Parte V Ponto de chegada e futuras viagens
8.3. Limitações do estudo
Como em qualquer estudo, também este apresenta algumas limitações que se prendem não só com os materiais utilizados no DD, com as condições de implementação da SE e de concretização do DD, mas também com o absentismo de alguns estudantes.
Relativamente aos materiais utilizados, é de assinalar que na pesquisa desenvolvida para seleção de recensões críticas que pudessem servir de modelo de género foi impossível encontrar recensões críticas produzidas por autores moçambicanos. A partir desta constatação, e considerando que a academia moçambicana pertence a uma comunidade académica de língua portuguesa, constituída pelas universidades dos restantes países da CPLP, com quem, aliás, se mantêm e se desenvolvem múltiplos programas de cooperação, tentou-se, em alternativa, encontrar recensões-modelo nestes contextos. Foi exatamente devido a esta limitação e com o objetivo de a colmatar, que se produziu (artificialmente) a recensão crítica de um artigo escrito por um académico moçambicano.
Quanto às condições de implementação é necessário referir que nem sempre foi possível garantir que os estudantes tivessem acesso à internet e a outros instrumentos de consulta o que a ser facultado, de forma sistemática, poderá incrementar melhores resultados, sobretudo junto dos estudantes com maiores dificuldades, muitos dos quais ainda sem acesso a computadores individuais ou a smartphones.
Outro aspeto que se pode considerar uma limitação do estudo é o absentismo que se verificou existir da parte de alguns estudantes o que poderá ter-se refletido nos resultados obtidos por estes estudantes, cujas recensões críticas finais revelaram pouca distância dos textos iniciais, relativamente a algumas configurações da recensão. Ou seja, os aspetos relacionados com o absentismo dos estudantes deverá ser considerado em futuras aplicações da SE e do DD, de modo a este poder ser detetado com maior antecedência. Parece ser importante ter-se em consideração, no momento específico da aplicação do DD, a assiduidade dos estudantes, a sua reação aos materiais didáticos e às estratégias utilizadas, imediatamente após a utilização destes. Poder-se-á considerar, entre outras formas de aplicação do DD para estes estudantes, a aplicação de estratégias e materiais a distância, através de ferramentas digitais.
Para além das limitações referidas, há uma outra que se relaciona com a rigidez estrutural e linguística de algumas das recensões críticas construídas pelos estudantes, resultado da didatização das configurações retóricas da recensão crítica. Este aspeto deverá
ser objeto de reflexão para se encontrarem soluções que contrariem a natural inclinação dos estudantes para aplicação ipsis verbis dos modelos estudados.
8.4. Subsídios para futuras pesquisas
Como foi referido a propósito do enquadramento metodológico (cap.4), este estudo, pela sua natureza, desencadeou uma espécie de formação em exercício junto dos professores que se envolveram em encontrar estratégias e materiais para trabalhar a escrita académica na universidade em Moçambique. O trabalho de investigação conduzido, a reflexão produzida e os materiais instrucionais testados não só consolidam o caminho trilhado pela professora investigadora, autora deste trabalho, como referido na introdução deste estudo, mas também ilustram as potencialidades da PGT na formação de professores de Português em países em que esta língua é adquirida como L2.
Neste sentido e tendo em consideração que a pesquisa desenvolvida transformou os professores de Português envolvidos em professores-investigadores (Faquir, 2019; Fumo & Soares, 2018; Marrengula, 2019; Sitoe, 2018), cada um desenvolvendo pesquisas na área da leitura e da escrita académica, pretende-se dar continuidade ao trabalho desenvolvido. Ou seja, depois da experiência desenvolvida e tendo em consideração o interesse do grupo e dos estudantes universitários moçambicanos, pretende-se continuar nesta linha de investigação, quer na produção de outras SE para outros géneros académicos (artigo, ensaio), quer na seleção e produção de materiais que possam auxiliar o ensino e a aprendizagem da escrita académica, quer ainda na proposta de alteração de programas de Língua Portuguesa em contexto universitário moçambicano.
