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1. A JURISDIÇÃO ESPECIALIZADA ELEITORAL:

A Justiça Eleitoral foi instituída entre nós pelo Código Eleitoral de 1932, sendo que sua criação visou substituir o então Sistema Político de Aferição de Poderes (levada a efeito pelos órgãos legislativos)102 por um sistema jurisdicional em que se incluiriam todas as atribuições referentes ao direito político-eleitoral.

A primeira Constituição Federal que cuidou da Justiça Eleitoral, entretanto, foi a de 1934.

Ato contínuo, a Justiça Eleitoral foi extinta pela Constituição de 1937, mas recriada, como já dito anteriormente, pelo Decreto-lei 7.586, de 28 de maio de 1945.

A Justiça Eleitoral, embora faça parte da Justiça Federal (especializada), têm seus quadros preenchidos, na primeira instância, por Juízes de Direito da organização judiciária dos Estados ou do Distrito Federal (que atuam no exercício de

delegação de jurisdição federal-eleitoral).

A sua organização e competência estão a cargo de Lei Complementar (CF, art. 121, caput), aliás, o próprio Código Eleitoral, conquanto lei ordinária, foi recepcionado pela Carta Magna de 1988 como Lei Complementar, ao menos no que tange à organização e competência da Justiça Eleitoral (a exemplo do que já foi amplamente comentado no capítulo I deste trabalho).

A Justiça Eleitoral, em linhas gerais, é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), pelos Juízos Eleitorais e pelas Juntas Eleitorais (CF, art. 118).

Atualmente, temos um sistema judiciário eleitoral sem membros de carreira (permanentes), mas apenas convocados por período determinado. Há defensores da criação de uma justiça eleitoral com carreiras próprias, mas as maiores críticas situam-se no grande e desnecessário gasto público (eleições de dois em dois anos apenas) e o risco de envolvimento político dos magistrados com as contendas judiciais.

O mandato dos juízes de tribunais eleitorais será de dois anos, no mínimo, mas nunca superior a dois biênios consecutivos (CF, art. 121, § 2º), não havendo vínculo definitivo; para os juízes eleitorais (primeira instância) não há idêntica

disposição, mas há extensão da regra a eles, instituindo-se o sistema de rodízio entre os

juízes de direito da comarca, alterando-se a cada dois anos (salvo se houver juiz único na

comarca, o que ainda é bem comum nas menores unidades no Estado de Goiás).

2. COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL:

2.1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (CF, art. 119):

102

O Tribunal Superior Eleitoral representa a cúpula da Justiça Eleitoral, sendo composto de 07 (sete) membros, no mínimo, escolhidos mediante eleição e pelo voto secreto (CF, art. 119, caput).103

Observe-se, porém, que (a) 03 (três) juízes serão escolhidos dentre os ministros do STF, em votação secreta pelo plenário (RISTF, art. 7o, inciso II); (b) 02

(dois) no STJ, também em votação secreta (RISTJ, art. 10, inciso III) e (c) 02 (dois) dentre

advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, nomeados pelo Presidente da República, após formação de lista sêxtupla e indicação pelo STF (art. 119, inciso II).104

Note-se e memorize-se que não há previsão de nomeação de membros do Ministério Público para atuarem como juízes do TSE.

O Presidente e vice-presidente do TSE são escolhidos dentre os ministros do STF e o Corregedor-Geral Eleitoral (Corregedor Eleitoral, na linguagem constitucional) dentre os Ministros do STJ (CF, art. 119, parágrafo único).

Os membros do Tribunal Superior Eleitoral podem ser denominados tanto de “Juízes do TSE” (CF/1988), como de “Ministros do TSE” (embora apenas cinco deles sejam efetivamente “ministros”), havendo as duas designações na Lei Complementar 35/1979 (LOMAN, arts. 8º e 34).

A competência do Tribunal Superior Eleitoral se estende ao julgamento de registro e cassação de registro de partidos políticos, de seus Diretórios Nacionais e de candidatos a Presidência e Vice-Presidência da República; dos conflitos de jurisdição entre Tribunais Regionais e Juízes Eleitorais de Estados diferentes; da suspeição ou impedimento de seus membros, do Procurador-Geral e dos funcionários de sua secretaria; das impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de diploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República; da ação rescisória eleitoral, de recurso ordinário e especial contra decisão proferida pelos Tribunais Regionais Eleitorais entre outras (CE, arts. 22 e 23).

