismo e atividades recreativas no ambiente aquático. Contudo, o relatório ambiental não faz qualquer relação à conciliação dos conflitos existentes. Apesar da base de dados da AAE ponderar aspectos sociais, econômicos e ambientais, os objetivos da AAE têm o foco principal na questão ambiental que, por sua vez, avaliam os objetivos do plano de manejo somente na perspectiva ambiental. Assim, como os objetivos e a base dados não foram articulados para a avaliação dos objetivos do plano de manejo, pode ser que este fato tenha dificultado a avaliação e ponderação entre os conflitos existentes.