Epílogo
A metáfora da viagem descreve e enquadra o estudo desenvolvido nos últimos anos. Por um lado, proporcionou a visita a muitos espaços, habitados por pessoas fascinantes e teorias inspiradoras, que modificaram o pensamento, a vida e a prática docente desta viajante. Por outro lado, desenvolveu a capacidade de apagamento da rotina e o alheamento dos condicionalismos pessoais que transportaram o eu (que-ensina) para o lugar do outro (que-aprende), numa espécie de alteridade pedagógica tão difícil, quanto importante. E agora que se chega ao fim, olha-se o caminho percorrido e vislumbram-se outras viagens, até agora impensáveis, porque impercetíveis.
“Nas encostas dos Himalaias, só existem as encostas dos Himalaias. É à distância, ou na memória, ou na imaginação que os Himalaias assumem toda a sua altitude, e até um pouco mais.” (Fernando Pessoa)
Referências
Adam, J. (2011). A línguística textual: introdução à análise textual dos discursos. S. Paulo: Cortez.
Alarcão, I. (2001). Professor-investigador: Que sentido? Que formação? Cadernos de
Formaçao de Professores, 1, 21–30.
Bakhtin, M. (1997a). Estética da criação verbal. (M. E. G. Pereira, Trad.) (2a Ed.). São Paulo: Martins Fontes.
Bakhtin, M. (1997b). Os Géneros do Discurso. In Estética da criação verbal. (M. E. G.
Pereira, Trad.) (2a Ed.). São Paulo: Martins Fontes.
Barbeiro, L. F., Pereira, L. Á., & Carvalho, J. A. B. (2015). Writing at Portuguese
Universities : Students ’ Perceptions and Practices. Journal of Academic Writing, 5(1), 74–85.
Bazerman, C. (1997). The life of genre, the life in the classroom. In W. Bishop & H. Ostrum (Eds.), Genre and writing (pp. 19–26). Portsmouth: Boynton/ Cook.
Bazerman, C. (2009). Academic writing genre, and indexicality: Evidence, intertext, and theory. In Catedra Unesco para la lectura y escritura (Ed.). Lagos: Universidade de Los Lagos. Retrieved from
http://mina.education.ucsb.edu/bazerman/articles/documents/Bazerman2009TalkUNE SCO.pdf
Bazerman, Charles. (2009). Genre and Cognitive Development : Beyond Writing to Learn.
Pratiques, (143–144), 127–138. https://doi.org/10.4000/pratiques.1419
Benavente, A., Rosa, A., Costa, A., & Àvila, P. (1996). Literacia em Portugal. Resultados
de uma pesquisa extensiva e monográfica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkiam.
Bereiter, C., & Scardamalia, M. (1987). The Psychology of writen composition. Hillsdale, NJ: Lawrence Erllbaum.
Berkenkotter, C., & Huckin, T. N. (1995). Genre Knowledge in Disciplinary
Communication. New York: Routledge.
Bhatia, V. K. (1997). Genre-mixing in academic introductions. English for Specific
Purposes, 16(3), 181–195. https://doi.org/10.1016/S0889-4906(96)00039-7
Bhatia, V. K. (2013). Analysing Genre: Language Use in Professional Settings. London and New York: Routledge.
Bitchener, J., Young, S., & Cameron, D. (2005). The effect of different types of corrective feedback on ESL student writing. Journal of Second Language Writing.
https://doi.org/10.1016/j.jslw.2005.08.001
Bork, A. V., Bazerman, C., Correa, F., & Cristovão, V. (2014). Mapeamento das
iniciativas de escrita em língua materna na educação superior: resultdos preliminares.
Revista Prolíngua, 9(1), 2–14. Retrieved from
http://www.ies.ufpb.br/ojs/index.php/prolingua/article/view/24309
Bortoni-Ricardo, S. (2005). Heterogeneidade linguística e ensino da língua: o paradoxo da escola. In Nós cheguemu na escola, e agora?: sociolinguística e educação (pp. 13– 17). São Paulo: Parábola Editorial.