É interessante relembrar que a alínea “d” do inciso I do art. 22, do Código Eleitoral (alusiva à antiga competência pela prerrogativa de função do TSE), não foi recepcionada pela nova ordem constitucional, sendo certo que, em caso da prática de infração penal, (a) os Juízes dos Tribunais Regionais serão julgados originariamente pelo STJ (CF, art. 102, inciso I, ‘a’) e (b) os do próprio Tribunal Superior Eleitoral pelo STF (CF, art. 102, inciso I, ‘c’).

Conclui-se, assim, que o TSE não dispõe atualmente de

competência criminal originária por prerrogativa de função (competência ratione

personae), detendo apenas competência criminal recursal para julgar as infrações penais

eleitorais (ou seja, se o crime der ensejo a uma ação penal junto ao juízo eleitoral de primeira instância, através da interposição de recurso será possível chegar-se ao TSE).

103

Na mesma ocasião também são escolhidos os substitutos em igual número (CF, art. 121, § 2º). 104

(MP/PI, Promotor de Justiça) Quanto à composição do Tribunal Superior Eleitoral assinale a

alternativa incorreta: (a) três juízes dentre os Ministros do STF; (b) dois juízes nomeados pelo presidente

do TSE; (c) dois juízes dentre os Ministros do STJ; (d) dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral; (e) o corregedor eleitoral será escolhido dentre os Ministros do STJ (a

2.2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (CF, art. 120):

Pela Constituição Federal, haverá “um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal”.

Serão os Tribunais Regionais Eleitorais compostos de 07 (sete) membros, sendo (a) 02 (dois) escolhidos, por voto secreto, entre os Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado; (b) 02 (dois) Juízes de Direito escolhidos, também por voto secreto, pelo Tribunal de Justiça; (c) 01 (um) Juiz do Tribunal Regional Federal (com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal), também por voto secreto ou, não havendo, será um Juiz Federal, “escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo” e (d) 02 (dois) advogados “de notável saber jurídico e idoneidade moral”,105 nomeados pelo Presidente da República, após indicação pelo Tribunal de Justiça em lista sêxtupla (CF, art. 120, inciso III).106

Convém notar, todavia, que não podem fazer parte das listas de advogados, os magistrados e membros do Ministério Público aposentados (CE, art. 15, § 2º), tendo esta norma inclusive tido sua constitucionalidade recentemente reafirmada incidentemente pelo Supremo Tribunal Federal.107

O mandato dos membros do TRE será também de 2 (dois) anos, no mínimo, podendo haver recondução por outros 2 (dois) anos consecutivos (CF, art. 121, § 2º e CE, art. 14, caput). O presidente, o vice e o corregedor exercerão os cargos por apenas um ano, contado de suas posses.

O TRE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Desembargadores,108 conforme prescreve o § 2o, do art. 120, da Constituição Federal.109

O Vice-Presidente acumulará a função de Corregedor Regional Eleitoral, sendo esta a interpretação que se tem dado ao defeituoso art. 26, caput, do Código Eleitoral (Código Eleitoral Anotado e Legislação Complementar do TSE, 5a ed., 2002, p. 29), que somente tinha sentido até o advento da Constituição Federal de 1967, carta que (excluindo a vaga de um Desembargador) novamente incluiu um Juiz Federal como membro dos Tribunais Regionais Eleitorais (Michels, p. 51).

105 (Magistratura-MS, 2010) “Quanto à composição dos Tribunais Regionais eleitorais, indique pelo menos

dois dos pressupostos ou exigências constitucionais para que um advogado se torne temporariamente um juiz eleitoral” (a resposta desta questão se encontra no texto principal).

106

Em rigor, o Tribunal de Justiça elaborará duas listras tríplices (uma para cada vaga), submetendo-as, através do TSE (CE, art. 23, XI), ao Presidente da República para escolha, conforme exsurge do RITJGO, art. 9o-A, inciso XIII (Queiroz, Direito eleitoral, pp. 42-44).

107

STF, RMS 23.123-PB, Rel. Min. Nelson Jobim (março de 2004). 108

RITREGO, art. 7º, caput. 109

(Magistratura-GO, 2006, questão 89) Os Órgãos da Justiça Eleitoral estão previstos pelo art. 118, da

“Carta de Outubro”, sendo eles o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, os Tribunais Regionais Eleitorais – TRE’s, os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Sobre a composição dos órgãos da Justiça Eleitoral assinale o que for correto: (a) Dentre os dois Ministros que compõem o Tribunal Superior Eleitoral,

indicados pelo Supremo Tribunal Federal, um exerce a função de Presidente e o outro a de Corregedor Geral; (b) Os membros do TSE filiados à OAB são nomeados pelo Presidente da República, enquanto nos TRE’s a escolha é feita pelo Governador do Estado; (c) Os Juízes Eleitorais no exercício dessas funções gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis, prerrogativa que não se aplica aos demais integrantes das Juntas Eleitorais; (d) O Tribunal Regional Eleitoral elegerá o seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Desembargadores (no gabarito oficial, a letra “d” é a alternativa correta; sugere-se a leitura do art. 120,

Competirá aos Tribunais Regionais Eleitorais o processo e o julgamento do registro e o cancelamento do registro dos Diretórios Estaduais e Municipais de partidos políticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governador e membro do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas; dos conflitos de jurisdição entre Juízes Eleitorais do respectivo Estado; dos crimes eleitorais praticados pelos Juízes Eleitorais, Promotores Eleitorais e Prefeitos Municipais; do habeas corpus e mandado de segurança contra ato do Juiz Eleitoral e das autoridades que se sujeitem a julgamento pelo Tribunal de Justiça; dos recursos oriundos de decisões dos Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais entre outros (CE, arts. 29 e 30).

Observe-se que diversamente do que ocorre com o TSE, os Tribunais Regionais Eleitorais tem competência criminal para julgar pessoas em razão de suas funções (competência originária pela prerrogativa de função), como é o caso do julgamento Juiz Eleitoral, do Promotor Eleitoral, do Prefeito Municipal, do Deputado Estadual e do Secretário de Estado, pelos crimes eleitorais que eventualmente praticarem.

2.3. JUÍZES ELEITORAIS:

Será o próprio Juiz de Direito da Comarca (art. 11 da Lei Complementar n. 35/1979) que acumulará a função também de Juiz Eleitoral.110 Havendo mais de um Juiz de Direito na comarca que o número de zona eleitoral, o TRE designará qual deles será o Eleitoral, observando a alternância a que alude o § 2o, do art. 121, da Constituição Federal.

Saliente-se, por ser relevante, que o § 2o do art. 22 da Lei Complementar 35/1979 acabou com as restrições impostas aos juízes substitutos para a prática de vários atos, ficando, assim, revogado o art. 32 do Código Eleitoral, dispositivo que se proibia o juiz substituto de atuar como Juiz Eleitoral.111

Competirá aos Juízes Eleitorais cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações do Tribunal Superior e Regional; processar e julgar os crimes eleitorais e comuns que lhe forem conexos, salvo competência originária de tribunais; decidir habeas

corpus e mandado de segurança em matéria eleitoral; ordenar o registro e a cassação do

registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais etc (CE, art. 35).

2.4. JUNTAS ELEITORAIS:

Nos termos do § 2o, art. 11, da Lei Complementar 35/1979, para apuração das eleições, constituir-se-ão Juntas Eleitorais, presididas pelo Juiz Eleitoral.

Aludida junta será composta pelo próprio Juiz Eleitoral e por 02 (dois) ou 04 (quatro) eleitores de notória idoneidade, indicados por aquele, aprovados pelo Tribunal Regional eleitoral112 (até 60 dias antes da eleição, conforme prescreve o art. 36, § 1º) e nomeados pelo seu presidente.113

110

Como se observa, não há propriamente um cargo de Juiz Eleitoral, mas apenas uma função que é exercida, geralmente, pelo próprio Juiz de Direito da Comarca (Queiroz, Direito eleitoral, p. 34).

111

Nesse sentido: Queiroz, Direito eleitoral, p. 34. 112

(Magistratura-GO, 1998) Assinale a única alternativa correta: (a) O Juiz eleitoral pode votar em qualquer seção eleitoral do país; (b) Junto ao TRE, a representação de partido político é feita pelo delegado; (c) Os membros das juntas eleitorais são nomeados pelo TRE; (d) A denúncia por fato previsto como crime

Compete, também, ao Presidente do TRE definir a quantidade de membros e designar o local da sede da junta.

O Presidente da Junta (Juiz Eleitoral) poderá, havendo conveniência, desdobrá-la em até 5 (cinco) turmas apuradoras, todas presididas por algum dos seus componentes (art. 160, caput); em tal caso, as “as dúvidas que forem sendo levantadas em cada Turma serão decididas por maioria de votos dos membros da Junta” (parágrafo único).

2.4.1. GARANTIAS:

Os integrantes das Juntas Eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias (especialmente a independência funcional) e serão inamovíveis (CF, art. 121, § 1o), tendo competência para apuração e diplomação dos eleitos.

Os membros das Juntas Eleitorais, porém, não detém, logicamente, a vitaliciedade (que é evidentemente incompatível com sua atuação é efêmera) e a

irredutibilidade de subsídios (pois não recebem qualquer remuneração pelo trabalho

prestado à Justiça Eleitoral).