Bouwer, R., & De Smedt, F. (2018). Introduction special issue: Considerations and
recommendations for reporting writing interventions in research publications. Journal
of Writing Research, 10(2), 115–137. https://doi.org/10.17239/jowr-2018.10.01.01
(pp. 467–484). Retrieved from http://wac.colostate.edu/books/wrab2011/
Bronckart, J. P. (2003). Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo
sócio-discursivo. São Paulo: EDUC.
Bronckart, J. P. (2006a). Atividade de linguagem, discurso e desenvolvimento humano. Campinas: Mercado das letras.
Bronckart, J. P. (2006b). Interacionismo sócio-discursivo: uma entrevista com Jean Paul Bronckart. Revista Virtual de Estudos Da Linguagem, 4(6).
Bunzen, C. (2004). O ensino de “gêneros” em três tradições: implicações para o ensino- aprendizagem da língua materna. In Covre et al. Quimera e a peculiar atividade de
formalizar a mistura do nosso café com o revigorante chá de Bakhtin (pp. 221–257).
São Carlos: Grupos de Estudos dos Gêneros do Discurso.
Carlino, P. (2008). The rationale of an itinerary of research, teaching and promotion of WAC/WID/academic literacies in Argentina. Retrieved from
https://www.aacademica.com/paula.carlino/101.pdf
Carvalho, J. A. B. (2012a). A promoção de competências de escrita de estudantes do ensino superior: algumas reflexões a partir de uma experiência na Universidade do Minho. In J. A. B. Carvalho, L. F. Barbeiro, & L. Á. Pereira (Eds.), Aula de língua:
interação e reflexão. Escola Superior de Educação e Ciências Sociais-Instituto
Politécnico de Leiria, Centro de Investigação em Educação - Universidade do Minho e Centro de Investigação em Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores - Universidade de Aveiro.
Carvalho, J. A. B. (2012b). Ensinar e aprender a escrever no século XXI: (re)configurando
um velho objecto escolar. Anais do SIELP (Vol. XXXIII).
https://doi.org/10.1007/s13398-014-0173-7.2
Casanova, M. P. (2008). Recensão crítica. Retrieved from https://pt.scribd.com/doc/19022726/Recensao-Critica
Castelló, M., & Donahue, C. (2012). Universitity writing: selves and texts in academic
societies. Bingley: Emerald.
Castelló, M., Iñesta, A., & Monereo, C. (2009). Towards self-regulated academic writing: An exploratory study with graduate students in a situated learning environment.
Electronic Journal of Research in Educational Psychology, 7, 1107–1130. Retrieved
from http://www.investigacion-
psicopedagogica.org/revista/new/english/ContadorArticulo.php?367
Castelló, M., Iñesta, A., Pardo, M., Liesa, E., & Martínez-Fernández, R. (2012). Tutoring the end-of-studies dissertation: Helping psychology students find their academic voice when revising academic texts. Higher Education, 63(1), 97–115.
https://doi.org/10.1007/s10734-011-9428-9
Castellotti, V., & Moore, D. (2002). Social Representations of Languages and Teaching: Guide for the Development of Language Education Policies in Europe from
Linguistic Diversity to Plurilingual Education, (February 2002), 1–27. Ceia, C. (2017). Recensão (ou resenha). Retrieved from
http://edtl.fcsh.unl.pt/encyclopedia/recensao-ou-resenha/
Chomsky, N. (1965). Aspects of the Theory of Syntax. Aspects of the Theory of Syntax,
11(no 11), 251. https://doi.org/10.1016/0732-118X(86)90008-5
Christie, F., & Martin, J. R. (Eds.). (1997). Genre in institutions: Social processes in the
workplace and school. New York: Continuum.
Colognesi, S., & Dolz, J. (2017). Faire construire des scénarios pour développer les capacités orales des élèves du primaire Book Chapter Faire construire des scénarios
pour développer les capacités orales des élèves du primaire, (August).
Conselho da União Europeia. (2012). Conclusões do Conselho Europeu sobre Literacia. Retrieved from http://www.gmcs.pt/pt/conclusoes-do-conselho-europeu-de-26-de- novembro-de-2012-sobre-a-literacia
Coutinho, C. (2008). A qualidade da investigação educativa de natureza qualitativa : questões relativas à fidelidade e validade. Educação Unisinos, 12(1), 5–15.
Coutinho, C., Sousa, A., Dias, A., Bessa, F., Ferreira, M. J. R. C., & Vieira, S. R. (2009). Investigação-acção : metodologia preferencial nas práticas educativas. Psicologia,
Educação e Cultura, 2(13), 355–379. https://doi.org/49418854
Coutinho, M. A. (2013). O desenvolvimento da escrita na perspetiva do Interacionismo Sociodiscursivo. In Reflexão sobre a escrita: O ensino de diferentes géneros de textos (pp. 17–31). Aveiro: Universidade de Aveiro.
Cunha, C., & Cintra, L. (2001). Breve gramática do Português compemporâneo. LISBOA: Edições João Sá da Costa.
Devitt, A. (2009). Teaching Critical Genre Awareness. In C. Bazerman, A. Bonini, & D. Figueiredo (Eds.), Genre in a Changing World. Perspectives on Writing (pp. 337– 351). Colorado: WAC Clearinghouse/Parlor Press,. Retrieved from
http://wac.colostate.edu/books/genre/
Devitt, A. (2015). Genre performances: John Swales’ Genre Analysis and rhetorical- linguistic genre studies. Journal of English for Academic Purposes, 1–8. https://doi.org/10.1016/j.jeap.2015.05.008
Diniz, M. J., & Fumo, Ó. (2015). Pontuação: A vírgula. In P. Gonçalves & C. Siopa (Eds.),
Caderno de Pesquisa no1: Didáctica do Português L2 (pp. 81–97). Maputo: Cátedra
de Português Língua Segunda e Estrangeira/Universidade Eduardo Mondlane. Dolz, J., & Ollangnier, E. (2002). L’énigme de la compétence en éducation. Bruxelles:
Raisons Educatives, De Boeck Université.
Dolz, J., & Schneuwly, B. (1996). Genres et progression en expréssion orale et écrite – éléments de réflexions à propos d’une expérience romande., 41–73.
Dolz, J., & Schneuwly, B. (2004). Gêneros e progressão em expressão oral e escrita. Elementos para reflexões de uma experiência suíça (francófona). In Gêneros orais e
escritos na escola. Campinas (SP): Mercado das Letras. Retrieved from
http://educacadoresemluta.blogspot.com/2009/12/dolz-j-e-schneuwly-b-generos- e_11.html
Duarte, I. (2010). Competências de escrita de estudantes portugueses à entrada na universidade. In P. Gonçalves (Ed.), O português escrito por estudantes
universitários: descrição linguística e estratégias didácticas (pp. 106–121). Maputo:
Texto Editora.
Ellis, R. (1997). SLA Research and Language Teaching. Oxford: Oxford University Press. Ellis, R. (2008). Principles of Instructed Second Language Acquisition. CAL Digest,
(December), 1–6. https://doi.org/10.1007/s13398-014-0173-7.2 Ellis, R. (2012). Editorial. Language Teaching Research, 16(3), 285–287.
https://doi.org/10.1177/1362168812436892
Faquir, O. (2016). Didática da escrita em contextos multilingues : o caso de Moçambique -
desafios linguísticos, metodológicos e contextuais. Universidade de Lisboa. Retrieved
from http://hdl.handle.net/10451/24286
Faquir, O. (2019). O ensino de géneros académicos: do processo aos resultados - uma experiência de ensino com estudantes universitários da FLCS-UEM. In C. Siopa, J. A. Marques, A. C. Monteiro, & P. Serra (Eds.), Língua e literacia(s) no século XXI –
Textos selecionados das 9.as Jornadas da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora.
Ferris, D. R. (2002). Treatment of Error in Second Language Student Writing. Michigan: University of Michigan Press.
Ferris, D. R. (2003). Response to Student Writing: Implications for Second Language
Students. Mahah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.