2.4.2. COMPETÊNCIA:

Competirá às Juntas Eleitorais restritamente apurar as eleições realizadas nas Zonas Eleitorais sob sua jurisdição; resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração; expedir os boletins de urna e expedir os diplomas aos eleitos para os cargos municipais114 (art. 40).

Não se deve confundir a competência dos juízes eleitorais, monocraticamente considerados, com a da Junta Eleitoral, colegiado que ele integra. Enquanto que a competência da Junta só ocorre na apuração e na diplomação, a do Juiz ocorre em qualquer das cinco fases do processo eleitoral (são elas a fase de registro de candidaturas, de propaganda eleitoral, de votação, de apuração e de diplomação).

Só expressa e restritiva é a competência da Junta; residual e ampla, ao contrário, é a do Juiz eleitoral.

3. PRESTAÇÃO JURISDICIONAL ELEITORAL:

A Justiça eleitoral tem como tarefa principal a atuação administrativa (administração de eleições, alistamento eleitoral, transporte e refeições dos eleitores etc.) e só eventualmente jurisdicional, encerrando referida atuação com a diplomação dos candidatos legalmente eleitos, salvo julgamento de ação de impugnação de

eleitoral é oferecida pelo Procurador Geral da República (no gabarito oficial, a alternativa correta é a “c”,

sendo essencial a leitura do art. 36, § 1º, do Código Eleitoral).

113

“Na prática, tem-se mostrado muito mais eficaz quando as Juntas Eleitorais são formadas por 3 membros (Resolução TSE n. 10.038/76)” (Michels, p. 53), ou seja, o Juiz Eleitoral (presidente) e outros dois cidadãos, sendo isso que se recomenda na prática.

114

Naqueles “municípios onde houver mais de uma Junta Eleitoral, a expedição dos diplomas será feita pela que for presidida pelo Juiz Eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição” (art. 40, par. único).

mandato eletivo (CF, art. 14, §§ 10 e 11, e Lei Complementar n. 64/1990) e de demandas penais.

No Contencioso Eleitoral, atua a Justiça Eleitoral na solução dos litígios e controvérsias entre partidos políticos, candidatos, a ação de impugnação de mandato e as infrações crimes de natureza eleitoral e os comuns que lhe forem conexas, salvo os crimes de competência da Justiça Militar e do Juizado da Infância e da Juventude (CPP, art. 79).

4. ATIVIDADES DA JUSTIÇA ELEITORAL:

Para o conhecido doutrinador eleitoral Elcias Ferreira da Costa, as atividades da Justiça Eleitoral podem ser subdividas em jurisdicional, administrativa, jurisdição voluntária e regulamentar.

Atuação tipicamente jurisdicional da Justiça Eleitoral ocorre, exemplificativamente, no processo e julgamento em ação penal eleitoral, ação de impugnação de pedido de registro de candidatura, em ação de impugnação de mandato eletivo, nos recursos entre outros.

Existe atuação meramente administrativa da Justiça Eleitoral no alistamento, transferência de inscrição; 2ª via de Títulos de Eleitor; formação de mesas receptoras; estabelecimento de rotas para o transporte de eleitores; instrução de escrutinadores etc.

Haverá atividade de jurisdição voluntária na apuração, na proclamação dos resultados e na diplomação dos candidatos eleitos.

Enfim, existirá atuação regulamentar da Justiça Eleitoral na edição de instruções e resoluções para a fiel execução da lei (CE, arts. 23, inciso IX e 30, inciso XVII).

5. O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL:

O Ministério Público Eleitoral, em que pese sua importância no cenário nacional, não foi previsto expressamente na Constituição Federal de 1988, diferentemente do que ocorreu com as de 1934 (art. 98) e 1946 (art. 125)

O Ministério Público Eleitoral é chefiado pelo Procurador-Geral Eleitoral, que é o próprio Procurador-Geral da República (CE, art. 18 e LC 75/1993, art. 73).

Dentre as várias atribuições do Procurador-Geral Eleitoral cita-se a (a) de assistir às sessões do TSE, tomando parte nas discussões, (b) de oficiar nos recursos encaminhados ao TSE, (c) de expedir instruções no âmbito interno do Ministério Público e (d) de designar membros do MPU para auxiliá-lo (LC 75, arts. 73 a 75).

No segundo grau de jurisdição, junto aos Tribunais Regionais Eleitorais, atuará o Procurador Regional Eleitoral que “será designado pelo Procurador- Geral Eleitoral, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um mandato de 2 (dois) anos” (LC 75/1993, art. 76).

No primeiro grau de jurisdição, junto aos Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais, atuará um Promotor Eleitoral, que será designado dentre os Promotores de Justiça (da Justiça Comum Estadual) com atuação na comarca (LC 75/1993, arts. 78-79).