Ferris, D. R. (2007). Preparing teachers to respond to student writing. Journal of Second
Language Writing. https://doi.org/10.1016/j.jslw.2007.07.003
Firmino, G. (2006). A apropriação da língua portuguesa no Moçambique pós-colonial. In A
questão linguística na África pós-colonial: O caso do Português e das línguas autóctones em Moçambique (pp. 123–128). Maputo: Texto Editores.
Freedman, A., & Medway, P. (1994). Genre and the New Rhetoric. London: Taylor & Francis.
Fumo, Ó., & Soares, S. (2018). Práticas de letramento académico em Moçambique: análise de um trabalho de escrita de géneros. Papéis: Revista Do Programa de Pós-
Graduação Em Estudos de Linguagens – UFMS, 43(22).
Gonçalves, P. (2007). Pesquisa linguística e ensino do Português L2: Potencialidades das taxinomias de erros. Linguística - Revista de Estudos Linguísticos Da Universidade
Do Porto, 2(1), 61–76.
Gonçalves, P. (2010). Perfil linguístico dos estudantes universitários: Áreas críticas e instrumentos de análise. In P. Gonçalves (Ed.), O português escrito por estudantes
universitários: descrição linguística e estratégias didácticas (pp. 16–50). Maputo:
Texto Editora.
Gonçalves, P., & Vicente, F. (2010). Erros de ortografia no ensino superior. In O
português escrito por estudantes universitários: descrição linguística e estratégias didácticas (pp. 51–72). Maputo: Texto Editora.
Gouveia, C. A. M. (2014). Compreensão leitora como base instrumental do ensino da produção escrita. In W. R. Silva, J. S. Santos, & M. A. Melo (Eds.), Pesquisa em
língua(gem) e demandas do ensino básico. Campinas (SP): Pontes Editores.
Halliday, M. A. K. (2004). An Introduction to Functional Grammar (3a ed). London and
New York: Oxford University Press. https://doi.org/10.4324/9780203431269
Halliday, M. A. K., & Hasan, R. (1985). Language, context, and text: aspects of language
in a social-semiotic perspective. Oxford: Oxford University Press.
Hasan, R. (1989). The structure of a text the identity of text. In Halliday, M.A.K. & Hasan,
R., Language, context and text: aspects of language in a social-semiotic perspective.
Oxford: Oxford University Press.
Hyland, K. (2002). Genre: Language, Context, and Literacy. Annual Review of Applied
Linguistics, 22, 113–135. https://doi.org/10.1017/S0267190502000065
Hyland, K. (2003). Genre-based pedagogies: A social response to process. Journal of
Second Language Writing, 12(1), 17–29. https://doi.org/10.1016/S1060-
3743(02)00124-8
Hyland, K. (2007). Genre pedagogy: Language, literacy and L2 writing instruction.
Journal of Second Language Writing, 16(3), 148–164.
https://doi.org/10.1016/j.jslw.2007.07.005
Hyland, K. (2013). Writing in the university: education, knowledge and reputation.
Language Teaching, 46(01), 53–70. https://doi.org/10.1017/S0261444811000036
Johns, A. M. (1997a). Students as researchers: investigating texts, processes, and contexts. In Text , Role , and Context Developing Academic Literacies (pp. 92–113).
Johns, A. M. (1997b). Text, role, and context: developing academic literacies. Cambridge: Cambridge University Press.
Kemmis, S. (2007). Action Research as a Practice-changing practice. Opening Address for
the Spanish Collaborative Action Research Network (CARN) Conference, 13.
https://doi.org/10.1080/09650790903093284
Kirkland, M., & Saunders, M. (1991). Maximizing student performance in summary writing: Managing cognitive load. TESOL QUARTERLY, 25(1), 105–121. Retrieved from http://tesol.aua.am/tq_digital/TQ_DIGIT/Vol_25_1.pdf#page=106
Latorre, A. (2005). Investigación acción: conocer y cambiar la prática educativa (3a ed.).
Barcelona: Graó.
Lea, M. R., & Street, B. V. (1998). Student writing in higher education: An academic literacies approach. Studies in Higher Education, 23(2), 157–172.
https://doi.org/10.1080/03075079812331380364
Leiria, I. (2006). Léxico, aquisição e ensino do Português Europeu língua não materna. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Lobo, A. (2013). O Livro académico em Moçambique: entre o prazer da edição e a incerteza. In Leituras Ensaiadas (pp. 54–57). Maputo: Imprensa Universitária.
Lonka, K., Chow, A., Keskinen, J., Hakkarainen, K., Sandström, N., & Pyhältö, K. (2014). How to measure PhD. students’ conceptions of academic writing–and are they related to well-being? Journal of Writing Research, 5(3), 245–269.
Magro, C., & Nunes, T. (2014). Recensão crítica. Retrieved May 1, 2015, from http://www.cute.org.pt/PT/RECURSOS/recensao_critica.pdf
Marcuschi, B. (2010). Escrevendo na escola para a vida. In Língua Portuguesa: ensino
fundamental (pp. 65–84). Brasília: Ministério da Educação.
Marrengula, E. (2019). Escrever resumos com coerência. In C. Siopa, J. A. Marques, A. C. Monteiro, & P. Serra (Eds.), Língua e literacia(s) no século XXI – Textos
selecionados das 9.as Jornadas da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora.
Martin, J. (1992). Genre and Literacy-Modeling Context in Educational Linguistics.
Annual Review of Applied Linguistics, 13, 141–172.
https://doi.org/10.1017/S0267190500002440
Martin, J. (1999). Mentoring semogenesis:‘genre-based’literacy pedagogy. In F. Christie (Ed.), Pedagogy and the shaping of consciousness: Linguistic and social processes (pp. 123–155). London and New York: Continuum.
Martin, J. (2009). Genre and language learning: A social semiotic perspective. Linguistics
and Education, 20(1), 10–21. https://doi.org/10.1016/j.linged.2009.01.003
Mateus, M. H. M., Brito, A. M., Duarte, I., & Faria, I. H. (2003). Gramática da língua
portuguesa (5a). Lisboa: Editorial Caminho.
Miller, C. (1984). Genre as Social Action. Quaterly Journal of Speech, (70), 151–167. Motta-Roth, D. (2001). A construção social do género resenha acadêmica. Trabalhos Em
Linguística Aplicada, 38, 29–45.
Motta-Roth, D., & Heberle, V. M. (2015). A short cartography of genre studies in Brazil.
Journal of English for Academic Purposes, 1–10.
https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1016/j.jeap.2015.05.006
Nhongo, N. (2005). A concordância verbal em número no discurso escrito de estudantes
universitários moçambicanos. Universidade Eduardo Mondlane.
Noa, F. (2011). Ensino superior em Moçambique-Políticas, formação de quadros e
construção da cidadania. In A. Bénard da Costa & A. Barreto (Eds.), COOPEDUI (pp. 225–238). Instituto Universitário de Lisboa: Centro de Estudos Africanos. Retrieved
from https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/2985
Pereira, L. Á. (2014). A produção de textos na escola - um percurso para uma didática (da
literacia) da escrita. Aveiro: Universidade de Aveiro.
Pereira, L. Á., & Cardoso, I. (2013). A Sequência de ensino como dispositivo didático para a aprendizagem da escrita num contexto de formação de professores. In Reflexão
sobre a escrita: O ensino de diferentes géneros de textos (pp. 33–65). Aveiro: UA
Editora.
Perrenoud, P. (1999). Construir as Competências desde a Escola. Porto Alegre: Artmed Editora. Retrieved from http://abenfisio.com.br/wp-
content/uploads/2016/06/Construir-as-competecências-desde-a-escola.pdf Rodrigues, M. E. P. (2013). Metodologia do Trabalho Científico. A Recensão Crítica.
Retrieved May 1, 2015, from http://biblioteca.esa.ipcb.pt/recensaocritica.pdf
Rojo, R. (2005). Géneros do discurso e géneros textuais: questões teóricas e aplicadas. In
Gêneros, teorias, métodos, debates (pp. 184–205). S. Paulo: Parábola. Retrieved from
https://pt.scribd.com/doc/315052077/Generos-do-discurso-e-generos-textuais- questoes-teoricas-e-aplicadas
Roldão, M. do C. (2005). Para um currículo do pensar e do agir: As competências enquanto referencial de ensino e aprendizagem. En Direct de l’APPF, 9–20. Rose, D. (2011). Beyond Literacy: Building an Integrated Pedagogic Genre. Australian
Journal of Language and Literacy, 34(1), 81–97. Retrieved from
https://search.informit.com.au/documentSummary;dn=729705401561987;res=IELHS S
Santos, S. C. (2001). O processo de ensino e aprendizagem e a relação professor-aluno: aplicação dos “sete princípios para a boa prática na educação de ensino superior.”
Cadernos de Pesquisas Em Administração, 8(1). Retrieved from
http://www.regeusp.com.br/arquivos/v08-1art07.pdf
Schneuwly, B., & Dolz, J. (2004). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras.
Schumann, J. (1997). The neurobiology of affect in language. A Suplement to Language
Learning, A Journal of Research in Language Studies, 48. Retrieved from
http://www.citeulike.org/group/7242/article/3436931
Siopa, C. (2006). Ensino do português na universidade em Moçambique: trabalhos
oficinais de gramática. In F. Barbosa & J. Oliveira (Eds.), XXI Encontro Nacional da
Associação Portuguesa de Linguística: Textos Seleccionados (pp. 659–674). Lisboa.
Siopa, C. (2010). Estruturas problemáticas e estratégias de ensino do português na universidade. In P. Gonçalves (Ed.), O português escrito por estudantes
universitários: descrição linguística e estratégias didácticas (pp. 74–103). Maputo:
Texto Editora.
Siopa, C. (2011). Revisão e edição de texto: a gramática, o vocabulário e o discurso. In A. B. Costa & A. Barreto (Eds.), COOPEDUI (pp. 53–64). Instituto Universitário de Lisboa: Centro de Estudos Africanos. Retrieved from
http://hdl.handle.net/10071/2988
Siopa, C. (2013). Improving Portuguese second language writing skills of university students in Moozambique. In S. May (Ed.), LED2011: Refereed conference
proceedings of the 3rd International Conference on Language, Education and Diversity (pp. 99–118). Auckland: University of Auckland.
Siopa, C. (2015a). Aperfeiçoar a escrita em Português na Universidade em Moçambique.
Siopa, C. (2015b). Competências de escrita no ensino superior e o tratamento do erro em Português L2. In M. Bastos, J. Marques, A. C. Monteiro, & C. Siopa (Eds.), Ensinar a
Língua portuguesa em Moçambique: Desafios, possibilidades e constrangimentos. Textos Selecionados das VII Jornadas da Língua Portuguesa (pp. 99–117). Porto:
Porto Editora.
Siopa, C. (2017). Escrever sem papel e corrigir sem caneta: o desenvolvimento da escrita e o uso do e-mail. In A. C. Monteio, C. Siopa, J. Marques, & M. Bastos (Eds.), Ensino
da Língua Portuguesa em Contextos Multilingues e Multiculturais. Textos
Selecionados das VIII Jornadas da Língua Portuguesa. (pp. 102–123). Porto: Porto
Editora. Retrieved from https://www.portoeditora.pt/produtos/ficha/ensino-da-lingua- portuguesa-em-contextos-multilingues-e-multiculturais/19081464
Siopa, C., & Pereira, L. Á. (2017). Escrever português como segunda língua: perceções e experiências de aprendizagem de estudantes universitários. Indagatio Didactica, 9(4), 351–366.
Siopa, C., & Pereira, L. Á. (2019). Ensinar a Recensão Crítica através da Pedagogia do Género na Universidade em Moçambique. In C. Siopa, J. A. Marques, A. C. Monteiro, & P. Serra (Eds.), Língua e literacia(s) no século XXI – Textos